sábado, 25 de abril de 2015

O DOENTE É QUE PRECISA DE MÉDICO




Sabe camboninho, nega véia estava aqui matutando...enquanto esmagava esse manjericão cheiroso. No mundo dos mortos a gente ainda pensa e trabalha zi fio... e muito! eh..eh...eh...

Estivemos visitando alguns terreiros por essa Terra do Cruzeiro e observando alguns filhos de fé. Quanto trabalho bonito se faz, quanta caridade que transforma o mal em bem! Isso nos deixa felizes e com o coração cheio de luz.
Mas nega véia não pode deixar de dizer que muita vezes entristece quando percebe muita fala e pouca prática.

Não que a fala não seja uma maneira de fazer o bem, mas na hora de aplicar para si mesmo, tem muito filho que enrosca a cola na cerca.

A Umbanda, essa menina nova que está debutando por agora, seja lá como é vista ou praticada, tem como objetivo "a caridade a quem dela precisa".

É o remédio ao doente, é o alento ao sofredor, é água ao sedento.

Mas tem filho que só aceita ajudar se o "doente" não for contagioso, se a ferida não estiver purulenta ou se ele estiver equilibrado o suficiente para não ocupar muito do seu tempo.

E nessas ocasiões zi fio, tantas vezes é Jesus batendo à porta e sendo mandado embora. E esse Jesus tanto pode vir vestido de mendigo, quanto pode vir de terno e gravata como ainda pode se apresentar de maneira a contrariar todos os nossos preceitos de "certo ou errado".

Aquele que bate as portas de um hospital, só o faz procurando cura e ou trabalho. E quem está lá dentro como curador, não pode abster-se de acolher e medicar, mesmo que o recém chegado não o esteja agradando, seja pela aparência ou condição espiritual, emocional ou financeira.

Feliz daqueles que estão no lugar dos que ajudam e não dos necessitados!

Mas zi fio, nega véia tem visto muito casaco ser usado do lado avesso..eh.eh.eh.

Muita coisa muda nessa vida de uma hora para outra e de repente o médico vira paciente e vice versa. Quem nos garante o dia de amanhã?

Por isso meu menino, julgar é uma tarefa que devemos deixar para Àquele que vê tudo lá do Alto. Nossa visão é turva e nossa capacidade de discernimento ainda é muito limitada.

Temos visto muito médium se negando a ajudar por qualquer motivo...eh..eh...eh...

Os filhos deixam parecer que na Umbanda existem "cargos", o que não é a realidade, pois só o que tem sobrando mesmo, é trabalho.

Triste zi fio, deixar de acalentar, de dar suporte a quem precisa se educar, por temor que aquele pedinte possa ter olhos de ver e com isso, enxergar a sujeira escondida embaixo do tapete.

Mas nega véia segue o rastro das estrelas. Já errou muito também e por isso compreende e tenta ajudar a clarear as idéias e o coração dos filhos da terra.
Só falta ainda um tanto de humildade pois os filhos de umbanda já iniciam nas primeiras séries da escola do amor universal.

Saravá camboninho, nega véia precisa falar menos e trabalhar mais...eh..eh..eh...






















Vovó Benta (fevereiro de 2008)

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