São os guardiões, são os
espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente. São
trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que
emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem
profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez
e disciplina. Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não
ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas,
espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só
reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e
personalidade forte que se impõem. Essa é a atividade dos guardiões.
Sem eles, talvez, as
cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades
estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira
para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se
especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações. Muitos
do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se
manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é
Lei Maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros que se manifestam em
médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados
por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios,
que vagam sem rumo nos subplanos astrais e que são, muitas vezes, utilizados
por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos.
Além disso, encontram
médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e
passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo
"trabalhos", matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua
sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral.
São maltas de espíritos delinquentes, à semelhança daqueles homens que
atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo
que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente
terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio.
Os médiuns que se
sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se
dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças
e pequenos "trabalhos", que realizam em conluio com os quiumbas e que
lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros
de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns
utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que chamamos
de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são
confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e
confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas
são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros
Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos subplanos astrais ou umbral.
Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo
astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros
espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Têm
experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos
em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do
mundo astral. NÃO EXIGEM NEM ACEITAM "TRABALHOS", DESPACHOS OU OUTRAS
COISAS RIDÍCULAS das quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais de santo
ignorantes se utilizam para obter o dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam
os caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de magia negra. NADA TEM A VER COM A
UMBANDA!"
Pombas-Gira
É a chamada polícia
feminina do astral. Na umbanda, são conhecidas como pombajiras, ou bombonjiras
, como expressam melhor alguns umbandistas.
Formam uma falange de
amazonas do plano astral e trabalham em todo caso que envolve sentimentos e
emoções mal orientadas e desequilibradas, que é sua vocação. Quando o caso
exige um acompanhamento ligado ao emocional, nada melhor do que espíritos
especializados nessas questões, que, além disso, são portadores da garra e da
determinação que distinguem as guardiãs comprometidas com o bem do próximo.
Elas operam nas
encruzilhadas vibratórias, que não guardam relação com as chamadas esquinas das
ruas terrenas. São exímias conhecedoras dos problemas do coração, da
sensibilidade, e exercem seu trabalho com maestria quando se cruzam os
problemas da razão, da perda do bom senso, com aqueles gerados por emoções
descontroladas.
Ao contrário do que muitos
médiuns expressam, em seu animismo confundido com mediunismo, esses espíritos
não se comportam do modo como são retratados pela incompreensão. Para nosso
desapontamento, muitos sensitivos, que desonram o verdadeiro trabalho dessas
guardiãs, representam-nas, no momento da incorporação, utilizando palavrões,
atitudes grotescas e maldosas, desprezando a oportunidade ímpar de concorrer
para o equilíbrio do sentimento e das emoções, técnica que elas dominam como
ninguém no astral inferior.
Em suma, não podemos
prescindir de sua atuação, pois nas esferas do umbral elas desempenham
atividade fundamental no resgate dos espíritos comprometidos com o coração, a
emoção e a sexualidade.
É certo, que existem
espíritos na forma feminina que abusaram da sexualidade e, do lado de cá,
continuam com seus desequilíbrios, tanto quanto ocorre com espíritos na forma
masculina.
Muitos médiuns se
sintonizam com essas entidades, que várias vezes pretendem se mostrar, através
da incorporação ou da psicofonia, como sendo bombonjiras. São farsantes,
espíritos inferiores e desrespeitosos, que produzem mistificações as mais
diversas ao estabelecer sintonia com médiuns obtusos, comprometendo assim a
imagem e o trabalho sério das verdadeiras guardiãs.
Por Robson Pinheiro
FONTE LIVRO TAMBORES DE
ANGOLA
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