domingo, 18 de setembro de 2016

AMACIS E BANHO DE ERVAS






O amaci é uma mistura de ervas maceradas acrescentada à água de cachoeira, que é devidamente magnetizada em ritual próprio na frente do congá, a fim de fortalecer o tônus mediúnico facilitando as incorporações. A aplicação do sumo extraído das ervas se dá atrás do crânio, massageado na altura do bulbo raquidiano, diretamente numa linha vertical com a glândula pineal, centro psíquico de recepção da mediunidade que está diretamente ligado ao chacra coronário.

Existem terreiros de umbanda que não fazem amaci, alegando que os espíritas manifestam espíritos e os dispensam. Essa comparação é estapafúrdia e sem nenhum fundamento, provavelmente oriunda do ranço preconceituoso dos espíritas por todo e qualquer tipo de ritual.

Sabemos inclusive que existem terreiros onde não se pode acender nem mesmo uma vela; outros dispensam os pontos cantados, bastando a "concentração" do médium. Se fosse um jogo de encaixar, tais posturas seriam como querer colocar um triângulo no buraco de um quadrado.

Temos de ter claro que o médium espírita, ao contrário do médium que labuta na umbanda, não trabalha com desmanche de pesados fluidos do Astral inferior, não desintegra campos de força magnéticos sustentados pelos despachos feitos com sangue e animais sacrificados, nem serve de escudo fluídico para energias jogadas contra consulentes que procuram os terreiros.

A verdade é que, em determinados momentos do calendário de atividades anuais caritativas, o medianeiro começa a sentir fraqueza generalizada, acompanhada de dor de cabeça, indisposição e desgaste geral. Além da re-energização regular junto à mata, cachoeira e mar, associada ao amaci, deverá tomar os banhos de ervas do pescoço para baixo, fortalecendo os seus chacras com plantas afins com os seus orixás regentes e guias em preceitos de fixação, consagração, proteção e descarga vibratória, para harmonizar o complexo fluídico (corpos e chacras).














(Umbanda Pé no Chão, Norberto Peixoto)

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