sexta-feira, 27 de abril de 2018

DE QUE ADIANTA






“De que adianta você querer jejuar, se continuar comendo emoções grossas?

De que adianta você querer se isolar do mundo, se sua mente continuar povoada por milhões de pensamentos desencontrados?

De que adianta você cantar o nome de grandes mestres espirituais, se não seguir os ensinamentos deles e nem respeitar os seus semelhantes?


De que adianta você falar de amor, se seu coração continuar medíocre e raso?

De que adianta você falar de perdão, se não conseguir vencer nem a mais simples provocação?

De que adianta você falar de universalismo, se sua postura for radical e fechada?

De que adianta você acender incenso, se a fumaça do seu destempero emocional poluir o ambiente em torno?

De que adianta você falar em paz, se, com frequência, estiver propenso para uma briga?

De que adianta você almejar a Luz, se seu coração estiver escuro e sem amor?
De que adianta você desejar grandes realizações espirituais, se suas atitudes forem pequenas e egoístas?

De que adianta você querer doar suas coisas materiais, se suas emoções antigas e estranhas ainda permanecerem em sua consciência?

De que adianta você se afastar de seus entes queridos, se o seu ego continuar robusto?

De que adianta você guardar voto de silêncio, se seus pensamentos agitados e suas emoções mesquinhas continuarem ‘conversando internamente’ sem seu controle?

De que adianta você renegar o mundo, se o inferno estiver dentro do seu coração?

De que adianta você orar ou praticar mantras, se isso for apenas por condicionamento religioso ou mera fuga da realidade?

De que adianta você dizer que tudo é ilusão, se esse conceito também é uma ilusão?

De que adianta você fechar o seu semblante, se rir é uma dádiva?

De que adianta você vestir um manto de renúncia, se não renunciar ao seu ego?

De que adianta você voar para fora do seu corpo e vir espiritualmente até aqui, se, dentro da matéria, sequer consegue flutuar acima de seu egoísmo?

De que adianta você desenvolver sua mente, se seu coração estiver triste?

De que adianta você dominar chacras e poderes psíquicos, se não tiver sabedoria para lidar com eles?

De que adianta você falar de coração, sem ser de coração?”


Pense nisso.











terça-feira, 24 de abril de 2018

OS ORIXÁS NOS ENSINAMENTOS DE JESUS - OGUM












OGUM é a vontade, os caminhos abertos, a energia propulsora da conquista, o impulso da ação, da vontade, o poder da fé, a força inicial para que haja a transformação. É o ponto de partida, aquele que está à frente. É a vida em sua plenitude, a vitalidade “ferrosa” contida no sangue que corre nas veias, a manutenção da vida, a generosidade e a docilidade, a franqueza, a elegância e a liderança.

A energia oriunda da vibração de Ogum pode ser percebida claramente nestas palavras de Jesus:

- “A tua fé te curou” (com a imposição das mãos, Ele acionou o poder da vontade de mudar de atitudes e pensamentos).

- “Pedi e recebereis! Buscai e achareis! Batei e abrir-se-vos-á! Porque todo aquele que pede, recebe”, demonstrando que Deus nos dotou de inteligência e capacidade para que superemos nossas dificuldades, recomendando-nos o trabalho, a atividade e o esforço próprio.

Precisamos aprender a pedir, pois costumamos exigir soluções rápidas e eficazes para problemas de ordem material. Estamos sempre correndo contra o relógio e perdidos entre compromissos assumidos, os quais muitas vezes extrapolam nossa capacidade de cumprir. Esquecemos de cuidar de nossos sentimentos, de ir ao encontro do que nos realiza e nos dá satisfação interior, das coisas simples da vida.

Se acreditamos na reencarnação, então sabemos que tudo é transitório, que estamos na Terra para evoluir em espírito, para superar a nós mesmos. O “pedir”, colocado aqui, é no sentido de “receber” da Providência Divina o ânimo, a coragem, as boas ideias, a fim de que possamos crescer e adquirir a paciência necessária para lidar com as nossas imperfeições e com as dos outros.

Cada problema contém em si mesmo a solução. Tudo está certo como está, pois tudo tem o seu tempo para mudar, crescer e amadurecer. Aquilo que não nos cabe resolver “agora”, confiemos em Deus, pois quando estivermos prontos para compreender, tudo se resolverá. Devemos dar o melhor de nós, com ânimo, entusiasmo e confiança, agradecendo a oportunidade da vida.

