Quando uma pessoa é convidada para integrar a corrente mediúnica de um Terreiro de Umbanda (passar a fazer parte do grupo de médiuns, ficando do lado de dentro de tronqueira), surgem imediatamente muitas dúvidas e anseios. Passar da assistência para o “lado de dentro” é um passo muito grande e têm muitas implicações. Por não saberem exatamente o que isto implica, muitas pessoas ficam em pânico, confusas, amedrontadas, acham que têm a obrigação de aceitar este chamamento e que a vida delas vai mudar radicalmente.
O primeiro conselho que eu
posso dar é: tenha calma! Quando este convite é feito, ninguém, em
circunstância nenhuma, é obrigado a aceitar. Algumas pessoas não se sentem
preparadas ainda ou não se identificam com o Terreiro em questão. Por isso a
recusa é totalmente legítima e a vida delas não vai desmoronar (não mesmo!) por
causa disso. Por isso, mesmo diante da surpresa, da animação e da excitação
pela possibilidade de integrar a corrente mediúnica, é importante ter calma e
pensar muito bem nos prós e contras de dar este passo, com calma, com tempo,
com o coração.
Agora, falando sobre o que
implica passar para o lado de dentro, algumas pessoas acham que implica somente
passar a ir de roupa de branca e chegar um pouquinho mais cedo às sessões. Mas
não é só isso, de todo! Mais do que tudo, passar para o lado de dentro significa
assumir um compromisso, consigo próprio, com a casa, com a família espiritual
daquela casa e com as suas próprias entidades. Significa estar interessado e
disponível para as atividades de desenvolvimento mediúnico, de caridade, para
as Giras e outras atividades daquele Terreiro. Significa, também, estar
disponível para organizar, limpar e ajudar nas tarefas de preparação do
ambiente para os trabalhos espirituais que são realizados. Aqui também impera a
liberdade de cada um, e o seu desenvolvimento vai caminhar conforme o seu
interesse e dedicação.
Há quem chegue no dia da Gira, coloque a roupinha branca, participe dos rituais e logo a seguir vai embora. Há quem faça tudo isso e, para além, se preocupa em chegar mais cedo para limpar o chão e o Congá, arrumar as flores, organizar a assistência, fazer a sustentação energética durante a Gira, ler e estudar a religião de Umbanda, propor matérias interessantes para serem estudadas no Terreiro, etc. O certo e errado, melhor ou pior em tudo isso, caberá à consciência e coração de cada um dizer.
Há quem chegue no dia da Gira, coloque a roupinha branca, participe dos rituais e logo a seguir vai embora. Há quem faça tudo isso e, para além, se preocupa em chegar mais cedo para limpar o chão e o Congá, arrumar as flores, organizar a assistência, fazer a sustentação energética durante a Gira, ler e estudar a religião de Umbanda, propor matérias interessantes para serem estudadas no Terreiro, etc. O certo e errado, melhor ou pior em tudo isso, caberá à consciência e coração de cada um dizer.
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