quarta-feira, 29 de março de 2017

O “ ATENDIMENTO FRATERNO “ OU CONSULTA DO MEDO



É comuns nos dias atuais, muitos se referirem a Umbanda como "uma religião do medo" devido a experiências nada agradáveis que tiveram em alguns locais levantando a bandeira de "casa de caridade".

Devido à falta de estudo e despreparo de alguns dirigentes e médiuns, as manifestações nos terreiros são encaradas da forma alegórica que muitos as denominam pelo que ouviram falar ou por entendimento próprio.

Um exemplo claro disso é infelizmente a alusão que fazem da figura dos Exus guardiões dos templos de Umbanda a figura do demônio a começar pela própria imagem que se vende nas casas do ramo onde a figura bestial impera e quase 99,9% dos mesmos não se apresentam assim.

Outro exemplo clássico é de nossas amadas Bombogiras que são comparadas a mulheres da vida.

Costumo sempre dizer que "ferramenta enferrujada, o trabalho não rende como se espera" o preparo é essencial em qualquer seguimento de nossas vidas e dentro da religiosidade da Umbanda não é diferente!

Hoje muitos médiuns migram para os terreiros por que lá as coisas são mais fáceis, não necessita de estudo e é só entrar que tudo acontece e na manifestação mediúnica, se vê muito mais do intimo do médium do que da essência da própria entidade se manifestando.

O uso de palavrões e linguajar baixo ficou patenteado em certa classe de espíritos taxando assim nossa religião como leviana por parte daqueles que a não conhecem em sua raiz deixado pelo CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS.

Infelizmente são poucas ainda hoje as casas sérias de Umbanda que promovem o estudo e o desenvolvimento mediúnico de seus médiuns, além de dirigentes extremamente despreparados para exercer tal função.

Já é chegada a hora de descortinar o véu que turva as vistas daqueles que ainda vivem de mitos e lendas nas manifestações mediúnicas na Umbanda.

Estudo, disciplina, seriedade e acima de tudo o espírito fraterno de caridade devem sempre tomar a frente nas casas de caridade Umbandista.

Como os afins se atraem em qualquer circunstância, casa preparada, trabalho sério, trabalho sério, consulente satisfeito, a religião cresce e conceito e respeito.

A contra tempo, casa despreparada, o trabalho não acontece, consulente insatisfeito, a Umbanda vira infelizmente o que presenciamos em dias atuais.


E você , que atendimento sua casa prática?










quinta-feira, 23 de março de 2017

OS NOMES SIMBÓLICOS UTILIZADOS PELOS GUIAS E PROTETORES ESPIRITUAIS









SEGUNDO A VISÃO DA UMBANDA

Certa ocasião inquirimos ao Caboclo Araribóia sobre o significado dos nomes simbólicos utilizados pelos Guias e Protetores Espirituais na Umbanda, e ele nos disse: “Filho; um nome nada mais é que um amontoado de letras sem significado algum, a não ser identificação. Cada Espírito trabalhador da Umbanda, assume um nome simbólico que lhe é simpático, geralmente figurativo com referência a sua especialidade, ou mesmo deveres; mas, é simplesmente um nome e nada mais. Aliás, muitas vezes, é o próprio médium, intencionalmente ou involuntariamente, que escolhe um nome simbólico que lhe agrada, para identificar o Espírito manifestado ou que ainda vai se manifestar. Na maioria das vezes o médium quer um nome; então,para satisfazê-lo, intuímos um nome que para ele seja respeitável, simpático ou mesmo significativo. Isso, para nós Espíritos, pouco importa. Só devem ser coibidos nomes esdrúxulos, sem significado algum, que denotam baixeza, ou que não identifica uma Linha de Trabalho.

