O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra, e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal. Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.
O NATAL E AS RELIGIÕES
O Natal é uma das principais festas das religiões cristãs, mas algumas outras religiões ainda mantêm alguma relação com esta data, mesmo que de forma indireta.
No budismo nem sequer é mencionado Cristo. Sua festa mais importante ocorre em maio, quando os devotos rememoram o nascimento e a morte de Buda. Nessa ocasião, dão banhos de chá em uma imagem de elefante com um bebê em cima e depois a colocam em um altar enfeitado.
No hinduísmo, os adeptos reconhecem Cristo como um avatar – encarnação de Vishnu, uma de suas entidades divinas mais importantes. O dia 25 de dezembro é reservado à comemoração da Festa das Luzes. Neste dia, para eles, o nascimento da luz venceu a escuridão.
No islamismo, Cristo é uma espécie de profeta, mas mesmo dando relativa importância à sua figura, os fiéis não possuem uma data especial para comemorar seu nascimento. As duas principais festas da religião são a Eid El-Fitr, celebração do desjejum realizada após o Ramadã, e o Eid El-Adha, que marca o encerramento da peregrinação a Meca.
No judaísmo, os judeus não reconhecem Jesus Cristo como Filho de Deus, portanto, não comemoram seu nascimento. No período do Natal, eles realizam o Chanuká, ou a Festa das Luzes. Ela relembra a reinauguração do Grande Templo de Jerusalém, reconquistado pelos judeus após três anos de guerras. Quando foi retomado, o local estava cheio de imagens pagãs e guardava costumes profanos. Para purificá-lo, foi necessário acender diversas luzes. Por isso, o principal símbolo do Chanuká, que dura oito dias, é a menorá – candelabro judaico. As oito velas que o adornam são acesas, uma a cada dia, durante a festividade.
As testemunhas de Jeová entendem que festas de aniversário são um costume pagão e apesar de prestarem devoção a Cristo, não fazem nenhuma comemoração no dia 25 de dezembro. Eles também preferem negligenciar a data porque não há nada na Bíblia que ateste ser este o dia do nascimento do Messias.
Os espíritas devem lembrar que a data é propícia para as famílias que realizam reuniões de estudos do Evangelho no Lar, e que devem aproveitar a oportunidade de comemorar o Natal, sem os exageros conhecidos, com os demais familiares. Participar da vida social normalmente, até das brincadeiras de amigo secreto, do almoço confraternativo na empresa, porém tendo sempre em mente a condição espírita: o Natal é uma alusão ao nascimento do Cristo e em hipótese alguma os exageros devem fazer parte de suas vidas.
A umbanda encontrou um lugar para Cristo no rol de suas divindades – ele é associado a Oxalá, considerado o maior Orixá de todos. No dia 25 de dezembro, os umbandistas agradecem à entidade que, segundo a sua crença, comanda todas as forças da natureza.
Seja nas crenças cristãs, seja nos credos que não se apóiam na figura de Jesus, o sentido primeiro do Natal está, de certo modo, presente – na essência, todas as religiões celebram a esperança em um mundo constantemente renovado pelo exercício do amor. E mesmo que, ao longo dos séculos, o Natal tenha sido encarado por muitos como uma festa secular, a lembrança do bebê na manjedoura estará sempre viva: a luz que afasta, de vez, a escuridão.
A Árvore de Natal e o Presépio
Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial nesse período. Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.
Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.
O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. As músicas de Natal também fazem parte desta linda festa.
O Papai Noel: origem e tradição
Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
Foi transformado em santo pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele. A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.
A roupa de Papai Noel
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.
O ato de presentear
A primeira loja especializada em presentes de Natal foi fundada em Paris no ano de 1785, mas a troca de presentes já era um costume popular desde a Roma Antiga. Durante as festas da Saturnália, os romanos ofereciam estatuetas de deuses em argila, mármore, ouro ou prata, de acordo com suas posses. À medida que o império romano cresceu, a troca de presentes foi se tornando cada vez mais difundida e simbólica.
Os presentes de Natal, entretanto, foram uma idéia do papa Bonifácio, no século VII. No dia 25 de dezembro, terminada a missa, os sacerdotes benziam pães e os distribuíam ao povo. Este, no dia 6 de janeiro, dia dos reis Magos, retribuía com presentes.
DESEJAMOS A TODOS UM FELIZ NATAL, E UM ANO NOVO CHEIO DE LUZ
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