Qual o efeito espiritual
do álcool?
Em poucas palavras,
resumem os Drs. Wolff e Bulher, "o homem perde-se a si mesmo".
"A estimulação, a alegria, o esquecimento das preocupações são
acompanhados por uma "crescente perda de critério": a censura é
desligada, a pessoa desinibe-se, faz e fala coisas que não faria ou falaria se
estivesse sóbria, ocorre um "desencadeamento irrefreado de tendências
inferiores e vis". Na realidade a pessoa não passa a beber para criar
coragem, mas para perder o controle de si, para deixar transparecer sua
"natureza baixa".
Mesmo em pequenas doses
ocorre uma diminuição da consciência e uma incapacidade do espírito de agir no
corpo. Diz Rudolf Steiner que "o álcool isola o homem de tudo o que é
espiritual, luta contra a atividade de nosso EU espiritual" não podemos
subestimar o problema do alcoolismo, é uma doença grave progressiva e
incurável, cuja única saída será o tratamento e a abstinência total. Precisamos
compreender que os danos físicos não são tão eminentes, a não ser após a
ingestão regular de quantidades maiores, mas os efeitos sobre a estrutura
espiritual e a personalidade do ser humano são intensos, mesmo ingerindo-se pequenas
quantidades, o homem se desconecta do aspecto espiritual, perde-se de si mesmo
e provoca a decadência física e psíquica da sua personalidade.
O uso do álcool na Antiguidade
é diferente do uso atual?
O álcool é tão antigo
quanto a humanidade, mas existem diferenças fundamentais entre o passado e o
presente. Antigamente as bebidas tinham baixo teor alcoólico os tempos eram
outros, a estrutura do homem antigo totalmente diferente do moderno, dizia Drs.
Wolff e Bülher que o álcool era até um fator positivo, dava o "peso
terreno" que faltavam aos antigos.
Afirmam eles que "do
ponto de vista da humanidade, a missão do álcool era retirar o homem de seu
estado de consciência clarividente e atavístico, e cortar-lhe a ligação direta
e instintiva com as forças da natureza e com o mundo espiritual. Este
desligamento devia tornar o homem mais terreno e promover a formação da
personalidade. Hoje, no entanto, a ligação do homem com a terra é não somente
suficiente, mas, às vezes, excessiva, fato que se traduz no aparecimento de certas
doenças. Se esta tendência for reforçada constantemente pela ingestão de álcool
(mesmo em quantidade pequena), teremos duas consequências: a promoção da
predisposição a certas doenças e o impedimento de um passo decisivo na evolução
da humanidade. O homem precisa hoje reconquistar a ligação perdida com o mundo espiritual.
O álcool impossibilita esta reatação. O álcool é, hoje, um inimigo da
humanidade. O consumo regular do álcool é um herança do passado, que precisa
ser abandonada em prol do desenvolvimento do eu humano em direção à
individualidade criadora e livre.
A PREVENÇÃO DE DROGAS
À LUZ DA CIÊNCIA E DA
DOUTRINA ESPÍRITA
REFLEXÕES PARA JOVENS E
EDUCADORES
Rosa Maria Silvestre
Santos
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