“(...) o Caboclo das 7 Encruzilhadas, criador da Umbanda em 1908, quando abriu a primeira Tenda dentro da Federação Espírita Kardecista do Brasil, ele não se apresentava com  pacetes, nem coisa nenhuma que representasse Caboclo; ele era um Jesuíta e tomou um nome, porque o Espírito pode tomar o nome que quiser; então ele tomou o nome de Caboclo das 7 Encruzilhadas”. 

“(...) Novamente, essa força estranha tomou o jovem Zélio e através dele um Espírito falou: “Por que repeliam a presença dos citados Espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?”. A essa admoestação da entidade, que estava com o médium Zélio, deu-se uma grande confusão, todos querendo se explicar, debaixo de acalorados debates doutrinários, porém a entidade “resoluta” mantinha-se firme em seus pontos de vista. Nisso, um vidente pediu que a Entidade se identificasse, já que fora notado que ela irradiava uma luz positiva. Ainda mediunizado, através do médium Zélio o Espírito respondeu: “Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque, para mim, não haverá caminhos fechados” (...)

Para maiores esclarecimentos, vamos relembrar os ensinamentos dos Espíritos Superiores na Codificação Kardeciana, igualmente aplicados na Umbanda:


À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, as características distintivas de sua personalidade desaparecem, de certa maneira, na uniformidade da perfeição, mas nem por isso deixam eles de conservar a sua individualidade. É o que se verifica com os Espíritos Superiores e os Espíritos Puros.

Nessa posição, o nome que tiveram na Terra, numa das mil existências corporais efêmeras por que passaram, nada mais significa. Notemos ainda que os Espíritos se atraem mutuamente pela semelhança de suas qualidades, constituindo grupos ou famílias simpáticas.

Se considerarmos, por outro lado, o número imenso de Espíritos que, desde a origem dos tempos, deve haver atingido os planos mais elevados, e se compararmos ao número tão restrito de homens que deixaram na Terra um grande nome, compreenderemos que entre os Espíritos Superiores que podem comunicar-se a maioria não deve ter nomes para nós. Mas, como precisamos de nomes para fixar as nossas idéias, eles podem tomar o de um personagem conhecido, cuja natureza mais se identifique com a deles.

É assim que os nossos anjos guardiões se fazem conhecer, na maioria das vezes, pelo nome de um santo que veneramos, escolhendo geralmente o do santo de nossa preferência. Dessa maneira, se o anjo guardião de uma pessoa dá o nome de São Pedro, por exemplo, não há nenhuma prova material de tratar-se do apóstolo. Tanto pode ser ele como um Espírito inteiramente desconhecido, pertencente à família de Espíritos a que São Pedro pertence. Acontece ainda que, seja qual for o nome pelo qual se invoque o anjo guardião, ele atenderá ao chamado porque é atraído pelo pensamento e o nome lhe é indiferente.

O mesmo se verifica todas as vezes que um Espírito superior se comunica usando o nome de um personagem conhecido. Nada prova que seja precisamente o Espírito desse personagem. Mas se ele nada diz, no seu ditado espontâneo, que desminta a elevação espiritual do nome citado, existe a presunção de que seja ele. E em todos esses casos se pode dizer que, se não é ele, deve ser um Espírito do mesmo grau ou talvez mesmo um seu enviado. Em resumo: a questão do nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício do lugar que o Espírito ocupa na Escala Espírita. (Ver o nº 100 de O Livros dos Espíritos)

A situação é outra quando um Espírito de ordem inferior se enfeita com um nome respeitável para se fazer acreditar. E esse caso é tão comum que não seria demais manter-se em guarda contra esses embustes.

Porque é graças a nomes emprestados, e sobretudo com a ajuda da fascinação, que certos Espíritos sistemáticos, mais orgulhosos do que sábios, procuram impingir as idéias mais ridículas.

