No Olhar para com o outro,
com o intangível, com o Além e com as possibilidades.
Percebo que muitas vezes o
Limite do Olhar nos enraíza em determinadas situações deixando-nos às avessas e
cheios de indagações e inquietações.
Outro dia ouvi uma
Entidade Espiritual dizer que, metaforicamente, algumas vezes parecemos “cães
pulguentos, sarnentos e perebentos” de tanto que nos maltratamos e nos
cutucamos compulsivamente, de tanto que as pessoas se afastam de nós, de tanto
que contagiamos mal as outras pessoas.
Uma metáfora provocante,
não é mesmo?
Pois bem, também ouço
afirmativas do tipo: “a Umbanda não resolveu (ou não resolve) meu problema”, “o
Guia não ajudou em nada”, “o Guia prometeu, afirmou e não aconteceu, o Guia
errou!”, “faço tudo que me pedem e nada melhora”, “o que os Guias falam nunca acontece”
e assim por diante. Mas será que as pessoas que fazem tais afirmativas não
estão sendo como “cães pulguentos, sarnentos e perebentos”? Será que sabem quem
são? Que enxergam suas próprias condutas? Que entendem o que é a Umbanda? Uma
Entidade Espiritual? E quais suas funções, obrigações e missões? Ou apenas
ficam a espera do outro numa posição em que se misturam vitimismo,
agressividade, falta de reconhecimento e pouco Olhar.
Sim, são muitas as
situações. Mas percebo que as pessoas não compreendem a complexidade que é o
trabalho de uma Entidade Espiritual, a responsabilidade que os envolvem e as
inúmeras consequências que acarreta um “simples” ato, seja no plano astral ou
material. Não percebem as inesperadas reações que as Entidades sofrem depois de
uma ação adversa da própria pessoa que está sendo auxiliada. Não entendem que
muitas vezes as Entidades têm que mudarem de plano, de estratégia ou mesmo, têm
que recuarem demonstrando um verdadeiro ‘jogo de cintura’ devido às atitudes
incoerentes, erradas e inoportunas do próprio necessitado que julgam o fracasso
da Umbanda ou das Entidades.
Pior ainda é perceber que
muitas pessoas acham que a Umbanda ou os Guias Espirituais têm obrigações
perante aquela pessoa ou sofrimento, portanto devem, a todo custo, resolver o
problema e ponto final. Confundem drasticamente caridade com troca e obrigação;
amor com soluções mágicas e egoísmo; fraternidade com abuso e comodismo; ou
ainda a pessoa ou Entidade Espiritual bondosa com um ser tolo e ignorante que é
“levado” facilmente por qualquer situação, fala, choro ou chantagem emocional.
Enfim, reflexões, olhares,
mudanças e muita persistência faz da Umbanda uma religião grandiosa e
realizadora.
A fé, a dedicação, o
trabalho e a disciplina fazem do umbandista uma pessoa de crença e propícia às
curas, sejam elas do espírito, da matéria, do coração ou da vida.
Agora… o Olhar Além, o
Olhar do Bem, o Olhar para si e o Olhar das possibilidades da vida é que fazem
bem, que curam a alma e que nos permitem entendermos as metáforas, simbologias,
necessidades e os merecimentos da Vida.
Portanto, a questão
primordial aqui é entender que, quando a “Umbanda não resolve” ou quando o
“Guia não ajuda” estamos tendo uma grande oportunidade para MELHORAR NOSSO
OLHAR SOBRE A VIDA.
Por Mônica Caraccio
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