domingo, 30 de setembro de 2012

SARAVÁ PAI XANGÔ



Comemora-se no dia 30 de Setembro o dia do Orixá Xangô, sincretizado por São Jerônimo. Ele foi doutor da igreja, nasceu na Dalmacia (Iugoslávia) no ano de 342.
Jerônimo, que significa "que tem um nome sagrado", consagrou toda a vida ao estudo das sagradas escrituras. Passava dias lendo vários autores. Por volta dos 40 anos foi ordenado sacerdote. É de São Jerônimo, a famosa tradução latina da Bíblia, chamada "Vulgata" (ou tradução feita para o povo ou vulgo) e que foi a Bíblia oficial para a Igreja Católica durante 15 séculos. Foi viver na Terra Santa, numa gruta, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, em 30 de setembro, com aproximadamente 80 anos de idade.
XANGÔ não é São Jerônimo, mas historicamente ocorreu o sincretismo, a aproximação das "identidades" e por tal fato comemoramos o dia de Xangô no mesmo dia de São Jerônimo. XANGÔ é o senhor da justiça, seu poder se manifesta na pedreira. E aqui um ponto de contato com a "versão" do santo católico, que também se retirou para uma vida de estudo numa gruta que, em imagens, se assemelha a uma pedreira.
Seu símbolo é o machado de duas faces, significando que o machado tanto protege seus filhos das injustiças como os punem quando as cometem e utiliza estrela de 6 pontos que representa o poder equilibrador do universo.
XANGÔ é o orixá da justiça divina, com a balança de nossos atos na sua mão esquerda e seu machado na mão direita pronto para julgar e executar como bem diz a sua lei: "Quem deve paga, quem merece recebe", XANGÔ é também o irxá das pedreiras, o senhor daquilo que é imbatível, rígido que não dobra com facilidade.
Em seu arquétipo, XANGÔ é a razão, a sensibilidade do julgamento, a certeza da justiça. Vibremos com o nosso Pai Xangô neste dia!


Os sincretismos de Xangô na Umbanda.

No sincretismo associou-se o Xangô das Pedreiras a São Jerônimo, aquele que amansa o leão e que tem o poder da escrita e o livro onde escreve na pedra suas leis e seus julgamentos.
Protetor dos intelectuais, dos magistrados.
Já na cachoeira o sincretismo foi com São João Batista, por causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça na água doce para se purificar.
Com o poder do fogo de Xangô é queimado, destruído tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação trazendo tudo o que é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento.
Isso é o que pedimos nas fogueiras do mês de junho.
Alguns dizem que São Judas Tadeu, por ter um livro na mão também pode sincretizar-se com Xangô ou que tem uma linha espiritual que atua nas correntes de Xangô.
Assim, Tudo o que é ligado a trabalhos e pedidos de estudos, à cabeça, papéis, entregamos a linha de Xangô.
Xangô é o grande Rei, poderoso, autoritário, porém que tem compaixão e é justo.
Xangô tem autoridade é valente, mas tem um grande e bom coração.
O seu machado é o símbolo da imparcialidade.
É uma divindade da vida, representado pelo fogo ardente e por essa razão não tem afinidade com a morte e nem com os outros orixás que se ligam à morte.
Xangô, sincretizado com São João Batista, é também o patrono da linha do oriente, na qual se manifestam espíritos mestres em ciência ocultas, astrologia, quiromância, numerologia, cartomancia. Por este motivo, a linha dos ciganos vêm trabalhar nesta irradiação.

                                          RITA RIBEIRO  -  XÂNGO O VENCEDOR










sábado, 29 de setembro de 2012

A PAZ




“A paz
Invadiu o meu coração
De repente se encheu
De Paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão...”

A música de Gilberto Gil descreve sobre as sensações provocadas pela paz, mas o que é ela realmente? Onde encontrá-la? Por que persegui-la?

Entendo que a paz não invade nosso coração e sim transborda dele. E tão e somente depois de transbordar é capaz de senti-lo totalmente cheio novamente. Digo isso, por que aquele que procura essa palavrinha de três letras em outros locais senão dentro de si mesmo está procurando no lugar errado.

Quantas vezes dizemos aos outros para que nos deixem em paz? Quantas vezes nos perguntamos por que não vivemos num mundo de paz? Por quantas vezes nos perguntamos se a paz realmente existe?

Esteja certo de que ela existe e que qualquer que seja sua crença ou religião ela não virá de fora para dentro. Ela justamente só é possível se vir de dentro para fora. Inundar seu coração a ponto de transbordar e só assim, você sentirá ele repleto.