- “Orai e vigiai”, pois a oração é o alimento do espírito; ela abre portas para a compreensão, é um bálsamo no momento das dores. A oração abranda nosso coração, nos protege e nos fortalece. A vigilância é a resposta que vem para aquilo que pedimos em oração. Ocorre que geralmente pedimos, e depois não prestamos atenção na “resposta”, porque somos imediatistas. Mas nem sempre a resposta que desejamos ouvir é a que chega até nós, e sim a que necessitamos naquele determinado momento.

Por outro lado, devemos observar que tipo de pensamento estamos alimentando em nossa mente, e o que estamos atraindo. Vigiar no sentido de prestar atenção a nós mesmos, pois buscamos auxílio espiritual na casa de Umbanda, mas o que fazemos com a orientação recebida? Continuamos o tratamento até o final, com [oração], com passes, banhos, água fluidificada, leituras esclarecedoras? Estamos dispostos a mudar nossa conduta? Fazemos uma análise e higienizamos nossos pensamentos e sentimentos? Estamos dispostos a nos desapegar dos sentimentos de culpa, de nos colocarmos como vítimas das circunstâncias, de não participarmos ativamente da nossa “própria vida”?

Ninguém fará por nós o que nós mesmos temos de fazer, assumindo as rédeas da situação e acionando o “curador” interno, pois a felicidade é um estado de espírito.

- “A fé remove montanhas. Pois, em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível”.

Na realidade a fé é ativa; é inspiração divina que nos auxilia a chegar ao fim desejado; é a confiança que fortifica e a certeza de vender os obstáculos. A fé se prega pelo exemplo e precisa ser apoiada na razão, porque é preciso amar e crer sabendo porque se ama e porque se crê. A fé caminha de mãos dadas com a esperança e com a caridade; está intimamente ligada ao poder da vontade, à crença interior de vencer as adversidades pela paciência que traz a compreensão dos fatos.

O Evangelho Segundo o Espiritismo [apesar de não ser uma obra umbandista], nos diz (capítulo 9) que o magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que Jesus curava e produzia aqueles fenômenos singulares, qualificados outrora como milagres. É a vontade dirigida para o bem.

Tudo quanto a nossa mente poderosa acreditar e pedir com intensidade se realizará, pois isso Jesus disse: “Tudo quanto pedirdes em oração, crede que recebereis”.

Ogum representa, portanto, o caminho que precisamos percorrer, aquele caminho solitário para vencer os dragões internos que, na verdade, é o espírito em busca de si mesmo; percorrer o caminho de volta à unicidade com o Pai.

Somente quando aprendermos a amar e compreendermos em nosso espírito esse legado de amor, perdão, compaixão, o não julgamento, a gratidão pela vida, respeito por nós e pelo próximo, quando usarmos o livre-arbítrio com responsabilidade, não viveremos mais presos ao passado, nem tão pouco angustiados e ansiosos com o futuro, compreenderemos de forma integral que o momento de servir é agora. Jesus participava, servia, ouvia, compartilhava, instruía e amava a todos sem distinção.


















quinta-feira, 19 de abril de 2018

O RESPEITO A NOSSAS COISAS







Toda tenda de Umbanda, possui um ritual e embora estes rituais se modifiquem de terreiro a terreiro, é preciso que se norteie estes modos de se realizar uma gira, uma disciplina, ou seja, devem haver normas conhecidas por todos os integrantes do Templo, desde o Dirigente até o Iniciado que acabou de ingressar na Umbanda. Este deve ser orientado o máximo possível com relação a sua postura dentro do terreiro, bem como de suas obrigações e deveres para com seus irmãos e, claro, sobre as normas básicas de respeito, tratamento e conhecimento correto de quem são nossos mentores espirituais.

O primeiro a ter respeito  por tudo e por todos dentro de uma tenda de Umbanda não é o médium que se achega, que desconhece quase tudo o que acontece no interior de um terreiro. O maior respeito, atenção e firmeza de caráter deve vir, inicialmente, do Dirigente e dos filhos mais velhos.

Num terreiro de Umbanda, cada um deve ser o que é, não devem existir máscaras ou meias intenções. Aquele que acorre a um terreiro pela primeira vez, deve ser ele mesmo, pois só assim poderá sentir, de fato, as mudanças que se processarão para melhor em sua vida, à medida que for se auto conhecendo, é claro, pois não faz sentido existir um terreiro de Umbanda se não tiver por meta superior proporcionar a melhora de seus integrantes, bem como daqueles que acorrem às suas giras de caridade.

A Umbanda ensina que cada um é o que é. Cada pessoa, em seu íntimo, sabe perfeitamente quais são seus processos de ação e reação para com o mundo que o cerca. É verdade que existem pessoas que precisam de uma direção, precisam de alguém que lhes mostre o caminho.