Assim a questão da identidade, como dissemos, é mais ou menos indiferente quando se trata de instruções gerais, desde que os Espíritos mais elevados podem substituir-se mutuamente sem que isso acarrete consequências. Os Espíritos Superiores constituem, por assim dizer, uma coletividade, cujas individualidades nos são, com poucas exceções, completamente desconhecidas. O que nos interessa não são as pessoas, mas o ensino. Ora, se o ensino é bom, pouco importa que venha de Pedro ou de Paulo. Devemos julgá-lo pela qualidade e não pelo nome. Se um vinho é mau, não é a etiqueta que o faz melhor. Mas já é diferente nas comunicações íntimas, porque então é o indivíduo, ou sua pessoa mesma que nos interessa. É, pois, com razão que, nessa circunstância, se procure assegurar de que o Espírito manifestante é realmente o que se deseja.

 A identidade é muito mais fácil de constatar quando se trata de Espíritos contemporâneos, cujos hábitos e caráter são conhecidos. Porque são precisamente esses hábitos, de que ainda não tiveram tempo de se livrar, que nos permitem reconhecê-los. E digamos logo que são eles um dos sinais mais certos de identidade.


















(Trecho extraído do livro: “O Livro dos Médiuns” – Allan Kardec – Identidade dos Espíritos)
Trecho extraído do livro: “COLETÂNEA UMBANDA – A MANIFESTAÇÃO DO

ESPÍRITO PARA A CARIDADE – AS ORIGENS DA UMBANDA,

domingo, 19 de março de 2017

A IMPORTÂNCIA DA “VIBRAÇÃO OU PASSE” NO ATENDIMENTO AO PÚBLICO




Desde os tempos mais antigos, a imposição das mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências espirituais. Jesus fez largo uso dessa prática e disse que, se quiséssemos, poderíamos fazer o mesmo.

As mãos servem como um instrumento para a projeção de fluídos magnetizados, doados pelo operador, e fluidos espirituais trazidos pelos Espíritos, os fluídos curativos são absorvidos pela pessoa necessitada por meio dos centros vitais (chakras), acumuladores e distribuidores de energias, localizados no perispírito e pelo próprio corpo astral que age como esponja.

Entre os seguidores de Allan Kardec, a imposição das mãos sobre uma criatura com a intenção de aliviar sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente fortalecê-la, ficou conhecida como “passe”.

Dentro de nossa ritualística de Umbanda, o método de “passe” é incorporado a elementos e fluídos do médium e do ambiente, bem como das forças sutis da natureza trazidas pelas Entidades, formando uma poderosa concentração de energia que é irradiada aos consulentes, de modo capaz de produzir verdadeiros prodígios à aqueles que com fé se apresentarem a este tipo de atendimento, pois o mesmo restaura-lhe o equilíbrio do corpo físico e espiritual proporcionando-lhe salutar alívio para suas mazelas.

A fé racional e a certeza no amparo dos Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no coração de todos aqueles que desejam este tipo de atendimento.

O corpo mediúnico designado a transmitir “vibrações” doa-se com sinceridade à tarefa sob sua responsabilidade, vendo em todo irmão uma alma carente de amparo e orientação. Seu auxílio deve ser distribuído a todas as criaturas.

Como todos podem observar, para esse tipo de atendimento as Entidades preparam o ambiente com uma espécie de magnetização, que irá atuar diretamente no períspirito das pessoas, afastando enfermidades ou perturbações. Assim o necessitado não recebe somente fluidos magnéticos de médiuns/Entidades, mas sim também de outros espíritos que se encontram no ambiente, bem como de forças sutis da natureza.

Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos aos irmão no atendimento por “vibração”, em termos espirituais, nada deixam a desejar em relação a um atendimento individual. A única diferença está na orientação verbalizada que as Entidades procuram passar aos consulentes.

O serviço de atendimento por vibração requer critério, discernimento e responsabilidade, pois além de tudo é um complemento aos recursos do autoconhecimento e de reeducação espiritual.


