Muitas vezes, cansas-te
das atividades que a vida te pede; no entanto, é forçoso pensar nos benefícios
e vantagens que o trabalho te propicia.
Efetivamente, são muitas
as dificuldades morais que as tarefas do cotidiano amontoam no coração.
Basta, no entanto,
reflitas no socorro e no auxílio que elas te trazem para que lhes reconheças a
oportunidade e a grandeza.
Em muitas circunstâncias,
o trabalho te impõe fadiga e desgaste, mas, através dele próprio, é que
surpreendes os recursos indispensáveis ao próprio refazimento, a fim de que te
promovas a encargos de nível mais alto.
Em muitos lances da
estrada, provocará problemas difíceis de resolver, contudo, pela solução desses
mesmos problemas, é que adquirirás experiência suscetível de libertar-te da
ignorância.
Por vezes, suscitará o
aparecimento de adversários gratuitos; todavia, é justamente nele que
conquistas as preciosas afeições que te prestigiem e amparam a existência.
Em vários episódios do
cotidiano, te traz ao caminho a presença daqueles que te causam prejuízos
transitórios por não te conseguirem auxiliar ou compreender, mas exatamente com
ele é que possuis o apoio necessário, em favor daqueles a quem mais amas.
Detém-te a observar as
trilhas da existência e perceberás que foi no trabalho que obtiveste o
aprendizado que te ilumina, o conhecimento que te enriquece, o auxílio que te
resguarda, o apreço que te cerca, o amigo que te abençoa e as melhores
motivações para a aquisição de segurança e competência.
Trabalha e confia sempre,
oferecendo à vida o melhor de ti mesmo e o melhor da vida te virá ao encontro.
Compreendemos a pausa de
repouso para o refazimento preciso, a fim de prosseguirmos trabalhando;
entretanto, é imperioso reconhecer que a inércia em si é ferrugem no arado e
golpe na produção.
Não recuses e nem percas o
privilégio de trabalhar, servindo ao bem, porque, ainda mesmo nas
circunstâncias mais constrangedoras, o trabalho se te converterá numa bênção e,
ainda que te custe lágrimas, essas mesmas lágrimas, se perseverares nele, se te
transformarão no caminho em alavancas de apoio e balizas de luz.
(Do livro “Mais Perto”, de
Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel)
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