Fiel aos princípios com os
quais foi idealizada pelo Plano Astral desde a sua fundação, a AELA vem
crescendo espiritualmente e materialmente ao longo dos tempos.
Nesse processo, fortemente
ligado a toda a sua história vemos hoje, 23
de maio, que já se passaram 39 anos de sua fundação como instituição
religiosa de caráter filantrópico.
A materialização daquilo
que foi, em primeiro lugar idealizado pelo Plano Astral, e posteriormente por
nós seres encarnados, somente
tornou-se possível pela união de todos,
num único propósito e objetivo.
O que hoje vemos
concretizado a nível material, somente reforça o entendimento de que numa
comunidade, se não houver a colaboração e dedicação de todos que a compõe nada
se consegue.
Nesse período, muitos são
e foram os confrades e colaboradores e a todos rendemos graças e nossa eterna
gratidão.
Em se tratando de um
núcleo espiritualista, de nada vale existir uma edificação bem estruturada e
organizada, se não existirem pessoas de boa vontade, íntegras, honestas e de
firmes propósitos, em primeiro lugar com elas mesmas, para que se pratique a
Umbanda.
Se hoje, após decorridos
39 anos, contamos com uma Instituição e um Templo materialmente bem estruturado
e organizado é porque nossos Mentores Espirituais depositaram confiança em
todos os que por aqui passaram e, principalmente naqueles que, ao longo desse
tempo, ainda permanecem trilharmos os caminhos da Umbanda com muito amor e fé,
assumindo responsabilidades ainda maiores, pois maior tem sido o número de
frequentadores a aportar na AELA na ânsia de obter ajuda.
Se as pessoas deixarem a
instituição, sua missão mediúnica ou se vierem a ruir não existirá Templo, não
existirá Instituição, não existirá Umbanda, porque não haverá pessoas para que
haja o intercâmbio entre o plano material e o espiritual.
Durante todo esse período,
muitos foram os que ingressaram e deixaram a AELA espontaneamente, optando por
seguir outros caminhos.
Consciente da importância
que muitas pessoas tiveram e tem na concretização da AELA, não posso negar que
minha pessoa confunde-se com esta casa
de caridade.
Quando fui escolhido para
ser o instrumento do Mentor Espiritual que dirige este Templo, sem que eu
tivesse consciência plena, o Plano Astral foi
me induzido no desenvolvimento de ações materiais que viessem a
concretizar o que estava planejado.
Sem lisonjear-me contar a
história da AELA é contar a minha historia. São mais de 40 anos, sem
interrupção, trilhando os caminhos da Umbanda.
Muitas foram as
intempéries e ingratidões por mim enfrentadas em relação às questões materiais
que envolvem uma instituição e, principalmente, em relação a um grupo de
pessoas com diversos níveis de consciência e personalidades.
Se hoje somos uma
instituição que completa 39 anos de fundação sem interrupção de suas atividades
é porque, mesmo em meio a tantos dissabores e ingratidões, as Entidades sempre
me deram forças para continuar desempenhando a tarefa que me foi confiada.
Isso talvez porque, nesse
caminho, sempre me mantive firme na fé e confiante nas Entidades, sem nunca
sequer deixar de cumprir com suas determinações e orientações pois, tenho
consciência de que para a prática mediúnica e para a manutenção de um grupo
espiritualista é necessário muita humildade, disciplina e dedicação.
Finalizando, não existiria
um Templo, não existiria a AELA e não existiria uma corrente mediúnica, se não
existisse seres astralizados que assumiram a responsabilidade de comandar nosso
núcleo espiritualista.
Saravá nosso querido
Preto-velho Nhô Benedito"!
Saravá nosso querido
Caboclo “Pena Branca"!
Saravá nosso querido
Tranca-rua “Mário"!
Sarava a Umbanda!
Ivan Crocetti
A trajetória que estás incitando a seguir, homem, é fascinante. É uma estrada que se vai alongando à proporção que desbravador valente, destemido te lances a ela. Vai se inundando de luz como hábil garimpeiro. Saibas valorizar a pedra chamada “amor”.
Na tua jornada a cada passo que avances vão se aformoseando
as veredas, se assim quiseres com teus gestos, com teus atos.
Ah! Se plantares, ensombrarás o caminho e farás de lugares
ermos pomares fartos e lindos. Se semeares como bom semeador a caridade, verás
o trigo louro transformado em moreno pão mitigando infelizes famélidos. Se
ainda te prontificares a usar as mãos pensando às feridas do corpo e da alma,
distribuindo o que colheste, verás em tua trajetória lenços brancos e luminosos
acenos para ti.
Se, homem, ao passares recolhestes uma lágrima, um lamento de
um moribundo, poderás com o potencial que em ti existe transformá-los em
valiosa e cintilante gema de nuances
multicoloridas que guardarás em teu coração. Mas se tal qual um garimpeiro
indolente perderes a oportunidade de servir esta pedra valiosa deixará de
iluminar teu coração e rolará inútil de mistura ao cascalho sem valor.
Ah! Homem, se tomado de inércia te acomodares em tua estrada,
ela será tomada pelas ervas daninhas de teu orgulho, de tua vaidade, de tua
descrença. Ai de ti, porque de desbravador valente te transformará apenas num
projeto informe.
