sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A FORÇA DAS ORAÇÕES



Por muitos e muitas anos, desde nossa infância, nossos pais nos ensinam que devemos rezar para o “Papai do Céu” e agradecer a ele pelo dia que se passou ou ainda vai se passar e, intuitivamente o fazemos e compreendemos que, através da reza ou oração, estamos conversando com Deus.
Mais adiante, quando amadurecemos, nos tornamos adultos e às vezes até nos esquecemos de “conversar com Deus”.
Mas será que conversamos com Deus mesmo através das rezas e orações?
Será que Deus nos escuta, a cada um de nós e atende somente àqueles a quem ele julga merecerem?
Ou será a oração um processo muito mais intrínseco do que possa parecer?
Analisemos pausadamente.
O que fazemos quando oramos?
Levantamos nossos pensamentos para o Céu e imaginamos (olha só o primeiro resquício de mentalização) que Deus está lá a nos escutar, certo?
Alguns repetem palavras (orações padronizadas) que lhes foram passadas como “chaves” para o alcance da benevolência divina e, nesses casos, às vezes até mecanicamente, sem lhes dar o sentido real e profundo que possam ter. Estou certo ou não estou?
Sabemos que a figura personificada de Deus (o tal velhinho de barbas, por exemplo) é apenas fruto do imaginário, ou seja, cada um imagina o Deus como pensa que ele seja.
E se ele não for como os de raça amarela pensam ser, ou os de raça negra, ou mesmo os de raça branca?
Você tem que entender que cada um vê seu Deus e a ele presta homenagens como se fosse da raça a que pertence – os africanos o vêem negro, os japoneses e chineses o vêem com olhos puxadinhos, os europeus e os ocidentais o vêem como um senhor branco e barbudo ...
E há ainda aqueles que crêem ser Deus, na verdade uma Deusa, mãe geradora de tudo e todos.
Heresia? Será?
Já pensou sobre isso?
Muito mais que uma conversa com Deus, seja lá que Deus queiram cultuar, a oração tem que ser uma forma de se extravasar emoções, saindo de nosso “mundinho” interior e abrindo nossos corações para possíveis contatos com seres e/ou energias que, de uma certa forma, nos acudam.
Mas isso aí ainda está dentro do exotérico.
Na verdade, o que o iniciado em Umbanda ou qualquer outra religião tem que aprender, é que através da oração pode-se criar pensamentos e formas-pensamento em situações tais que eles próprios, e não necessariamente Deus, atuem de volta no próprio EU de quem ora.
A própria palavra “ORAÇÃO”, poderíamos dizer que se forma de duas outras “ORA de oral e AÇÃO de agir. Se a entendermos assim compreenderemos que se trata de uma ação (atitude) oral (verbalizada, falada) com algum fim específico.
Uma oração, para que atinja todo o potencial deveria ser composta de:

1) Texto escrito ou criado no momento, que oriente o orador sobre o que deve estar pensando enquanto ora;
2) Auto-entrega máxima do orador aos sentidos do que é falado, o que envolve concentração, para que a mente não se perca em outras coisas paralelas e mentalização das imagens descritas pelo texto;
3) Estado mental e emocional apropriado para que se formem as imagens mentais mais nítidas possível ao nível Astral .

Vista desse modo, percebemos que não deve ser apenas o recitar de textos preconcebidos, ainda que se o faça ao nível de mantras, ou seja, repetindo, repetindo, repetindo... Não estou querendo dizer que a repetição não é benfazeja –  mas que funcionará muito mais se, junto com a energia das palavras existirem outras energias complementares.
Para uma oração ser completa o item 3 acima citado deve ser tal que promova:

a) Abertura ou relaxamento de Aura;
b) Firmeza na mentalização do que pronuncia;
c) Projeções Mentais, FIRMES, de seus pedidos.

E para melhores resultados ainda, se o(a) orador(a) estiver criando sua oração no momento em que a dirige, conta com a certeza de estar emocionalmente ligado a cada palavra proferida, o que acarreta em também estar, mesmo que não se aperceba, criando mais fortemente as imagens mentais que pretende projetar ou receber.
Nada contra as orações escritas. De uma certa forma elas são bastante válidas para os iniciantes e, principalmente para quem ainda não consegue transformar o que lhe vai na alma, no interior, em palavras. Fica, no entanto, especificado que, nesse caso, esse iniciante deve buscar em si as melhores formas de aprender essa forma de verbalização , seria como uma mensagem ou pedido da própria alma.













Texto retirado do livro Umbanda Sem Medo
De Claudio Zeus



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