Dia dos Pais e, é claro,
não poderíamos deixar passar essa data sem falar um pouquinho sobre a
paternidade os detalhes que a envolvem. Para isso quero compartilhar com vocês
um texto muito inspirador que fala sobre
o “Ser Pai” de uma maneira diferente daquela que as pessoas estão acostumadas a
ouvir próximo a esta data. Espero que
aproveitem!
“Vivemos numa época de
profundas transformações, quando os valores que regem a sociedade estão sendo
questionados. Nunca se buscou tanto o prazer e a satisfação doentia das paixões
e, ao mesmo tempo, nunca se sentiu tanta falta de orientação e amparo à família
para que possam preparar o homem para a modernidade, sem levá-lo à bancarrota
moral.
Sem dúvida, as mudanças
fazem parte do processo de evolução. Somente com a luz viva da verdade
espiritual, com o conhecimento da reencarnação, com o entendimento da
destinação evolutiva do homem, com a compreensão da lei de ação e reação, o ser
humano conseguirá captar a importância da busca pela riqueza espiritual,
cumprindo o mister de renovar a sociedade, renovar os homens.
A renovação das criaturas
se fará através da EDUCAÇÃO. A educação se inicia na infância, desde os
primeiros momentos do espírito encarnado e a responsabilidade de educar estas
almas que retornam compete aos PAIS. Se há grande importância em dirigir um
carro, dirigir uma empresa, maior ainda é a importância de dirigir um espírito
eterno em seus primeiros passos na presente encarnação. As situações meramente
humanas passam, mas a moral, o caráter, os sentimentos são elementos divinos
que caracterizam a alma, que na infância se encontra predisposta à chance de
reajustar-se e aprender novas lições.
Em Allan Kardec temos
magistral questão: Pode considerar-se como missão a paternidade? É, sem
contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever
e que envolve, mais do que o que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto
ao futuro.
O compromisso de sermos
pais ou mães foram assumidos na Pátria Espiritual e reafirmados por ocasião de
nosso casamento, na formação da nova família. A responsabilidade dos pais é
imensa na educação dos filhos. Não somente na preocupação de dar-lhes alimento,
vestuário, lazer, escola, conforto, mas principalmente na dedicação em
colocar-lhes no coração os sentimentos e virtudes que os orientarão e lhes
iluminarão os caminhos.
Novamente Kardec elucida:
Os espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela
educação. Constitui lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a
falir no seu desempenho. Deste modo, ninguém poderá subtrair dos genitores a
responsabilidade da tarefa. Isto não significa, em hipótese alguma, que os pais
devam transformar seus filhos em alguns anos de convivência. O que Jesus nos
pede é que sejamos sempre esforçados e dedicados a tão importante encargo, não
desanimando ante as dificuldades ou desprezando o lar pela busca obsessiva dos
fatores transitórios.
O Espírito não se
modificará profundamente de um momento para outro. Porém, todo bom exemplo,
toda boa palavra, toda corrigenda sincera, todo diálogo, toda energia, todo
carinho, toda disciplina e todo amor jamais se perderão, mesmo que tenham sido
encaminhados a um coração endurecido pelo mal, ainda carregando muitas
dificuldades.
Não haverá consciência
atormentada quando formos pais leais, devotados e sinceros, mesmo com a
tristeza de ver nossos filhos incursionando pelos caminhos do desequilíbrio e
da ilusão. O que causará grande tormenta em nossa consciência será a preguiça
no exercício de nosso papel paterno ou materno, o amor sem limites que cega, a
profunda má vontade de grande parte dos pais que acham já saberem tudo, não
enxergando suas falhas, e a falta de humildade em reconhecer-nos ainda
insipientes quanto aos conhecimentos acerca da educação. Não somos responsáveis
pelas imperfeições de nossos filhos, mas, sim, se adubamos essas tendências
infelizes ou se não as combatemos quanto podíamos.
O mais importante não é
darmos de virtudes paternais, e sim que nossos filhos, ao deixarem a vida
física, estejam mais enriquecidos espiritualmente e moralmente do que quando
chegaram a ela, mesmo que teimem em recalcitrar, resistindo teimosamente em
abandonar as próprias sombras.
Santo Agostinho
esclarece-nos: Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento
moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si
mesmos e podem conservar tranquila a consciência.
