Quando a ingratidão te
bater à porta, não digas: nunca mais ajudarei a ninguém!
Quando a impiedade
daqueles a quem beneficiaste chegar ao teu lar, não exclames: para mim, chega!
Não sofras e nem te
arrependas de ter ajudado.
Nem reclames: e eu que
lhes dei tudo!
Não retribuas mal por mal,
pois que assim, vitalizarás o próprio mal.
O bem que se faz a alguém
é sempre luz que se acende na intimidade.
Naturalmente, gostarias de
receber gratidão, amizade, compreensão. Todos apreciamos experimentar os frutos
da gratidão.
Pensa que a árvore jamais
pergunta a quem lhe colhe os frutos para onde os carregará ou o que pretende
fazer deles.
Ela se felicita por poder
dar. Por se multiplicar através da semente que, atirada ao solo, o abençoa com
novas dádivas de alegria.
Segue-lhe o exemplo.
Teus frutos bons, que
produzam bons frutos além...
Tuas nobres tarefas, que
se desdobrem em tarefas superiores mais tarde.
Fica com a alegria de
fazer, de doar. Nunca com a idéia de colher reconhecimento ou gratidão.
Porque esperar gratidão
pode ser também uma espécie de pagamento.
Sê tu sempre grato, mas
não esperes pelo reconhecimento de ninguém.
O bem que faças, viajando
sem parar em muitos corações, espalhará luz no longo curso da tua vida.
Amanhã ou depois, nos
caminhos sem fim do futuro, mesmo que não o saibas ou que o tenhas esquecido,
esse bem te alcançará, mais formoso, mais fecundo.
Assim, prossegue ajudando
sempre. Observa como age a natureza:
O rio não cogita de
examinar as bênçãos que conduz em suas águas, nem interpela o solo por onde
segue.
Deixa-se jorrar, beneficiando
a terra, a agricultura, as gentes.
O perfume, bailando no ar,
nada pede para se espalhar até onde possa.
O grão não espera nada,
além de ser triturado, para se converter em alimento.
O sol não escolhe lugar
para visitar com luz, calor e vida.
A chuva não tem
preferência por onde espalhar vitalidade.
Todos cooperam em nome da
divindade, sem exigências e sem reclamações.
São úteis e passam. Nada
esperam, nada impõem.
Age desta forma, tu
também, e transforma-te num cálice de bênçãos, servindo sempre.
Se a tristeza te visitar a
alma, ante a ingratidão de tantos a quem doaste o que possuías de melhor,
recorda o Mestre de todos nós.
Ele disse que estava no
meio de nós, como aquele que serve.
E, tendo derramado o seu
amor, plenificando de vida a todos os que dele se aproximaram, recebeu na hora
extrema a ingratidão do abandono.
Mesmo assim, até hoje Ele
prossegue, convidando: "Vinde a mim. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ninguém vai ao Pai senão por mim".
(FONTE: Livro
"Dimensões da Verdade", Capítulo "Benefício e gratidão"; do
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco).
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