domingo, 31 de julho de 2016

ERVAS NA UMBANDA








“Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada

Quem é você e o que faz por aqui
Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha...” -


Na liturgia e nos rituais de Umbanda, vemos o uso de ervas seja na forma de amacís, imantações, banhos de descarga, etc. Isso porque as ervas detém grande quantidade de energia vital, no elemento vegetal, que através de suas combinações podem produzir determinado efeito positivo ou negativo, como tudo que é energia no Universo.

As ervas possuem forte poder para atuarem em nossa aura, em nosso campo energético, fato este já conhecido pelos indígenas, e demais povos ancestrais que já as utilizavam para diversos fins.

Como já dito, através do uso de sua energia as ervas podem ser classificadas quanto aos seus efeitos, sejam positivos, negativos ou neutros. Diante desse conhecimento, a Umbanda utiliza-se desse elemento para desenvolver seus rituais, seus descarregos, curas ou fortalecimentos, tudo comandado pelas entidades espirituais que determinam o uso apropriado do elemento vegetal conforme o caso.

Uma das formas de utilização das ervas na Umbanda, são na forma de banho. Os banhos de descarrego são usados para eliminar vibrações negativas, limpando o perispírito de miasmas negativos, magia negativa ou mesmo da influência de obsessores. Os banhos de fixação, para adquirir vibrações positivas, vitalizando os chacras do médium de energia positiva para fortalecimento dos processos mediúnicos ou de ligação do espírito encarnado com seus guias e entidades atuantes.


O uso destes banhos são de grande importância e depende do conhecimento e uso de ervas e raízes, nas suas diferentes qualidades e afinidades, que devem entrar na composição dos mesmos, não se podendo facilitar quanto a isso.













quinta-feira, 28 de julho de 2016

O DIA DE UM MÉDIUM



Alguém já pensou como é a jornada diária de um médium?  

Muitos acham que os médiuns de terreiro são passiveis de problemas cotidianos, pois segundo dizem somos privilegiados de estarmos fazendo caridade para o próximo e assim os nossos problemas são supérfluos. Não é?

Há, ainda os que dizem que nossos problemas são devidos aos trabalhos feitos no terreiro e consequentemente pegamos cargas que não são nossas.

Outros dizem que, como nos afastamos de Deus os problemas apareceram em nossa vida.

São tantas as visões que as pessoas têm sobre o médium, que quando, ele  tem um problema qualquer, por menor que seja ele o médium tem que estar ali firme e ponto final.

Já ouvi dizer que se a vida dele não anda, é porque está devendo alguma oferenda para o orixá.

Somos tão humanos como nossos semelhantes, sentimos dores, cansaços, desânimo, irritações, passamos por problemas financeiros, por problemas afetivos e por ai vai..

Não há diferença alguma! Não somos privilegiados por sermos médiuns.

Veja o dia de um médium:

Ele levanta pela manhã toma um belo banho, um café muito rápido que mal dá para apreciar o seu sabor e olha, que se tiver sorte e tempo irá comer o seu pão.

Sai apressado para pegar o ônibus ou seu carro parado na porta da sua casa e tudo isso para não pegar o terrível transito, e mesmo com tudo isso ele  se depara com ele.

Que bronca não é? Só ali, já se foram algumas boas palavras positivas para começar o dia.

Chega ao seu trabalho cuspindo fogo mal dá bom-dia para as pessoas e começa sua rotina diária, pressão do chefe, dos colegas, de clientes e para ajudar, o marido ou a mulher liga para lembrar-lhe da conta que vence naquele dia e ele não tem o dinheiro para pagá-la e seu stress só vai aumentando.

E isso nem chegou perto do meio dia ainda e toda sua energia foi esgotada ali, e ele ainda terá que ir para o terreiro à noite.

Durante o almoço ele lembra, de que, não comprou sua vela, seu charuto seja lá o que for para o trabalho daquela noite mais um pouquinho de boas vibrações positivas.

Poxa não está fácil o seu dia, estão fazendo de tudo para lhe irritar mesmo, nada está dando certo, é, hoje os trabalhos irão ser pesado já visto o dia que ele está tendo...

É chegada a hora dos trabalhos espirituais, ele vê a assistência cheia de pessoas necessitadas de ajuda e olha pela fresta da cortina e vê aqueles rostos tão sofridos, tão necessitados de ajuda que seus problemas se tornaram pequenos diante deles.

Dar-se inicio aos trabalhos e ele nervoso ainda, pelo dia que teve, está com sua vibração mediúnica desequilibrada foi feita a defumação, cantaram os pontos do seu guia e nada dele descer em terra.

Num instante ele ouve alguém dizer: É pelo jeito ele não está bem hoje para trabalhar não deve ter se preparado para os trabalhos dessa noite.

