Compromisso espiritual
O primeiro e mais
importante compromisso de um médium é o espiritual. Todo médium precisa
saber-se espírito e, como tal, deve saber viver a sua vida física, sem, no
entanto, se apegar ao mundo físico.
Embora tenha consciência
do compromisso espiritual que tem, sabe que a vida física é parte dele e nunca
a abandona, menospreza ou negligencia. Ao contrário, vive-a plenamente, com
lucidez e discernimento, na certeza de que, vivendo-a dessa forma, estará
também honrando seu compromisso espiritual de evoluir e, com a sua evolução,
promover também a evolução de toda a Criação.
O médium sabe que é um ser
espiritual vivendo uma experiência carnal e, desse modo, colocasse todos os
dias em sintonia com o Criador, entendendo que somente n’Ele poderá, de fato,
compreender toda a beleza da Criação.
Compromisso mediúnico
O segundo compromisso mais
importante de um médium é com sua própria mediunidade. Todo médium deve saber
que a mediunidade não lhe pertence e nem lhe foi concedida para seu uso
exclusivo.
Por isso mesmo, tem
consciência de que mediunidade é trabalho em equipe para o bem coletivo, o qual
deve estar acima e vir à frente de todo e qualquer bem individual ou pessoal.
Sabe também que nunca estará sozinho, seja para enfrentar os obstáculos, seja
para colher as bênçãos da tarefa que executa. E usufrui dessa condição com
equilíbrio e responsabilidade.
Como uma das pontes que
une dois mundos muito próximos, embora aparentemente tão distantes, honra aos
dois, sendo homem, sem deixar de ser espírito, e vivendo como espírito, sem
deixar de viver como homem. E, como médium, procura ser homem e espírito dignos
de respeito e confiança, por parte dos companheiros e parceiros que tem nos
dois mundos.
Compromisso com a
instituição e o grupo mediúnico
Tendo consciência de que a
mediunidade é trabalho de equipe, tarefa de cooperação mútua, todo médium sabe
também o quanto são importantes o grupo mediúnico e a organização em que atua.
Assim, ama-os
incondicionalmente, respeita-os, preserva-os, sem esperar deles perfeição ou
infalibilidade, por ter consciência de que são instituições humanas, como ele
mesmo o é.
Trabalha sempre para o bem
do grupo e o crescimento de todos, contribuindo da melhor forma para a
manutenção, física e espiritual, da instituição que os abriga, respeitando os
princípios que a norteiam, sem abrir mão de seu direito de pensar e, pensando,
agir, assumindo as consequências dos próprios atos.
Assim, procura também
respeitar as normas do grupo, sendo pontual, assíduo e interessado. Colabora em
tudo que lhe é possível e tem consciência de que, embora não seja
insubstituível, é importante na composição do grupo e na realização do
trabalho, naquilo que melhor sabe fazer.
Compromisso com
amparadores
Todo médium sabe que
trabalha em parceria, com encarnados e desencarnados e, por isso, nunca se
esquece daqueles companheiros que justificam sua condição de intermediário
entre dois mundos: os amparadores.
Sabe que, além dos
companheiros encarnados, também os amparadores contam com ele para a realização
da tarefa. Sabe que, sem uma das engrenagens, a máquina não funciona e procura
atender à sua função com amor e interesse.
Trata os amparadores com
respeito e educação, obtendo deles também o mesmo tratamento.
Compromisso com necessitados encarnados
e desencarnados
Todo médium sabe que seu
trabalho não teria razão de ser se não pudesse ajudar, de alguma forma, a
diminuir a ignorância e o sofrimento no mundo em que vive.
Consciente de sua
responsabilidade para com o bem coletivo, trabalha para aliviar, orientar, esclarecer,
ajudar, consolar e amparar o maior número possível de espíritos, estejam eles
encarnados ou desencarnados.
Sem julgar, criticar,
condenar ou fazer qualquer distinção, ajuda a todos indistintamente e tem
consciência do quanto as pessoas contam com o seu trabalho.
Por isso, está sempre
presente às reuniões, com disposição e boa vontade, ciente de que, mesmo que
não possa ver, muitas criaturas esperam pelo seu trabalho para se recuperarem
ou, simplesmente, tomarem outro rumo na vida.
No entanto, mesmo sabendo
de tudo isso, tem consciência de que nada pode sozinho e sempre busca a ajuda
dos amparadores e colegas encarnados para melhor desempenhar sua tarefa, pois
sabe que, em conjunto, qualquer trabalho flui melhor.
Compromisso consigo mesmo
Ciente de todas estas
implicações de sua tarefa, o médium jamais negligencia a si mesmo, pois sabe o
quanto é importante para o grupo, para os amparadores, para a instituição, para
os necessitados.
Parceria espiritual e
parceria mediúnica
Mediunidade é trabalho de
equipe, mesmo que o médium trabalhe fisicamente só e isolado. Não há como ser
médium sozinho, pois mediunidade pressupõe sempre a interação entre, pelo
menos, duas consciências. O médium, para ser, de fato, médium, ou seja,
intermediário, depende necessariamente do contato e da interação com outra(s)
consciência(s).
Nenhum comentário:
Postar um comentário