MATÉRIA, ENERGIA, ESPÍRITO
Na criação universal, a
vida se manifesta sob três aspectos, cujas limitações desconhecemos: como
matéria, representada pela forma; como energia, representada pelo movimento, e
como espírito, representado pela inteligência-sentimento.
O espírito, utilizando-se
da energia, age sobre a matéria, provocando reações e transformações de
inúmeros aspectos e naturezas.
A matéria, em si mesma,
nada mais é que energia ‘‘condensada’’ a vários graus e todas as transformações
que nela se operam são resultados dessa interferência do elemento espírito, que
sobre ela projeta correntes vibratórias mais rápidas, finas e elevadas, que a
desagregam ou modificam.
A energia está sempre em
movimento, condensando-se ou expandindo-se, formando correntes no seio da
massa; no caso dos passes, o mesmo fenômeno se dá: o operador projeta correntes
de fluidos mais finos e poderosos, que provocam transformações no movimento
específico dos agrupamentos celulares do corpo denso ou do perispírito.
Toda vez que uma corrente
de energia, acionada por um operador inteligente, interfere em um campo da
matéria, surgem limitações, resistências locais; forma-se uma cadeia de
fenômenos decorrentes, dos mais variados aspectos e consequências.
Assim, uma resistência
oposta a uma corrente elétrica, dá origem ao calor e à luz; a interferência
sobre uma corda de violino suficientemente tensa produz som, etc.
O corpo humano tem um
ponto certo de equilíbrio, de estabilidade, e qualquer interferência do
Espírito que o anima ou de forças ou entidades do ambiente exterior, produz
alterações, distorções, desarmonias, distúrbios, moléstias.
ABSORÇÃO
A energia cósmica tem
muitos nomes, manifesta-se de muitas formas, conquanto seja sempre a mesma, em
essência e fundo: akasa, para os hindus, aôr, para os hebreus, telesma, para os
hermetistas, azoth, para os alquimistas, força ódica de Reichembach, força
psíquica de Crookes, fluido mesmérico, fluido vital, prana, fluido universal,
eletricidade, enfim, como quer que se chame, é sempre o mesmo fluido cósmico
fundamental, do qual uma das manifestações mais úteis e poderosas é o
magnetismo, visto que pode ser utilizado em forma simples e acessível aos
homens, na cura de moléstias.
Como já vimos, a absorção
dessa força, pelo corpo humano, é realizada pelo aparelho respiratório, pela
pele e pelos alimentos que vão ter ao sistema digestório.
Podemos aumentar essa
absorção:
a) Praticando exercícios respiratórios.
Os processos mais
aconselháveis são os de respiração profunda, que se praticam da seguinte forma:
— deitado, sentado ou de
pé, aspirar o ar pelo nariz, empurrando o diafragma para baixo e procurando
recolher o ventre para que, assim, o ar penetre amplamente no pulmão, inclusive
em seus lóbulos superiores; contar até cinco.
— reter o ar nos pulmões,
contando, da mesma forma, até cinco.
— soltar o ar lentamente
pela boca, contando o mesmo tempo e procurando esvaziar os pulmões
completamente.
— reter os pulmões vazios
durante o mesmo período de tempo e recomeçar, como no princípio.
— em todas as fases,
procurar aumentar, gradativamente, o tempo dos movimentos e das pausas.
Este exercício aumenta
grandemente a capacidade torácica e, em consequência, a quantidade de ar que os
pulmões recebem em cada movimento respiratório.
Por outro lado, o
exercício fortalece os pulmões, toma-os mais elásticos e leva o ar a todos os
alvéolos, promovendo verdadeiro saneamento, pela ação do oxigênio e
imunizando-os de moléstias infecciosas próprias desse órgão.
Se sobrevierem tonturas
(excesso de oxigênio), basta reduzir o tempo da primeira fase.
b)Selecionando os alimentos com prevalência de vegetais e frutas.
c)Mantendo a pele em perfeitas condições de limpeza, flexibilidade
e arejamento.
d)Captação da energia pela evocação e pela prece, diretamente do
reservatório universal.
- concentração,
solicitando o auxílio dos bons Espíritos.
- evocação das forças cósmicas,
do alento divino que transita, imanente, por toda a criação.
- levantamento dos braços
verticalmente, aos lados da cabeça, durante a evocação, para a captação da
força e, nessa posição, permanecer enquanto sentir a descida da energia por
eles.
À medida que os exercícios
forem feitos e o tempo transcorrer, se verá que cada dia se torna mais sensível
e evidente a descida da força pelos braços, seu giro pelo corpo e sua volta
pelo mesmo caminho, para o espaço ambiente.
Tão apto fica o indivíduo, com o
correr do tempo, na captação da força cósmica, que lhe bastará, a qualquer hora
e em qualquer lugar, levantar os braços para que por eles desçam as energias
reparadoras, com facilidade e presteza.
CONSTATAÇÃO
O fluido magnético é de
natureza tão evidente e objetiva que pode ser visto, por videntes, atravessando
em ondulações luminosas, a aura das pessoas e projetando-se para fora do corpo
somático.
Apresentando-se a um
vidente espontâneo duas vasilhas contendo água, uma magnetizada, outra não, ele
apontará logo a magnetizada, não só por causa dessa luminosidade a que nos
referimos, como também porque, em certos casos, a água fica leitosa ou entra em
efervescência.
Outra constatação muito
simples é colocar um pêndulo ou um anel na ponta de um fio e mantê-lo na
vertical, seguro pelos dedos indicador e polegar; o operador passa então a
atuar sobre o objeto pendurado, dando-lhe ordens mentais para que balance para
a direita, para a esquerda, em círculo, pare, recomece, etc., e ver que o
objeto obedece prontamente às ordens dadas segundo, é claro, a capacidade
mental do operador.
Nestes casos, o que sucede
é que a corrente fluídica, impulsionada pela vontade do operador, flui pelo
braço, mãos e dedos, desce pelo fio e transita pelo objeto pendurado,
arrastando este no seu próprio impulso.
Tanto nestes como nos
casos de radiestesia, o fenômeno é sempre o mesmo: o fluido magnético, formando
uma corrente e arrastando com ela os objetos intermediários (pêndulos, varinhas
mágicas, etc), na direção de uma massa atrativa (água, metais do subsolo, etc),
que formam polos opostos à mente do operador.
No caso dos passes, a
corrente é formada pelas mãos do operador e o fluido deve transitar através das
partes doentes.
PASSES E RADIAÇÕES
EDGARD ARMOND
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