Diante de tanta polêmica,
como podemos analisar a questão, de forma sensata e sem radicalismos?
Este parece ser um tópico
que ainda será discutido durante milênios, por consciências exaltadas e
fundamentalistas. O vegetariano se acha mais evoluído que o carnívoro. O
carnívoro acredita que para fazer uma boa assistência extrafísica (fora do
corpo) deve-se comer carne ou, simplesmente, não abre mão dela.
Conheço espiritualistas
que jogam nos dois times e são craques na "bola espiritual".
Há naturalistas que não
comem carne de nenhum tipo, não fumam, não bebem, não usam forno de micro-ondas
e nem celular, só se tratam com homeopatia, mas são mal-humorados e umas
"porcarias" para tratar as pessoas. Há aqueles que fumam, bebem e
comem carne vermelha, mas tratam bem as pessoas, são caridosos, etc. Qual dos
dois tipos você preferiria ser? Hitler era vegetariano!
Aí vai uma mensagem do
espírito Ramatís sobre carne vermelha:
Carne Vermelha
A questão da carne na
alimentação traz dois enfoques:
a) O karma negativo
adquirido pela matança do animal e a depredação do meio ambiente em função
disso;
b) A contaminação
fisiológica e bioenergética em função dos trabalhos mediúnicos e projetivos.
O conhecimento traz
responsabilidade e a violação desta, resulta em karma negativo. Já sabe-se que
há uma escala evolutiva: Mineral, Vegetal e Animal; E em outra ótica - insetos,
peixes, mamíferos e homem, grosso modo.
Sabe-se, também, que o
planeta tem vida e não pode ser depredado. Onde há demanda, há oferta. Só se
fabrica drogas porque há compradores; só se vende carne porque há consumidores.
A criação de gado devasta o planeta. Sabemos também que o karma é relativo, de
contexto, onde cada caso é um caso.
Portanto, matar mamíferos,
pode gerar karma negativo sim, mas o contexto, ou seja, as exceções talvez
sejam maiores que a regra em si. Quando uma cultura nos esmaga com certos
hábitos e valores é mais difícil caminhar no antifluxo dos mesmos. Tudo vai
depender do seu nível de compreensão de sua situação em relação a esta questão.
De sua condição financeira, de sua sutilidade vibracional, de sua saúde, de
suas opções de vida, do contexto de seu grupo karma familiar, de seu
conhecimento, etc. Não há regra, há apenas contexto. Quem está enredado em
karmas negativos pesados, a alimentação pouco vai pesar. Quem é "casca
grossa" do ponto de vista consciencial, também não. Portanto, há uma
máxima que vale para todo contexto: reforma íntima em primeiro lugar.
Pouco adianta não comer
carne vermelha e ser fumante, beberrão ou viciado em alguma droga. Pouco
adianta não comer carne vermelha e estar repleto de maus pensamentos dia e
noite. Pouco adianta não comer carne vermelha e carregar uma grande mágoa no
coração. Pouco adianta não comer carne vermelha e usar calçados, cintos,
bolsas, roupas, artefatos de couro e correlatos que sacrificam mamíferos
diversos. Para cada nível evolutivo há a respectiva postura. Flexibilidade,
humildade e visão de conjunto é tudo. Pouco adianta não comer carne vermelha e
ser estúpido no trânsito, com os colegas de trabalho ou em família.
A evolução exige um passo
atrás do outro, uma etapa após a outra e os caminhos são diferentes. Praticar
uma atitude aparentemente evoluída não te torna evoluído. Não numa vida. Não se
não for espontânea, fluente, fácil e natural, atitude interna, sem precisar
defender posição ou fazer propaganda. O nível evolutivo, estado de consciência
adquirida, traz a necessidade de praticar certos atos, mas não traz a
necessidade de defender posição, ao contrário, apenas harmonia íntima e
silenciosa. Por outro lado, a atitude sadia, embora aponte para o lado positivo
da evolução, ainda não significa estado de consciência; talvez, apenas atitude
artificial e, às vezes, até hipócrita.
O ponto de vista da
contaminação fisiológica e bioenergética é o enfoque mais polêmico nos meios
específicos.
Velho embate - carne
vermelha x vegetarianismo -, ponto que se transformou mais numa guerra de egos
do que na boa intenção de esclarecer de forma isenta.