Se teus gestos e teus bons atos reservares só para aqueles
que te puderem retribuir, pobre de ti, serás apenas um mercenário trocando o
que simplesmente deverias dar.
Se esqueceres a caridade e nunca lembrares o quanto contigo
foi caridoso o Pai e arrastares, a duras penas os teus tesouros para que
contigo continuem até o fim, verás o quanto és pobre!
Se nada quiseres plantar à margem de tua estrada, não
esqueças que por ela poderás voltar procurando um fruto que sacie a tua fome ou
uma sombra para que cansados tua cabeça e teu corpo repousem. Aí nada verás
porque a terra calcinada será a resposta que mereces.
Se tuas mãos perfeitas na hora não estiverem prontas para
substituir as mãos do aleijão, a do homem manietado, as trêmulas mãos de um
ancião, as frágeis mãozinhas de uma criança indefesa. Ah! Se elas não ampararem
quando e como devem, um dia hás de querer usá-las, mas a paralisação que tu
impusestes a esse par maravilhoso de mãos, de braços que foram teus, te
impedirão. Tuas mãos, braços, coração serão apenas um amontoado de carnes
inúteis.
Em vez de lenços que para ti acenam de risos, de preces de
amor da pedra rútila refulgindo em teu coração, na senda escura de teu caminho,
punhos hirtos para ti se erguerão, vozes imprecando a tua passagem de espectro
pesado e indolente soarão. E tu, cansado, arrastando sacos de ouro e haveres em
uma árida e triste viela escura, nada iluminará teu coração.
Esvazia o teu celeiro enquanto se faz tempo!
Se nem uma lágrima recolheres em teu caminho, se teus ouvidos
se fecharem aos lamentos, se não tiveres aprendido a repartir o pão, se negares
a emprestar teus braços, mãos, corpo e coração a serviço de teu Cristo, pobre
de ti homem, chorarás amargo
pranto, teu pão será o fel. Tanto tiveres para te ires transformando num anjo
de luz e não passas agora de um escuro duende.
Mas, se apesar de tudo, de todos, da vida e do tempo perdido,
restar em ti um vislumbre de fé, a íntima capacidade de ouvir, de amar, o mais
tênue de voz, para humilde e vencido murmurar um:
“Pai, me ouves? “
Rasgar-se-ão os céus e o sol brilhará sobre a tua cabeça, de
força será tomado o teu ser, a túnica rota será num gesto rápido arrebatada de
teu corpo e em seu lugar alvas vestes se farão sentir, teus olhos terão o
brilho da esperança, luminoso será teu coração. Vozes angelicais cantarão para
ti, pequeninas flores brotarão em tua estrada outrora fria e nua. Arbustos se
farão árvores, o trigo será o pão. Serás o pródigo, aquele que voltou.
A mão do Pai estará sobre a tua cabeça, o coração Dele em ti.
Por isso torno a dizer-te.
A trajetória que estás incitando a seguir, homem, é
fascinante!
Mensagem psicografada pela
Médium Ieda Passos
Bandeira
A Umbanda que pratico, é
pura e simples, sem conceitos cósmicos e metafísicos, sem teorias helênicas,
despida de vaidades e preconceitos.
A Umbanda que pratico ,
não aceita que para ajudar alguém ou dar evolução a um ser espiritual,
precisemos sacrificar outro ser, pois entendo que a Umbanda é antes de tudo uma
celebração à vida.
A Umbanda que pratico,
acolhe a todos da mesma forma, seja qual for sua cor, orientação sexual,
posição social e religião.
A Umbanda que pratico, não
quer servos ou escravos, quer sim pessoas de boa vontade, pessoas que venham
com o coração aberto, pessoas que entendam que não devem vir para a Umbanda
pensando somente em melhorar a sua vida, mas sim pessoas que entendam que
ajudando a melhorar um pouco que seja este mundo, vão com certeza receber sua
parte nesta melhora.
A Umbanda que pratico, não
quer ninguém vivendo “DA RELIGIÃO” e nem “PARA A RELIGIÃO”, quer sim que
vivamos “A RELIGIÃO” em toda sua plenitude.
Na Umbanda que pratico,
Orixás e entidades, não nos tratam como empregados ou meros “cavalos”, eles nos
tratam como companheiros de jornada, não nos fazem exigências absurdas e
respeitam nossos limites e nosso livre arbítrio.
Na Umbanda que pratico,
sabemos que a caridade é importante, mas não só a material, entendemos que a
maior caridade que podemos fazer e sermos as melhores pessoas o possível,
passando isto a quem nos procura.
A Umbanda que pratico, nos
incentiva a estudar e aprender cada vez mais, pois entendo que não devem
existir segredos em uma coisa tão bela como esta religião.
A Umbanda que pratico, é
uma Umbanda que não assusta ninguém, não causa medo, ao contrario traz o prazer
e a alegria para dentro do terreiro.
Na Umbanda que pratico,
não há lugar para a soberba, os títulos e cargos são meras referências, sem
aquela idéia de que quem os possui é melhor que os outros.
Esta é a Umbanda que eu
AMO!
Nenhum comentário:
Postar um comentário