sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

TRABALHO NA "ÁGUA GRANDE"


Nossos corpos são constituídos de plexos, centros de terminações nervosas onde se encontram os centros de energia, canais de energia que chamamos chakras. Toda semana tomamos nossos banhos de imantação e descarrego, acendemos nossa vela para o Anjo da Guarda, etc.. Nas giras chamamos os emissários dos Orixás, pedimos aos Orixás, e assim a Deus, que permita que as crianças possam manipular os seres elementares bem como as energias elementais, para a magia da Umbanda se processe em nossos terreiros (crianças e as energias da natureza leia “Crianças”.)

Ou seja, sempre estamos usando nosso aparelho mediúnico, nosso corpo, e assim nosso ectoplasma em associação às energias elementais. A Umbanda é a integração de todos os sítios da natureza, dos homens, encarnados e desencarnados, e das energias e seres do astral.

Antigamente acabava a gira os filhos dos terreiros imediatamente estavam em contato com a natureza. Iam banhar-se em um rio, descansar sob a sombra de uma frondosa árvore, se refrescar em uma cachoeira, ou então dar um passeio a beira-mar.

As cidades foram crescendo, a natureza perdendo seu espaço a ponto de ficar distante do homem, pois tudo que era próximo e é próximo do animal humano corre o risco de se deteriorar. Assim, os terreiros nascidos e criados para atender o homem vêm gradualmente ficando mais longe da natureza intacta.

Além deste fato, nos banhos semanais não lavamos a cabeça, uma vez que para nossa raiz de Umbanda o chakra coronário só pode ser lavado pelo Pai-de-Santo ou por entidades incorporadas nele. Usamos nosso ectoplasma todo dia, em especial durante as giras. Entramos em contato com energias deletérias, nos confrontamos com irmãos ainda afeitos ao mal, tudo em nome de Deus e dos Orixás para que possamos de alguma forma sermos instrumentos para a ação caridosa dos guias da Umbanda.

Em algum momento é necessário buscarmos a natureza para que possamos receber proteção e força das energias emanadas dos sítios dos Orixás. Nos reintegrarmos ao todo, e neste momento recebermos de nossos dirigentes a oportunidade de recebermos as águas de nossas Yabas em nossas coroas, é uma das razões para os trabalhos de praia.

O aparelho mediúnico é um aparelho sensível e deve sempre procurar se equilibrar, é uma necessidade de todos os médiuns o contato com a natureza. Este contato, seja ela uma árvore, seja uma praia ou um rio deveria ser uma prática cotidiana de nós médiuns. E devemos nos lembrar que somos todos integrados, interdependentes.

Assim de tempos em tempos os terreiros se organizam e vão celebrar a natureza, a vida, junto aos sítios dos Orixás. E assim de forma coletiva, vamos entrar em contato com as energias elementais, homenagear a senhora de todos os Orixás, celebrar a maternidade divina e permitir que nossos corpos recebam as energias elementais e assim nos reequilibrar, nos fortaleçer.

Além disto, é a oportunidade de fazermos uma oferenda coletiva, fortalecendo a união dos médiuns de uma casa, fortalecendo a nossa relação com os Orixás, pois fornecemos elementos para que os emissários dos Orixás manipulem e nos devolvam em forma de bênçãos, proteção, cura e fortalecimento.

Um contato tão direto com os espíritos elementares nos ajuda a manipular essas energias quando em nossos trabalhos nos terreiros, nos ensinam a buscar a natureza com mais propriedade e mais intensidade. Nos ajuda, o trabalho de praia, a compreendermos as energias de Yemanjá, os elementais e assim facilitarão muitos trabalhos futuros em nossas casas de caridade.


Ou seja, nos integrarmos aos sítios da natureza, nos unirmos cada vez mais, homenagearmos essa grande força divina que chamamos Yemanjá, lavarmos nossas coroas, reequilibrarmos nossos corpos, aprendermos a manipular as energias, nos relacionarmos com os elementais, são algumas das razões e da necessidade dos Terreiros de Umbanda realizarem os trabalhos de praia.
























http://portalguife.com.br/umbanda-trabalhos-de-praia-por-que-fazer/#.VIeCljHF9qU

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