Os ensinamentos de Jesus,
assim como a Umbanda, são simples e destituídos de fórmulas e símbolos
complicados. Ademais, Jesus não exigia dos homens que se tornassem santos ou
heróis, sob a influencia de seus ensinamentos.
Ele ensinava a realidade
dos céus no meio da vida comum, nas ruas, vielas, campos, lares, sob as
árvores, ou a beira de praias. Jesus teve sua convivência por escolha entre o
povo aflito e sofredor, sedentos por amor e um pouco de carinho em vez de estar
entre eruditos, políticos, ou entre as complicações religiosas do mundo. Seus
ensinamentos eram simples, compreendidos por todos, e eram gravados com letras
de fogo no coração de cada um. Ensinamentos compreendidos e aceitos pela
simplicidade das verdades inesquecíveis como:
“Ama a teu próximo como a
ti mesmo”
“Faze aos outros o que
queres que te façam”
“Quem se humilha será
exaltado”
“Cada um colhe conforme
suas obras”
Jamais, outra regra de
reforma íntima tão singela e espiritual poderia permear a Umbanda, cuja doutrina
é tão simples, desprovida de pompas, lógica e libertadora.
Nenhum outro Mestre que
viveu entre nós conseguiu em poucas palavras e em tão pouco tempo expor um
código de moral tão elevado (Evangelho) aos humanos.
A Umbanda não pretende
isolar-se na interpretação pessoal do Evangelho tão bem esposado e explicado
pelo Espiritismo, Alias, não devemos nos esquecer que as explicações contidas
no “EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”, foram dadas por espíritos iluminados;
portanto ser espírita é seguir os ensinamentos dos espíritos, o que nós
Umbandistas também fazemos.
Só não adotamos o termo
“Espírita” para designar nosso movimento religioso, pois os Kardecistas já o
fizeram. Somos Umbandistas, mas aceitamos de coração nossos irmãos Espíritas.
Adotar a literatura Espírita não quer dizer praticar espiritismo, mas sim nos
educarmos nas mensagens edificadoras dos nossos irmãos espirituais que ali
militam.
Adotando o “EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO” em nossos Templos, estaremos contribuindo para a
libertação das pessoas, e contribuindo para a única maneira de nos
espiritualizarmos, que é a “educação”.
Nós Umbandistas, devemos
ter como objetivo a redenção dos espíritos através de uma conscientização
contínua das verdades eternas contidas no evangelho de Jesus, sem aguardar o
milagre da santidade instantânea. O Umbandista deve interessar-se profundamente
pelo seu aperfeiçoamento e não eleger e confiar somente nos ensinamentos dos
mestres e doutrinadores. Não basta querer ter sua vida resolvida, crer numa
vida espiritual eterna se ainda não se converteu às verdades e aos ensinamentos
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Evangelizar não se trata
apenas de um conjunto de preceitos pregados a outras pessoas, mas sim
interiorizados e vividos no íntimo de nossa alma, assim como fez Jesus, pois
ele pregava, mas praticava todos os seus ensinamentos. Jesus não estabeleceu
nenhum culto, nem pregou nenhum tipo de poder a multidão; não criou castas e
nem outorgas sacerdotais; não pregou aprisionamentos de espíritos; não ensinou
a retornar nenhum mal que nos fizessem, e muito menos, não nos deu fórmulas
mágicas para que pudéssemos nos beneficiar egoisticamente, promovendo
facilidades materiais ou espirituais.
Ele nos pregou o amor, o
perdão, a redenção pela fé, e foi muito claro quando nos disse:
“Quem quiser salvar-se,
pegue de sua cruz e siga-me”
Jesus deu um toque sutil
em todas as situações humanas e espirituais, operando o verdadeiro milagre da
nossa reforma intima, transformando angustias, fracassos e desesperos em
bênçãos para o caminho do céu. Ao invés de menosprezar a vida nos ensinou que
ela é um instrumento necessário para o aperfeiçoamento da alma. Transformou
dores em bênçãos, choros, sofrimentos e aflições em bem-aventuranças eternas.
Nenhum suspiro, dor, ou
lágrima serão perdidos ante o Divino Criador. Existe uma simbiose; uma sintonia
moral entre a Umbanda e o Evangelho. Ambos requerem a redenção humana. Ambos
valorizam a vida humana, nos ensinando que devemos viver tudo o que Deus nos
proporcionou com disciplina, e não ver a vida simplesmente como condição
expiatória ou apenas sofredora.
A Umbanda, portanto, é o
caminho a ser trilhado pela humanidade, e o Evangelho é a luz que ilumina o
caminho, facilitando a nossa vida. Nós, Umbandistas, não devemos aguardar a
aproximação do Evangelho, mas sim buscá-lo e vivenciá-lo em toda sua plenitude,
como norma a ser seguida, a fim de nos desvencilharmos das ilusões e
sofrimentos humanos, encontrando um caminho curto e seguro que nos levara a
Deus.
O Evangelho é fonte
criadora de homens incomuns em caráter amor e igualdade. Não é egoísta, mas sim
altruísta; não se exalta, mas cria humildes. Deixa o ser humano terno e não
cruel. Pacífico e não armado. O Evangelho será a pátria dos homens santos. Os
gigantes de espiritualidade, vencedores de suas mazelas e paixões.
Todos os problemas do
mundo serão solucionados pela leitura e prática do Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo, o porto mais seguro da espiritualidade superior.
Nós Umbandistas, devemos
usar dos recursos materiais que Deus nos proporcionou, que chamamos de
“arsenal” de Umbanda, com disciplina, bom senso e espírito crítico, sempre que
necessário ajudar a qualquer irmão, mas desde que esse, naquele momento, não se
encontra em condições de ser doutrinado ou transformado. Após o equilíbrio do
mesmo devemos proceder a sua evangelização, para que o nosso irmão continue seu
caminhado no plano terreno com equilíbrio e não venha cair nas malhas das
vissitudes internas e nem dos nossos irmãos das trevas.
Em nossas palestras
elucidativas e evangelizadoras devemos nos abster de excessos de melodramas,
exposição de conceitos e parábolas através de suspiros, palavras trêmulas e
expressões compungidas. Devemos ter uma oratória simples, objetiva, sincera,
assim como Jesus fazia, falando com o coração e não preocupado se as pessoas
estão te admirando pela rica eloquência.
Então meus irmãos, mãos a
obra, na edificação evangélica do nosso espírito imortal, pois só assim
estaremos contribuindo para o nosso aprimoramento e elevação espiritual.
Lembrem-se do iniciador da
Umbanda, em 1.908, o Sr Caboclo das Sete
Encruzilhadas, quando nos exortou:
“Que o desenvolvimento do
médium fosse com base na Evangelização contumaz”
“De quem sabe aprenderemos
e os que nada sabem ensinaremos”
Gian, SUPER OBRIGADO PELA PÁGINA MARAVILHOSA. VAMOS SEGUIR OS ENSINAMENTOS!!!!!
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