A paz não fazer nada. A paz não ficar de penas para cima. A paz não é não ter nenhum tipo de aborrecimento. Ter paz é estar bem consigo e com os outros. Estar em paz é estar em equilíbrio consigo e com o mundo que o cerca. Ficar em paz é ficar em harmonia com a natureza e com as pessoas que convivemos todos os dias ou eventualmente.

A paz não é inerte. A paz é movimento. Sendo assim ela deve ser perseguida diariamente. Não espere que ela chegue até você. Vá buscá-la. Não se acomode esperando tudo passar para ter paz. Faça algo para que tudo passe e assim você irá de encontro a ela.






Jair Pereira
O canto do Orixá

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SALVE COSME , DAMIÃO E DOUM



Cosme e Damião foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma como morreram. Seu culto já estava estabilizado no Mediterrâneo no século V. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma, onde foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS – Cosme e Damião.
 Alguns relatos atestam que eram originários da Arábia, mas de pais cristãos. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio. Surgiram várias versões, mas nenhuma comprovada com fundamento histórico. Em uma das fontes, explica-se que eram dois irmãos, bons e caridosos que realizavam milagres. Alguns relatos afirmam que foram amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e inimigos dos deuses romanos. Em outra versão, na primeira tentativa de morte, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.


 Depois de mortos, apareceram materializados ajudando crianças que sofriam violências. Ao gêmeo Acta é atribuído o milagre da levitação e ao gêmeo Passio a tranqüilidade da aceitação do seu martírio. A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos, pois, quando em vida, exerciam a medicina na Síria, em Egéia e Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro. Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões.

 Sempre confiantes em Deus, oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de “santos pobres”. Muitos esforços foram feitos para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã dos filhos gêmeos pagãos de Zeus. Isto não é verdade, embora haja evidências de que a superstição popular muitas vezes fez supor haver em seu culto uma adaptação do costume pagão.
 No Brasil, em 1530, a igreja de Iguaraçu, em Pernambuco, consagrou Cosme e Damião como padroeiros. No dia 27 de setembro, quando é realizada a festa aos santos gêmeos, as igrejas e os templos das religiões afro-brasileiras são enfeitados com bandeirolas e alegres desenhos.



Na umbanda, são associados aos “ibejis”, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa ” o enfeitado” e Damião, “o popular”.
Este personagem material e espiritual surgiu nos cultos Afros quando uma macamba (denominação de mulher, na seita Cabula) dava a luz a dois gêmeos e, caso houvesse no segundo parto o nascimento de um outro menino, era este considerado “Doum”, que veio ao mundo para fazer companhia a seus irmãos gêmeos. Caso viesse à luz duas meninas gêmeas, recebiam o nome de “Liana” e “Damiana” e, se nascesse outra menina a seguir, a esta criança davam e dão o nome de “Damiana”





DOUM

 Simboliza o ESPÍRITO em sua PRIMEIRA FASE de ENCARNAÇÃO.
 Respresenta a criança recém-nascida e por extensão, a primeira infância. A energia pura, o espírito imaculado.
 No cristianismo é sempre representada pela imagem dos gêmeos SÃO COSME e SÃO DAMIÃO.
 Na Umbanda há uma terceira imagem menor entre os dois santos e representa "DOU" ( ou mais popularmente "DOUM"), o primeiro filho nascido após o parto gêmeo.
 Cosme, Damião e Doum eram trigêmeos e que com a morte de Doum os outros dois irmãos se tornaram determinados em aprender e praticar a medicina para curar a todas as crianças, sempre de forma gratuita. Doum, personifica as crianças com idade de até sete anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.
Padroados: Farmacêuticos; Faculdades de Medicina; Barbeiros e Cabeleireiros.
Protege: Orfanatos; Creches; Doceiras; Filhos em casa;
Sincretizado na umbanda como representantes da falange das crianças a ibejada, comemorado no dia 27 de setembro. Esta data é remetida a doces e alegria, sempre com festas enfeitas oferecidas as crianças do céu.
    Os eres ou ibejada  são guias que vem na apresentação fluídica de crianças contendo assim sua fala, comportamento e humildade.


Criança também trabalha! 
    Um mito que envolve a umbanda que criança só desce para brincar e que não tem doutrina. Porem,esses guias de luz ensinam com humildade lições valiosas.
    Geralmente crianças com nomes de pátrias espirituais "Aninha d'angola" , "Huguinho de Aruanda" entre outros trabalham junto com pretos velhos. tem como missão ajudar nas curas e ensinamentos. 
    Crianças que carregam no nome lugares "Terezinha da cachoeira", "Paulinho da mata", "Mariazinha da praia" entre outros trabalham com caboclos, ondinas e sereias e tem como missão ajudar em passes fluídicos para harmonizar o ambiente.
    Muitos médiuns tem dificuldade em aceitar este tipo de trabalho dizendo que criança só brinca. Isto tem como reflexo a nossa sociedade que é praticamente inviável você após adulto aprender com uma criança.
   A grande lição que esta falange de luz traz para nós é escutarmos as nossas crianças da terra.Pois a inocência é uma das virtudes mais bonitas que perdemos quando crescemos.
 