Aquilo se torna uma afronta ainda maior para o médium. Num rompante ele pensa é agora que vou incorporar meu guia. E nada dele vir.

Bem, a única coisa que restou para fazer essa noite é cambonear as outras entidades.

E os trabalhos seguem aquela noite, momentos antes de terminar a gira um determinado guia lhe chama para tomar um passe e o médium diante dele chora pelo dia tão turbulento que teve.

O guia ouve suas aflições, seus problemas, seus desejos lhe dá um bom passe e descarrega aquela energia densa que está acumulada no médium. E nesse momento baixa em terra seu guia lhe trazendo uma nova energia para sua vida terrena, para alimentar suas forças, sua saúde, alegrar seu coração, lhe dar um alivio nas suas dores, abrir seus caminhos e lhe dizer que ele, está ali, segurando  sua mão lhe protegendo das mazelas da vida e do seu dia a dia.

A seguir o médium  desincorpora e vai até o guia com quem tomou aquele passe e lhe agradece pelo feito.

E a entidade simplesmente lhe diz: Filho não esqueça que você é um ser humano, nesse plano terreno e passar por tudo isso, é normal essa é sua vida diária.

Irmão aprenda nos momentos de raiva, aflição, bronca, magoa rancor ou onde nada estiver dando certo naquele momento, pare respire faça uma oração peça orientação para aquela ação a ser feita, paciência, amor e respeito ao próximo. 

Veja irmãos quem não passa por isso? Ou já passou um dia? Ou ainda irá passar?

Não somos diferentes dos nossos semelhantes, apenas somos visto de formas diferentes, pois para algumas pessoas não temos problemas algum, estamos tão ocupados ajudando elas com seus problemas, que esquecemos  por alguns instantes de nós mesmo.

E quando tivermos um dia tão turbulento como esse agradeça ao Pai Maior por ouvir , os brados dos caboclos, a alegria dos Pretos Velhos, e os bons conselhos que foram dados naquela noite.

 E quando chegar em sua casa, descanse para que suas forças sejam renovadas para que Olorum possa lhe trazer um dia melhor pois certamente seus guias, mentores e orixás estão trabalhando para isso . Lembre-se somos médiuns, porém temos os mesmo problemas que qualquer pessoa.


















Texto : leonny Hípias.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

COMO É O DESENVOLVIMENTO DE UM MÉDIUM UMBANDISTA ?








Embora esta questão seja bastante específica e a resposta varie de terreiro para terreiro, como a maioria das questões sobre ritualística e fundamentos, vejamos alguns pontos que devem ser observados.

a) É fundamental uma avaliação minuciosa do médium com relação a Umbanda e suas próprias aspirações. É de suma importância que ele esteja certo de que é isso que deseja para si e para sua vida, que entenda que a Umbanda é uma religião que o ajudará na sua evolução através da Caridade e não é para resolver seus problemas.

b) A casa que ele escolher para realizar este empreendimento deve estar o mais próximo do que ele acredite, entenda e queira para si. É fundamental que seja uma casa séria e comprometida com a caridade, ou seja, que seja realmente de Umbanda.

c) As diferentes ritualísticas da Umbanda servem exatamente para atender as diversas aspirações. Por isso antes de qualquer coisa ele deve frequentar a assistência assiduamente, observar, envolver-se e estudar até ter certeza que ali é o seu lugar.

d) Cada casa tem um critério para se fazer parte da corrente, procure saber qual é. Ao entrar para a corrente deverá seguir rigorosamente as orientações do Dirigente e da Entidade chefe ou das pessoas a sua ordem.

e) Entender que nãos será umbandista dos portões para dentro do terreiro, mas sim de coração, corpo e alma. Deverá dedicar-se, educar-se, doutrinar-se seguindo as orientações recebidas, que sua conduta moral deverá ser constantemente vigiada.

f) Participar de todas as seções que esteja, abertas aos médiuns novos, estudar e se dedicar com afinco, buscando sempre melhorar seus pensamentos, desejos e vontades. Buscar constantemente a evolução espiritual e moral, para assim poder preparar o seu corpo e mente para ser um bom instrumento para as Entidades Protetoras e Guias.


Buscar tudo isso irá facilitar a incorporação e o desenvolvimento de sua mediunidade, se entregue de corpo e alma, sem medo. É essencial lembrar que é um momento de adaptação, onde tanto médium quanto entidade estarão se afinizando. Não tenha pressa, o tempo que você levará para incorporar, dar passes, dar consultas, só dependerá de você mesmo, de sua dedicação empenho e preparo seguindo as orientações que lhe forem passadas.














sábado, 23 de julho de 2016

O SILÊNCIO NO TERREIRO










Talvez algumas pessoas não entendam o verdadeiro sentido de se fazer silêncio ao adentrar dentro de um terreiro. O sentido do silêncio não é só uma forma de respeito aos médiuns que ali vão trabalhar, mas as pessoas tem que entender que no momento em que se entra num terreiro as entidades mesmo não incorporadas num médium já começam atuar sobre todos.

