Se você é pai no santo ou
médium frequentador de algum terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém
dizer: - "Olha a corrente, gente!
Vamos concentrar"!
Você sabe realmente o que
isso quer dizer? Muita gente (até as que falam) não sabe! O que é essa tal de
"corrente"?
Será uma corrente de ferro ou de
fibras que se forma no invisível? Será uma corrente que vai prender os
espíritos? Será? Será?
Na verdade, quando um
dirigente (quando bem preparado) chama a atenção para a "corrente" é
porque ele sentiu uma queda ou diminuição na energia ambiente (EGRÉGORA) que
deve ser mantida pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os
trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de auto-preservação.
Numa gira de Umbanda ( e em outros
cultos), um grupo de pessoas deve estar UNIDO POR UM MESMO IDEAL. Isso é a base
de tudo!
Criada a egrégora (pela união dos
pensamentos direcionados aos mesmos fins), cada vez mais energias de mesma
sintonia são atraídas para o ambiente. Essas energias somadas atuam
imediatamente nas pessoas que ali estão, e em alguns casos, se for bem forte já
começam a operar alguns "milagres", desde que as pessoas estejam em
estado de recepção (concentradas no ritual e ansiando por receberem um bem).
As entidades afins (os seres
espirituais) penetram e até são atraídas para o interior. Entidades inferiores
tendem a ser barradas por uma força invisível (a energia) que a princípio é
incompatível com suas vibrações (isso se tudo estiver "correndo
bem").
Obs.: se a corrente
mediúnica estiver fraca, as pessoas com pensamentos confusos, dispersos,
distraídos, ou com maus pensamentos, então um caos poderá se implantar, podendo
ocorrer ataques de entidades inferiores que sempre esperam uma oportunidade
para atrapalharem os trabalhos e até fazerem o mal as pessoas ali presentes –
nota da blogueira.
Se uma entidade inferior
for atraída para dentro da egrégora, ela fica de certa forma subjugada pela
força desta e desse modo se consegue lhes dar um melhor encaminhamento para
outros planos espirituais.
As entidades afins usam parte dessa energia
para auxiliar os que ali estão na medida de suas possibilidades.
A técnica usada nos terreiros de
Umbanda e Candomblé para formar a egrégora inicial (quando os grupos são bem
dirigidos) está baseada nos rituais de "abertura".
.............
Fazer com que a
assistência de um terreiro participe ativamente ( assistência = nome dado ao
publico em geral que procura ajuda ), pensando positivamente, deve ser parte
obrigatória de TODAS as giras de Umbanda. Essa, no entanto é uma prática
esquecida e o que se vê em muitos terreiros é uma assistência quase sempre
alheia, só participando em alguns momentos, de preferência quando vem ao
encontro do que lhes interessa.
Dessa egrégora são
retiradas as energias para a realização dos trabalhos, o que vale dizer que se
essa energia não for forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é
acontecer nada.
Por outro lado, se a
corrente ou egrégora das "giras" não for suficiente, várias
complicações podem acontecer com o passar do tempo, sendo que, o (a) dirigente,
por ser o centro maior das atenções e para quem convergem as maiores
quantidades de energia ali geradas e mesmo as trazidas pelos assistentes, é
quem sofre, por assim dizer, as maiores consequências dos trabalhos realizados
sem a devida segurança.
Muito sérias, são as consequência
de uma corrente fraca num terreiro, fazendo com que muitos médiuns que não
estão com o pensamento firme, positivo, e de elevado teor, saiam do terreiro
piores do que quando entraram.
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