sábado, 30 de maio de 2015

O AUMENTO DO PODER MENTAL




É hoje ponto indiscutível que a mente pode atuar à distância. A comunicação do pensamento do espírito desencarnado para um indivíduo vivo tem o nome de transmissão. O orixá ou “cacarucai” põe na cabeça da pessoa determinada ideia. Se a intercomunicação se faz entre dois indivíduos vivos, não importa a distância, tem o nome de telepatia.

Diz Anthon Zeraschi, em “As Chaves Ocultas do Poder”, que: -“Não pode haver dúvida de que nossa força psíquica cria no éter um movimento, que se transmite ao longe, como todos os movimentos etéreos, tornando-se perceptível a cérebros que estejam em harmonia com o nosso. A transformação de um ato psíquico em movimento etéreo, e vice-versa, pode ser análoga ao que ocorre com o telefone, onde a placa receptora que é idêntica à placa que se acha na outra extremidade, reconstrói o movimento sonoro transmitido, não mediante o som, mas pela eletricidade.”

Sendo o cérebro um dínamo, um transformador de energia, que circula em ondas e correntes, se encontra um fio, segue a linha de menor resistência.

Os ocultistas utilizam os seguintes processos para aumento do poder mental: 1 – sugestão; 2 – o poder dos olhos; 3 – o poder do contato. Os sacerdotes egípcios ensinavam o modo de dar maior expressão aos olhos.

Quanto ao tato, é aconselhável, quando se apertar a mão de alguém, lançar nisso toda a força do espírito e do sentimento... Ao mesmo tempo, deve-se centralizar a mente neste pensamento: “Você gosta de mim”, e dirigi-lo para a pessoa que se cumprimenta.


Sabe-se que a força mental atravessa todos os espaços, está imanente em todas as coisas e se manifesta em uma variedade de formas, graus e fases. O que é necessário é dirigir essa força para a prática do Bem, do Justo e do Verdadeiro. Aumentá-la, sim mas para que sejam aliviados os sofrimentos físicos e morais.














Dyron Torres de Freitas
Tancredo da Silva Pinto
As Mirongas de Umbanda                                                           
3ª Edição

Coleção Espiritualista – Nº 4

quinta-feira, 28 de maio de 2015

SEMEAR





Por que será que o ser humano tem a mania de tornar complicado tudo o que é simples?

Se parássemos para pensar, saberíamos que na vida tudo gira em torno de uma lei: Ação e reação ou semeadura e colheita.

O dia em que acordarmos e percebemos que o tipo de vida que queremos ter só depende de nós, poderemos viver dias felizes.

Tudo depende do que plantarmos no dia de hoje. Ao plantarmos os bons sentimentos e boas atitudes, só poderemos colher coisas boas.

Se plantarmos as sementes do amor, do carinho, da amizade, do perdão, da tolerância, da paciência e da caridade, só poderemos colher os frutos da consciência tranquila, da paz e da alegria em nossos corações. Por outro lado, se plantarmos sentimentos inferiores, como a raiva, a intolerância, a discórdia, as brigas, a mágoa, a inveja, o desânimo, e outros tantos, só poderemos colher os maus frutos da amargura, da solidão, da depressão, da infelicidade, enfim. Não podemos plantar ervas daninhas e querermos colher flores. Sempre receberemos de acordo com aquilo que doarmos.

Não importa o que os outros plantem no jardim de suas vidas, pois cada um responde por si. Se queremos coisas boas, plantemos coisas boas, independentemente das atitudes dos outros.

Cabe a nós decidirmos, pelo nosso livre arbítrio, quais as sementes que cultivaremos em nossas vidas, pois a semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória.










Gotas de Paz


terça-feira, 26 de maio de 2015

AME-SE !





Muitas pessoas erguem-se pela manhã acreditando não existir qualquer sentido para despertarem.

Dormem sem nenhum objetivo e acordam do mesmo modo, transformando o dia-a-dia, em uma experiência insossa ou vazia.

Vagam pelas ruas, sem destino certo, à mercê do que lhes aconteça no curso do dia.

Levam uma vida sem direção, desvalorizando o tempo e a oportunidade de estarem vivos.

Deixam-se levar pelos "ventos do acaso".

Não veem significado em família, em amigos, nem em trabalho.

Quando se estabelece este estado d’alma, a pessoa corre o risco de ser tragada pelo aguaceiro das circunstâncias, sem quaisquer resistências morais para enfrentar as dificuldades.

Com certeza, não é o melhor modo de se viver.

É urgente que nos possamos sentir como peças importantes nas engrenagens da vida.

É necessário que tomemos gradual consciência quanto ao nosso exato papel frente às leis de Deus.