Falange do erê
Arlindo Cruz

Só quem acredita vê
Que essa vida é um doce
Mesmo se não fosse
Eu seria assim
Sou menino brincalhão
Encontrei a chance
Bem ao meu alcance
E a agarrei pra mim
(Eu dou)
Viva Cosme e Damião, doum (doum)
Viva Cosme e Damião
Viva Cosme e Damião
O que importa é que a gente miúda
Me trouxe ajuda, quando eu precisei
E o que prego nas minhas andanças
Que só as crianças me ditam a lei
E assim me sinto protegido
Ungido com a viscosidade da fé
Sua benção é presença imensa
Que vença com a crença que tem seu axé
(Eu dou)
Viva Cosme e Damião, doum (doum)...
Da vida tão amargurada
Essa gurizada me fez renascer
Hoje sou cobra criada
Salve a ibejada falange do erê
Vinte e sete de setembro
Eu sempre me lembro, não esqueço de dar
Cocada, pacóca, suspiro, pipoca
Bola, bala, bola, cuscuz e manjar
(Eu dou)
Viva Cosme e Damião, doum (doum)...




SARAVÁ

PEDRINHO
TEREZINHA
LUZIA
MARIAZINHA
MOLEQUE
ROBERTINHO
ESTELA
TONINHO
TIÃOZINHO
E TANTOS OUTROS

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SE EU SAIR O TERREIRO FECHA ?



É comum que depois de algum tempo que uma pessoa está num terreiro, mesmo que em pleno desenvolvimento mediúnico, ela pense que é insubstituível. Isso é muito comum. O indivíduo tem a sensação clara de que se ela deixar o terreiro, o mesmo não sobreviverá, não conseguirá dar continuidade aos atendimentos e/ou coisa parecida. Ela começa a se achar vítima do dirigente, dos médiuns mais antigos, dos seus irmãos de fé e até da consulência. Ela começa a ter um desejo inconsciente de "punir o terreiro" através da sua saída, pois ela terá a certeza que todos virão de joelhos implorar a sua volta.
 Sei de pessoas que ficaram totalmente decepcionadas e mesmo depressivas ao verem que o terreiro em que eram membros sobreviveu à sua saída e que alguns meses depois nem se lembravam mais dela. Geralmente essas pessoas começam a falar muito mal do terreiro, do dirigente e até mesmo inventam boatos dizendo que o terreiro está com problemas espirituais, administrativos, de moralidade ou outros quaisquer e por isso ela o deixou.
 Conheço pessoas que ao deixar seus terreiros comentaram ter absoluta certeza de que seus "ex-dirigentes" viriam correndo oferecendo um "cargo" ou alguma regalia para que voltassem. Um homem que conheci, não aceitou o convite de frequentar a corrente mediúnica de outro terreiro dizendo estar aguardando o telefonema do dirigente pedindo sua volta. Eles não conseguirão sobreviver sem mim, afirmou ele.
  Meses depois, ele não frequentava nenhum lugar ainda, outros do tipo abrem seus próprios terreiros...
 Quero deixar claro que esse sentimento de ser insubstituível é natural em muitas pessoas, pois elas realmente são pessoas-chave para os terreiros em que frequentam. De fato, seus dirigentes sentirão muito a sua saída. De fato elas farão falta. Mas cuidado para não cair nessa armadilha.
 Da mesma forma e com a mesma gravidade, conheço dirigentes que acreditam que os médiuns e membros do terreiro jamais deixarão sua corrente mediúnica e dizem: "ele não encontrará terreiro igual a este" ou ainda "ninguém o aceitará e ele voltará de joelhos pedindo para ser aceito".
 Os dois lados se enganam. A verdade é que nem membros, nem dirigentes são insubstituíveis e é preciso ter muita humildade, calma, paciência e, principalmente, muito equilíbrio para entender essa verdade.

Reflita sobre isso!




