sexta-feira, 12 de julho de 2013

A IMPORTÂNCIA DA VELA

  




A VELA é com certeza um dos símbolos mais representativos nos trabalhos de Umbanda. Ela está no Congá, nos pontos riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos.

Quando um umbandista acende uma vela, mal sabe que está abrindo para sua mente uma porta interdimensional onde sua mente consciente nem sonha com a força de seus poderes mentais. A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os estímulos visuais captados pela luz de sua chama acendem, na verdade a fogueira interior de cada um, despertando lembranças de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo, tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.

A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.

Uma das várias razões da influência mística da vela na psique das pessoas é a sensação de que ela, através de sua chama, parecer Ter vida própria.

É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela. Não devem ser acesas num ritual mecânico e sem concentração.

Qualquer pessoa que acender uma vela com fé, está nesse momento realizando um ritual mágico e, consequentemente, está sendo um mago.

Se uma pessoa utilizar forças mentais com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno são sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.

Ao acender velas, seja para que destino for, é importante que se saiba que a vela é muito mais importante para que acende do que para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: “A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem recebe.”

Nos trabalhos existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens, ou que não estejam quebradas. No caso de vela virgem, justifica-se pelo fato da mesma estar isenta de magnetização, o que não é  o  caso  de   uma    vela anteriormente, evitando-se assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho. No caso de vela quebrada, tem caráter mais supersticioso, pois, psicologicamente acredita-se que um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos.

Recomenda-se que só se acendam velas com palitos de fósforo, evitando-se acendê-las com isqueiros ou outra vela; isto porque nos palitos de fósforo a pólvora que os mesmos contém ao entrar em combustão, a chama repentina, dentro do ambiente místico provoca uma reação psicológica muito eficiente, além de alterar momentaneamente a atmosfera ao redor, devido a sua composição química em contato com o ar. A mente do médium capta essas vibrações, que funcionam como um comando mental, autorizando-a a aumentar seu próprio campo vibratório, promovendo dessa forma uma limpeza psíquica no ambiente.

O uso da vela branca é mais frequente devido a sua representação como símbolo da pureza. A cor branca em nossa ritualística é a cor também de Oxalá, daí o seu uso na maioria dos rituais. A cor lilás também vibra na frequência de Oxalá.

O Orixá Ogum, tido como Senhor das Guerras, tem uma vibração muito forte. As velas vermelhas, quando acesas, vibram na mesma frequência com resultados mais favoráveis. Considerando que a força da vela está mais na força mental do médium, a cor irá concorrer no sentido de fornecer sua capacidade de concentração, devido à conjunção de frequência idênticas.

A cor amarela e a cor marrom apresentam uma energia de luta, razão pela qual são dedicadas a Xangô. A energia de Xangô emana dos minerais, que possuem uma variedade muito grande de cores. Curiosamente, prevaleceu a cor mais frequente que é a das pedras sobre a superfície da terra.

A cor azul, com sua vibração serena, vibra na mesma frequência do Orixá Yemanjá, a Senhora das Águas.

A cor verde, por seu equilíbrio vibratório, obtido pela junção das cores amarela e azul, vibra na frequência do Orixá Oxossi, o Senhor das Matas.

A cor rosa, com sua vibração cheia de vida, vibra na frequência da energia da Falange Oriental e das Crianças. Usa-se, também, a cor azul para as falanges das Crianças pela sua ligação com o Orixá Yemanjá.

A vela de cor preta, com sua vibração pesada, simboliza a morte física e tem a mesma frequência de Omulu, o Senhor da Calunga ou do Cemitério. Essa cor de vela não deve ser usada, ou se usada, deve se ter muita cautela, pois sua frequência é altamente negativa.

A variação de quantidade de velas deve ser de acordo com os objetivos do trabalho. Todavia, deve-se Ter o cuidado de acender sempre um número ímpar de velas, pois no ocultismo os números ímpares não se anulam, por terminarem sempre em um; daí sua força mágica, por não ser um número divisível.

Acender apenas uma vela tem o sentido de unidade, de unificação. Três representam na mente humana a Trindade Divina (Pai, Filho e Espirito Santo) Cinco representam em nosso inconsciente coletivo o próprio homem. Sete velas significam a junção espiritual (três), com o material microcosmo (homem) e o macrocosmo (Deus), a assim por diante.















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