Seria muito belo se cada pessoa - principalmente as que não veem sentido para a própria vida - resolvessem perguntar-se: "O que posso fazer em prol do mundo onde estou?

Para que, afinal, é que eu vivo?

Para quem é que eu vivo?"

Dificilmente não achará respostas valiosas, caso esteja, de fato, imbuída da vontade de conferir um sentido para sua existência.

Cada um de nós, quando se encontra nas pelejas do mundo terreno, pode viver para atender, para cuidar de alguém ou de alguma coisa, dando valor às suas horas.

É importante dar sentido à vida.

É importante viver por algo ou por alguém.

Dedique-se a um ser que lhe seja querido, que lhe sensibilize a alma, e passe a viver em homenagem a ele, ou a eles, se forem vários.

Dedique-se a uma causa que lhe pareça significativa para o bem geral, e passe a viver em cooperação com ela.

Dedique-se a cuidar de plantas, de animais, do ambiente.

Apóie-se em algum projeto justo, desde que voltado para as fontes do bem, pois isso alimentará o seu íntimo.

Assim seus passos na terra não serão a esmo, ao azar.

Com tantas razões para viver, passa-se a respeitar e a honrar as bênçãos da existência terrestre.

Cada momento se converte em oportunidade valiosa para crescer e progredir.

A vida na terra não precisa ser um "campo de concentração" a impor-lhe tormentos a cada hora.

Se você quiser, ela será um jardim de flores ou um pomar de saborosos frutos, após a sementeira responsável e cuidadosa que você fizer.

Dedique-se a isso.

Empreste sentido e beleza a cada um dos seus dias terrenos.

Liberte-se desse amortecimento da alma que produz indiferença.

Sinta que, apesar de todos os problemas e dificuldades que se abatem sobre a humanidade, a chuva continua a beijar a face do mundo e um sol magnífico segue iluminando e garantindo a vida em todo lugar.

Isso porque, todos nós somos alvos da dedicação de Deus.

O tempo é uma dádiva que Deus nos oferece sem que o possamos reter.

Utilizá-lo de forma responsável e útil é dever que nos cabe a todos.

Dê sentido às suas horas, aos seus dias, e assim, por conseqüência, a toda a sua vida.



Faça sua Escolha.., faça agora!!!






















segunda-feira, 25 de maio de 2015

SABEDORIA





"Sou preto. Negro como a noite sem estrelas. Sou velho. Velho como as vidas de meus irmãos. Mas, se sou ainda negro, é porque trago em mim as marcas do tempo, as marcas do Cristo. Essas marcas são as estrelas de minha alma, de minha vida.

Sou negro. Mas a brancura do linho se estampa na simplicidade do meu olhar, que tenta ver apenas o lado bonito da vida.

Sou velho, sim. Mas é na experiência da vida que se adquire a verdadeira sabedoria, aquela que vem do Alto.

Sou velho. Velho no falar, velho na mensagem, velho nas tentativas de acertar.

A minha força, eu a construí na vida, na dor, no sofrimento. Não no sofrimento como alguns entendem, mas naquele decorrente das lutas, das dificuldades do caminho, da força empreendida na subida.

A força da vida se estrutura nas vivências. É a medida que construímos nossa experiência que essa força se apodera de nós, nos envolve e nós então nos saturamos dela. É a força e a coragem de ser você mesmo, de não se acovardar diante das lutas, de continuar tentando.

Sou forte. Mas quando me deixo encher de pretensões, então eu descubro que sou fraco. Quando aprendo a sair de mim mesmo e ir em direção ao próximo, aí eu sei que me fortaleço.

Eu sou preto, sou velho, sou humano. Mas sou humano sem corpo.

Sou como você, sou espírito.  Sou errante, aprendiz de mim mesmo. Na estrada da vida, aprendi que até hoje e possivelmente para sempre, serei apenas o aprendiz da vida.

Sou andarilho. Pelas estradas da vida eu corro, eu ando. Tudo isso para aprender que, como você, eu sou um cidadão do universo, viajor do mundo. Sou um semeador da paz.

Sou preto, sou velho, sou espírito, sou eu, pai João de Aruanda."

















ROBISON PINHEIRO

sábado, 23 de maio de 2015

AELA 39 ANOS DE AMOR E CARIDADE




Fiel aos princípios com os quais foi idealizada pelo Plano Astral desde a sua fundação, a AELA vem crescendo espiritualmente e materialmente ao longo dos tempos.

Nesse processo, fortemente ligado a toda a sua história vemos hoje, 23  de maio, que já se passaram 39 anos de sua fundação como instituição religiosa de caráter filantrópico.