 


INFORMATIVO AELA SET/2010
Por Rodrigo Queiroz


terça-feira, 25 de setembro de 2012

COLONIAS ESPIRITUAIS



Não existem muitas diferenças entre os mundos do além e os lugares que encontramos aqui na Terra. Da mesma forma que aqui na Terra, lá você encontra lugares bonitos e lugares feios, lugares agradáveis povoados por gente boa e lugares desagradáveis povoados pela pior espécie de pessoas.
Lá do outro lado as pessoas se reúnem de acordo com suas afinidades ou vibrações. Pessoas positivas, alegres, de boas vibrações viverão em uma colônia repleta de pessoas semelhantes . Uma pessoa má, negativa e pessimista se sentirá melhor em companhia de pessoas iguais e será levada a viver numa colônia construída e administrada por pessoas semelhantes. Existem casos em que os seus sentidos só funcionam diante de pessoas que vibram igual a você. Um espírito bom e de vibrações elevadas pode ser invisível aos olhos de espíritos de baixa vibração.
E isso faz a diferença entre as diversas colônias e regiões do mundo espiritual. Não é difícil imaginar que deve haver diferenças entre um lugar criado e administrado por pessoas boas e por espírito elevado e um local administrado por pessoas ruins de espírito baixo.

Sobre todas as cidades do planeta Terra existem universos paralelos, regiões espirituais invisíveis para nossos sentidos limitados, indetectáveis a partir dos instrumentos e tecnologias que possuímos hoje. Sobre a cidade onde você mora certamente existem uma ou mais colônias habitadas por pessoas que não se encontram mais nesta dimensão onde vivemos.
As colônias são verdadeiras cidades de grande, médio ou pequeno porte. Não existe nada mágico, não é um mundo de fadas cheio de efeitos especiais. Tudo que temos aqui na Terra temos lá. Afinal de contas as cidades da Terra e as cidades do além foram construídas por nós mesmos. Desta forma são semelhantes. Lá você encontra casas, prédios, escolas, hospitais, praças, jardins, lagoas, rios, animais, fábricas, alimentos, máquinas, veículos para transporte, instituições governamentais, hierarquia. As colônias ocupam um área delimitada cercada por muralhas e sistema de proteção para evitar a invasão de espíritos vindos das regiões sombrias.
Sobre a cidade do Rio de Janeiro encontramos uma colônia chamada NOSSO LAR, a primeira descrita por um espírito chamado André Luiz. Na época em que o livro (na década de 30) existiam mais de 1 milhão de almas que lá habitavam. Sobre a Cidade de São Paulo encontramos 3 grandes colônias. Existem referências sobre colônias localizadas na região de Brasília e Ribeirão Preto/SP devido a sua beleza.
As colônias espirituais do Brasil foram criadas a pouco tempo tendo início com a colonização do país. Antes já existiam núcleos menores ocupados por indígenas. Existem colônias no oriente com milhares de anos de existência. As maiores e mais belas se localizam sobre a Índia e o Tibet. As colônias possuem intenso intercâmbio entre si e com os postos de socorro que são locais subordinados a elas que se encontram em planos espirituais mais baixos (inclusive na Terra) para ajudar e resgatar almas perdidas nas regiões de sombra (Umbral).
Algumas colônias possuem Escolas de Regeneração e grandes Hospitais para onde são levados os espíritos resgatados em regiões do Umbral. Estas pessoas passam por ensinamentos e tratamento para se recuperarem dos problemas morais e sentimentos negativos que ainda as prendem em níveis mais baixos.


                               TRAILER FILME NOSSO LAR




Fonte: http://www.vidaemorte.org/

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O LÚCIDO E O CÉTICO



A comparação entre a vida após a "morte" e a vida após o nascimento é simplesmente maravilhosa!

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente.
Algo tem de haver após o nascimento.
Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento.
Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível.
E comer com a boca?
É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta.
Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento
Está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo.
Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento.
O parto apenas encerra a vida.
E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe?
Você acredita na mamãe?
E onde ela supostamente está?
- Onde?
Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos.
Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente como ela afaga nosso mundo.
Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…






Por Roberley Meireles
Blog Canto do Orixa

sábado, 22 de setembro de 2012

A SABEDORIA DA VIDA ESTÁ NO SILÊNCIO DA MORTE



O que cada um de nós viemos buscar dentro de um Sagrado Templo de Umbanda.
Todos temos o que pedir. Entretanto, esse pedido deve estar voltado para o nosso lado espiritual.
Ensina-nos as entidades que vibram na faixa vibratória da Sagrada Lei de Umbanda: A SABEDORIA DA VIDA ESTÁ NO SILÊNCIO DA MORTE. O que cada um de nós estamos fazendo na presente encarnação. Qual o objetivo de nossa ligeira passagem num corpo físico que com o passar do tempo vai pouco a pouco se deteriorando. A Sagrada Lei de Umbanda nos ensina que só há vida. A vida é uma continuidade, deve ser entendida no seu amplo sentido espiritual. A vida do espírito é uma realidade. O espírito encarna num corpo físico. O espírito se desliga de um corpo físico. Mas, a vida continua. Esse fato deve nos levar a uma meditação, há uma reflexão, para que possamos mudar a direção de nossa mente para esse processo denominado vida.
Temos na Sagrada Lei de Umbanda a presença de espíritos que tomam a forma de um PRETO-VELHO, de um CABOCLO, de uma CRIANÇA, ou de um EXU. Cada uma dessas formas tem uma finalidade a alcançar, um objetivo a traçar. Devemos procurar entender e compreender a forma adequada de conversarmos com esses espíritos.
Os espíritos não são nossos empregados. São amigos com uma longa experiência pois já passaram por esse processo de encarnação e por isso entendem as nossas palavras e os nossos pedidos, bem como nossas fraquezas.

