Médium de sustentação é
aquele trabalhador, com mediunidade de incorporação ou não, que está presente
ao trabalho, mas não participa diretamente do fenômeno em andamento, nem nos
procedimentos de assistência propriamente dita sendo realizada, seja ela de
passes ou de mediunidade.
Como o próprio nome diz,
embora não esteja envolvido diretamente no fenômeno ou na assistência, no
momento em que acontece, faz a SUSTENTAÇÃO energética do trabalho, mantendo o
padrão vibratório saudável por meio de pensamentos e sentimentos elevados.
Por isso, o trabalho de
sustentação pode ser feito por qualquer trabalhador, seja ele médium ostensivo
ou não, a qualquer momento do trabalho, colaborando com o bom andamento do
mesmo.
Ao contrário do que se
pensa, os médiuns de sustentação são tão importantes quanto os médiuns de
incorporação, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção
para o grupo e para o trabalho. Além disso, são eles também que ajudam os
médiuns de incorporação a recuperarem o seu equilíbrio depois de uma
manifestação mais difícil, doando e movimentando as
energias que estes médiuns estejam precisando naquele momento, dando passes de
equilíbrio, fazendo a limpeza, etc.
Eles podem ainda colaborar
com o dirigente do grupo, relatando o que sentem, veem e percebem durante a
reunião, pela sua sensibilidade, facilitando a interpretação dos casos e a
identificação da melhor conduta a ser assumida, ajudando ainda a prevenir
dificuldades com os outros trabalhadores.
Considerando esse papel,
podemos listar alguns requisitos importantes para os médiuns de sustentação:
1. Responsabilidade:
O médium de sustentação
deve lembrar-se sempre que é parte de uma equipe e precisa acatar as regras e
procedimentos estabelecidos para o bom andamento do trabalho, colaborando em
tudo o que for possível para que as atividades sejam desempenhadas de forma organizada
e tranquila.
2. Estudo:
Tanto quanto o médium de
incorporação, o médium de sustentação precisa conhecer a mediunidade e tudo o
que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as bioenergias humanas, a
fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas,
médiuns ou não.
3. Firmeza mental e
emocional:
Como é o responsável pela
manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium de sustentação deve
ter grande firmeza de pensamentos e sentimentos, a fim de evitar desequilíbrios
emocionais e espirituais que poderiam pôr a perder a segurança do trabalho e
dos outros trabalhadores.
4. Equilíbrio vibratório:
Como trabalha
principalmente com energias, que movimenta com os seus pensamentos e
sentimentos, o médium de sustentação deve ter um padrão vibratório médio
elevado em todas as circunstâncias de sua vida, a fim de poder se manter
equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo, quando necessário.
Para isso, deve observar sempre.
5. Compromisso com a casa,
o grupo, os mentores e os assistidos:
O médium de sustentação
deve lembrar-se de que tem alguns compromissos a serem observados:
– com a casa em que
trabalha – conhecendo e observando os regulamentos internos a fim de segui-los,
explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o
exemplo na disciplina e na ordem dentro da casa; colaborando, sempre que
possível, com as iniciativas e campanhas da
instituição;
– com o grupo de
trabalhadores em que atua – evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou
faltar sem avisar o dirigente ou um dos colegas; procurando ser sempre pontual
nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom
andamento do trabalho;
– com as entidades –
lembrando que eles sempre contam também com os médiuns de sustentação para
atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados,
e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência;
– com os assistidos –
sejam eles encarnados ou desencarnados, pois contam receber ajuda na casa e não
devem ser prejudicados pelas ausências ou dificuldades dos trabalhadores.
6. Ausência de
preconceitos:
O médium de sustentação
não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou
desencarnados, seja com os colegas de trabalhos, seja com os dirigentes, seja
com mentores, etc. Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade
de observar, nem as assistências que são realizadas, mas para colaborar para
que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e o
merecimento de cada um.
7. Discrição:
O médium de sustentação
nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora do grupo em que atua, as
informações que ouve, os problemas de que fica sabendo e os casos que vê nos
trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por
respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por
segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se
ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios.
Os comentários só devem
acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio didático de se
esclarecerem dúvidas e transmitirem novas informações a todos os trabalhadores,
e somente no âmbito do grupo, ao final do trabalho.
8. Coerência:
Tanto quanto o médium de
incorporação, o médium de sustentação deve manter conduta sadia e elevada,
DENTRO e FORA da casa em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de
entidades desequilibradas que nos observam a todos, no intuito de nos
desmascarar em nossas atitudes e pensamentos.
Como se vê, as
responsabilidades do médium de sustentação são as mesmas que as dos médiuns de
incorporação, que entram em contato direto com as entidades, e exigem deles o
mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.
Não há demérito nenhum em
ser um médium de sustentação, sem ser aquele por quem acontecem os fenômenos.
Nem há menos importância nisso. O médium de sustentação é tão responsável pelo
bem que se proporciona numa sessão mediúnica, quanto seus colegas que recebem
as entidades.
Embora ele não atue como
médium de entidades, trabalha como médium de energias, captando-as,
reciclando-as, modificando-as para melhor e devolvendo-as ao ambiente e às
pessoas e entidades presentes.
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