A materialização daquilo que foi, em primeiro lugar idealizado pelo Plano Astral, e posteriormente por nós seres encarnados,  somente tornou-se  possível pela união de todos, num único propósito e objetivo.

O que hoje vemos concretizado a nível material, somente reforça o entendimento de que numa comunidade, se não houver a colaboração e dedicação de todos que a compõe nada se consegue.

Nesse período, muitos são e foram os confrades e colaboradores e a todos rendemos graças e nossa eterna gratidão.

Em se tratando de um núcleo espiritualista, de nada vale existir uma edificação bem estruturada e organizada, se não existirem pessoas de boa vontade, íntegras, honestas e de firmes propósitos, em primeiro lugar com elas mesmas, para que se pratique a Umbanda.

Se hoje, após decorridos 39 anos, contamos com uma Instituição e um Templo materialmente bem estruturado e organizado é porque nossos Mentores Espirituais depositaram confiança em todos os que por aqui passaram e, principalmente naqueles que, ao longo desse tempo, ainda permanecem trilharmos os caminhos da Umbanda com muito amor e fé, assumindo responsabilidades ainda maiores, pois maior tem sido o número de frequentadores a aportar na AELA na ânsia de obter ajuda.

Se as pessoas deixarem a instituição, sua missão mediúnica ou se vierem a ruir não existirá Templo, não existirá Instituição, não existirá Umbanda, porque não haverá pessoas para que haja o intercâmbio entre o plano material e o espiritual.

Durante todo esse período, muitos foram os que ingressaram e deixaram a AELA espontaneamente, optando por seguir outros caminhos.

Consciente da importância que muitas pessoas tiveram e tem na concretização da AELA, não posso negar que minha pessoa confunde-se com esta  casa de caridade.

Quando fui escolhido para ser o instrumento do Mentor Espiritual que dirige este Templo, sem que eu tivesse consciência plena, o Plano Astral foi  me induzido no desenvolvimento de ações materiais que viessem a concretizar o que estava planejado.

Sem lisonjear-me contar a história da AELA é contar a minha historia. São mais de 40 anos, sem interrupção, trilhando os caminhos da Umbanda.

Muitas foram as intempéries e ingratidões por mim enfrentadas em relação às questões materiais que envolvem uma instituição e, principalmente, em relação a um grupo de pessoas com diversos níveis de consciência e personalidades.

Se hoje somos uma instituição que completa 39 anos de fundação sem interrupção de suas atividades é porque, mesmo em meio a tantos dissabores e ingratidões, as Entidades sempre me deram forças para continuar desempenhando a tarefa que me foi confiada.

Isso talvez porque, nesse caminho, sempre me mantive firme na fé e confiante nas Entidades, sem nunca sequer deixar de cumprir com suas determinações e orientações pois, tenho consciência de que para a prática mediúnica e para a manutenção de um grupo espiritualista é necessário muita humildade, disciplina e dedicação.

Finalizando, não existiria um Templo, não existiria a AELA e não existiria uma corrente mediúnica, se não existisse seres astralizados que assumiram a responsabilidade de comandar nosso núcleo espiritualista.

Saravá nosso querido Preto-velho Nhô Benedito"!

Saravá nosso querido Caboclo “Pena Branca"!

Saravá nosso querido Tranca-rua “Mário"!

Sarava a Umbanda!



Ivan Crocetti







A trajetória que estás incitando a seguir, homem, é fascinante. É uma estrada que se vai alongando à proporção que desbravador valente, destemido te lances a ela. Vai se inundando de luz como hábil garimpeiro. Saibas valorizar a pedra chamada “amor”.

Na tua jornada a cada passo que avances vão se aformoseando as veredas, se assim quiseres com teus gestos, com teus atos.

Ah! Se plantares, ensombrarás o caminho e farás de lugares ermos pomares fartos e lindos. Se semeares como bom semeador a caridade, verás o trigo louro transformado em moreno pão mitigando infelizes famélidos. Se ainda te prontificares a usar as mãos pensando às feridas do corpo e da alma, distribuindo o que colheste, verás em tua trajetória lenços brancos e luminosos acenos para ti.

Se, homem, ao passares recolhestes uma lágrima, um lamento de um moribundo, poderás com o potencial que em ti existe transformá-los em valiosa  e cintilante gema de nuances multicoloridas que guardarás em teu coração. Mas se tal qual um garimpeiro indolente perderes a oportunidade de servir esta pedra valiosa deixará de iluminar teu coração e rolará inútil de mistura ao cascalho sem valor.