Temos que subdividir em 3
sub-itens: o ecológico, o fisiológico e o parafisiológico, sabendo-se que todos
são conscienciais.
O fisiológico diz respeito
a vermes, hormônios, digestão e excreção. Há vários argumentos sólidos contra a
ingestão de carne vermelha, do ponto de vista médico e nutricional, e alguns
também sólidos, a favor. Há pessoas que deixam de comer carne e ficam doentes;
outros perdem a memória e outros a disposição física, embora este grupo seja
minoria. É certo que o boi é forte comendo apenas capim, mas este argumento não
serve de comparação, da mesma forma que não podemos comparar os humanos aos
anjos ou aos crocodilos.
Do ponto de vista
parafisiológico, costuma-se argumentar que não se deve comer carne:
1- No dia de trabalho mediúnico, para não
contaminar o ectoplasma.
2- Para conseguir fazer assistência espiritual
pesada fora do corpo físico em umbrais profundos.
Esses são os pontos mais
polêmicos de questão tão relativa. Há médiuns excelentes que fizeram e fazem
bom trabalho de assistência e geram ectoplasma de qualidade, mesmo comendo
carne. Exemplo: Chico Xavier. Os bons pensamentos e o bom nível evolutivo
suplantam o carnivorismo. Seres de nível evolutivo muito elevado processam
qualquer substância negativa ingerida. Outros, nem tanto assim! Chegam nos
trabalhos contaminados por álcool, drogas, tabaco, etc., sendo limpos pelos
amigos espirituais, aumentando muito o trabalho destes, mas o custo-beneficio
evolutivo, tanto pra nós, como para eles, ainda vale a pena.
Médiuns e pessoas
excessivamente contaminados são simplesmente "encapsulados", para não
atrapalharem os trabalhos. Chegam "sujos" para um pretenso trabalho
espiritual e retornam do mesmo modo para casa, crentes que prestaram um bom
serviço. Determinados projetores da consciência tem como dogma a concepção de
que é indispensável comer carne, a fim de ter energia para prestar assistência
em umbrais profundos.
Há excelentes e
imprestáveis médiuns e projetores da consciência onívoros (comem carne e
vegetais; carnívoros e vegetarianos. A experiência pessoal de determinado individuo
não vale para todos, mas serve como informação, dado parcial para alguém formar
a visão de conjunto.
Mudança Interior
Comece pela reforma
íntima, de dentro para fora: perdoe, sorria, eleve a autoestima, tenha bom
humor, seja positivo, seja um voluntário, ore sem pedir e com sinceridade,
agradeça sempre, escute mais e fale menos; desenvolva a modéstia e a compaixão.
Isso é qualidade consciencial.
Após melhorar os
respectivos pensamentos, sentimentos e bioenergias citados no item anterior,
estude, leia e pratique exercícios bioenergéticos diários. Desenvolva seus
chakras. Isso potencializa a qualidade consciencial do item anterior.
Faça uma lista de vícios,
do pior e mais negativo, em direção aos menores. Foque no primeiro e se desafie
a vencê-lo no prazo de um ano. Peça ajuda e, se for preciso, gaste dinheiro,
tempo, energia, sangue, suor e lágrimas para vencê-lo. No ano seguinte, foque o
segundo e assim sucessivamente, até o resto da vida. Quando sugerimos para
gastar dinheiro, não é para "comprar o céu", mas utilizar, com
moderação, as diversas opções de tratamento eficazes conhecidas.
Faça uma lista de
defeitos: Inveja, egoísmo, vaidade, orgulho, culpa, mau humor, ódio,
preconceito, etc., e repita a técnica do item anterior.
Isso é de foro intimo,
particular, e depende de sua única e exclusiva vontade pessoal, intransferível.
Dependem, em suma, apenas de você mesmo. Os que não vencer, irá desencarnar com
eles e trazê-los iguais para a próxima vida. Não há milagres, nem salvação.
Cada um salva a si mesmo, desde que tenha coragem de se auto desafiar,
abandonando a preguiça e a indisciplina.
Dalton Roque Campos
Retirado da Revista Cristã
De Espiritismo, Ano X, Págs. 34,35,36,37.
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