Infelizmente, quase todos procuramos nos esconder de nós mesmos, pois falta-nos coragem para se olhar no espelho. Poucos de nós têm consciência plena de quem somos fisicamente, emocionalmente e a nível de pensamentos. Devemos nos esforçar para saber quem somos na realidade, assumindo nossos defeitos e assim darmos o primeiro passo para a mudança. Para isso, dentro de um terreiro de Umbanda, podemos contar com o auxílio fraterno das Entidades e também com os conselhos de irmãos mais experientes e sinceros.
       
Mas dar e mostrar uma alternativa melhor para se viver não quer dizer “modificar” atitudes e consciências à força, como se, alguém acostumado a determinados hábitos, repentinamente mudasse de opinião, ou passasse a acreditar em algo.
       
A Umbanda não agride consciências, não visa tornar ninguém infeliz ou vazio de religiosidade. Ela é grande o bastante para mostrar a que todos os caminhos levam ao mesmo destino, e que, na realidade, não são os caminhos que importam, mas antes o aprendizado que se tem quando anda por eles.















segunda-feira, 16 de abril de 2018

OBSTÁCULOS SÃO NECESSÁRIOS








Você certamente já se deparou com vários obstáculos em sua vida e certamente já desviou de vários pensando ser o certo ir pelo caminho mais fácil, porém é importante lembrar que a vida é uma grande escola e que estamos aqui para aprender.

Quantas portas já se fecharam à sua frente e você, ao invés de encontrar a chave para abri-la apenas a ignorou e procurou uma porta já totalmente aberta? E o que você aprendeu com isso?

Pode até parecer estranho, mas o caminho mais fácil nem sempre é o melhor que devemos seguir em nossas vidas pelo simples fato de o ser humano em geral ter uma grande dificuldade em dar valor ao que nos vem de forma fácil.

O que estou tentando dizer aqui e que talvez você ainda não esteja entendendo é que tudo, absolutamente tudo nessa vida, tem um lado positivo e cabe a você enxergar esse lado. Cabe somente a você tirar o máximo de proveito de cada situação na sua vida, mesmo que essa situação à uma primeira vista não pareça uma situação muito boa ou favorável.

Se uma porta se fecha à sua frente não significa que você deva deixar essa porta de lado e procurar uma porta aberta, é quase certo que a vida lhe fechou essa porta porque, antes de passar por ela, é necessário que você aprenda que é necessário uma chave para abri-la e que, para ter essa chave, você vai ter que procura-la não importando até onde você precisa ir para encontra-la.

Se existem obstáculos em nossa vida é porque precisamos deles para que possamos aprender alguma lição. São as lições que aprendemos ao longo de nossa vida que nos faz evoluir espiritualmente, são as dificuldades que passamos que nos faz dar cada vez mais valor nas vitórias e conquistas, por menores que sejam.

Muita gente se lamenta achando que sua vida é muito difícil, que não consegue construir nada mas se esquece que, se está tentando, está aprendendo e a única coisa que levamos dessa vida é o conhecimento, a evolução espiritual que conseguimos. Talvez você ainda não tenha conseguido o que você quer mas nem sempre o que queremos é o que realmente precisamos e é aqui que está a grande armadilha onde muitos caem: passamos a vida buscando algo que achamos que nos é necessário e passamos a ignorar o que realmente importa em nossas vidas.

Sendo a vida um grande celeiro de lições que devemos aprender, vamos passar a enxerga-la como uma grande escola? O que acha de, a partir de agora, começar a prestar mais atenção nas lições da vida, em todos os ensinamento que ela nos proporciona para “tirar boas notas”, por assim dizer? É claro que para o bom aprendizado, é necessário a “hora do recreio”, aquele intervalo entre várias aulas onde podemos utilizar nosso tempo para descansar um pouco e colocar as idéias em ordem, mas lembre-se que se você fizer da sua vida um grande recreio, no fim será reprovado e terá que voltar aqui e fazer tudo novamente, até aprender como as coisas devem ser.














quinta-feira, 12 de abril de 2018

DISCIPLINA E HIERARQUIA EM UM TERREIRO






A hierarquia na umbanda é respeitadíssima por todos os participantes. O Dirigente Espiritual, dita as regras e a filosofia da casa, as Entidades são seus auxiliares diretos, os Ogãs cuidam da gira, dos médiuns , e da disciplina da casa.