Contudo, é preciso levar em conta que nenhuma das formas de atendimento (atendimento coletivo “vibração” ou atendimento individual), surtirá efeito se os irmãos que compõem a assistência não tiverem dentro de si a humildade , a vontade e a fé .









sexta-feira, 17 de março de 2017

BOM ATENDIMENTO









Para garantir um bom atendimento a todos que nos procuram, mantemos algumas regras de procedimento e conduta que auxiliam muito na realização de nossas atividades. Pedimos a sua atenção e colaboração em cada uma delas sempre que vier nos fazer uma visita.

O Templo é como qualquer igreja ou centro religioso.

Sendo assim deve-se verificar alguns cuidados com a vestimenta e comportamento de seu frequentadores.

Prefira as roupas leves e claras:

Todo atendimento na Umbanda envolve uma intensa manipulação de energia. As roupas claras facilitam bastante este trânsito, enquanto as escuras dificultam seu manuseio ou ainda agem, em alguns casos, como isolantes ou acumuladores de energias mais densas. Sendo assim procure sempre usar roupas de cores claras quando visitar esta casa. Elas facilitarão em muito o trabalho da espiritualidade em seu auxílio.

Não use roupas curtas, transparentes ou decotadas:

O uso de roupas decotadas, curtas ou transparentes não é permitido no interior da tenda, bem como minissaias ou bermudas. Evite roupas justas. É recomendável o uso de peças confortáveis que possibilitem sentar-se ou levantar-se sem expor o consulente a nenhum constrangimento.

Não é permitido o uso do telefone celular:

Não é permitido o uso do celular nas dependências do templo. Caso seja imprescindível, pedimos que a ligação seja feita fora dos limites da casa. O toque do celular em um momento inoportuno perturba a concentração dos trabalhadores e daqueles que procuram ajuda na casa.

Atenção ao seu comportamento e sentimentos:

Sempre que estiver em uma casa religiosa, esteja atento aos seus pensamentos e sentimentos. Evite a sintonia com qualquer energia que cause desarmonia como rancor, fofoca, tristeza, raiva etc. Procure exercitar o silêncio e introspecção. Além de ser uma forma de respeito àqueles que estão sendo atendidos, esta postura facilita muito a ligação do visitante com os planos superiores da espiritualidade.

Estas são pequenas regras que podem parecer simples de cumprir, mas são de grande importância para nós na prestação de um atendimento melhor. Quando você estiver sendo atendido, perceberá a importância do que falamos aqui.


Independentemente da condição em que nos encontramos todos, sem exceção, estamos em evolução e o que diferencia a evolução de cada um são nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, enfim, as atitudes e posturas do nosso cotidiano.












terça-feira, 14 de março de 2017

AS ATUAÇÕES DAS FALANGES DE TRABALHOS ESPIRITUAIS DOS TAREFEIROS DA UMBANDA








Os Tarefeiros da Umbanda, já integrados nas fileiras de trabalhadores do bem, amparados pelos Guias Espirituais Caboclos da Mata e Pretos-Velhos, de onde recebem suas tarefas, possuindo condições de socorro caritativo, atuam eficientemente em:

 Nas descargas para neutralizar correntes de elementares/elementais vampirizantes, que atuam negativamente, por meio do sexo, fazendo de suas vítimas verdadeiros escravos das distorções sexuais.

 Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribunais do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis.

 Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou Espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio.

 Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos e desunir famílias.

 Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir
injustamente quem não merece.

 Trabalham no combate das viciações que escravizam a todos, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores.

 Fazem à proteção dos Templos onde habita a Espiritualidade Maior, principalmente onde se pautam pelas mensagens crísticas.

 Combatem a leviandade, promovendo a firmeza que trás o respeito através do poder da palavra. Tais atributos e a harmonia de seus efeitos combinados trazem a serenidade mental, onde os Sagrados Orixás atuam.

 Trabalham incansavelmente fazendo de um tudo para que seus médiuns possam galgar graus conscienciais luminosos perante a espiritualidade maior, auxiliando-os, mas jamais são coniventes com os desmandos de seus pupilos, corrigindo-os, às vezes, implacavelmente, para que possam enxergar seus erros e retomarem a senda da Luz.

