Quando alguém pergunta se
somos honestos, em princípio, ficamos indignados, só em pensar que alguém
duvide de que o somos.
No entanto, é importante
que reflitamos um pouco a respeito da honestidade.
Grande parte de nós nos
dizemos honestos, mas será que verdadeiramente o somos?
Quando limpamos o jardim,
por exemplo, nunca jogamos a sujeira no quintal do vizinho?
Saindo de um emprego,
damos entrada no Seguro Desemprego. Logo, estamos empregados novamente.
Comunicamos ao órgão competente que não necessitamos mais receber o seguro ou
pedimos ao novo patrão que espere alguns meses para fazer o registro na
carteira para que possamos receber em dobro?
Se estamos dirigindo um
veículo e raspamos noutro que está estacionado, cujo dono não está por perto
- qual é a nossa atitude? Damos no pé ou
deixamos um bilhete com o telefone para posterior contato?
Enfrentamos com
honestidade a longa fila dos bancos, teatros, repartições, etc. ou sempre
ficamos procurando um conhecido ou um jeito qualquer de passar à frente dos que
chegaram antes de nós?
Se vamos a um espetáculo
qualquer, costumamos marcar os lugares com bolsas, carteiras ou outros objetos,
para que nossos amigos, que cheguem em cima da hora, possam ocupar os melhores
lugares, em detrimento dos que se esforçam e chegam cedo?
Se em épocas de eleições
necessitamos pintar a casa, colocar vidros nas janelas, ou temos outra
necessidade qualquer, procuramos um candidato para oferecer o nosso voto em
troca de tais benefícios ou esperamos até que as possamos efetuar com nossos
recursos?
Tendo urgência no despacho
de um processo em determinado órgão, esperamos o trâmite natural ou tentamos
dar um jeitinho de ludibriar os que não têm condições de dar o conhecido jeitinho?
Se trabalhamos no setor de
compras de uma empresa, procuramos realmente os melhores preços e condições de
pagamento, pensando exclusivamente no melhor para a nossa empresa, ou compramos
onde nos ofereçam mais vantagens pessoais?
Ouvimos, várias vezes, o
jargão popular afirmar que todo homem tem um preço. No entanto, para a
honestidade não há preço, não há barganha, não há corrupção, nem corruptores. A
dignidade de um ser humano honesto não tem preço, pois seu valor é inestimável.
Dessa forma, poderíamos alterar o jargão popular e dizer: todo homem desonesto
tem um preço, porque a dignidade jamais se corrompe.
Se ainda não conquistamos
a virtude da honestidade como deve ser, lutemos por conquistá-la, a fim de
podermos olhar no espelho e não nos envergonharmos da figura ali
refletida. Olhar nos próprios olhos e
nada ter que censurar.
* * *
Ser honesto é agir de
conformidade com as Leis Divinas. É não tentar ludibriar a própria consciência
porque, mais cedo ou mais tarde, ela nos apresentará a conta dos nossos
equívocos.
Se o honesto hoje ainda é
uma raridade, podemos inverter esse
quadro, engrossando as fileiras dos que são verdadeiramente honestos. Agindo
assim, de nada teremos que nos arrepender.
Redação do Momento
Espírita.
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