Ego segundo a filosofia é
uma figura responsável pela diferenciação que o indivíduo é capaz de realizar,
entre seus próprios processos interiores e a realidade que se lhe apresenta.
Realidade esta chaveada
pelas crenças, e, muito das vezes, pela incapacidade de se perceber. O Ego é o
divisor de águas da mente, ele é o responsável pelos excessos e restrições de
realizações que praticamos, nele habita a realidade perceptível e a capacidade
de ação mental.
Não obstante, cada um tem
o seu ego, isso para que em resposta ao entendimento da própria vida, possa
cada individuo usar de sua capacidade reflexiva e se realizar individualmente.
Pessoas de ego ajustado conseguem ver luz nas coisas, pois interpretam de forma
pessoal a realidade comum a todos. Os que possuem harmonia no ego são livres,
não passionais, pouco materialistas e extremamente caridosos e humanistas.
Estes se calam frente a ignorância, porque se garantem de forma muito tranqüila
em seu interior, possuindo consciência suficiente para estabelecerem e
construir o futuro.
Os libertos do ego lutam
diuturnamente contras os desarmônicos deste mesmo ego. Sendo certo que os
irmãos em estado de ignorância se mortificam no pesar de querer viver a vida do
outro, por que não dão conta deles mesmos. São os porcos a procura de pérolas
da Bíblia cristã, os manipuladores de energias degradantes, os lobos em pelo de
cordeiro. Chegam humildes, mas nunca o foram, chegam amorosos, mas nunca
experimentaram esta dádiva, chegam submissos, mas esperam com calma a
oportunidade certe para colocarem em prática a carga doentia que possuem e da
qual não se desapegam de forma nenhuma. São os afáveis de fachada, sublimes
peregrinos da discórdia, os quais fogem dos espelhos, pois não suportam mirar
por muito tempo a angústia de suas próprias existências.
Suas relações
interpessoais são doentias, pois a lascividade de sua ignorância necessita de
demonstrações permanentes de dependência, pois não percebem por ignorância própria,
que se libertar é a via exata de se acender a planos mais altos de própria
existência. Ultrapassando os limites de uma visão turva, que busca na culpa
alheia a resposta para toda sua caminhada hostil e desregrada. Sofrem
emocionalmente, pois necessitam de escravos de suas debilidades e crescem em
desespero para criar grupos e artimanhas nefastas para o deleite de suas
misérias pessoais.
O ego é a linha limite
entre a sanidade e a insanidade, seu domínio denota renovação de sentimentos e
reflexão constante sobre o papel de cada um neste universo. Os egoístas
precisam se amar de verdade e enfrentar com sabedoria suas ingerências.
Necessitam de autocontrole e amor próprio para vencerem suas ideias repetitivas
de fuga da realidade para a desgraça do universo. Seu estado de soberba
engessa o mundo e suas relações interpessoais são maliciosas e alimentadas de
inveja e estacionamento mental.
E se os perguntamos o que
são neste mundo? Devolvem-nos a pergunta, pois ainda não se situaram de forma
concreta nesta existência.
O mundo precisa de
reflexão!
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