“E Deus pelas mãos de
Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e
aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas
vítimas, e os Espíritos malignos se retiravam” (Bíblia)
Desde os tempos mais
antigos, a imposição das mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para
auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências espirituais. Jesus fez
largo uso dessa prática e disse que, se quiséssemos, poderíamos fazer o mesmo.
Antes do advento do
Espiritismo, sabia-se pouco sobre a prática desse costume.
Os Espíritos superiores
explicaram o porquê das coisas. Ensinaram que as mãos serviam como um
instrumento para a projeção de fluídos magnetizados, doados pelo operador, e
fluidos espirituais trazidos pelos Espíritos.
Segundo eles os fluídos
curativos são absorvidos pela pessoa necessitada por meio dos centros vitais
(chakras), acumuladores e distribuidores de energias, localizados no perispírito
e pelo próprio corpo astral que age como esponja.
Entre os seguidores de
Allan Kardec, a imposição das mãos sobre uma criatura com a intenção de aliviar
sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente fortalecê-la, ficou
conhecida como “passe”
Dentro de nossa ritualística de Umbanda, o método de “passe”
é incorporado a elementos e fluídos do médium e do ambiente, bem como das
forças sutis da natureza trazidas pelas Entidades, formando uma poderosa
concentração de energia que é irradiada
aos consulentes, de modo capaz de produzir verdadeiros prodígios à
aqueles que com fé se apresentarem a este tipo de atendimento, pois o mesmo
restaura-lhe o equilíbrio do corpo físico e espiritual proporcionando-lhe salutar alívio para suas
mazelas.
A fé racional e a certeza no amparo dos
Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no coração de todos aqueles
que desejam este tipo de atendimento.
O corpo mediúnico
designado a transmitir “vibrações” devem doar-se com sinceridade à tarefa sob
sua responsabilidade, vendo em todo irmão uma alma carente de amparo e
orientação. Seu auxílio deve ser distribuído a todas as criaturas.
Como todos podem observar,
para esse tipo de atendimento as Entidades preparam o ambiente com uma espécie
de magnetização, que irá atuar diretamente no perispírito das pessoas,
afastando enfermidades ou pertubações.
Assim o necessitado não
recebe somente fluidos magnéticos de médiuns/Entidades, em sim também de outros
espíritos que se encontram no ambiente, bem como de forças sutís da
natureza, o que não é empregado no passe Kardecista.
Com isso, pode-se
compreender que os recursos oferecidos aos
irmão no atendimento
por “vibração”, em termos espirituais, nada deixam a
desejara em relação a um atendimento individual. A única diferença está na
orientação verbalizada que as Entidades procuram passar aos consulentes.
O serviço de atendimento
por vibração requer critério,
discernimento e responsabilidade, pois além de tudo é um complemento aos
recursos do autoconhecimento e de reeducação espiritual.
Contudo, é preciso levar
em conta que nenhuma das formas de atendimento (atendimento coletivo “vibração”
ou atendimento individual), surtirá efeito se os médiuns e demais irmãos que
compõem a corrente mediúnica não tiverem dentro de si a vontade de ajudar.
“Se pretendes, pois
guardar as vantagens do passe, que em substância, é ato sublime de fraternidade
cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro”.
(Emmanuel).
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