Começando a descarregar as cargas negativas, dando um início a um trabalho de cura, entre outras coisas, que serão aprofundadas no momento do passe ou da consulta. Mas fundamentalmente, o silêncio é uma oportunidade única das pessoas pararem e reavaliar o por que de estarem passando determinada situação.

Tudo na vida é um resultado das nossas ações - a famosa Lei da Ação e Reação. Assim, aquele momento em que se esta sentado nos bancos esperando o início da sessão é um momento pra avaliar os acontecimentos, um momento para se respirar fundo, tentar se desvincular dos pensamentos negativos para então se tornar receptivo ao passe e melhor entender o que as Entidades vem a lhe falar. Sim, queremos dizer que se uma pessoa que for procurar um terreiro, ao chegar neste, já fizer com menosprezo, achando que na vida dele nada vai mudar e que espera que ali venha uma Entidade e que num passe de mágica faça tudo mudar em sua vida, certamente sairá frustrado.

As Entidades servirão como um farol indicando por onde se deve caminhar para então melhor se chegar ao destino, no entanto por determinação divina as Entidades não podem simplesmente livrar as pessoas do que, por lei cármica, tem que passar. Dessa maneira, os Caboclos, Pretos Velhos e Exus serão uma força extra que teremos, que nos norteará para ultrapassar nossas provações.

O silêncio é necessário para todos, para que voltemos para dentro de nós mesmos a fim de procurar explicações do que estamos esperando. Procure ao chegar num terreiro, respirar fundo, e mentalizar aqui entrarei para me reencontrar comigo mesmo, vou procurar entender tudo aquilo que os Guias me falarem, mesmo que seja coisas que eu não venha a gostar muito. Assim, por lei de atração você estará mais receptivo a todos os bálsamos que os Espíritos de Luz derramaram sobre você e sua vida terá um novo norte.

















sexta-feira, 22 de julho de 2016

A IMPORTÂNCIA DOS CAMBONOS NA UMBANDA





A quem já acompanhou alguma Gira de Umbanda por esse imenso Brasil, com toda certeza já observou um personagem no qual é chamado de "Cambono" ou "Cambones".

Esse personagem de intensa destreza e sabedoria dentro dos Terreiros é algo que não pode faltar, aliás sem ele era quase impossível de termos Giras tão eficientes.

    Mas, quem é esse personagem?

Cambono ou Cambones é o auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambono é o médium que teve o necessário desenvolvimento para poder auxiliar e entender os Guias nas necessidades das sessões.

É uma atividade exercida nos terreiros de Umbanda e que merece uma atenção especial dada a sua importância como auxiliar das Entidades de Luz, dos médiuns e dos dirigentes do Terreiro.

Sendo auxiliar das Entidades de Luz, cabe ao cambono ser o interpretador das mensagens entre a Entidade e o consulente, além de um defensor da Entidade e da integridade física do médium. Cabe a ele cuidar do material da Entidade, orientar o que acontece em sua volta e também ajudar o entendimento do consulente, pois a linguagem do espírito nem sempre é entendida, mas ao cambono fica claro já pela sua intimidade com o comportamento do espírito que ele serve.

 Mas nem sempre a posição do cambono é confortável, pois algumas vezes cabe a ele fiscalizar também o comportamento do Médium, que podendo não estar bem no dia, por uma razão ou outra, fugir da normalidade deve imediatamente avisar a direção do terreiro. O limite da intimidade do consulente com o espírito ou o médium deve ser fiscalizado pelo cambono para evitar mal entendidos e desajustes de informações.

Finalmente ao cambono é dada uma oportunidade especial de conhecer mais a Umbanda e a forma das Entidades trabalharem porque seu contato é direto. Como o cambono tem como obrigação ouvir o que o espírito ouve e fala, seu conhecimento, em cada consulta, aumenta consideravelmente.

Então resumindo, Cambonagem ou cambonar é uma das principais e mais complexas funções na Umbanda. No trabalho de cambonagem o cambono acaba por receber influências diversas de vibrações dos médiuns e consulentes, alem disso o cambono acaba por aprender a diferenciar as Entidades, o que usam como: fumo, bebidas, a própria fala, a incorporação, desincorporação, o que manipulam para auxiliar a consulta, os materiais de trabalho da Entidade de Luz.

Os Cambonos acabam aprendendo sobre a importância do sigilo, pois o que é ouvido durante uma consulta, não pode e nem deve ser passado adiante, sendo assim como se fosse um sigilo profissional, tendo que ser respeitada esse silêncio, independente do qual for o assunto tratado com a Entidade de Luz e
seu consulente, dentro dos termos da espiritualidade e as regras da casa.

