sábado, 27 de julho de 2013

COMER CARNE , SIM OU NÃO ?



Diante de tanta polêmica, como podemos analisar a questão, de forma sensata e sem radicalismos?

Este parece ser um tópico que ainda será discutido durante milênios, por consciências exaltadas e fundamentalistas. O vegetariano se acha mais evoluído que o carnívoro. O carnívoro acredita que para fazer uma boa assistência extrafísica (fora do corpo) deve-se comer carne ou, simplesmente, não abre mão dela.
Conheço espiritualistas que jogam nos dois times e são craques na "bola espiritual".
Há naturalistas que não comem carne de nenhum tipo, não fumam, não bebem, não usam forno de micro-ondas e nem celular, só se tratam com homeopatia, mas são mal-humorados e umas "porcarias" para tratar as pessoas. Há aqueles que fumam, bebem e comem carne vermelha, mas tratam bem as pessoas, são caridosos, etc. Qual dos dois tipos você preferiria ser? Hitler era vegetariano!
Aí vai uma mensagem do espírito Ramatís sobre carne vermelha:


Carne Vermelha

A questão da carne na alimentação traz dois enfoques:

a) O karma negativo adquirido pela matança do animal e a depredação do meio ambiente em função disso;
b) A contaminação fisiológica e bioenergética em função dos trabalhos mediúnicos e projetivos.

O conhecimento traz responsabilidade e a violação desta, resulta em karma negativo. Já sabe-se que há uma escala evolutiva: Mineral, Vegetal e Animal; E em outra ótica - insetos, peixes, mamíferos e homem, grosso modo.
Sabe-se, também, que o planeta tem vida e não pode ser depredado. Onde há demanda, há oferta. Só se fabrica drogas porque há compradores; só se vende carne porque há consumidores. A criação de gado devasta o planeta. Sabemos também que o karma é relativo, de contexto, onde cada caso é um caso.
Portanto, matar mamíferos, pode gerar karma negativo sim, mas o contexto, ou seja, as exceções talvez sejam maiores que a regra em si. Quando uma cultura nos esmaga com certos hábitos e valores é mais difícil caminhar no antifluxo dos mesmos. Tudo vai depender do seu nível de compreensão de sua situação em relação a esta questão. De sua condição financeira, de sua sutilidade vibracional, de sua saúde, de suas opções de vida, do contexto de seu grupo karma familiar, de seu conhecimento, etc. Não há regra, há apenas contexto. Quem está enredado em karmas negativos pesados, a alimentação pouco vai pesar. Quem é "casca grossa" do ponto de vista consciencial, também não. Portanto, há uma máxima que vale para todo contexto: reforma íntima em primeiro lugar.
Pouco adianta não comer carne vermelha e ser fumante, beberrão ou viciado em alguma droga. Pouco adianta não comer carne vermelha e estar repleto de maus pensamentos dia e noite. Pouco adianta não comer carne vermelha e carregar uma grande mágoa no coração. Pouco adianta não comer carne vermelha e usar calçados, cintos, bolsas, roupas, artefatos de couro e correlatos que sacrificam mamíferos diversos. Para cada nível evolutivo há a respectiva postura. Flexibilidade, humildade e visão de conjunto é tudo. Pouco adianta não comer carne vermelha e ser estúpido no trânsito, com os colegas de trabalho ou em família.
A evolução exige um passo atrás do outro, uma etapa após a outra e os caminhos são diferentes. Praticar uma atitude aparentemente evoluída não te torna evoluído. Não numa vida. Não se não for espontânea, fluente, fácil e natural, atitude interna, sem precisar defender posição ou fazer propaganda. O nível evolutivo, estado de consciência adquirida, traz a necessidade de praticar certos atos, mas não traz a necessidade de defender posição, ao contrário, apenas harmonia íntima e silenciosa. Por outro lado, a atitude sadia, embora aponte para o lado positivo da evolução, ainda não significa estado de consciência; talvez, apenas atitude artificial e, às vezes, até hipócrita.
O ponto de vista da contaminação fisiológica e bioenergética é o enfoque mais polêmico nos meios específicos.
Velho embate - carne vermelha x vegetarianismo -, ponto que se transformou mais numa guerra de egos do que na boa intenção de esclarecer de forma isenta.
Temos que subdividir em 3 sub-itens: o ecológico, o fisiológico e o parafisiológico, sabendo-se que todos são conscienciais.
O fisiológico diz respeito a vermes, hormônios, digestão e excreção. Há vários argumentos sólidos contra a ingestão de carne vermelha, do ponto de vista médico e nutricional, e alguns também sólidos, a favor. Há pessoas que deixam de comer carne e ficam doentes; outros perdem a memória e outros a disposição física, embora este grupo seja minoria. É certo que o boi é forte comendo apenas capim, mas este argumento não serve de comparação, da mesma forma que não podemos comparar os humanos aos anjos ou aos crocodilos.