 Atuam no combate aos obsessores kiumbas (na medida do possível ajudando-os a evoluir) e no combate das energias desvairadas e viciantes.

 Atuam nas cobranças e nos reajustamentos emotivos e passionais, reencaminhando a todos na linha justa de suas vidas.

 Atuam nas emoções e nas ações negativadas dos indivíduos, equilibrando-as na medida do possível.

 Fazem a proteção de médiuns que pautam suas vidas na observância e aplicação dos ensinamentos crísticos, e na vivência do Evangelho Redentor.








quinta-feira, 9 de março de 2017

VAMOS FALAR SOBRE SUA CONSULTA





Ter a oportunidade de conversar com uma entidade incorporada em um médium comprometido com a espiritualidade é um privilégio para o consulente, para o médium e até mesmo para o próprio guia. Independentemente da condição em que nos encontramos todos, sem exceção, estamos em evolução e o que diferencia a evolução de cada um são nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, enfim, as atitudes e posturas do nosso cotidiano. Quando vamos ao terreiro sempre vamos em busca de algo e muitas vezes esquecemos que esse algo não vai vir de fora, não vai cair do céu. Com certeza vai depender do nosso merecimento e do nosso trabalho.

Outra coisa comum de se esquecer é que nenhuma situação se forma da noite para o dia. São longos períodos sem ação e sem reflexão que exigem persistência e equilíbrio para superação das condições adversas. Dificilmente uma situação que demorou muito tempo para se formar se resolverá numa única consulta mediúnica.

Nosso terreiro não se pratica jogos de adivinhação, cartas, tarô ou qualquer outro meio. Praticamos Umbanda, isso significa que a consulta é única e exclusivamente feita com a entidade que está incorporada em seu médium. Não fazemos trabalhos de amarração ou desfazemos famílias, não cobramos absolutamente nada na consulta, pois qualquer tipo de cobrança vai contra a conduta da casa.

Organize seus pensamentos e sentimentos , antes mesmo de chegar ao terreiro vá pensando nas suas prioridades. Durante a abertura dos trabalhos concentre-se e reflita (obviamente em silêncio) sobre o que você almeja e o que realmente você foi fazer lá. Na frente do guia sabemos que muitas vezes dá o “branco” e nem sabemos direito o que falar, mas se já é difícil para gente imagina para o
guia entender o que passa dentro da nossa cabeça tendo ainda o médium como intermediário.

Uma boa consulta não é aquela que demora horas e sim aquela que é objetiva. Abra seu coração, exponha seus medos, angústias e peça a ajuda, deixando o orgulho de lado. Caso não tenha o que pedir, simplesmente peça uma benção e agradeça pela oportunidade.

Nem precisa dizer que trocar informações sobre sua consulta com o próximo é tão errado quanto usar a receita médica de outro paciente para curar a sua doença.

Preste atenção na sua consulta, durante o atendimento procure prestar o máximo de atenção no que está sendo dito para você, Quanto mais atenção você prestar no guia que está falando com você mais rápida e eficiente será sua consulta, não saia da frente da entidade com dúvidas, pergunte ao cambone que está auxiliando todo o tipo de dúvida que tiver.

Seja franco e verdadeiro, se você não puder fazer os banhos, defumações, oferendas e tudo mais, diga logo ao guia, ele não vai  ficar ofendido. Juntos vocês vão buscar outras alternativas viáveis. Tudo que lhe é passado para fazer em um atendimento tem um propósito, um objetivo e muito provavelmente tem prazo de validade.

Vibre sempre energias positivas, o número da sua ficha de atendimento é 80 e ainda estão chamando o número 10 ? Isso significa que você terá mais tempo para refletir e pensar em como melhorar sua vida rezando num templo religioso! Reclamar, ficar levantando para fazer nada, cochichar e falar sobre futilidades é um grande favor que você faz ao baixo astral. Sim, toda energia trabalhada tem que fluir para algum lugar e graças à lei da afinidade você pode entrar no terreiro com um probleminha e sair com 80 novos problemas.