E em se tratando do lado espiritual podemos falar em sigilo espiritual. O cambono é como se fosse uma espécie de orientador, ou seja, que orienta o consulente na hora da consulta, no fato de deixá-lo à vontade para expor seus problemas e suas duvidas. Mais deixando claro que tudo tem que haver respeito, que não se pode brincar, conversar durante uma sessão, pois acaba por atrapalhar a sessão e até mesmo as próprias Entidades. Sem falar que os cambonos precisam ter respeito com os médiuns e as Entidades, cuidando de tudo quanto for necessário para o bom trabalho de caridade a ser feito.


Uma das mais importantes coisas que está presente nas funções de um Cambono é ficar atento as mensagens ou recados para os consulentes, na qual se tem que ter atenção redobrada para ouvir, traduzir, se preciso for, e explicar, não dando opinião mais explicando o que foi passado pela Entidade de Luz. E o mais importante estar sempre atento a tudo e a todos, estar de coração e mente aberta para servir, ter respeito ao próximo, responsabilidade, comprometimento, amor pelo o que vai fazer. Em resumo cambonar é servir com amor, dedicação e humildade. Compromisso feito com Amor Humildade e Sabedoria Ato Construído com Atenção e Responsabilidade.













terça-feira, 19 de julho de 2016

O ATENDIMENTO FRATERNO




O atendimento fraterno tem como objetivo primordial receber bem e orientar com segurança todos aqueles que o buscam.
Não se propõe a resolver os desafios nem as dificuldades, eliminar as doenças nem os sofrimentos, mas propor ao cliente os meios hábeis para a própria recuperação.

“O atendimento fraterno é campo de trabalho solidário entre quem pede e aquele que doa. Graças a ele irmanam-se os indivíduos, compartem suas dores e repartem suas alegrias.”

“Mediante conversação agradável, evitando-se atitudes de confessionário”, o atendente fraternal ESCUTA atentamente o desabafo do irmão que procura ajuda ou orientação.

“Nessa ocasião, os amigos espirituais dão início a ação fluídica, o auxílio bio-energético, a inspiração, que lhe propiciarão a mudança de clima mental, de psicosfera habitual, facultando-lhe a transformação interior para melhor e a rearmonização da alma que interagirá na aparelhagem orgânica...
Ação que para o êxito dependerá do próprio paciente, que deve iniciar, a partir desse momento, o processo de autoterapia.”

Durante a conversação pode ser revelado ao atendente fraterno e a sua equipe, por meio das faculdades mediúnicas, a nível intuitivo, informações espirituais consistentes no estritamente necessário para promover, naquele momento, o auxílio do irmão em necessidade.
Caso o atendido esteja sob influência de um irmão menos esclarecido, o obsessor é imediatamente envolvido pela equipe espiritual que realiza o atendimento fraterno, sendo contido, aguardando para receber o auxílio em momento oportuno.

VALE A PENA LEMBRAR

É preciso ter em mente de que o atendimento fraterno não promete obter curas miraculosas e resultados espetaculares.
Na visão espírita, você encontrará a melhor solução através do seu esforço e de acordo com a vontade de Deus.

Jesus ensina-nos como devemos reagir frente às provas e expiações com que debatemos:
"Ajuda-te a ti mesmo, que o Céu te ajudará" ou, "Faça a tua parte (ajuda-te), que eu te ajudarei" ou "A cada um segundo suas obras."

De modo algum, devemos esperar do Espiritismo ou do Atendimento Fraterno garantias absolutas para suprir nossos males.
Apesar disto, teremos a oportunidade de transformar os nossos problemas em alavancas para o nosso crescimento moral, intelectual e espiritual.

Àqueles que possuem a missão bendita de se colocar a disposição do próximo, vale ressaltar sobre a importância auto vigilância, antecipando-se as perigosas armadilhas da vaidade e do ego, uma vez que a base precípua do Atendimento Fraterno esta fundada na máxima “Amai vos uns aos outros”, fraternalmente.


Afinal, a mão que hoje estende ajuda aos que procuram auxílio, certa feita buscou ajuda e encontrou guarida em braços amigos e acolhedores de um irmão em Jesus Cristo.




















segunda-feira, 18 de julho de 2016

O QUE É OBSESSÃO ESPIRITUAL ?



A obsessão é uma espécie de enfermidade de ordem psíquica e emocional, que consiste num constrangimento das atividades de um Espírito pela ação de um outro. A influência maléfica de um Espírito obsessor pode afetar a vida mental de uma pessoa, alterando suas emoções e raciocínios, chegando até mesmo a atingir seu corpo físico. A influência espiritual só é qualificada como obsessão quando se observa uma perturbação constante. Se a influência verificada é apenas esporádica, ela não se caracterizará como uma obsessão.

