quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

SÍTIOS VIBRACIONAIS




Sabemos que muitas entidades espirituais responsáveis, como são todas as de Umbanda, podem pedir uma “oferenda” não para si diretamente, mas para a manipulação das forças sutis e mesmo de um reajuste vibracional ao interessado.

Com o que afirmamos, estamos refutando, dentro dos conceitos mais superiores de Umbanda, as ditas “comidas de santo” e outras tantas oferenda grosseiras, pesadas, que se afinizam mais com as entidades materializadas e infelizes habitantes do sub-mundo, do baixo astral. Estamos querendo explicar o aspecto correto, o menos prejudicial, pois a quase totalidade dos filhos de fé não tem um conceito preciso do significado oculto, real das oferendas. Sabendo ou não, estão invocando os espíritos elementares, os quais, por estagiarem em determinados sítios vibracionais da natureza, atuam de forma direta, patente e positiva, mormente através das oferendas corretas, acontecendo o inverso nas oferendas grosseiras, pesadas e mesmo incorretas. Invocá-los através de oferendas ritualísticas tem seus fundamentos, suas “mirongas”.

Para isso, faz-se necessário que entendamos o que sejam os sítios vibracionais, habitat astral dos espíritos elementares. Estes são sítios ou locais, em plena natureza, de reajustamento vibracional, do equilíbrio astro-mental e até de ordem física, somática, para todos, mas em especial aos filhos de fé que são médiuns de Umbanda, que através do sucessivos transes mediúnicos e mesmo porque, em geral, suas ações contrariam um “astral inferior”. Assim constantemente há necessidade de reequilibrarem seus Núcleos de Forças (Chacras), haurirem  “energias vivas” com certa classe de espíritos ditos como elementares.

Nesses sítios vibracionais que estamos citando estagiam elementares superiores, sendo tais sítios mananciais de várias energias naturais e também condensadoras de outras energias cósmicas, oriundas de altas esferas da Espiritualidade Superior. Condensam e refletem essas energias, em obediência a determinados ciclos e ritmos, sobre todos que lhe buscam. É de vital importância saber-se que em todos os sítios vibracionais encontraremos sempre os 3 reinos, a saber: reino animal, reino vegetal e reino mineral.






Os 7 sítios vibracionais principais são: mar, praia, rio, cachoeira, montanha, pedreira, mata.

No mar encontramos uma vasta e rica flora e fauna e extensa família mineralógica, a qual empresta ao mesmo sua composição salina similar ao plasma humano. Só por esse fator, pode-se imaginar sua utilidade na manutenção da vitalidade do indivíduo.

A movimentação do mar, através de suas marés, é responsável por vários ciclos e ritmos, os quais refletem o próprio ciclo e ritmo cósmico. A predominância absoluta é do elemento hídrico, o qual é condutor, fluente, vitalizador e, principalmente, fertilizante. Tudo é movimento no seu incessante vai e vem, é a própria pulsação da vida, com sua expansão e contração, cheia ou vazante.

O mar leva tudo que seja negativo, transforma-o, reverte-o em positivo e devolve tudo. Seu próprio som expressa essa possante e magnífica transformação. É a própria sinfonia dos ciclos e ritmos concretizados. Poucos são os filhos terráqueos que compreendem ou conseguem codificar a “linguagem do mar”, o verdadeiro lamento da “mãe-d’água”.

Observamos que tudo no mar é movimento, prestando-se, assim, para efeitos de magia etéreo-física ou ação magística, a uma ação rápida e eficiente, que deve, segundo as finalidades e na dependência do “trabalho”, ser “alimentado”, “renovado”.

A praia tem praticamente a mesma composição do mar, sendo condensadora, plasmadora por excelência e também fertilizante e propiciatória. Tal como o mar, a praia, através de seus ciclos e ritmos particulares, presta-se à manutenção da cito arquitetura das células orgânicas, ativando-lhe também a fisiologia. O mesmo acontece com o campo áurico, eletromagnético (corpo etérico), corpo astral e corpo mental. Faz também um potente equilíbrio elétrico, desimpregnando, descarregando excessos de cargas, promovendo o equilíbrio da energia interna do indivíduo. Esse equilíbrio elétrico reestrutura o sistema nervoso. Todo o sistema endócrino também é reequilibrado, desde a epífise, a glândula da vida mental e espiritual, até as gônodas.

O mar e a praia também se prestam a preservar, conservar, acalmar, fertilizar, tornar propiciatório e fazer fluírem as energias positivas, neutralizando e transformando as cargas negativas.

O rio é essencialmente condutor, fluente, sem ser condensador; faz as energias fluírem e também vitaliza. Assim como no mar há predominância dos elementos hídricos, secundados pelos elementares telúricos. É de suma importância numa purificação astro-física do indivíduo e na eliminação de cargas negativas.

Na cachoeira encontramos elementos coesivos das pedras (mineral) e água potencializada, pela queda da cachoeira, produzindo ou conduzindo várias formas de energias. Há um predomínio dos elementos hídricos e ígneo (energia de queda). Como a água flui num só sentido, ela purifica, descarrega, vitaliza e equilibra vários éteres interiores, inclusive o kundalini e outras formas de ativação do nível consciencional. Fortalece purificando, higienizando, direcionando. No corpo físico denso, promove o equilíbrio hormonal e hidro-eletrolístico, estabilizando as membranas celulares (forma), todas as dimensões e funções, acarretando perfeito equilíbrio eletromagnético e mantendo toda a homeostasia astro-física.

A pedreira é essencialmente ígnea-telúrica, devido a sua energia armazenada, sua energia de coesão, sua energia interna. Reestrutura a forma, regenera, fixa, condensa, plasma e, a nível do indivíduo, dá-lhe resistência mental, astral e física, como dissemos, através das atividades alhures citadas.

Na mata há predominância dos elementos eólico e telúrico. Nas montanhas acontece o mesmo, havendo predominância quase que total de elementos eólicos. A mata condensa prana, energia vital, restabelece a fisiologia orgânica, principalmente a psíquica. Fortalece o aura, o campo astral, o eletromagnetismo, a saúde, o mediunismo, fixando, plasmando forças sutis.

Os 7 sítios vibracionais citados em verdade são condensações, através dos ciclos e ritmos, das forças sutis, são as manifestações das mesmas presididas pelos Orixás. São esses 7 sítios, pois, elo de ligação ou canal dimensional entre o reino humano e o dos elementares, e o dos humanos com o dos Orixás. É o portal dimensional (cada sítio), entre o homem e o que há de elementar em si, e também entre o homem e sua energia espiritual, seu Genitor Divino – o Orixá.

São, pois, esses sítios vibracionais veículos de canalização das energias dos Orixás, em forma de Luz, Sabedoria, Amor, Paz, Beleza, Harmonia, Vontade e Realização.












(F. Rivas Neto, do Livro O Arcano dos Sete Orixás)

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