Acabou a consulta, fique em oração e vá para casa descansar, encontros sociais, conversas com parentes, discussões sobre política, religião e futebol ou mesmo matar saudade de conhecidos são coisas para serem feitas em outros dias, o baixo astral é persistente e age sempre na sutileza, portanto, quanto menos brechas você der melhor , afinal você e os guias se esforçaram bastante para buscar soluções no seu atendimento. Se quiser ver o fechamento da gira, fique em silêncio e oração.









segunda-feira, 6 de março de 2017

O EXEMPLO É NOSSO








Falar de Umbanda é algo difícil para muitos umbandistas, na maioria das vezes a fala contém uma incisiva conotação defensiva e justificada, é quase automático esclarecer o porquê da escolha dessa religião salientando sempre que na Umbanda não se faz matança e assim por diante.

É fato que muitas vezes esperamos uma reação negativa ou irônica daquele que desconhece a Umbanda assim como todos seus fundamentos e poder de realização.

Chego à conclusão que só existem duas formas de criar essa valorização religiosa tão necessária para a Umbanda: primeiro pelo EXEMPLO e segundo pelo SABER.

Acredito ser incoerente o médium umbandista dizer que a Umbanda não faz magia negra se seus pensamentos e atos desejam e fazem o mal ao próximo ou se seus desejos são tão importantes que estão acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa.

Não dá para o umbandista falar que a Umbanda não faz e não é milagre se o próprio “pede” continuamente soluções aos Guias Espirituais se isentando de qualquer responsabilidade.

Acredito também que o Saber é fundamental para qualquer coisa que se queira valorizar. Se não sabemos o que é a Umbanda como falar da Umbanda? Se não sabemos diferenciar um Guia de um Orixá, se não sabemos de nossas obrigações e deveres como médiuns umbandistas, se não sabemos responder as perguntas pertinentes sobre a nossa religião como querer que o outro compreenda-a?

Estudar é fundamental e dar exemplos é essencial para vivenciar plenamente a Umbanda sem medo e sem constrangimento.

Também é importante seguir uma tradição religiosa, respeitar as hierarquias e a ancestralidade, afinal são pontos fundamentais de nossa Umbanda e devem ser compreendidos e praticados com valor e respeito.

Pensar em Umbanda é pensar em disciplina e postura. É compreender que o médium é a peça mais importante para a manifestação da religião.

Portanto, a visão que as pessoas terão sobre a Umbanda será o reflexo das atitudes dos médiuns umbandistas, dentro e fora de uma gira de atendimento.

Somos nós, médiuns umbandistas, que precisamos fazer algo diferente e significativo pela Umbanda. Somos nós que temos que dar exemplo de sua ação em nossa vida e somos nós que temos que responder as perguntas da sociedade, mesmo porque quando perguntarem algo sobre a Umbanda não poderemos incorporar o Preto Velho para dar a resposta em nosso lugar, não é mesmo?













Texto de Mãe Monica Caraccio.












sábado, 4 de março de 2017

FUI CONVIDADO A ENTRAR PARA A CORRENTE E AGORA ?







Quando uma pessoa é convidada para integrar a corrente mediúnica de um Terreiro de Umbanda (passar a fazer parte do grupo de médiuns, ficando do lado de dentro de tronqueira), surgem imediatamente muitas dúvidas e anseios. Passar da assistência para o “lado de dentro” é um passo muito grande e têm muitas implicações. Por não saberem exatamente o que isto implica, muitas pessoas ficam em pânico, confusas, amedrontadas, acham que têm a obrigação de aceitar este chamamento e que a vida delas vai mudar radicalmente.