Sobre a obediência à hierarquia o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse: "Quem não sabe obedecer, jamais poderá mandar"



Este conjunto de respeito forma a união e a integridade mágica da casa espiritualista de Umbanda. Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior. O que parece, às vezes, exagero do Dirigente no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas ou conversas fúteis, constitui-se, na verdade, no grande para-raios ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que, em nome de uma suposta caridade sentimentalóide e adocicada, atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e a queda da Casa. Todo cuidado é pouco. Não importa que agrade ou desagrade. Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério e a verdadeira espiritualidade, que conduz à evolução, compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade e a ignorância são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para criarem problemas e levarem á extinção do grupo.



"O oposto de humildade é soberba e arrogância. Pessoas arrogantes não conseguem conviver bem. O arrogante, ou é enfrentado ou evitado, mas dificilmente aceite ou suportado."



Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que : "Caridade sem disciplina é perda de tempo".



A corrente é a grande força do Templo Umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: "Ninguém é tão forte como todos nós juntos".



Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, pois serão evitados problemas futuros, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.



O médium de uma casa que não tenha humildade para aceitar e cumprir as normas e regras da casa onde se encontra seja ela qual for, nunca vai estar inserido na própria egrégora espiritual desse local.

Muitas das vezes quando isso acontece, o próprio médium pode começar a ter retorno negativo na sua própria vida pessoal a todos os níveis, desde a sua saúde, a sua vida amorosa, o seu trabalho, etc. Não porque lhe lançaram qualquer tipo de magia negativa, pois é apenas o retorno da ação kármica pelas suas atitudes, pelo seu comportamento, pelos seus pensamentos e desejos, perante o local consagrado onde pisa, com as próprias entidades e forças espirituais desse espaço, e com os dirigentes e seus irmãos espirituais. E quando assim é, o melhor para o médium é afastar-se e procurar uma outra casa que esteja mais em sintonia com o seu tipo de mentalidade e relacionamento com os irmãos e hierarquia da casa.



E não esquecer nunca o seguinte:




Quem entra numa casa deve-se tentar adaptar ás suas normas e fundamentos já existentes e nunca esperar que seja a casa a adaptar-se a quem entra.»







sexta-feira, 6 de abril de 2018

A MEDIUNIDADE CONSCIENTE








A mediunidade desta época, a que está sendo mais aflorada, é a semiconsciente. Isso ocorre a fim de que o veículo utilizado pela entidade não passe em brancas nuvens aquela experiência única daquela incorporação específica, sem dela retirar proveitos práticos para sua evolução pessoal.

O médium ouve a Entidade e o consulente, mas não deve interferir. Ouve, como um acadêmico de medicina em fase de estágio, onde o professor/médico e o seu paciente mantêm diálogo aberto sobre os problemas enfrentados, as soluções possíveis, o caminho mais adequado à cura; cabendo-lhe tão somente realizar suas anotações e aprender para a sua vida pessoal a indicação mais certa para não cair (ele mesmo, o aluno) naquela enfermidade e, estando acometido de mal semelhante, receber luzes para encontrar o caminho mais promissor à sua própria libertação.

Como um sacerdote, canal da comunicação divina aos homens, ouve o confidente e silencia para, em prece, interceder para que a luz atinja aquele ser que se debate em seus conflitos íntimos e o restaure.

Essa forma específica de mediunidade constitui, também, uma grande prova e motivo de valiosa expiação quando bem vivida, pois diversos fatores acercam-se do filho, aparelho para os imortais:



1º) A Confiança – O médium enfrenta o dilema de confiar sem ver com os olhos da carne. Aqui ele é lapidado para “acreditar”, independente da substância, da forma, das cores, para além da matéria densa;

2º) A Entrega – O processo de harmonização entre a entidade e o médium; é momento de ajuste, onde os fios tênues de amor de um e do outro se conectam, dissipando as arestas que impedem tal comunicação. Quanto maior a entrega do médium, mais rápido a entidade encontra canais para essa união; mais intenso e tranquilo o ajuste ou justaposição dos corpos da entidade e do médium;

3º) A Vitória sobre a resistência – É comum aos encarnados o cultivo dos seus diversos “achismos”, de suas ideias pré-concebidas, de seus interesses pessoais, de suas doenças invisíveis. Tudo isso precisa ser purificado para que o médium mergulhe nas certezas de quem veio trabalhar;

4º) A Disciplina – Ao médium é ofertada a oportunidade do rompimento com as “facilidades” de um tempo provisório e consigo mesmo, quando da retirada dos escombros que não lhe pertencem, mas que teimam em se instalar em seu coração. A estrada é a da evolução, da disciplina e da coragem;