Somente os Espíritos maus e imperfeitos provocam obsessões, interferindo na vontade do indivíduo, fazendo com que ele tenha ações contrárias ao seu desejo natural.

A obsessão só se instala na mente do paciente quando o obsessor encontra fraquezas morais que possam ser exploradas. São pontos fracos que, naturalmente, todos nós temos, pela imperfeição que nos caracteriza. Deste modo, conclui-se que todos estamos sujeitos à obsessão.

As doenças do corpo carnal só se manifestam quando existem fragilidades estruturais ou carências no organismo físico. Na área psíquica acontece coisa semelhante. Os indivíduos enfraquecidos moralmente, com falhas de caráter, vícios etc, estarão mais sujeitos à obsessão.

O Espírito obsessor, conhecendo as fraquezas morais do enfermo, vai aos poucos obtendo acesso à sua área mental, chegando em alguns casos a dominá-lo. Se a obsessão se intensificar, e não for tratada espiritualmente em tempo hábil, ocorrerá um aumento de afinidade fluídica entre obsessor e obsedado, o que poderá acarretar no agravamento da enfermidade.

As obsessões no período de infância são raras. Geralmente, as influências iniciam-se entre os sete e dez anos de idade, quando a personalidade da criança começa a desabrochar. Depois desse período já é possível que ocorram influências obsessivas mais preocupantes.

a) As causas morais:

As obsessões de causas morais são aquelas provocadas pela má conduta do indivíduo na vida cotidiana. Ao andarmos de mal com a vida e com as pessoas, estaremos sintonizando nossos pensamentos com os Espíritos inferiores e atraindo-os para perto de nós. Desse intercâmbio de influências poderá nascer uma obsessão.

b) As causas relativas ao passado:

As obsessões relativas ao passado são aquelas provenientes do processo de evolução a que todos os Espíritos estão sujeitos. Nas suas experiências reencarnatórias, por ignorância ou livre arbítrio, uma entidade pode cometer faltas graves em prejuízo do próximo. Se a desavença entre eles gerar ódio, o desentendimento poderá perdurar por encarnações a fio, despontando nos desafetos, brigas, desejos de vingança e perseguição. Casos assim podem dar origem a processos obsessivos tenazes.
Desencarnados, malfeitor e vítima continuam a alimentar os sentimentos de rancor de um para com o outro. Se um encarna, o outro pode persegui-lo, atormentando-o e vice-versa.

c) As contaminações:

As contaminações obsessivas geralmente acontecem quando uma pessoa frequenta ou simplesmente passa por ambientes onde predomina a influência de Espíritos inferiores.
d) Causa anímica ou auto-obsessão:

As obsessões anímicas são causadas por uma influência mórbida residente na mente do próprio paciente. Por causa de vícios de comportamento, ele cultiva de forma doentia pensamentos que causam desequilíbrio em sua área emocional.

Muitas tendências auto-obsessivas são provenientes de experiências infelizes ligadas às vidas passadas do enfermo. Angústia, depressão, mania de perseguição ou carências inexplicadas podem fazer parte de processos auto-obsessivos.

O auto-obsediado costuma fechar-se em seus pensamentos negativos e não encontra forças para sair dessa situação constrangedora. Esse posicionamento mental atrai Espíritos doentios que, sintonizados na mesma faixa psíquica, agravam sua doença espiritual.

CARACTERÍSTICAS DA OBSESSÃO:

A obsessão apresenta características que pode situá-la no grau de gravidade que lhe é própria. Há três graus de gravidade: Obsessão Simples, Fascinação e Subjugação.

a) Obsessão Simples:

É um tipo de influência que, de forma sutil, constrange a pessoa a praticar atos ou ter pensamentos diferentes do que geralmente possui. O obsedado, às vezes, nem percebe o que lhe está ocorrendo. Em outras, têm consciência da influência daninha, mas não consegue se livrar dela. Este tipo de obsessão é muito comum e pode agravar-se, dependendo da natureza do Espírito atrasado envolvido e das disposições morais do paciente.

b) Fascinação:

Allan Kardec disse, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", que a fascinação é o pior tipo de obsessão. Trata-se de uma ilusão provocada por um Espírito hipócrita que domina a mente do paciente, distorcendo seu senso de realidade. O Espírito obsessor planeja muito bem seu intento destrutivo e busca envolver o indivíduo em artimanhas mentais bem preparadas.

