Lastimará por vezes o
companheiro as obrigações que assumiu no campo espiritual. Se sentirá que o
trabalho com Jesus após o longo dia de serviço a César, o Jantar adiado, a
festa de que não participa, o lazer reduzido, a distração de que se priva, são
sacrifícios bem pesados.
Já ponderou, entretanto,
que o verdadeiro serviço com o Mestre deve ser sublinhado por alegre
espontaneidade? Que a tristeza envenenará os fluidos que transmita no passe,
tirará a convicção da palavra que a pregue, desapontará o necessidade que o
busque? Que pesar e medir sacrifícios, contar minutos e horas de atividade na
Seara é anular todo o mérito?
Não diríamos a quem serve
com tristeza que deixe de servir, mas sim que busque a alegria do serviço.
Se alguém permitiu que a
rotina lhe invadisse a tarefa, busque renovar-se através da prece, da
meditação, da leitura, da palestra.
Não permaneça na atitude
interesseira de quem só quer acumular horas de serviço para melhorar a própria
ficha espiritual, pois trabalho sem amor, consta como hora negativa que terá
que ser reposta. Não julgue diminuir seus débitos pelo comparecimento a certas
reuniões, pois só o Senhor sabe de nossos méritos e deméritos, só Ele vê
claramente nossa posição ante a Lei.
Perguntarão: não há bônus
hora, não há diminuição de débitos através da colaboração espiritual? sim,
respondemos, porém sob a égide do amor.
Misericórdia quero, e não
sacrifício, disse Jesus. Aquele que se sente sacrificado por servir só
experimenta misericórdia por si mesmo; é, pois, egoísta.
Mais bem-aventurada coisa
é dar do que receber, consta nos Atos. Se damos lastimando-nos somos
desventurados.
O amor cobre a multidão
dos pecados, escreveu Pedro. E Paulo declara: a caridade (ou o amor) é
sofredora, é benigna, não busca os seus interesses. Eis o verdadeiro amor, a
legítima caridade, que resgata débitos, suaviza carmas e eleva o Espírito.
Se busca alguém esse
resgate, essa suavização e erguimento, ame. E como fará para amar? Ensaiando
seu coração para que vibre por todos como vibra para seus entes mais caros. É
difícil? Sim, mas se fosse impossível Jesus não nos diria: amai-vos uns aos
outros como eu vos amei!
MENSAGEM MEDIÚNICA
Simão.
BLOG CEU
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