PERGUNTA: Observamos
alguns irmãos umbandistas arrastarem móveis, a fim de obter espaço para
improvisar congás em suas residências. Logo estão a dar consultas e todo tipo
de atendimento em suas moradas. Qual vossa opinião sobre as atividades de
caridade realizadas em ambiente doméstico?
RAMATÍS: Infelizmente,
esta situação é corriqueira. É generalizado o desconhecimento dos fundamentos
mínimos da consagração vibratória de um templo de umbanda. Os trabalhos
realizados durante uma sessão de caridade (consulta, desobsessão, desintegração
de formas de pensamento, morbos psíquicos e larvas astrais), aliado ao
desmanche de magia negra e de outras ferramentas de ataques psíquicos
espirituais, necessitam de campos de força adequados para proteção, como forma
de dissolver todos os restos fluídicos que ficam pairando no local, no éter
circunscrito à crosta terrestre. É como se uma casa de Umbanda fosse uma enorme
usina de reciclagem de lixo astral. Atividades sem nenhuma fundamentação
defensiva no campo da alta magia, não amparadas pela corrente mediúnica e os devidos
condensadores energéticos, tendem a se tornar objetos de assédios das regiões
trevosas.
Os trabalhos de caridade
em vossas residências impregnam negativamente o ambiente doméstico. Há uma
diferença enorme da benzedeira, que é toda amor e ora ardente no cantinho de
sua choupana, com fé desinteressada, e os médiuns vaidosos que trabalham em
casa com seus guias “poderosos”, que tudo fazem por meia dúzia DE MOEDAS. Os
que persistem em sua arrogância, a ponto de prescindir de um agrupamento e de
um templo ionizado positivamente para a descarga fluídica de uma sessão de
caridade, acabam tornando-se instrumentos das sombras, muitas vezes à custa da
desunião familiar, de doenças e ferrenhas obsessões.
Muitas vezes o médium se
acha estar coberto de "boas intenções" ao começar a montar em sua
residência um congá para atendimento. A princípio apenas para os familiares e
conhecidos. Ou seja, inicialmente não tem intenção de cobrar pelo atendimento
que fará. Entretanto, o que verdadeiramente o motivou não foi o amor, mas sim a
arrogância e vaidade em não admitir-se sob o comando de outro encarnado e atuar
fraternalmente entre irmãos. Desejoso de ser o "chefe do terreiro"
sempre vê mais defeitos do que qualidades em qualquer terreiro que frequente.
Sempre visualiza o quão perfeito será o seu próprio terreiro.
Com isso em mente abre o
seu "congá" e começa a trabalhar, com o passar do tempo sem o devido
preparo, sente falta do mesmo, mas não o admite e não busca auxílio em outra
corrente e vai cada vez mais sendo enfraquecido. E não admite porque o que
inicialmente o motivou a abrir o congá foi à empáfia, arrogância e a vaidade.
Sendo alvo constante do
astral inferior (o que todo dirigente o é), vai fenecendo, até que as suas
entidades (guias e protetores) não podem ou conseguem mais atuar ativamente
sendo gradativamente substituídas por inteligências trevosas que se fazem
passar por entidades de luz.
A essa altura a sua antiga
"residência" já é um terreiro sim, um centro, mas um centro de
concentração de forças trevosas que atuarão forte e implacavelmente na
manutenção deste lugar, transformando o médium chefe e todos os seus seguidores
em servidores de suas forças. O processo obsessivo está nesse estágio no seu
ponto máximo que é a fascinação.
Portanto, senhores médiuns
cuidado! O nosso maior inimigo está dentro de nós mesmos e se chama vaidade!
Ninguém é dono da verdade e terreiro algum é perfeito! Busquemos, pois nos unir
em nossos momentos de dúvida e aflição para que possamos sempre também estarmos
unidos nos momentos de glória e alegria!
Fonte: Livro Vozes de
Aruanda - Ed. Conhecimento.
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