As portas de entrada para a fascinação, como sempre, são as falhas morais. É no orgulho de sua vítima que o Espírito hipócrita encontra o alimento para fascinar-lhe a personalidade.
Para conseguir seu domínio, a entidade maldosa exalta a vaidade do obsedado, fazendo-o sentir-se infalível e autoconfiante. A ilusão é tamanha que o fascinado adquire uma grandiosa cegueira, o que não lhe permite perceber o ridículo de certas ações que pratica.

c) Subjugação:

A subjugação pode ser moral ou corpórea. No caso moral, o Espírito obsessor adquire forte domínio sobre o psiquismo do indivíduo, levando-o a tomar decisões contrárias ao seu desejo. Na fascinação há uma ilusão. Na subjugação, o paciente tem consciência do que lhe acontece.


Na subjugação corpórea, além de exercer o domínio psíquico, o obsessor atinge a parte fluídica perispiritual do doente. Domina seu corpo físico e, às vezes, numa crise semelhante à epilepsia, atira-o ao chão. Como o obsedado fica quase sempre sem as energias necessárias para dominar ou repelir o mau Espírito, carece da intervenção de uma terceira pessoa com ascendência moral sobre ele, para auxiliá-lo a sair da difícil situação.




















quinta-feira, 14 de julho de 2016

A ARTE DE OUVIR E A SABEDORIA DE FALAR





Muitas vezes somos traídos pela tendência de falar sem pensar e de forma irrefletida.

Deus, em sua infinita sabedoria, nos fez possuidores de uma só boca e dois ouvidos, querendo com isso que utilizássemos em dobro nossa capacidade de ouvir e nos habituássemos à contenção de palavras inúteis e julgamentos inconvenientes.

Geralmente, quando estamos zangados, expressamos juízos e conceitos dos quais muito nos arrependemos, quando a calma sobrevém. Mas, muitas vezes, esse arrependimento não é suficiente para remediarmos os danos causados nas outras pessoas.

Charles Chaplin cunhou uma frase que me parece bastante apropriada para nos alertar sobre a armadilha do “falar demais”: “Cuidado com as palavras pronunciadas em discussões e brigas que revelem sentimentos e pensamentos que na realidade você não sente e não pensa… pois, minutos depois, quando a raiva passar, você delas não se lembrará mais… Porém, aquele a quem tais palavras foram dirigidas, jamais as esquecerá…”.

Geralmente, reagimos com visível desagrado a dicas e sugestões de pessoas que nos querem bem, visando nossa melhoria íntima. São temas que nos parecem chatos e maçantes. Certamente, se levadas em conta, muitas dessas palavras plenas de sabedoria representariam mudança de conduta e o abandono de muitos vícios.

Nem sempre o “falar demais” manifesta-se nas horas de raiva. Muitas vezes, a tendência em falar mais da vida alheia que dos valores que nos enriquecem a existência incentiva a proliferação de boatos e fofocas.

Quando surge um colega trazendo informações sobre as últimas novidades dos namoros, demissões e problemas dos outros, o tempo que parecia não existir aparece, o cansaço e a falta de paciência cedem imediatamente lugar ao interesse e à curiosidade.

Como seria proveitoso se pudéssemos dedicar esse mesmo interesse e atenção para ouvir e ajudar muitos amigos que nos procuram para um diálogo saudável, muitas vezes com inquietações e angústias e nós simplesmente não temos tempo e sensibilidade suficientes para escutar.

Aliás, como é difícil para todas as pessoas parar para escutar. Somos ávidos por falar; vivemos ansiosos porque falamos muito e escutamos pouco ou quase nada. Nossa palavra sempre deve ter o maior peso. Queremos ter sempre a primeira e a última palavra.

Saber ouvir exige que façamos opção consciente em apreender o que se passa com o outro, de forma solidária e sem preconceitos, com o objetivo de buscarmos o entendimento.

O diálogo nem sempre é uma tarefa fácil, pois envolve a disponibilidade para aprender novas idéias, quando antes gostaríamos de ensinar; humildade para reconhecer que não somos perfeitos e que não sabemos tudo a respeito de todos os assuntos e admitir a coerência de fundamentos e idéias que não são nossos.

Ouvir é diferente do simples ato de escutar. Escutar é o uso puro e simples do sentido da audição e só não escuta quem é surdo. Ouvir é muito mais profundo pois envolve a pessoa por inteiro e é um processo ativo, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa ser.

Exercitar a arte de ouvir o nosso semelhante apura nossa sensibilidade, permitindo-nos romper a concha de isolamento criada pelo individualismo – outra das características negativas da nossa personalidade – e participar das experiências e emoções das outras pessoas.

Ouvir é renunciar! É a mais alta forma de altruísmo em tudo quanto essa palavra signifique de amor e atenção ao próximo. Talvez por essa razão a maioria das pessoas ouça tão mal, ou simplesmente não ouça. Vivemos imersos em cogitações pessoais e é raro conseguirmos passar algum tempo sem pensar em nós mesmos.