5º) A Lapidação – Ser canal da Luz Divina é trabalho sério. Daí a necessidade da limpeza diária dos canais dessa luz – audição, aparelho fonador, visão, órgãos sinestésicos, mente, etc., afim de que as mensagens recebidas fiquem livres das filigranas da “temporalidade” e o trabalho realizado surta o efeito necessário sem acumular energias outras que venham produzir mais desequilíbrios. Lapidar é um verbo de presença efetiva no dia-a-dia daquele que se dispõe a esse serviço;

6º) O Abandono da timidez e do “amor próprio” doentio – Cabe aos que abraçaram esse trajeto se despirem de si e deixarem cada entidade trabalhar do seu jeito, sem a preocupação com o que os outros dele pensarão, pois as entidades que militam na seara da Luz sempre vêm com um propósito, com uma moral elevada, com atitudes que exalam o infinito do amor;

7º) A Libertação da vaidade - O médium deve estar vigilante para não “dramatizar” as sessões ou giras; não é aconselhável nem justo “se fazer passar pela Entidade”, a fim de que esta não o deixe ao sabor de suas próprias temeridades.

O médium, independente de seu grau de entrega, é canal de bênçãos. Ele, em si mesmo, não é a bênção! É antes canal e manifestação dela na vida dos que estão na mortalidade. Daí a sua responsabilidade. Daí a necessidade da sua vigilância e coerência pessoal. Daí precisar estar em intimidade com os seus Guias, com a Luz e a Verdade do Cristo, em evolução perene.


Texto do espírito Estrela Maior
Pela médium Francimary Figueiredo


segunda-feira, 2 de abril de 2018

QUAL O TAMANHO DO SEU EGO ?








Ego segundo a filosofia é uma figura responsável pela diferenciação que o indivíduo é capaz de realizar, entre seus próprios processos interiores e a realidade que se lhe apresenta.

Realidade esta chaveada pelas crenças, e, muito das vezes, pela incapacidade de se perceber. O Ego é o divisor de águas da mente, ele é o responsável pelos excessos e restrições de realizações que praticamos, nele habita a realidade perceptível e a capacidade de ação mental.

Não obstante, cada um tem o seu ego, isso para que em resposta ao entendimento da própria vida, possa cada individuo usar de sua capacidade reflexiva e se realizar individualmente. Pessoas de ego ajustado conseguem ver luz nas coisas, pois interpretam de forma pessoal a realidade comum a todos. Os que possuem harmonia no ego são livres, não passionais, pouco materialistas e extremamente caridosos e humanistas. Estes se calam frente a ignorância, porque se garantem de forma muito tranqüila em seu interior, possuindo consciência suficiente para estabelecerem e construir o futuro.

Os libertos do ego lutam diuturnamente contras os desarmônicos deste mesmo ego. Sendo certo que os irmãos em estado de ignorância se mortificam no pesar de querer viver a vida do outro, por que não dão conta deles mesmos. São os porcos a procura de pérolas da Bíblia cristã, os manipuladores de energias degradantes, os lobos em pelo de cordeiro. Chegam humildes, mas nunca o foram, chegam amorosos, mas nunca experimentaram esta dádiva, chegam submissos, mas esperam com calma a oportunidade certe para colocarem em prática a carga doentia que possuem e da qual não se desapegam de forma nenhuma. São os afáveis de fachada, sublimes peregrinos da discórdia, os quais fogem dos espelhos, pois não suportam mirar por muito tempo a angústia de suas próprias existências.

Suas relações interpessoais são doentias, pois a lascividade de sua ignorância necessita de demonstrações permanentes de dependência, pois não percebem por ignorância própria, que se libertar é a via exata de se acender a planos mais altos de própria existência. Ultrapassando os limites de uma visão turva, que busca na culpa alheia a resposta para toda sua caminhada hostil e desregrada. Sofrem emocionalmente, pois necessitam de escravos de suas debilidades e crescem em desespero para criar grupos e artimanhas nefastas para o deleite de suas misérias pessoais.

O ego é a linha limite entre a sanidade e a insanidade, seu domínio denota renovação de sentimentos e reflexão constante sobre o papel de cada um neste universo. Os egoístas precisam se amar de verdade e enfrentar com sabedoria suas ingerências. Necessitam de autocontrole e amor próprio para vencerem suas ideias repetitivas de fuga da realidade para a desgraça do universo. Seu estado de soberba engessa o mundo e suas relações interpessoais são maliciosas e alimentadas de inveja e estacionamento mental.

E se os perguntamos o que são neste mundo? Devolvem-nos a pergunta, pois ainda não se situaram de forma concreta nesta existência.


O mundo precisa de reflexão!