sexta-feira, 15 de novembro de 2013

SALVE A NOSSA UMBANDA QUERIDA


                                    
Umbanda, luz encantada, religião linda que faz minha alma se alegrar, se aliviar, ser caridosa, ser feliz.
Umbanda, caminho de luz, caminho da paz, que me leva ao alívio, me traz compreensão, me ensina a ser forte, que faz minha fé crescer.
Umbanda, dos Orixás que me guiam em caminhos que posso me perder, dos Caboclos que curam meu corpo e espírito quando estou frágil, dos Pretos Velhos que me ensinam a humildade quando a vaidade tenta tomar conta de minha mente, dos Erês que me alegram nos meus momentos de tristeza, dos Boiadeiros que me dão força quando fraquejo, dos Malandros que me dão a ginga para driblar os obstáculos da vida, dos Exús e Pombas Giras que me dão a proteção quando estou sendo atacado pela maledicência de quem não soma nada na minha caminhada para evolução.








POEMA DE UMBANDA


Umbanda é tão simples, tão limpa em seus sentimentos que seu abraço nos foge a compreensão,

Umbanda sempre arrebatou multidão, com seus conselhos, seus banhos aliviadores,

Seus passes de energia e a força de seus guias,

Umbanda não dá ato, não tem plateia, não incomoda, nem atormenta,

Umbanda é Paz, aconchego de Pai e Mãe,

Umbanda é magia saudável em oração,

É copo com água, são pés no chão,

Umbanda não tem dono, muito menos nomes a exaltar,

Ela apenas existe em torno dos que dela vem necessitar,

Salve Umbanda querida, salve sua falange de luz,

Salve Umbanda destemida que me abençoa e conduz,

Em ti hinos não há, nem mesmo os mestres que a usam ao bel sabor,

Não nomeaste a ninguém, apenas deles se faz aparelho,

Sem exigir nada do ser nem mesmo o seu custeio,

Umbanda vertente, Umbanda daqui e dali,

Onde há corpos unidos em prol do auxílio,

Uma tenda montada da forma que dá,

Lá estará a Umbanda serena a ajudar,

Sua ajuda é humilde, com conselhos e passes aos filhos de sua fé,

Não tem regra que sustente a declarar que aquela assim não é,

Umbanda é diferente, tem doutrina aberta a operar,

Cada guia que a trás, coloca em seus médiuns para trabalhar,

Sobe rua desce estrada, entra na tenda,

Esteja onde estiver,

Umbanda sempre se acha, pelo som e pela fé,

Doutrinários que dela se usam e usaram na intenção de ter nome escrito e lembrado,

Não passam de espíritos atrasados que dela também usufruíram,

Na tentativa de subir o degrau, tornasse pessoa em ascensão,

Espíritos carentes de luz, que encontram nela sua missão,

Médium umbandeiro que trata da Umbanda como quem trata do coração,

Tem em seu seio guardado sua alma/espírito em eterna evolução,

Sobe, desce e o trabalho sempre continua,

Recebe suas entidades no espaço sagrado que pode ser a própria rua,

Quem vai dizer que sim, quem dirá que não,

Se na Umbanda tudo que vale é a operação,

Usa-se de todo conhecimento humano,

Na tentativa de ajudar o semelhante,

E torná-lo uma pessoa em equilíbrio,

Humilde, saudável e atuante,

As curas que faço através de guias que em mim vem trabalhar,

Curam-me também a alma, pois para tal meu corpo devo preparar,

Logo ela age sempre dos dois lados,

De quem procura e quem oferta,

Numa troca de energias a serem ainda descobertas,

Nessa grande experiência do dar e receber,

A Umbanda caminha e só tende a crescer,

Esqueçamo-nos da importância pessoal,

Na Umbanda não importa se é José ou Maria,

O que a Umbanda tem é poder de ajuda com sabedoria.



  


  

Dia Nacional de Umbanda


Porque Milhões de brasileiros escolheram 15 de Novembro como o DIA NACIONAL DA UMBANDA. 

A data de 15 de Novembro foi proposta pelas entidades federativas do Rio de Janeiro, na I Convenção Anual deste Conselho,  da qual participaram 25 federações,  representando a maioria absoluta dos Estados;  e que não opuseram qualquer objeção à escolha.

Entre as datas sugeridas – 13 de Maio, consagrada aos Pretos Velhos –  e 22 de Novembro – dia de Araribóia –  venceu por unanimidade 15 de Novembro.  Nessa data,  em 1908,  manifestou-se pela primeira vez,  numa sessão da Federação Espírita,  em Niterói,  uma entidade que Casa das Neves, em São Gonçalo-RJ declarou trazer a missão de estabelecer um culto,  no qual os espíritos de índios e de escravos poderiam desenvolver seu trabalho espiritual,  organizado no plano astral do Brasil.  Na época,  esses espíritos aproximavam-se das reuniões espíritas,  mas as suas mensagens eram recusadas,  por serem eles considerados atrasados,  tendo em vista a condição de humildade com que se identificavam.

A entidade,  que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual,  deu o nome de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS.

No dia seguinte,  verdadeira multidão compareceu à residência do médium – um jovem de 17 anos,  Zélio Fernandino de Moraes,  de tradicional família fluminense.  A entidade manifestou-se e determinou as normas do novo culto,  que teria o nome de UMBANDA, declarando fundado o primeiro templo de Umbanda,  cuja prática seria exclusivamente a caridade espiritual,  através de passes, desobsessões e curas de enfermos.

O templo,  que tomou o nome de Tenda Nossa Senhora da Piedade, funciona ainda hoje,  no centro do Rio de Janeiro (Rua D. Gerardo, 51) com uma filial ( Cabana de pai Antônio ) num sítio em Boca do Mato,  Cachoeiras de Macacu,  completando,  em Novembro próximo, 69 anos de atividade.

Prosseguindo a sua missão,  o Caboclo das 7 Encruzilhadas fundou mais 7 templos,  cujos dirigentes foram escolhidos entre os grupos de médiuns preparados nas sessões doutrinárias que a entidade estabelecera,  às quintas-feiras à noite,  para esclarecimentos sobre a doutrina espírita,  o Evangelho e as normas ritualísticas da Umbanda.  Estas normas determinavam:  médiuns uniformizados de branco, cânticos sem acompanhamento de atabaques nem palmas ritmadas;  preceitos baseados apenas em água,  amaci de ervas,  flores e pemba, atendimento totalmente gratuito,  não sendo admitido estabelecer nem aceitar retribuição financeira de espécie alguma.  Os templos, organizados administrativamente,  mantinham-se pelas contribuições dos associados.

Milhares de templos,  em quase todos os Estados,  descendem desse grupo inicial,  conservando, em sua maioria,  a pureza da doutrina e da ritualística.  Formou-se assim a religião de Umbanda – denominada,  de início,  Lei de Umbanda,  ou Linha Branca de Umbanda – cujos mentores são os Caboclos e os Pretos-Velhos.
Justifica-se,  portanto,  a escolha da data de 15 de Novembro,  por não se prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim a ambas:  Caboclos e Pretos Velhos.

A referência feita à Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela determinante da igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na Constituição da República,  em 1889,  o Estado deixou de ter uma religião oficial,  permitindo assim que todos os credos, inclusive a nossa doutrina,  se difundissem livremente.












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