Desde seu surgimento a
Umbanda tem sofrido e muito, boas e más influências que como em qualquer outra
religião acabam por torna-la uma vertente de sentimentos próprios dos
dirigentes de terreiros, tendas, templos e seus seguidores menos avisados.
Contudo é sabido que
Umbanda tem fundamento, é uma religião linda e por ser religião só pratica o
bem, mesmo sendo repetitivo sempre me verão expressar esse sentimento até que
ele esteja tão enraizado no inconsciente coletivo da sociedade que não exista
mais preconceito nem associações enganosas de nossa amada Umbanda a outros
seguimentos religiosos.
Seus fundamentos apesar de
uma tradição oral riquíssima vêm se estabelecendo nas últimas décadas através da
formatação de uma teologia, uma Teogonia e de manuais doutrinários que assim
como as outras religiões já estabelecidas trazem à tona um conhecimento velado
que em outra hora era tido como um verdadeiro tesouro guardado a sete chaves no
íntimo das pessoas.
Hoje não existe mais
segredos em nossa religião, o que pode haver sim e há de se respeitar e muito é
a vivência, que são o somatório de todas as experiências que um médium ou
dirigente espiritual tem ao longo de sua vida religiosa e que contribuem e muito
para que se erre cada vez menos e que se levado a bom termo o trabalho
caritativo seja feito com muito apoio e apresso da espiritualidade que na
verdade é quem trabalha.
Falar da Umbanda é como
contar uma aventura que ainda nem sequer começou, somos muito jovens e velhos
ao mesmo tempo, temos um sabor doce de infância nos sentidos mais aguçados de
nosso paladar quando nos deparamos com toda a alegria e encantamento dos
trabalhos junto a espiritualidade.
Aprendemos a entender os
dois lados da moeda e que Deus então sábio que é, em tudo pensou com dualidade
desde da criação dos seres vivos até na dualidade dos mundos astrais entendendo
que precisamos de tempo, espaço e experiências para termos uma carga evolutiva
completa.
Nascemos puros no momento da
criação a imagem e semelhança de Deus e nos endurecemos com o passar de nossa
existência e Deus em Sua plena sabedoria quebra essa couraça com o tempo e o
amor.
A Umbanda é rica menina
aventureira que anda pelas matas virgens, pelas cachoeiras gigantes, pelo mar
sem fim, pelo céu, terra e ar, o fogo sagrado transmuta seu poder e transforma
o amargor em amor, suas cores, sua música e sua riqueza encanta, alegra,
resgata e transforma.
As pessoas se unem através
de um propósito único e comum de caridade a amor e todos se tornam importantes,
sem distinção de raça, cor ou poder econômico... Todos são irmãos de uma mesma
mãe e de um mesmo Pai Criador de Tudo e de Todos!
Quando me sentei hoje pela
manhã foi para escrever sobre as cores e o uso de imagens na Umbanda, pensando
é claro nisso, contudo acho que meu mentor estabeleceu o que deveria escrever e
entendo que tudo que aqui foi escrito também são as cores e as imagens da
Umbanda, pelo menos as que enxergo.
Tecnicamente, bom
tecnicamente falaremos outra hora.
Por Fábio Guimarães
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