A Umbanda, bem como outras
práticas espiritualistas, tem como uma de suas finalidades a demonstração e a
aplicação das verdades do mundo espiritual no mundo da matéria, ou seja, no
nosso mundo, no mundo dos seres carnais, visando assim colaborar para nossa
evolução. Para isso faz-se necessária a existência do fenômeno da mediunidade,
ou seja, a existência de indivíduos dotados de qualidades especiais denominados
médiuns.
Mas, afinal, o que é um
médium? Um médium é um verdadeiro
intermediário entre o mundo astral e o mundo carnal. É um veículo através do
qual os seres do mundo astral manifestam-se para nós, seres encarnados.
Existem vários tipos de
mediunidade, sendo a mais comum na Umbanda a de "incorporação", onde
a entidade astral passa a falar e a agir através do médium, como se tivesse
"tomado seu corpo". No entanto, não são todas as pessoas que são
dotadas desta mediunidade. Além disso, quando uma pessoa é realmente um médium, sua mediunidade
não pode se processar "de qualquer
jeito, na base de cabeçadas".
O médium precisa passar
por uma fase de desenvolvimento, e quando estiver apto para o trabalho, ou
seja, quando estiver atuando, deve ter uma série de cuidados especiais para
manter sua mediunidade devidamente equilibrada.
O principal meio para que
o médium possa encontrar o equilíbrio
necessário para o bom andamento de sua mediunidade é a busca da HARMONIA em
todos os aspectos, tanto durante os trabalhos mediúnicos quanto na sua vida em
geral.
Quando o médium vive sob
condições desarmoniosas, como por exemplo participando de rituais
estapafúrdios, barulhentos, repletos de materiais grosseiros, sua mediunidade
fica desajustada, e o indivíduo para a sofrer os reflexos disso.
Primeiramente, o contato
com as entidades espirituais fica difícil, podendo até desaparecer. Perdendo o
contato com suas "entidades de luz", o médium poderá até abrir uma
"brecha" para que através dele manifestem-se seres do baixo mundo
astral, como os quiumbas, que se fazem passar por caboclos, pretos-velhos,
exus-guardiões, etc.
Além disso, surgem no
médium em desequilíbrio doenças de ordem psíquica e orgânica, principalmente,
no sistema nervoso, cardiovascular e endócrino.
Paralelamente, a vida
material do médium também acaba sendo prejudicada.
Para escapar dessa
situação o médium deve procurar orientação daqueles que realmente têm condições
e conhecimento para ajudá-lo. Infelizmente na maioria das vezes, acabam caindo
nas garras dos salafrários que fazem da Umbanda um comércio. A partir daí, é
despachos para isso, despacho para aquilo, tudo à base do dinheiro, e solução
que é bom ... NADA. A situação só se complica mais ainda. Portanto, cuidado!
Busquemos a verdade antes que ela nos surpreenda de forma dolorosa.
(Francisco Rivas Neto).
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