Atitudes recorrentes daqueles que não sabem ouvir com atenção e paciência:

a) Responder antes que o interlocutor tenha concluído seu pensamento.

b) Ficar impaciente diante de pessoas tentando explicar algo.

c) Olhar insistentemente para o relógio, paralisando a comunicação do outro.

d) Usar expressões faciais de enfado, desaprovação, invalidação, menosprezo, diante do assunto.

e) Desviar o olhar do rosto da outra pessoa.

f) Mudar abruptamente de assunto.

g) Fazer com que o outro se cale, dizendo que não adiantaria nada ouvi-lo.
Para falar bem não basta uma boca. Há muita gente que, não sabendo usá-la, tem feito um grande estrago com o que diz. Antes de nos julgarmos incompreendidos e injustiçados pelo mundo, não nos devemos esquecer que a causa dos nossos problemas e do desencontro na relação com a outra pessoa pode estar alojada em nós mesmos.



Saber ouvir leva tempo, prática e paciência. É uma arte que mantém vivos o respeito, a afeição, a amizade, o sentimento de confiança que o outro deposita em nós. Faz com que nossos clientes, colegas de trabalho, filhos, cônjuges e namorados, sintam-se como pessoas importantes e amigos privilegiados. Assuma, hoje mesmo, um compromisso de falar menos e ouvir melhor.


Existe um ensinamento que diz: “o verdadeiro valor de um homem não pode ser encontrado nele mesmo, mas nas cores e texturas que faz surgir nos outros…”.


















terça-feira, 12 de julho de 2016

UMBANDA E A MEDIUNIDADE








A Mediunidade é compromisso assumido na Espiritualidade, antes mesmo de se reencarnar. É como se deixássemos uma autorização ao mundo espiritual para que, quando chegada a hora certa, possamos servir de "elo de comunicação" (instrumento) para os espíritos poderem se comunicar.

Porque então, tantas vezes a mediunidade não é praticada? Algumas vezes porque esse compromisso é esquecido ou camuflado perante uma sociedade que geralmente olha a Umbanda com grande preconceito.

Mediunidade para a maioria dos Umbandistas é sinônimo de muita luta, resignação e sacrifício; por outro lado, ao longo da caminhada, nos proporciona uma imensa certeza do dever cumprido. Os Médiuns de Umbanda são aqueles que vem com seu perispírito preparado para ser instrumento de comunicação, orientação ou cura nos trabalhos Umbandistas. Citaremos agora alguns "tipo" de médiuns:

Médium de Comunicação: São aqueles que incorporam na Umbanda. Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Baianos e outros tipos de Entidades como por exemplo entidades da Linha do Oriente, da cura (José de Arimatéia). Sua função é procurar o aprimoramento para ser bons instrumentos, evoluindo cada dia, tentando se afastar de seus erros, vícios, atitudes de maldade, inveja, orgulho e vaidade.

Médiuns de Orientação: São os que tem facilidade no esclarecimento de pessoas dentro do trabalho de Umbanda. Alguns jamais incorporam, porém, são usados para orientar e encaminhar Entidades Espirituais no trabalho de "transporte" devido ao seu preparo moral e espiritual já trazidos de outras vidas. Sua função é não se deixar abater diante de situações difíceis dentro do trabalho, doando energia quando necessário àqueles que estiverem precisando.

Médiuns de Cura: São aqueles que além de trabalhar com suas entidades habituais, podem ser usados em casos de doenças, por entidades curadoras que através do médium atuam sobre o doente. Sua função é dar condições para a entidade usufruir de sua energia para recuperação e alívio da enfermidade. Essa energia depois é reposta naturalmente.

- Médiuns em Desenvolvimento -

Algumas pessoas chegam ao Centro por "amor" outras pela "dor" e outras ainda pela "obsessão".

Todos devem ter consciência e responsabilidade para saber que antes de se assumir um lugar nos trabalhos de uma Casa de Umbanda, é preciso ter maturidade; ou seja, procurar aprender antes e praticar depois; para que quando a caridade seja praticada, exista responsabilidade e não aconteça o entra e sai de médiuns, tão frequentes nos terreiros.

Quando um médium ingressa num terreiro, é um elo a mais que se liga na corrente mediúnica da casa, e passa a ter deveres e obrigações, tais como: equilibrar-se ao máximo para que a corrente não perca o equilíbrio, pois quando um elo se quebra, todos caem juntos; aproveitar as giras para troca de energia com suas entidades (com a prática passa a sentir e reconhecer suas vibrações); fazer banhos de defesa no dia do trabalho, acompanhado de vela para o Anjo de Guarda; não comer carne no dia do trabalho; não praticar atos sexuais 24 horas antes do trabalho; vir com roupa branca designada pela casa; vir sem "badulaques", tais como: relógios, brincos, pulseiras, anéis, tiaras, correntes, fivelas, etc. (as entidades precisam apenas dos médiuns, não de seus enfeites); vir sem maquiagem; seguir o regulamento da casa, como horários entre outros; quando incorporar, ser responsável pelo material utilizado pelo "seu" guia, como velas, guias, etc.