Aproveitemos melhor esses momentos que passamos dentro de um Sagrado Templo de Umbanda.






Palavra Amiga - Sexta Casa Fundada pelo Caboclo Sete Encruzilhadas: Tenda Espírita São Josrge - Ogum Timbiri

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PSICOPICTOGRAFIA OU PINTURA MEDIÚNICA




Psicopictografia ou pintura mediúnica é a faculdade dos médiuns, através dos Espíritos, de realizarem desenhos ou pinturas de quadros com a utilização das mãos, pincéis e muitas vezes com os pés. Precisão e rapidez são habilidades mediúnicas que fazem com que telas sejam terminadas em um tempo médio de dez minutos. É a manifestação dos Espíritos, provando mais uma vez que há vida após a  morte, por meio da arte, com a finalidade, entre outras, de auxiliar o próximo,  curar males do corpo e da alma, de transmitir energias benéficas e positivas. E levar o observador do quadro ao equilíbrio fisicobioespiritual, ou  seja, trazer equilíbrio e melhor qualidade de vida para quem o observa. O significado sempre irá variar de pessoa para pessoa, mas sempre num padrão de equilíbrio  físico, mental e espiritual. Frequentemente são derramadas saúde e paz sobre  todos os que estão ao redor.
  A pintura mediúnica sendo uma inspiração Divina ocorre num momento único, sagrado. Retrata-se e eterniza-se o momento, a cena. É um trabalho de inspiração simultânea, no espaço do nosso tempo, aqui e hoje e outra dimensão, o plano espiritual. Os Espíritos irradiam e canalizam na mente daquele que serve de instrumento (o médium) sua energia e sua inspiração para execução das telas. Cada cor, cada tonalidade, tudo é transformado em ondas de amor e bálsamo curador, para ser levado e distribuído aos mais necessitados.





“O artista verdadeiro é sempre o ‘médium’ das belezas eternas, e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, sabedoria, paz e amor.”
Emmanuel









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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A HISTÓRIA DE EUZALIA ( VOVÓ CATARINA)



