Sabemos que muitas
entidades espirituais responsáveis, como são todas as de Umbanda, podem pedir
uma “oferenda” não para si diretamente, mas para a manipulação das forças sutis
e mesmo de um reajuste vibracional ao interessado.
Com o que afirmamos,
estamos refutando, dentro dos conceitos mais superiores de Umbanda, as ditas
“comidas de santo” e outras tantas oferenda grosseiras, pesadas, que se
afinizam mais com as entidades materializadas e infelizes habitantes do
sub-mundo, do baixo astral. Estamos querendo explicar o aspecto correto, o
menos prejudicial, pois a quase totalidade dos filhos de fé não tem um conceito
preciso do significado oculto, real das oferendas. Sabendo ou não, estão
invocando os espíritos elementares, os quais, por estagiarem em determinados
sítios vibracionais da natureza, atuam de forma direta, patente e positiva,
mormente através das oferendas corretas, acontecendo o inverso nas oferendas
grosseiras, pesadas e mesmo incorretas. Invocá-los através de oferendas
ritualísticas tem seus fundamentos, suas “mirongas”.
Para isso, faz-se
necessário que entendamos o que sejam os sítios vibracionais, habitat astral
dos espíritos elementares. Estes são sítios ou locais, em plena natureza, de
reajustamento vibracional, do equilíbrio astro-mental e até de ordem física,
somática, para todos, mas em especial aos filhos de fé que são médiuns de
Umbanda, que através do sucessivos transes mediúnicos e mesmo porque, em geral,
suas ações contrariam um “astral inferior”. Assim constantemente há necessidade
de reequilibrarem seus Núcleos de Forças (Chacras), haurirem “energias vivas” com certa classe de
espíritos ditos como elementares.
Nesses sítios vibracionais
que estamos citando estagiam elementares superiores, sendo tais sítios
mananciais de várias energias naturais e também condensadoras de outras
energias cósmicas, oriundas de altas esferas da Espiritualidade Superior.
Condensam e refletem essas energias, em obediência a determinados ciclos e
ritmos, sobre todos que lhe buscam. É de vital importância saber-se que em
todos os sítios vibracionais encontraremos sempre os 3 reinos, a saber: reino
animal, reino vegetal e reino mineral.
Os 7 sítios vibracionais
principais são: mar, praia, rio, cachoeira, montanha, pedreira, mata.
No mar encontramos uma
vasta e rica flora e fauna e extensa família mineralógica, a qual empresta ao
mesmo sua composição salina similar ao plasma humano. Só por esse fator,
pode-se imaginar sua utilidade na manutenção da vitalidade do indivíduo.
A movimentação do mar,
através de suas marés, é responsável por vários ciclos e ritmos, os quais
refletem o próprio ciclo e ritmo cósmico. A predominância absoluta é do
elemento hídrico, o qual é condutor, fluente, vitalizador e, principalmente,
fertilizante. Tudo é movimento no seu incessante vai e vem, é a própria
pulsação da vida, com sua expansão e contração, cheia ou vazante.
O mar leva tudo que seja
negativo, transforma-o, reverte-o em positivo e devolve tudo. Seu próprio som
expressa essa possante e magnífica transformação. É a própria sinfonia dos
ciclos e ritmos concretizados. Poucos são os filhos terráqueos que compreendem
ou conseguem codificar a “linguagem do mar”, o verdadeiro lamento da
“mãe-d’água”.
Observamos que tudo no mar
é movimento, prestando-se, assim, para efeitos de magia etéreo-física ou ação
magística, a uma ação rápida e eficiente, que deve, segundo as finalidades e na
dependência do “trabalho”, ser “alimentado”, “renovado”.
A praia tem praticamente a
mesma composição do mar, sendo condensadora, plasmadora por excelência e também
fertilizante e propiciatória. Tal como o mar, a praia, através de seus ciclos e
ritmos particulares, presta-se à manutenção da cito arquitetura das células
orgânicas, ativando-lhe também a fisiologia. O mesmo acontece com o campo
áurico, eletromagnético (corpo etérico), corpo astral e corpo mental. Faz
também um potente equilíbrio elétrico, desimpregnando, descarregando excessos
de cargas, promovendo o equilíbrio da energia interna do indivíduo. Esse
equilíbrio elétrico reestrutura o sistema nervoso. Todo o sistema endócrino
também é reequilibrado, desde a epífise, a glândula da vida mental e
espiritual, até as gônodas.
O mar e a praia também se
prestam a preservar, conservar, acalmar, fertilizar, tornar propiciatório e
fazer fluírem as energias positivas, neutralizando e transformando as cargas
negativas.
O rio é essencialmente
condutor, fluente, sem ser condensador; faz as energias fluírem e também
vitaliza. Assim como no mar há predominância dos elementos hídricos, secundados
pelos elementares telúricos. É de suma importância numa purificação
astro-física do indivíduo e na eliminação de cargas negativas.
Na cachoeira encontramos
elementos coesivos das pedras (mineral) e água potencializada, pela queda da
cachoeira, produzindo ou conduzindo várias formas de energias. Há um predomínio
dos elementos hídricos e ígneo (energia de queda). Como a água flui num só
sentido, ela purifica, descarrega, vitaliza e equilibra vários éteres
interiores, inclusive o kundalini e outras formas de ativação do nível
consciencional. Fortalece purificando, higienizando, direcionando. No corpo
físico denso, promove o equilíbrio hormonal e hidro-eletrolístico,
estabilizando as membranas celulares (forma), todas as dimensões e funções,
acarretando perfeito equilíbrio eletromagnético e mantendo toda a homeostasia
astro-física.
A pedreira é
essencialmente ígnea-telúrica, devido a sua energia armazenada, sua energia de
coesão, sua energia interna. Reestrutura a forma, regenera, fixa, condensa,
plasma e, a nível do indivíduo, dá-lhe resistência mental, astral e física,
como dissemos, através das atividades alhures citadas.
Na mata há predominância
dos elementos eólico e telúrico. Nas montanhas acontece o mesmo, havendo
predominância quase que total de elementos eólicos. A mata condensa prana,
energia vital, restabelece a fisiologia orgânica, principalmente a psíquica.
Fortalece o aura, o campo astral, o eletromagnetismo, a saúde, o mediunismo,
fixando, plasmando forças sutis.
Os 7 sítios vibracionais
citados em verdade são condensações, através dos ciclos e ritmos, das forças
sutis, são as manifestações das mesmas presididas pelos Orixás. São esses 7
sítios, pois, elo de ligação ou canal dimensional entre o reino humano e o dos
elementares, e o dos humanos com o dos Orixás. É o portal dimensional (cada
sítio), entre o homem e o que há de elementar em si, e também entre o homem e
sua energia espiritual, seu Genitor Divino – o Orixá.
São, pois, esses sítios
vibracionais veículos de canalização das energias dos Orixás, em forma de Luz,
Sabedoria, Amor, Paz, Beleza, Harmonia, Vontade e Realização.
(F. Rivas Neto, do Livro O
Arcano dos Sete Orixás)
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