Em conhecida passagem do
Evangelho, Jesus afirma que o Pai Celeste trabalha até agora e que Ele também
trabalha.
Trata-se de um
interessante ensino, em um mundo que não costuma perceber o trabalho como uma
bênção.
Em todos os quadrantes das
atividades humanas, é possível observar criaturas queixosas e insatisfeitas.
Quase todas pedem socorro.
Raras amam o esforço que
lhes foi conferido.
A maioria revolta-se
contra o gênero de seu trabalho.
Os que varrem a rua querem
ser comerciantes.
Os comerciantes desejam a
condição de industriais.
Os trabalhadores do campo
preferem a existência na cidade.
Quem obedece almeja
mandar.
Os convocados aos altos
postos falam do peso de suas atribuições.
O problema, contudo, não é
de gênero de tarefa, mas de compreensão da oportunidade recebida.
De modo geral, as queixas,
nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente.
Trata-se do desejo de
conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas do próprio passado.
O anseio pelas altas
posições sinaliza uma visível vaidade.
O desejo de muito ganhar e
pouco fazer evidencia ganância e preguiça.
Todo homem é herdeiro de
si mesmo, em especial quanto a seus pendores e aptidões.
Ele é sabiamente colocado
pela vida nas posições mais adequadas ao próprio burilamento.
Por certo o esforço
individual tem o seu papel a cumprir nos destinos humanos.
É sempre louvável o homem
que vence as injunções de sua vida e supera todos os obstáculos.
Contudo, enquanto atua em
determinada área, deve honrá-la e honrar-se com o seu desempenho profissional.
No contexto de uma única
vida material, nem todos podem mandar ou deter as posições de fortuna.
Estas se alteram conforme
as necessidades de experiência das criaturas.
As posições modestas
costumam ser das mais úteis no aprendizado da obediência, da humildade e da
frugalidade.
Já as altas colocações são
convites à doação ao semelhante.
Não se destinam a
satisfazer a vaidade, mas a realizar o bem coletivo.
O importante é valorizar o
trabalho, conforme se apresente.
Trabalhar é uma bênção e
um dever incontornável.
Nesse sentido, Jesus
afirmou que Deus não cessa de agir em Sua obra eterna de amor e sabedoria.
Também aduziu que Ele
próprio Se dedica de modo incansável à raça humana.
Assim, quando sentir
cansaço ou vontade de reclamar, lembre-se de que Jesus está trabalhando.
A Humanidade começou ontem
seu humilde labor.
Mas o Mestre Se esforça
por todos desde quando?
Pense nisso.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 4, do livro
Caminho, verdade e vida,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier,
ed. Feb.
Em 05.04.2012.
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