terça-feira, 12 de agosto de 2014

PROTETORES E MÉDIUNS




O “casamento fluídico” de uma entidade e espiritual protetora sobre o médium é um processo de base que, geralmente, leva anos para se consolidar em ação ou função mediúnica, eficiente ...

É um fato ser um processo, ou melhor, uma operação de base, porque, não somente vem de berço, isto é, vem como uma condição nata conferida à criatura, bem como, na maior parte das vezes, antes mesmo do espírito encarnar, quando ainda no plano astral aceitou ou foi posto a par dessa condição mediúnica, como um acréscimo que seu reajustamento kármico exige ou indica lhes ser de grande conveniência ...

Ora, é preciso que se compreenda que, se apenas os simples laços da simpatia entre humanos dependem de sutis vibrações afins ou de certos fatores de entrelaçamento eletromagnéticos, portadores de profundas reminiscências ou de impressões armazenadas n’alma, geralmente de passadas encarnações, como é que um entrelaçamento fluídico mediúnico, que é coisa seríssima, poderia se processar assim, de repente por dá cá aquela palha? ...

Não é um processo simples, comum, isso de uma inteligência operante e independente --- no caso de um guia e protetor, um desencarnado --- poder agir sobre as condições físicas, sensoriais e psíquicas de outra inteligência operante encarnada, ou seja, um médium ...

Isso tem forçosamente que se processar através de uma constante manipulação energética entre as partes --- protetor e médium --- por anos, e às vezes sem o sucesso planejado no plano astral...

Essa manipulação, invariavelmente (salvo situações especiais), começa desde quando o ser desencarnado se prepara ou é preparado para a reencarnação ...

Técnicos do astral nesse mister procedem às sutis adaptações das “cargas energéticas” especiais de acréscimo nos centros vibratórios (chakras, centros anímicos, ou núcleos vibratórios como são denominados na Umbanda), do ser que vai reencarnar com esse Dom mediúnico, a par com a natureza vibratória da entidade protetora ou do espírito que foi encarregado de ser o responsável direto pela dita manifestação da mediunidade nessa criatura-médium...

Essa entidade ou esse espírito protetor não é escolhido por acaso, geralmente tem ligação astral com o futuro médium ou teve ligações consanguíneas de encarnações passadas, tudo isso promovendo reajustamento kármico ou, ainda, por ser um seu mentor de Agrupamento Iniciático, no caso do futuro médium não ser de mediunidade em karma probatório e sim, de karma evolutivo ou missionário.

Portanto, pelo ato de encarnar ou de ir ocupar um corpo físico, já por isso o espírito sofre uma série de injunções próprias à nova natureza das coisas em que caiu...

Daí ele obscurece, esquece tudo e então é que entra em cena o seu protetor ou responsável mediúnico, a fim de proceder às competentes, imprescindíveis e restantes adaptações energéticas sobre todo o sistema nervoso ou neurossensorial do médium, visto já terem sido feitas as primeiras adaptações no seu corpo astral quando ainda desencarnado e faltar as outras, sobre o dito corpo físico, para que possa acontecer (entre as partes) o verdadeiro “casamento fluídico” ... levando-se em conta o indiscutível fator de ser mesmo através desse corpo físico que a mediunidade propriamente dita tem sequência para o exterior humano ou para comprovação e utilidade das outras criaturas ...






















(W.W. da Matta e Silva)

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