Umbanda, luz encantada,
religião linda que faz minha alma se alegrar, se aliviar, ser caridosa, ser
feliz.
Umbanda, caminho de luz,
caminho da paz, que me leva ao alívio, me traz compreensão, me ensina a ser
forte, que faz minha fé crescer.
Umbanda, dos Orixás que me
guiam em caminhos que posso me perder, dos Caboclos que curam meu corpo e
espírito quando estou frágil, dos Pretos Velhos que me ensinam a humildade
quando a vaidade tenta tomar conta de minha mente, dos Erês que me alegram nos
meus momentos de tristeza, dos Boiadeiros que me dão força quando fraquejo, dos
Malandros que me dão a ginga para driblar os obstáculos da vida, dos Exús e
Pombas Giras que me dão a proteção quando estou sendo atacado pela maledicência
de quem não soma nada na minha caminhada para evolução.
POEMA DE UMBANDA
Umbanda é tão simples, tão
limpa em seus sentimentos que seu abraço nos foge a compreensão,
Umbanda sempre arrebatou
multidão, com seus conselhos, seus banhos aliviadores,
Seus passes de energia e a
força de seus guias,
Umbanda não dá ato, não
tem plateia, não incomoda, nem atormenta,
Umbanda é Paz, aconchego
de Pai e Mãe,
Umbanda é magia saudável
em oração,
É copo com água, são pés
no chão,
Umbanda não tem dono,
muito menos nomes a exaltar,
Ela apenas existe em torno
dos que dela vem necessitar,
Salve Umbanda querida,
salve sua falange de luz,
Salve Umbanda destemida
que me abençoa e conduz,
Em ti hinos não há, nem
mesmo os mestres que a usam ao bel sabor,
Não nomeaste a ninguém,
apenas deles se faz aparelho,
Sem exigir nada do ser nem
mesmo o seu custeio,
Umbanda vertente, Umbanda
daqui e dali,
Onde há corpos unidos em
prol do auxílio,
Uma tenda montada da forma
que dá,
Lá estará a Umbanda serena
a ajudar,
Sua ajuda é humilde, com conselhos
e passes aos filhos de sua fé,
Não tem regra que sustente
a declarar que aquela assim não é,
Umbanda é diferente, tem
doutrina aberta a operar,
Cada guia que a trás,
coloca em seus médiuns para trabalhar,
Sobe rua desce estrada,
entra na tenda,
Esteja onde estiver,
Umbanda sempre se acha,
pelo som e pela fé,
Doutrinários que dela se
usam e usaram na intenção de ter nome escrito e lembrado,
Não passam de espíritos
atrasados que dela também usufruíram,
Na tentativa de subir o
degrau, tornasse pessoa em ascensão,
Espíritos carentes de luz,
que encontram nela sua missão,
Médium umbandeiro que
trata da Umbanda como quem trata do coração,
Tem em seu seio guardado
sua alma/espírito em eterna evolução,
Sobe, desce e o trabalho
sempre continua,
Recebe suas entidades no
espaço sagrado que pode ser a própria rua,
Quem vai dizer que sim,
quem dirá que não,
Se na Umbanda tudo que
vale é a operação,
Usa-se de todo
conhecimento humano,
Na tentativa de ajudar o
semelhante,
E torná-lo uma pessoa em
equilíbrio,
Humilde, saudável e
atuante,
As curas que faço através
de guias que em mim vem trabalhar,
Curam-me também a alma,
pois para tal meu corpo devo preparar,
Logo ela age sempre dos dois
lados,
De quem procura e quem
oferta,
Numa troca de energias a
serem ainda descobertas,
Nessa grande experiência
do dar e receber,
A Umbanda caminha e só
tende a crescer,
Esqueçamo-nos da
importância pessoal,
Na Umbanda não importa se
é José ou Maria,
O que a Umbanda tem é
poder de ajuda com sabedoria.
Dia Nacional de Umbanda
Porque Milhões de
brasileiros escolheram 15 de Novembro como o DIA NACIONAL DA UMBANDA.
A data de 15 de Novembro
foi proposta pelas entidades federativas do Rio de Janeiro, na I Convenção
Anual deste Conselho, da qual
participaram 25 federações,
representando a maioria absoluta dos Estados; e que não opuseram qualquer objeção à
escolha.
Entre as datas sugeridas –
13 de Maio, consagrada aos Pretos Velhos –
e 22 de Novembro – dia de Araribóia –
venceu por unanimidade 15 de Novembro.
Nessa data, em 1908, manifestou-se pela primeira vez, numa sessão da Federação Espírita, em Niterói,
uma entidade que Casa das Neves, em São
Gonçalo-RJ declarou trazer a missão
de estabelecer um culto, no qual os
espíritos de índios e de escravos poderiam desenvolver seu trabalho
espiritual, organizado no plano astral
do Brasil. Na época, esses espíritos aproximavam-se das reuniões
espíritas, mas as suas mensagens eram
recusadas, por serem eles considerados
atrasados, tendo em vista a condição de
humildade com que se identificavam.
A entidade, que se apresentou aos videntes como um mentor
espiritual, deu o nome de CABOCLO DAS
SETE ENCRUZILHADAS.
No dia seguinte, verdadeira multidão compareceu à residência
do médium – um jovem de 17 anos, Zélio
Fernandino de Moraes, de tradicional família
fluminense. A entidade manifestou-se e
determinou as normas do novo culto, que
teria o nome de UMBANDA, declarando fundado o primeiro templo de Umbanda, cuja prática seria exclusivamente a caridade
espiritual, através de passes,
desobsessões e curas de enfermos.
O templo, que tomou o nome de Tenda Nossa Senhora da
Piedade, funciona ainda hoje, no centro
do Rio de Janeiro (Rua D. Gerardo, 51) com uma filial ( Cabana de pai Antônio )
num sítio em Boca do Mato, Cachoeiras de
Macacu, completando, em Novembro próximo, 69 anos de atividade.
Prosseguindo a sua
missão, o Caboclo das 7 Encruzilhadas
fundou mais 7 templos, cujos dirigentes
foram escolhidos entre os grupos de médiuns preparados nas sessões doutrinárias
que a entidade estabelecera, às quintas-feiras
à noite, para esclarecimentos sobre a
doutrina espírita, o Evangelho e as
normas ritualísticas da Umbanda. Estas
normas determinavam: médiuns
uniformizados de branco, cânticos sem acompanhamento de atabaques nem palmas
ritmadas; preceitos baseados apenas em
água, amaci de ervas, flores e pemba, atendimento totalmente
gratuito, não sendo admitido estabelecer
nem aceitar retribuição financeira de espécie alguma. Os templos, organizados
administrativamente, mantinham-se pelas
contribuições dos associados.
Milhares de templos, em quase todos os Estados, descendem desse grupo inicial, conservando, em sua maioria, a pureza da doutrina e da ritualística. Formou-se assim a religião de Umbanda –
denominada, de início, Lei de Umbanda, ou Linha Branca de Umbanda – cujos mentores
são os Caboclos e os Pretos-Velhos.
Justifica-se, portanto,
a escolha da data de 15 de Novembro,
por não se prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim
a ambas: Caboclos e Pretos Velhos.
A referência feita à
Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela determinante da
igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na Constituição da
República, em 1889, o Estado deixou de ter uma religião
oficial, permitindo assim que todos os credos,
inclusive a nossa doutrina, se
difundissem livremente.
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