Para os pais espíritas o
grau de compromisso aumenta, tendo em vista o rico e inestimável material que
trazem em mãos, competindo a estes pais aproveitarem a fecundidade destes
recursos. Devemos desenvolver o caráter de nossos tutelados, ministrar-lhes as noções
religiosas imprescindíveis, oferecer-lhes o melhor esforço de exemplificação,
dar-lhes assistência material e moral constante, indicar-lhes um rumo certo a
seguir, orientar-lhes constante e carinhosamente, apoiá-los, protegê-los,
ajudá-los, ser-lhes amigos, amá-los, animá-los em seus ideais, incentivá-los em
suas virtudes, auxiliá-los a enfrentarem as influências perniciosas, a
invigilância, a ignorância.
O grande trabalho dos pais
não é esconder o filho dos problemas, e sim prepará-los, dando-lhes as armas
com as quais poderão triunfar sobre estes desafios. Podemos dizer que, antes de
conhecer o Espiritismo, educar era difícil; agora, com o Espiritismo, continua
e às vezes até aumenta a dificuldade. Só que estaremos tão mais bem preparados
que, a par da dificuldade, produzimos e acertamos mais.
Aos pais e dirigentes
espíritas envia-se o alerta: que em todos os agrupamentos espíritas nasçam
atividades voltadas para a preparação e apoio aos pais.
Que nós, pais espíritas,
sejamos os tradutores de Jesus junto a nossos filhos, iluminados pelo
evangelho, educando-os com segurança e convicção.”
Pai...
Você não sabe disto
agora... mas eu estou observando você.
Observando as coisas que
você faz. Observando como você trata as pessoas.
O modo como você trata a
mim, a minha mãe e a minha irmã.
O modo como você vive está
tendo um grande impacto em mim.
Quando chegar a minha hora
de escolher uma profissão,
e prover minha família, a
sua ética no trabalho estará na minha mente.
O tempo que você passa
comigo, mesmo que fazendo algo bobo, fará com que eu me sinta mais confiante.
Haverá momento em minha
vida, em que lutarei com minha integridade e, talvez, não esteja certo do que
fazer.
Mas me recordarei de como
você defendia aquilo que era correto, mesmo quando você podia ter olhado para o
outro lado.
Algumas das escolhas que
você está fazendo, eu também farei.
Por favor, não tenha medo
de me mostrar seus fracassos,
de mostrar os seus erros.
Eu aprenderei com eles.
Pai, você está ouvindo? Eu
estou observando você...
Observando se você crê
realmente naquilo que fala sobre Deus.
Eu preciso da sua ajuda
para me mostrar o caminho.
Mostrar-me como viver uma
vida que não é segura. Mas é boa!
Eu estou observando, pai.
Todos os dias.
Você está me ensinando
como viver... Ainda que não saiba disso.
* * *
O exemplo é fundamental no
processo de aprendizado de qualquer ser humano, sobretudo no seu período
infantil.
As referências que o filho
tem em casa, daqueles que são seus tutores na nova vida, serão determinantes
para a moldagem de seu caráter.
Há uma tendência,
perfeitamente natural, de repetirmos a conduta de nossos pais.
A influência é tão forte,
que extrapola a parecença comportamental e se estende até a semelhança dos
gestos, da maneira de falar, de organizar ideias, etc...
São esses referenciais de
conduta que irão ser confrontados, já a partir da primeira infância, com tudo
aquilo que a alma imortal traz em sua bagagem milenar.
Se as referências forem
positivas, há uma chance muito maior de que o filho venha a obter sucesso em
sua nova jornada.
Por isso, pais e mães,
muito cuidado com o que estamos passando aos nossos filhos.
Não só através de
palavras, de discursos, mas sobretudo através de nossa conduta.
Tudo que apresentarmos
como normal na vida no lar, tende a se normalizar na vida da criança.
Os filhos estão nos
observando sempre e construindo, em cada momento ao nosso lado, seu sucesso ou
infelicidade futuros.
Todos ganhamos quando
passamos a vigiar nossa maneira de agir no mundo: os filhos, pois terão
referencial seguro, maduro. Os pais, pois conseguem a motivação que lhes
faltava para se autotransformarem.
A oportunidade da
convivência familiar é única. Aproveitemos com sabedoria.
Do livro Um Desafio
Chamado Família de Joamar Zanolini Nazareth
Redação do Momento
Espírita com base em texto extraído de
vídeo encontrado na
Internet, sem menção a autor.
Em 06.03.2012.
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