É muito grande o número
dos que, advindo de outros credos religiosos, procuram, na Umbanda, a solução
para seus problemas. Batem às portas de centros, terreiros, tendas e templos,
recheados de necessidades, seja de ordem material ou espiritual, seja pela saúde
do corpo ou do espírito, seja pela miséria ou pelo crescimento financeiro, e os
mais variados motivos.
Quando atenciosamente
recebidos pelo dirigente da casa, e no desejo de ver suprido suas necessidades,
expõe seus problemas, com simplicidade ou dramatizando os fatos para melhor ser
entendido, ou para ter prioridade no atendimento, ou coisa assim.
E quando os resultados são
positivos, nasce a DEVOÇÃO. Essa devoção é estimulada por um senso de
insuficiência ou incapacidade de lidar ou resolver seus próprios problemas, se
é que eles realmente existem!.
Existem aqueles que
abordam o caminho espiritual por motivos positivos. Estas pessoas precisam de
orientação, esclarecimento, acompanhamento, estudo e muita prática, de como
lidar com a espiritualidade. Embora sua motivação inicial possa ter sido muito
efusiva, elas ainda estão incertas a respeito de como relacionar-se com os
ensinamento, sentem que são preciosos, muito ricos para que possam dirigi-los.
Quanto mais incapacitadas se sentem, mais devotas se tornam. Essa forma de
devoção, implica na super valorização do seu atendente. Quanto mais se diminui,
mais o outro lhe parece grande, santo, perfeito, capaz de não se deter em
nenhum obstáculo, e mais se inclina a dar alguma coisa a este poderoso,
esquecendo-se que ele é um ser humano, e capaz de cometer erros.
Mas, o que se quer em
troca? Eis o problema.
Continuar livre dos
problemas, da dor, da miséria, da infelicidade?
Como existe uma máxima
divina “FAÇA POR ONDE, QUE EU TE AJUDAREI”, é preciso, interiorizar os
ensinamentos, e exteriorizar a prática dos princípios cristãos para com o
próximo, caso contrário, pela convivência constante, começará a ver os defeitos
daquele que até então, era santo e perfeito. E neste estágio, ocorrerá o
afastamento, o abandono, a descrença na religião.
O caminho espiritual não é
divertido e nem fácil, é melhor nem começá-lo.
Mas, se precisamos
fazê-lo, então sigamos até o fim, porque, se desistirmos, o trabalho inacabado
nos perseguirá o tempo todo.
A outras classe é daqueles
que buscam este caminho, para satisfazer meros caprichos pessoais, ou
ambiciosos projetos de crescimento, fazendo dos espíritos, seus empregados,
capachos ou cupidos, não importa os meios, vale o resultado final. Mas, um dia,
eles acordarão!..
Coletânea de texto AELA
Nenhum comentário:
Postar um comentário