"Era noite. Naquele tempo não tínhamos as luzes da civilização. O gemido do negro no poste do martírio fazia com que todos temêssemos por nossas vidas. Ninguém estava seguro. Sinhazinha era temida por toda a negrada e muitas e muitas noites nós passamos ao relento, sem ao menos ter a chance de dormir dentro das senzalas. Era o nosso castigo por sermos negros. Quitéria era uma negra muito bonita e por causa dela todos nós sofríamos.
 Nas noites tristes das senzalas, ouvia-se o som dos nossos tambores. Os tambores de Angola, nossa terra que talvez nunca mais veríamos. Ah! Como era duro ser negro naqueles dias. Nosso destino era servir. Servir até a morte.
 Os tambores tocavam o ritmo cadenciado dos Orixás e nós dançávamos.
 Dançávamos todos em volta da fogueira improvisada ou à luz de tochas ou velas de cera que fazíamos. A comida era pouca, mas para passar a fome nós dançávamos a dança dos Orixás. E assim, ao som dos tambores de nosso povo, nos divertíamos para não morrer de tristeza e sofrimento. Eu era chamada de feiticeira. Mas eu não era feiticeira, era curandeira. Entendia de ervas com as quais fazia remédios para o meu povo e de parto; eu era a parteira do povo de Angola, que estava errando naquela terra de meu Deus. Até que Sinhazinha me tirou do meu povo.
 Ela não queria que eu usasse meus conhecimentos para curar os negros, somente os brancos; afinal negro – dizia ela – tinha que trabalhar e trabalhar até morrer. Depois, era só substituir por outro. Mas Dona Moça não pensava assim. Ela gostava de mim e eu dela. Fui jogada num canto, separada dos outros escravos e todas as noites eu chorava ao saber que meu povo sofria e eu não podia fazer nada para ajudar. De dia descascava coco e moía café no pilão.
 À noite eu cantava sozinha, solitária. E ouvia o cantar triste de meu povo de longe. Ouvia o lamento dos negros de Angola pedindo a Oxalá a liberdade que só depois nós entendemos o que era. E os tambores tocavam seu lamento triste, o seu toque cadenciado, enquanto eu respondia de meu cativeiro com as rezas dos meus Orixás. A liberdade que era cantada por todos do cativeiro, só mais tarde é que nós a compreendemos. A liberdade era de dentro e não de fora.
 Aqueles eram dias difíceis e nós aprendemos com os cânticos de Oxossi e as armas de Ogum o que era se humilhar, sofrer e servir, até que nosso espírito estivesse acostumado tanto ao sofrimento e a servir sem discutir, sem nada obter em troca que a um simples sinal de dor ou qualquer necessidade, nós estávamos ali, prontos para servir, preparados para trabalhar. E nosso Pai Oxalá nos ensinou em meio aos toques dos tambores na senzala ou aos chicotes do capitão, que é mais proveitoso servir e sofrer do que ser servido e provocar a infelicidade dos outros.
 Um dia, vitima do desespero de Sinhá, eu fui levada à noite para o tronco enquanto meus irmãos na senzala cantavam. A cada toque mais forte dos tambores, eu recebia uma chicotada até que, desfalecendo fui conduzida nos braços de Oxalá para o reino de Aruanda. Meu corpo na verdade estava morto, mas eu estava livre, no meio das estrelas de Aruanda. Em meu espírito não restou nenhum rancor, mas apenas um profundo agradecimento aos meus antigos senhores, por me ensinar com o suor e o sofrimento, que mais compensa ser bom do que mau; sofrer cumprindo nosso dever do que sorrir na ilusão; trabalhar pelo bem de todos do que servir de tropeço. Eu Era agora liberta e nenhum chicote, nenhuma senzala poderia me prender, porque agora eu poderia ouvir por todo o lado o barulho dos tambores de Angola, mas também do Kêtu, de Luanda, de Jêje e de todo lugar. Em meio às estrelas de Aruanda eu rezava. Rezava agradecida ao meu Pai Oxalá.
 Assim a companheira Euzália, a querida Vovó Catarina, contou a sua historia da época do cativeiro e a sua libertação do jugo tirano.E continuando falou:
- Fui para Aruanda, lugar de muita paz! Mas eu retornei. Pedi a meu Pai Oxalá que desse oportunidade pra eu voltar ao Brasil pra poder ajudar a Sinhá pois ela me ensinou muita coisa com o jeito dela nos tratar. E eu voltei. Agora as coisas pareciam mudadas. Eu não era aquela nega feia e escrava. Era filha de gente grande e bonita, sabia ler e ensinava crianças dos outros. Um dia bateu na minha porta um homem com uma menina enjeitada da mãe. Era muito esquisita, doente e trazia nela o mal da lepra. Tadinha ! Não tinha pra onde ir e o pai desesperado não sabia o que fazer. Adoptei a pobre coitada, fui tratando aos poucos e quando me casei, levei a menina comigo. Cresceu, deu problema, mas eu a amava muito. Até que um dia ela veio a desencarnar em meus braços, de um jeito que fazia dó. Quando eu retornei pra Aruanda, o que vocês chamam de plano espiritual, ela veio me receber com os braços abertos e chorando muito, muito mesmo. Perguntei por que chorava, se nós duas agora estávamos livres do sofrimento da carne, então ela transformando-se em minha frente, assumiu a feição de Sinhazinha! Ela era a minha Sinhá do tempo do cativeiro.
E nós duas nos abraçamos e choramos juntas. Hoje, trabalhamos nas falanges da Umbanda, com a esperança de passar a nossa experiência pra muitos que ainda se encontram perdidos em suas dificuldades.





Esta história foi retirada do Livro Tambores de Angola,  de autoria de Robson Pinheiro e publicado pela Editora Casa dos Espíritos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

SER FELIZ SÓ DEPENDE DE NÓS



 As estrada que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercida pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.
Ser Feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra.
Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.
No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos.  Como consequência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos.  Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros.  O nosso erro começa quando zelamos pelas outras pessoas e as protegemos, deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.
Construímos castelos no ar, sonhando e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas.
Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino.  Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossa atitudes construtivas ou destrutivas.
A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.
O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz.   Para sentir as primeira ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme sua idade espiritual.
Para ser feliz, basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um único rebanho, do qual, nenhuma ovelha se perderá.
É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito.  Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível.  A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.
Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória à nossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais.  Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades.
Em face de todas essas conjunturas e de outras tantas que não se fizeram objeto de nossas presente reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é, obviamente, meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da eternidade, nas muitas moradas da Casa do Pai.



