Se já iniciamos a nossa
reforma íntima, não condenemos quem ainda se encontra cego aos valores
espirituais, pois um dia, também estivemos na mesma posição.
Se podemos praticar a
caridade, não almejemos reconhecimento, porque a maior retribuição nos será
dada pelo Pai.
Se somos dotados de
inúmeros conhecimentos, não permitamos que estes fiquem trancados, porque assim
eles perderão o seu real valor.
Se a tempestade nos
atinge, procuremos manter a serenidade, porque jamais estaremos desamparados.
Se pelo nosso caminho
encontrarmos alguém caído, nos esforcemos em levantá-lo, não sabemos quando
também iremos precisar de uma mão a nos reerguer.
Se a cólera quiser dominar
o nosso Espírito, respiremos por alguns instantes e busquemos a fé que está
dentro de nós.
Se a dúvida bater a nossa
porta, não desistamos de continuar a caminhada, porque, pouco a pouco, a
confiança brotará.
Se o convívio com
determinadas pessoas é difícil, procuremos compreender que todos estamos em
processo de evolução e pratiquemos a misericórdia que Jesus nos ensinou, porque
certamente temos algo a aprender com essa situação.
Se a maledicência quiser
nos envolver, busquemos edificar nossas horas em socorro ao próximo, assim,
nossa mente não permitirá que as trevas encontrem uma porta aberta.
Se a mágoa persistir,
recordemos da figura do Mestre, que mesmo humilhado, ferido e crucificado nos
perdoou e continuou nos amparando.
Se a tristeza nos
surpreender, dialogamos com o Pai, Ele sempre está disposto a nos ouvir e a
mostrar o caminho.
Se as dores se acumularem,
reflitamos se não está na hora de pararmos e analisarmos os atos que estamos
cometendo.
Se o medo nos paralisa,
busquemos dentro de nós a chama da determinação para vencer todo e qualquer
fantasma.
Se as lágrimas são
inevitáveis, choremos e depois arregacemos as mangas, ainda há muito a ser
feito.
Se os bens materiais são
escassos, não deixemos de praticar a solidariedade, um simples sorriso pode ser
o remédio certo para muitas almas em sofrimento.
Se possuímos inúmeros
livros, não os deixemos de enfeite em nossa estante, busquemos oferecê-los a
quem necessita de palavras que tragam aprendizado, consolo e coragem.
Se a nossa luz interna
pode iluminar os nossos passos, façamos com que ela também ilumine o caminho de
nossos companheiros.
Se alguém nos responde
asperamente, não devemos retribuir com a mesma moeda, talvez, essa pessoa
necessite apenas de carinho.
Se nossa mediunidade
encontra-se em equilíbrio, devemos colocá-la em serviço dos inúmeros aflitos
que esperam por uma orientação.
Se atitudes alheias nos
causam revolta, não julguemos, não sabemos os motivos que levaram nosso irmão a
agir assim.
Se podemos desfrutar de
inúmeros prazeres, não nos esqueçamos daquele que nem pão possui.
Se nosso corpo físico goza
de perfeita saúde, agradecemos ao Pai e não nos esqueçamos de levar amparo a um
de doente que implora por proteção.
Se temos uma casa
confortável, não ignoremos aqueles que perambulam pelas ruas.
Se as provas pelas quais
tivermos que passar nos fizerem pensar em desistir, resistamos, não estamos
sozinhos.
Se somos vítimas da
inveja, da calúnia e de intrigas, não guardemos rancor e sigamos confiantes,
porque nenhuma folha cai sem a permissão de Deus.
Se o dia está cinzento,
levemos a alegria e a esperança por onde andarmos e certamente o ambiente se
iluminará.
Se a indiferença nos
atingir, reflitamos que nem Jesus agradou a todos e assim, continuemos a nossa
caminhada com muita humildade no coração.
Se somos capazes de
proclamar belas palavras, façamos com que elas também estejam presentes em
nossos atos.
Se as dificuldades são
muitas, busquemos semear e vivenciar os ensinamentos de Jesus, assim nenhum
espinho poderá atingir nosso Espírito.
Se esperamos um novo
amanhecer, não devemos temer as pedras que surgirem.
Se buscamos auxílio, não
nos recusemos a também auxiliar.
E se no hoje, somos
capazes de praticar pequenas atitudes, semeando o amor, tenhamos a certeza que
no amanhã, o Pai nos receberá de braços abertos...
Sônia Carvalho
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