Sentados nas fileiras dos
consulentes, olhamos para dentro do congá e vemos nestes médiuns a
espiritualização que almejamos.
São como que mensageiros,
verdadeiros anjos, seres especiais, com uma grande missão: amparar e ajudar a
humanidade! Por estar próximo a estes seres humanos diferentes sentimos a
grande aura do espírito que se comunica, e um facho da essência de DEUS.
Médiuns de UMBANDA e suas entidades, para quem olha de fora são médicos de
DEUS, com poder de abrandar nossas dores físicas e curar os males do corpo. São
advogados dos CÉUS, com missão de fazer a justiça de que necessitamos. São
senhores da MAGIA capazes de transformar pó em ouro, escriturários em doutores,
auxiliares em chefes, indiferença em AMOR, ignorância em SABER. É ISTO MESMO?
Sentado nas fileiras dos
consulentes, é isto mesmo!
Após adentrar para a
corrente mediúnica observo como os médiuns de UMBANDA são pessoas comuns, com
profissões comuns, com vida comum, pensamentos comuns. E em alguns casos com
suas mágoas, problemas, vaidades. Como entender isto? Em pessoas
especiais, médiuns que acoplam em seus corpos seres divinos, como entender que
os conselhos, a sabedoria, a determinação e a coragem de seus guias não
transformem seus mentais, não toque em seus corações, como entender isto?
Não espere resposta a este
conflito nas próximas linhas, pois eu não entendo! Mas, refletindo sobre isto,
um destes enviados divinos assopra aos meus ouvidos: Lembra-se do que é
merecimento, liberdade de escolha, dívidas passadas, carmas e justiça divina?
Lembra-se filho?
Conforme vamos seguindo
neste caminho escolhido, o “caminho espiritual”, começamos a entender algumas
das máximas Umbandistas de uma maneira intima: umbanda é a escola da vida,
acolher a todos e a nenhum virar as costas, aprender com quem saiba mais
ensinar a quem saiba menos.
Dentro do terreiro é o
melhor lugar para exercitar a tolerância, aceitar as diferenças, propagar o
perdão, respeitar os diferentes níveis de cada um, seja social, cultural, moral
ou evolutivo. É o lugar certo para se aprender que a justiça divina existe e a
esta justiça não se contesta, se aceita, pois desconhecemos os direitos e
deveres de cada um perante DEUS.
E justiça não é aquilo que
nos favorece, justiça é algo de DEUS para com todos.
O caminho espiritual é um
caminho solitário onde alguns são tocados e outros não, mas todos estão no
caminho e em algum momento nesta caminhada, em diferentes épocas e estágios,
todos deveram ser tocados pelo respeito às diferenças e pela aceitação das
mesmas. Além da resignada lição de todos os dias que a escola da vida nos
ensina.
Por: Antonio Biso dos
Santos
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