quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A TRISTEZA DE UM MENTOR




- Pai Joaquim, o senhor está triste hoje?

- Sim, meu filho, um Mentor também se entristece, mas saiba que é diferente da tristeza que vocês sentem.

- Como assim diferente, meu pai? Tristeza não é tudo igual?

- Nós nos entristecemos, mas não com sofrimento, pois o sofrimento vem quando sabemos que poderíamos ter feito mais, e nós sempre fazemos tudo que é possível, tudo que é permitido. Então somente ficamos tristes por não atingirmos os objetivos que dependem da compreensão de cada Individualidade, ou de cada Personalidade.

- Entendo, mas o senhor poderia dar um exemplo, para que eu possa escrever sobre isso?

- Sim, meu filho... Nenhuma pessoa se aproxima de outra se não houver um motivo. Grande parte das vezes é por afinidade vibratória, e outras tantas pelos reajustes. Saiba, meu filho, que todo reajuste é planificado pelos espíritos envolvidos de maneira que possam aprender alguma coisa e reequilibrar um karma do passado com amor. Sim, com amor! Porque cada reencontro, por mais doloroso que possa parecer, tem uma finalidade produtiva para ambas as partes. Às vezes nós, aqui no Plano Espiritual, nos esforçamos para auxiliar que dois caminhos se encontrem. Que duas pessoas que necessitam reajustar possam estar próximas e em situações que permitam a superação dos defeitos de caráter de cada um. A tristeza chega para nós quando todos os esforços são vencidos pelo orgulho pessoal, pela arrogância, pela falta de compreensão e pelo desejo inconsciente de voltar à velha estrada. Então nos entristecemos, pois sabemos que a lição não foi aprendida.

- Então o reajuste não é realizado, e as pessoas terão que reencarnar novamente para reajustar a oportunidade que perderam?

- Não meu filho! O reajuste é sempre realizado, não tenha dúvidas. Mas sempre há a possibilidade do reajuste por amor, e, nestes casos, o reajuste é realizado pela dor. A mágoa acaba reequilibrando as energias. Os encontros e reencontros acontecem para que os envolvidos possam ultrapassar os limites do simples reajuste, para que possam aprender algo e realizar com amor o reequilíbrio do passado. É a lei do Perdão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Porém, quando o amor é vencido pelos sentimentos negativos ou mesmo pelas influencias dos irmãozinhos, volta-se a velha estrada do dente por dente, olho por olho e quem pode cobra, quem deve paga.

- Então sempre podemos reajustar por amor, pelo perdão, mas quando “terminamos mal”, acabamos reajustando pela dor. É isso meu pai?

- Sim filho. Por isso a importância de procurar compreender o outro, de colocar-se “nos seus sapatos” e entender, mesmo que não concorde com as atitudes e palavras. Assim, buscando o entendimento de como o outro está pensando, podemos perdoar, quando requer perdão, ou pedir perdão. Aliás, pedir perdão é sempre recomendável quando o coração compreende. Pedir perdão não é sinal de fraqueza ou de concordância com o outro. É o reconhecimento da compreensão e a nova Lei de Nosso Senhor Jesus Cristo, na sua Escola do Caminho.




















Pai Joaquim das Cachoeiras

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