Irmãos,
Na abertura do Capítulo
IX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, com muita propriedade , escolheu a frase inesquecível de Nosso Senhor
Jesus Cristo:
“Bem aventurados os
mansos, porque eles herdarão a terra!” (Mateus, 5: 5)
Por muitos séculos, a
frase augusta do divino Mestre restou não compreendida pela coletividade cristã
na face terrestre. Afinal, que terra prometida é essa a que se refere o Cristo,
reservando-a aos brandos de coração e aos humildes do espírito?
Não obstante o aspecto profundo,
muitas vezes atribuindo às palavras iluminadas de Jesus de Nazaré o sentido figurado,
em que muitos estudiosos da letra cristã consideraram essa terra sob o significado
espiritual da terra simbólica da paz reinante nos corações dos justos, forçoso
é reconhecermos que o real alcance da promessa do Cristo a esse respeito vai
mais longe. Os mundos, estâncias de trabalho e aperfeiçoamento que enxameiam a
colmeia universal da Criação divina, também progridem espiritualmente, galgando
novos postos de serviço como educandários valiosos dos espíritos de suas humanidades
correlatas, em contínuo processo de ascensão. À medida que avançam as noções superiores
do espírito encarnado, levantando o próprio olhar para as realidades da vida imperecível,
soa o clarim de uma nova era para as coletividades humanas sedentas de paz e de
progresso.
É chegado o momento de
novo degrau evolutivo para a casa planetária a que chamamos Terra. O prazo de
20 séculos da mensagem espiritual do Mestre inesquecível, desde sua passagem renovadora
às margens do mar da Galileia, chegará no próximo ano de 2030. Desde o advento
do novo século XXI, por determinação superior, apenas têm acesso à porta da reencarnação
os espíritos que atingiram em suas conquistas espirituais a mansidão, a brandura
e a humildade. Aqueles que não souberam adquirir esses patrimônios morais na
contabilidade de seus créditos pessoais, no transcurso de suas sucessivas reencarnações
em 20 séculos de vida cristã na face da Terra, serão, como já estão sendo, conduzidos
a mundos de expiação e provas que se lhes afinem com as tendências inferiores e
infelizes.
Os bons alunos, que se têm
esforçado por domar as suas más tendências, reajustando os corações em sintonia
com o amor universal e a sabedoria de todos os tempos, são estes que o divino
Mestre apelida de brandos e humildes, mansos e pacíficos, que hão de herdar a
nova Terra. Muitos deles já estão entre vós, apresentando-se com a infância natural
de seus primeiros anos de crianças terrestres.
À medida que forem chegando
à juventude e à madureza, contudo, assumirão cada vez mais o relevante papel
para o qual foram chamados na sociedade terrestre, o que imprimirá vigorosa
transformação no ambiente conturbado que ainda vos envolve o cotidiano.
Aproximasse a fase final
desta transição que haverá de elevar a Terra à condição de “mundo regenerado”
para a qual se destina. Este período final será justamente aquele entre o centésimo
aniversário do nascimento do apóstolo consolador Chico Xavier, a comemorar-se
no próximo ano de 2010, em 2 de abril, e o aniversário do bicentenário do advento
do Consolador prometido pelo Cristo, a comemorar-se no futuro ano de 2057, mais
precisamente no dia 18 de abril.
Até lá ainda experimentareis
os estertores da vida sombria dos sentimentos inferiores que ainda vos circundam
a existência, fadada, invariavelmente, a ser varrida da nova Terra pela presença
da Luz. Estejamos, pois, confiantes que Jesus, nosso divino Mestre, está no
leme de nossa embarcação planetária, conduzindo-a ao porto seguro da paz e da
esperança, da alegria e do amor, que haverá de nos irmanar, uns aos outros,
como genuínos herdeiros dessa nova humanidade.
Irmãos, amigos queridos e
companheiros de jornada, façamos, pois, nossa parte para merecê-la!
“Tudo dependerá, em última
análise, de nossas próprias escolhas, enquanto entidades individuais ou coletivas,
para nosso progresso e ascensão espiritual. É o ‘A cada um será dado segundo as
suas próprias obras!’ que o Cristo nos ensinou”
A mensagem abaixo foi
psicografada em reunião pública no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, na
noite de 14 de agosto de 2006, por Geraldo Lemos Neto
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