O primeiro conselho que eu posso dar é: tenha calma! Quando este convite é feito, ninguém, em circunstância nenhuma, é obrigado a aceitar. Algumas pessoas não se sentem preparadas ainda ou não se identificam com o Terreiro em questão. Por isso a recusa é totalmente legítima e a vida delas não vai desmoronar (não mesmo!) por causa disso. Por isso, mesmo diante da surpresa, da animação e da excitação pela possibilidade de integrar a corrente mediúnica, é importante ter calma e pensar muito bem nos prós e contras de dar este passo, com calma, com tempo, com o coração.


Agora, falando sobre o que implica passar para o lado de dentro, algumas pessoas acham que implica somente passar a ir de roupa de branca e chegar um pouquinho mais cedo às sessões. Mas não é só isso, de todo! Mais do que tudo, passar para o lado de dentro significa assumir um compromisso, consigo próprio, com a casa, com a família espiritual daquela casa e com as suas próprias entidades. Significa estar interessado e disponível para as atividades de desenvolvimento mediúnico, de caridade, para as Giras e outras atividades daquele Terreiro. Significa, também, estar disponível para organizar, limpar e ajudar nas tarefas de preparação do ambiente para os trabalhos espirituais que são realizados. Aqui também impera a liberdade de cada um, e o seu desenvolvimento vai caminhar conforme o seu interesse e dedicação.

Há quem chegue no dia da Gira, coloque a roupinha branca, participe dos rituais e logo a seguir vai embora. Há quem faça tudo isso e, para além, se preocupa em chegar mais cedo para limpar o chão e o Congá, arrumar as flores, organizar a assistência, fazer a sustentação energética durante a Gira, ler e estudar a religião de Umbanda, propor matérias interessantes para serem estudadas no Terreiro, etc. O certo e errado, melhor ou pior em tudo isso, caberá à consciência e coração de cada um dizer.








quarta-feira, 1 de março de 2017

O QUE FAZER PARTE DE UM TERREIRO DE UMBANDA VAI MUDAR NA MINHA VIDA ?




Passar a fazer parte de um Terreiro de Umbanda não significa que você vai ter que fazer dezenas de oferendas por semana, mudar a forma como se veste no dia-a-dia, andar por aí com 50 guias no pescoço, deixar de ter vida social ou passar a incorporar espíritos sem nenhum controle, em qualquer lugar. Não é nada disso. Quando fazemos parte de um Terreiro de Umbanda, temos a oportunidade de vivenciar mais intensamente os fundamentos desta religião e o intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual, que nos proporciona uma enorme ampliação da consciência.

Mais do que qualquer outra coisa, a Umbanda tem como objetivo auxiliar os seus seguidores a compreender e aceitar que todos os espíritos são uma expressão divina, que a vida é muito mais do que isso que vemos e tocamos no plano físico, que a caridade é uma forma de redenção e de perdão, que é possível e desejável agirmos sempre com amor, respeito e entendimento do próximo e de nós mesmos/as.

Fazer parte de um Terreiro de Umbanda é tentar, todos os dias, ir para o trabalho e não pensar mal do colega, é perdoar a ofensa que um amigo lhe dirigiu, é ir para a Gira e não fazer fofoca dos irmãos de Terreiro, é compreender e respeitar os problemas que as pessoas da assistência trazem e para os quais pedem ajuda. Se, para além disso, você quiser realizar as oferendas, andar com uma ou outra guia, optar (sim, optar, não ser obrigado) a vestir sempre uma peça de roupa branca, ou parar de fumar, ou de beber álcool, excelente, tudo isso vai contribuir para o seu crescimento! Mas não sinta que tudo isso seja uma obrigação.


Isso tudo parece muito clichê, mas não se pode fugir disso. Seguir os fundamentos da Umbanda significa trabalhar para ser uma pessoa melhor nesta encarnação, com a ajuda daquilo que se vivencia no Terreiro, das experiências de incorporação, do aprendizado da religião, das mensagens das entidades espirituais, e assim por diante.