A força, a arte ou o
conhecimento que se convencionou chamar de magia está presente no mundo desde
que surgiram os primeiros agrupamentos humanos.
Inicialmente era
considerada manifestação sobrenatural ou do mundo oculto todo e qualquer
fenômeno que a mente humana primitiva não conseguia compreender. Em épocas
recuadas, o homem já consagrava oferendas às forças titânicas e, até então,
indomáveis da natureza. Assim começa a história da magia.
Quando estudamos o passado
histórico das civilizações podemos compreender quanto a ignorância dos homens
primitivos contribuiu para desencadear o desenvolvimento de crenças e lendas,
que, de algum modo, procuravam dar sentido às percepções e aos fatos
incompreendidos. São histórias, personagens, superstições que nasceram da
incapacidade momentânea dos povos da Terra de explicar ou compreender as leis
da natureza, nas mais diversas épocas e culturas. A história da magia em sua
manifestação mais elementar confunde-se com esse estado de ignorância dos
fenômenos naturais. Nasceram, assim, os deuses e demônios, os seres
considerados sobrenaturais e detentores de poderes e conhecimentos além do
alcance dos simples mortais.
Mais adiante no tempo,
homens cujo psiquismo era mais desenvolvido que os demais de sua comunidade
aprenderam a captar intuições ou foram guiados por mestres daquela época no
contato com o mundo oculto em manipulação de fluidos, elementos essenciais na
prática dessa espécie de magia. Os feiticeiros, xamãs ou curandeiros,
sacerdotes e sacerdotisas, após passarem por etapas de aprendizado e algum
processo iniciativo, estariam capacitados a manipular ervas, fluidos e até
mesmo o psiquismo de seus companheiros de tribo ou nação.
Consultados os registros
do mundo astral - aquilo que os esoteristas costumam designar de registros
areádicos, pode-se ver que foi no lendário império da Atlântida que esses
sacerdotes-médiuns alcançaram grande expressão no conhecimento dos elementos da
natureza na manipulação das chamadas forças ocultas.
Tais forças ocultas não
passam de elementais, isto em fases embrionárias de evolução, assim como de
fluidos e magnetismo, utilizados em larga escala por mentes acostumadas a
longos processos de disciplina.
Como a multidão não tinha
acesso ao entendimento dos elementos da vida oculta, pelas características da
iniciação, criou-se a aura de mistério que cerca os sacerdotes da Antigüidade.
As pesquisas a respeito das ervas, pós e poções, beberagens e seus efeitos no
organismo humano e na própria mente, assim como alucinógenas, aumentaram ainda
mais o poder dos magos e iniciados, que, ao longo do tempo, passaram a abusar
do conhecimento que detinham.
Surgem, na lendária
Atlântida, os rituais sagrados e as primeiras manifestações da chamada magia
negra.
Ao conhecimento a respeito
da natureza oculta, das ervas, dos fluidos e de certos elementos extrafísícos,
juntou-se a experiência de alguns pesquisadores a respeito dos astros.
Anteviram, através de suas pesquisas, eventos naturais e cataclismos,
conhecidos com antecipação pelo olhar mais atento e observador, investigativo.
Dá-se início, na Terra, a era dos profetas, adivinhos e prognosticadores, que
guardavam, cada um, a característica de sua cultura e suas crenças.
Segundo consta na tradição
espiritual do planeta, elementos psíquicos descontrolados aliados aos abusos
das inteligências da época atraíram os cataclismos responsáveis pelo fim
daquele período, quando o continente da Atlântida mergulhou nas águas do
oceano.
Prevendo o fim próximo,
alguns estudiosos de então transportaram seu conhecimento para outras terras,
outras nações. Caravanas de iniciados, guardando o tesouro de suas pesquisas e
experiências transcrito em papiros e pergaminhos da época, empreenderam a
viagem dos magos e chegaram às regiões correspondentes à Índia, ao Egito e à
antiga Pérsia, onde fundaram escolas iniciativas que buscavam preservar as
tradições de seu povo.
As Torres do Silêncio, na
Pérsia, os templos iniciativos do Oriente ou os conselhos de sacerdotes
egípcios e de outros povos da Antigüidade formavam o reduto do conhecimento
oculto. Poucos eram aqueles admitidos no círculo restrito de iniciação ao
chamado ocultismo. Na época mais recente da história humana, muitos
representantes dos sacerdotes e magos da Antigüidade transformaram-se em
precursores dos atuais cientistas, através da reencarnação.
Em partes do planeta onde
o homem estacionou por mais tempo em sua caminhada evolutiva, também deixou de
progredir o contato com o mundo oculto, e as práticas do ocultismo acabaram se
degenerando em interesses mais imediatos.
Difundiram-se na Terra as
manifestações da magia negra, que outra coisa não é senão a manipulação dessas
mesmas forças e dos elementos da vida extrafísica, mas associada a
inteligências vulgares, que cultivam interesses infelizes e mesquinhos. Empreende-se
o intercâmbio com forças e energias bastante primitivas, primárias e
materializadas.
Entidades cuja vibração se
afina a tais interesses egoístas estabelecem ligação mais intensa com seus
médiuns, os magos negros, a fim de vampirizar suas energias. É comum observar,
em casos assim, processos de simbiose espiritual. Os parceiros do conluio
tenebroso passam a vibrar em conjunto, alimentando-se um do outro durante
longos períodos, até que o elemento dor os desperte e coloque limites nos
desregramentos e abusos cometidos.
Fonte: Livro: Aruanda –
Robson Pinheiro
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