                                       ISTO É SER FELIZ 

 





 

Retirado do livro: Renovando Atitudes, escrito por Francisco do Espírito Santo Neto, ditado pelo Espírito de Hammed.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

NOSSA FÉ



                  Fé não é uma questão de conveniência. Fé não é uma muleta milagrosa. Fé não é satisfação de caprichos, mas “um meio de demonstrar as realidades que não se vêem”.

                  A fé a qual se referia Jesus Cristo é aquela que vibra no coração das criaturas que acreditam que Deus tudo vê e provê. Essa fé verdadeira, que respeita os ritmos e os ciclos naturais da vida, considera que tudo está certo e nada está fora dos domínios da Ordem Providencial.
          Ter fé é aceitar a dor e a dificuldade em nossas vidas como pedidos de renovação. Ter fé é perceber as nossas limitações e, da mesma forma, as dos outros e perdoar sempre.
          Nossa consciência de vida é diminuta e frágil. Como esperar que um paralítico possa caminhar por uma ladeira íngreme, repleta de fendas e pedregulhos, com precisão e agilidade, sem vacilar? É óbvio que o erro traz conseqüências para quem errou, mas a Vida Maior não tem como método de educação punir ou condenar. Ela visa apenas transformar a “energia do ato” na “consciência do ato”. Em outras palavras, quer que a criatura possa extrair do erro ensinamentos e que fique cada vez mais atento às leis que regem sua existência. Portanto, ter fé é aprender a nos perdoar e aos outros, para que possamos ser perdoados.
          Ter fé é entender que não se consegue paz meramente pedindo, e sim fechando as portas das sensações exteriores a fim de penetrar no sentido interior – a intuição sapiencial.
          Enfim, ter fé é compreender que “Deus está em tudo, e tudo está em Deus”, conforme legitimou Jesus Cristo: “Quem me vê, vê o Pai. Como podes dizer: Mostra-nos o Pai? Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?”. Ou mesmo, quando asseverou “Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeste”.



         
           Francisco do Espírito Santo Neto - Ditado por Hammed, do livro Um Modo de Entender, uma Nova Forma de Viver.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

DEZ DOENÇAS ESPIRITUALMENTE TRANSMISSÍVEIS



É uma selva lá fora, e não deixa de ser uma verdade a respeito da vida espiritual como qualquer outro aspecto da vida. Será que realmente pensamos que só porque alguém tem meditado por cinco anos, ou feito 10 anos de prática de ioga, que será menos neurótico que outra pessoa? Na melhor das hipóteses, talvez eles serão um pouco mais conscientes disso. Um pouco.
  
É por esta razão que eu passei os últimos 15 anos de minha vida pesquisando e escrevendo livros sobre cultivo de discernimento sobre o caminho espiritual em todas as áreas pedregosas – poder, sexo, iluminação, gurus, os escândalos, a psicologia, a neurose - mesmo que a sério, mas simplesmente confusas e inconscientes, as motivações no caminho. Meu sócio (autor e professor Marc Gafni) e eu estamos desenvolvendo uma nova série de livros, cursos e práticas para trazer mais esclarecimentos para essas questões.
  
Vários anos atrás eu passei um verão vivendo e trabalhando na África do Sul. Após a minha chegada, fui imediatamente confrontada com a realidade visceral que eu estava no país com a maior taxa de homicídios do mundo, onde o estupro é comum e mais de metade da população era HIV-positivo – homens e mulheres, gays e heteros iguais .
  
Como eu vim a conhecer centenas de mestres espirituais e milhares de praticantes espirituais através do meu trabalho e viagens, fiquei impressionada pela maneira em que as visões espirituais, perspectivas e experiências tornam-se da mesma forma “infectadas” por “conceitos contaminantes” – compondo um relacionamento confuso e imaturo para princípios espirituais complexos que podem parecer bem invisíveis e insidiosos como uma doença sexualmente transmissível.
  
As seguintes 10 categorizações não se destinam a ser definitivas, mas são oferecidos como uma ferramenta para se tornar consciente de algumas das doenças mais comuns transmitidas espiritualmente.
  
1. A Espiritualidade Fast-Food: Misture a espiritualidade com uma cultura que celebra a velocidade, a multitarefa e gratificação instantânea e o resultado é provável que seja a espiritualidade fast-food. A espiritualidade fast-food é um produto da fantasia comum e compreensível que o alívio do sofrimento da nossa condição humana pode ser rápida e fácil. Uma coisa é certa, porém: a transformação espiritual não pode ser obtida em uma solução rápida.

