O amaci é uma mistura de ervas
maceradas acrescentada à água de cachoeira, que é devidamente magnetizada em
ritual próprio na frente do congá, a fim de fortalecer o tônus mediúnico
facilitando as incorporações. A aplicação do sumo extraído das ervas se dá
atrás do crânio, massageado na altura do bulbo raquidiano, diretamente numa
linha vertical com a glândula pineal, centro psíquico de recepção da
mediunidade que está diretamente ligado ao chacra coronário.
Existem terreiros de
umbanda que não fazem amaci, alegando que os espíritas manifestam espíritos e
os dispensam. Essa comparação é estapafúrdia e sem nenhum fundamento,
provavelmente oriunda do ranço preconceituoso dos espíritas por todo e qualquer
tipo de ritual.
Sabemos inclusive que
existem terreiros onde não se pode acender nem mesmo uma vela; outros dispensam
os pontos cantados, bastando a "concentração" do médium. Se fosse um
jogo de encaixar, tais posturas seriam como querer colocar um triângulo no
buraco de um quadrado.
Temos de ter claro que o
médium espírita, ao contrário do médium que labuta na umbanda, não trabalha com
desmanche de pesados fluidos do Astral inferior, não desintegra campos de força
magnéticos sustentados pelos despachos feitos com sangue e animais
sacrificados, nem serve de escudo fluídico para energias jogadas contra
consulentes que procuram os terreiros.
A verdade é que, em determinados
momentos do calendário de atividades anuais caritativas, o medianeiro começa a
sentir fraqueza generalizada, acompanhada de dor de cabeça, indisposição e
desgaste geral. Além da re-energização regular junto à mata, cachoeira e mar,
associada ao amaci, deverá tomar os banhos de ervas do pescoço para baixo,
fortalecendo os seus chacras com plantas afins com os seus orixás regentes e
guias em preceitos de fixação, consagração, proteção e descarga vibratória,
para harmonizar o complexo fluídico (corpos e chacras).
(Umbanda Pé no Chão,
Norberto Peixoto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário