O “casamento fluídico” de
uma entidade e espiritual protetora sobre o médium é um processo de base que,
geralmente, leva anos para se consolidar em ação ou função mediúnica, eficiente
...
É um fato ser um processo,
ou melhor, uma operação de base, porque, não somente vem de berço, isto é, vem
como uma condição nata conferida à criatura, bem como, na maior parte das
vezes, antes mesmo do espírito encarnar, quando ainda no plano astral aceitou
ou foi posto a par dessa condição mediúnica, como um acréscimo que seu
reajustamento kármico exige ou indica lhes ser de grande conveniência ...
Ora, é preciso que se
compreenda que, se apenas os simples laços da simpatia entre humanos dependem
de sutis vibrações afins ou de certos fatores de entrelaçamento
eletromagnéticos, portadores de profundas reminiscências ou de impressões
armazenadas n’alma, geralmente de passadas encarnações, como é que um
entrelaçamento fluídico mediúnico, que é coisa seríssima, poderia se processar
assim, de repente por dá cá aquela palha? ...
Não é um processo simples,
comum, isso de uma inteligência operante e independente --- no caso de um guia
e protetor, um desencarnado --- poder agir sobre as condições físicas,
sensoriais e psíquicas de outra inteligência operante encarnada, ou seja, um
médium ...
Isso tem forçosamente que
se processar através de uma constante manipulação energética entre as partes
--- protetor e médium --- por anos, e às vezes sem o sucesso planejado no plano
astral...
Essa manipulação,
invariavelmente (salvo situações especiais), começa desde quando o ser
desencarnado se prepara ou é preparado para a reencarnação ...
Técnicos do astral nesse
mister procedem às sutis adaptações das “cargas energéticas” especiais de
acréscimo nos centros vibratórios (chakras, centros anímicos, ou núcleos
vibratórios como são denominados na Umbanda), do ser que vai reencarnar com
esse Dom mediúnico, a par com a natureza vibratória da entidade protetora ou do
espírito que foi encarregado de ser o responsável direto pela dita manifestação
da mediunidade nessa criatura-médium...
Essa entidade ou esse
espírito protetor não é escolhido por acaso, geralmente tem ligação astral com
o futuro médium ou teve ligações consanguíneas de encarnações passadas, tudo
isso promovendo reajustamento kármico ou, ainda, por ser um seu mentor de
Agrupamento Iniciático, no caso do futuro médium não ser de mediunidade em
karma probatório e sim, de karma evolutivo ou missionário.
Portanto, pelo ato de
encarnar ou de ir ocupar um corpo físico, já por isso o espírito sofre uma
série de injunções próprias à nova natureza das coisas em que caiu...
Daí ele obscurece, esquece
tudo e então é que entra em cena o seu protetor ou responsável mediúnico, a fim
de proceder às competentes, imprescindíveis e restantes adaptações energéticas
sobre todo o sistema nervoso ou neurossensorial do médium, visto já terem sido
feitas as primeiras adaptações no seu corpo astral quando ainda desencarnado e
faltar as outras, sobre o dito corpo físico, para que possa acontecer (entre as
partes) o verdadeiro “casamento fluídico” ... levando-se em conta o
indiscutível fator de ser mesmo através desse corpo físico que a mediunidade
propriamente dita tem sequência para o exterior humano ou para comprovação e
utilidade das outras criaturas ...
(W.W. da Matta e Silva)
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