Os que chegam pela "dor", ou seja, chegam através de algum problema que atrapalha sua vida, seu trabalho ou sua saúde, devem ser tratados até que se sintam curados do problema que os afligia e ai então, se tiverem disposição e vontade, podem fazer parte da corrente, primeiro estudando os trabalhos, analisando e tendo a certeza que é o que realmente quer.

Por último, os médiuns que chegam através da obsessão precisam ser cuidadosamente orientados, tratados e energizados, bem como a entidade obsessora. Com o tempo, quando houver o afastamento da entidade, fatalmente haverá a melhora do médium e aí chega a hora da recomposição da energia perdida, principalmente atuando nos chacras e no aura do paciente. Na Umbanda um dos tratamento de desobsessão é feito através do "transporte" que consiste em transferir a entidade que acompanha o paciente para um médium preparado que dê condições para a entidade se manifestar.

Geralmente, o primeiro passo para o médium dentro do trabalho de Umbanda é ser "cambono", ou seja, ajudar a entidade que está atendendo as pessoas.

Quando um médium está cambonando deve entender que mesmo que o caboclo (preto-velho, criança ou exu) esteja conversando com outras pessoas durante o trabalho, a entidade continua atuando nele, ajudando no seu desenvolvimento. Pouco a pouco, com o passar do tempo, os médiuns que forem de incorporação começarão a sentir as vibrações das entidades que começam a se aproximar da sua mente e do seu corpo. Alguns se assustam, outros se retraem, outros começam a inventar passos para a entidade, e aí começa um período de enorme insegurança para o médium em desenvolvimento. Os questionamentos começam: "Será que sou eu ou a entidade?" Essa é a pergunta mais frequente na iniciação dos médiuns, porque mesmo sentindo que realmente existe uma força maior junto dele, ele não entende como pode ouvir, ou ver, ou saber o que está sendo feito. Ora, seria muito fácil se simplesmente a consciência sumisse e as entidades trabalhassem sozinhas. Mas onde estaria a responsabilidade do médium? Como iria evoluir? Como iria aprender? Na Umbanda a maioria dos médiuns têm consciência do que se passa; alguns tem semiconsciência e raríssimos são inconscientes.

Os que ouvem e veem o que sentem durante o trabalho, no começo se sentem inseguros; mas com o passar do tempo, a maior prova que se tem da presença da entidade é o resultado do trabalho junto aos pacientes. Qual a fórmula mágica que o médium consciente tem para agir corretamente e não mistificar? Veja esses conselhos: "Seja sincero Luz e Caridade com você mesmo; se você não se enganar, não enganará ninguém". Coloque no seu subconsciente que não é você que vai trabalhar e sim a entidade. Libere sua energia em favor desse trabalho e seja um bom instrumento. Não queira passar na frente dos caboclos e colocar a "sua" vontade em prática. Não queira imitar outros médiuns, você tem sua individualidade e sua entidade também. Exemplo: não é porque uma entidade chega e ajoelha que todos precisam fazer o mesmo. Cada entidade tem sua própria personalidade. Cabe ao médium deixar que ela se manifeste.

Os médiuns semiconscientes são aqueles que as vezes ouvem, as vezes veem. Precisam ter equilíbrio para não atrapalhar a comunicação. Interessante é que na quase totalidade das vezes ao término do trabalho guardam somente frases soltas, incoerentes, não se lembrando dos casos que atendeu ou que mirongas prescreveu.

Os médiuns inconscientes são aqueles que não ouvem, não veem, ou seja, não tem nenhum controle na comunicação.

São médiuns que tem muita dificuldade no seu desenvolvimento pois quando são "puxados" na gira, sentem como se estivessem caindo num buraco fundo, e se apavoram. Por não ter controle na comunicação, não são aconselhados para tipos de trabalho de desobsessão como o "transporte".

Existem também os que possuem a vidência, a audiência, a intuição (às vezes por pensamentos, às vezes por sonhos), o transporte (médiuns que saem do corpo físico e vão para outros lugares), de efeitos físicos, de materialização, etc.


A mediunidade, quando desenvolvida num terreiro de Umbanda onde a seriedade e a responsabilidade são fatores constantes, tem um caminho muito bonito; mas quando isto não acontece, existe um grande perigo deste médium ficar completamente desequilibrado chegando muitas vezes até a obsessão. Outro fator de muito perigo é a incorporação sozinho, em casa (fora do Congá). Existe uma grande possibilidade de, com o passar do tempo, o médium pensar que está incorporando um Caboclo e na verdade ser outro tipo de entidade (mistificador ou zombeteiro).