Do ponto de vista parafisiológico, costuma-se argumentar que não se deve comer carne:

1-  No dia de trabalho mediúnico, para não contaminar o ectoplasma.
2-  Para conseguir fazer assistência espiritual pesada fora do corpo físico em umbrais profundos.

Esses são os pontos mais polêmicos de questão tão relativa. Há médiuns excelentes que fizeram e fazem bom trabalho de assistência e geram ectoplasma de qualidade, mesmo comendo carne. Exemplo: Chico Xavier. Os bons pensamentos e o bom nível evolutivo suplantam o carnivorismo. Seres de nível evolutivo muito elevado processam qualquer substância negativa ingerida. Outros, nem tanto assim! Chegam nos trabalhos contaminados por álcool, drogas, tabaco, etc., sendo limpos pelos amigos espirituais, aumentando muito o trabalho destes, mas o custo-beneficio evolutivo, tanto pra nós, como para eles, ainda vale a pena.
Médiuns e pessoas excessivamente contaminados são simplesmente "encapsulados", para não atrapalharem os trabalhos. Chegam "sujos" para um pretenso trabalho espiritual e retornam do mesmo modo para casa, crentes que prestaram um bom serviço. Determinados projetores da consciência tem como dogma a concepção de que é indispensável comer carne, a fim de ter energia para prestar assistência em umbrais profundos.
Há excelentes e imprestáveis médiuns e projetores da consciência onívoros (comem carne e vegetais; carnívoros e vegetarianos. A experiência pessoal de determinado individuo não vale para todos, mas serve como informação, dado parcial para alguém formar a visão de conjunto.

Mudança Interior

Comece pela reforma íntima, de dentro para fora: perdoe, sorria, eleve a autoestima, tenha bom humor, seja positivo, seja um voluntário, ore sem pedir e com sinceridade, agradeça sempre, escute mais e fale menos; desenvolva a modéstia e a compaixão. Isso é qualidade consciencial.
Após melhorar os respectivos pensamentos, sentimentos e bioenergias citados no item anterior, estude, leia e pratique exercícios bioenergéticos diários. Desenvolva seus chakras. Isso potencializa a qualidade consciencial do item anterior.
Faça uma lista de vícios, do pior e mais negativo, em direção aos menores. Foque no primeiro e se desafie a vencê-lo no prazo de um ano. Peça ajuda e, se for preciso, gaste dinheiro, tempo, energia, sangue, suor e lágrimas para vencê-lo. No ano seguinte, foque o segundo e assim sucessivamente, até o resto da vida. Quando sugerimos para gastar dinheiro, não é para "comprar o céu", mas utilizar, com moderação, as diversas opções de tratamento eficazes conhecidas.
Faça uma lista de defeitos: Inveja, egoísmo, vaidade, orgulho, culpa, mau humor, ódio, preconceito, etc., e repita a técnica do item anterior.
Isso é de foro intimo, particular, e depende de sua única e exclusiva vontade pessoal, intransferível. Dependem, em suma, apenas de você mesmo. Os que não vencer, irá desencarnar com eles e trazê-los iguais para a próxima vida. Não há milagres, nem salvação. Cada um salva a si mesmo, desde que tenha coragem de se auto desafiar, abandonando a preguiça e a indisciplina.











Dalton Roque Campos

Retirado da Revista Cristã De Espiritismo, Ano X, Págs. 34,35,36,37.

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