 2. Falsa Espiritualidade: a espiritualidade do falso é a tendência de falar, vestir e agir como se imagina que uma pessoa espiritual seja. É uma espécie de imitação da espiritualidade que imita a realização espiritual da maneira que o tecido estampado de pele de onça imita a pele genuína de uma onça.

 3. Motivações Confusas: Embora o nosso desejo de crescer seja genuíno e puro, muitas vezes ele se confunde com motivações menores, incluindo o desejo de ser amado, o desejo de pertencer, a necessidade de preencher nosso vazio interno, a crença de que o caminho espiritual removerá o nosso sofrimento e ambição espiritual, o desejo de ser especial, de ser melhor do que, para ser “o único”.
  
4. Identificando-se com Experiências Espirituais: Nesta doença, o ego se identifica com a nossa experiência espiritual e a toma como sua própria, e nós começamos a acreditar que estamos incorporando insights e idéias que surgiram dentro de nós em determinados momentos. Na maioria dos casos,isso não dura indefinidamente, embora tenda a perdurar por longos períodos de tempo para aqueles que se julgam iluminados e / ou que trabalham como professores espirituais.
  
5. O Ego Espiritualizado: Essa doença ocorre quando a própria estrutura da personalidade egóica se torna profundamente integrada com conceitos espirituais e idéias. O resultado é uma estrutura egóica, que é “à prova de bala.” Quando o ego se torna espiritualizado, somos invulneráveis a ajudar, uma nova entrada, ou comentários construtivos. Nos tornamos seres humanos e impenetráveis e estamos tolhidos em nosso crescimento espiritual, tudo em nome da espiritualidade.
  
6. Produção em Massa de Professores Espirituais: Há uma série de atuais tradições espirituais da moda , que produzem pessoas que acreditam estar em um nível de iluminação espiritual, ou mestria, que está muito além de seu nível real. Esta doença funciona como uma correia transportadora espiritual: coloca este brilho, leva àquele insight, e – bam! – Você está iluminado e pronto para iluminar os outros de maneira similar. O problema não é aquilo que tais professores ensinam, mas que representam a si próprios como tendo realizado a mestria espiritual .
  
7. Orgulho Espiritual: O orgulho espiritual surge quando o profissional, através de anos de esforço trabalhado efetivamente alcançou um certo nível de sabedoria e que usa esse conhecimento para se desligar a novas experiências. Um sentimento de “superioridade espiritual” é outro sintoma desta doença transmitida espiritualmente. Ela se manifesta como uma sensação sutil de que “Eu sou melhor, mais sábio e acima dos outros porque sou espiritual”.
  
8. Mente de Grupo: Também conhecido como o pensamento grupal, mentalidade de culto ou doença ashram. A mente de grupo é um vírus insidioso que contém muitos elementos tradicionais da co-dependência. Um grupo espiritual faz acordos sutis e inconscientes sobre as formas corretas de pensar, falar, vestir e agir. Indivíduos e grupos infectados com o “espírito de grupo” rejeitam indivíduos, atitudes e circunstâncias que não estão em conformidade com as regras, muitas vezes não escritas do grupo.

 9. O Complexo de Povo Escolhido: O complexo de pessoas escolhidas não se limita aos judeus. É a crença de que “O nosso grupo é mais poderoso, iluminado e evoluído espiritualmente, e simplesmente colocado, melhor do que qualquer outro grupo.” Há uma distinção importante entre o reconhecimento de que alguém encontrou o caminho certo, p professor, ou comunidade para si, e tendo encontrado aquele, O Único.
  
10. O Vírus Mortal: “Eu Cheguei”: Esta doença é tão potente que tem a capacidade de ser terminal e mortal para a nossa evolução espiritual. Esta é a crença de que “Eu cheguei” na meta final do caminho espiritual. Nosso progresso espiritual termina no ponto em que essa crença se cristalizou em nossa psique, no momento em que começamos a acreditar que chegamos ao fim do caminho, um maior crescimento cessa.


“A essência do amor é a percepção”, de acordo com os ensinamentos de Marc Gafni, “Portanto, a essência do amor próprio é a auto percepção Você só pode se apaixonar por alguém que você pode ver claramente – incluindo a si mesmo. Amar é ter olhos para ver. É só quando você se vê claramente que você pode começar a se amar “.
 À medida que enfrentamos nossos obstáculos para o crescimento espiritual, há momentos em que é fácil cair em um sentimento de desespero e auto diminuição e perder nossa confiança no caminho. Precisamos manter a fé em nós mesmos e nos outros, a fim de realmente fazer a diferença neste mundo.






Por Mariana Caplan, Ph.D.
Autora de “Eyes Wide Open” (Olhos Bem Abertos)
Cultivando o Discernimento no Caminho Espiritual