Ah! Homem, se tomado de inércia te acomodares em tua estrada, ela será tomada pelas ervas daninhas de teu orgulho, de tua vaidade, de tua descrença. Ai de ti, porque de desbravador valente te transformará apenas num projeto informe.

Se teus gestos e teus bons atos reservares só para aqueles que te puderem retribuir, pobre de ti, serás apenas um mercenário trocando o que simplesmente deverias dar.

Se esqueceres a caridade e nunca lembrares o quanto contigo foi caridoso o Pai e arrastares, a duras penas os teus tesouros para que contigo continuem até o fim, verás o quanto és pobre!

Se nada quiseres plantar à margem de tua estrada, não esqueças que por ela poderás voltar procurando um fruto que sacie a tua fome ou uma sombra para que cansados tua cabeça e teu corpo repousem. Aí nada verás porque a terra calcinada será a resposta que mereces.

Se tuas mãos perfeitas na hora não estiverem prontas para substituir as mãos do aleijão, a do homem manietado, as trêmulas mãos de um ancião, as frágeis mãozinhas de uma criança indefesa. Ah! Se elas não ampararem quando e como devem, um dia hás de querer usá-las, mas a paralisação que tu impusestes a esse par maravilhoso de mãos, de braços que foram teus, te impedirão. Tuas mãos, braços, coração serão apenas um amontoado de carnes inúteis.

Em vez de lenços que para ti acenam de risos, de preces de amor da pedra rútila refulgindo em teu coração, na senda escura de teu caminho, punhos hirtos para ti se erguerão, vozes imprecando a tua passagem de espectro pesado e indolente soarão. E tu, cansado, arrastando sacos de ouro e haveres em uma árida e triste viela escura, nada iluminará teu coração.

Esvazia o teu celeiro enquanto se faz tempo!

Se nem uma lágrima recolheres em teu caminho, se teus ouvidos se fecharem aos lamentos, se não tiveres aprendido a repartir o pão, se negares a emprestar teus braços, mãos, corpo e coração a serviço de teu Cristo,  pobre  de   ti homem, chorarás amargo pranto, teu pão será o fel. Tanto tiveres para te ires transformando num anjo de luz e não passas agora de um escuro duende.

Mas, se apesar de tudo, de todos, da vida e do tempo perdido, restar em ti um vislumbre de fé, a íntima capacidade de ouvir, de amar, o mais tênue de voz, para humilde e vencido murmurar um:

“Pai, me ouves? “

Rasgar-se-ão os céus e o sol brilhará sobre a tua cabeça, de força será tomado o teu ser, a túnica rota será num gesto rápido arrebatada de teu corpo e em seu lugar alvas vestes se farão sentir, teus olhos terão o brilho da esperança, luminoso será teu coração. Vozes angelicais cantarão para ti, pequeninas flores brotarão em tua estrada outrora fria e nua. Arbustos se farão árvores, o trigo será o pão. Serás o pródigo, aquele que voltou.

        A mão do Pai estará sobre a tua cabeça, o coração Dele em ti.
        Por isso torno a dizer-te.
        A trajetória que estás incitando a seguir, homem, é fascinante!


Mensagem psicografada pela


Médium Ieda Passos Bandeira







A Umbanda que eu amo

A Umbanda que pratico, é pura e simples, sem conceitos cósmicos e metafísicos, sem teorias helênicas, despida de vaidades e preconceitos.

A Umbanda que pratico , não aceita que para ajudar alguém ou dar evolução a um ser espiritual, precisemos sacrificar outro ser, pois entendo que a Umbanda é antes de tudo uma celebração à vida.

A Umbanda que pratico, acolhe a todos da mesma forma, seja qual for sua cor, orientação sexual, posição social e religião.

A Umbanda que pratico, não quer servos ou escravos, quer sim pessoas de boa vontade, pessoas que venham com o coração aberto, pessoas que entendam que não devem vir para a Umbanda pensando somente em melhorar a sua vida, mas sim pessoas que entendam que ajudando a melhorar um pouco que seja este mundo, vão com certeza receber sua parte nesta melhora.

A Umbanda que pratico, não quer ninguém vivendo “DA RELIGIÃO” e nem “PARA A RELIGIÃO”, quer sim que vivamos “A RELIGIÃO” em toda sua plenitude.

Na Umbanda que pratico, Orixás e entidades, não nos tratam como empregados ou meros “cavalos”, eles nos tratam como companheiros de jornada, não nos fazem exigências absurdas e respeitam nossos limites e nosso livre arbítrio.

Na Umbanda que pratico, sabemos que a caridade é importante, mas não só a material, entendemos que a maior caridade que podemos fazer e sermos as melhores pessoas o possível, passando isto a quem nos procura.

A Umbanda que pratico, nos incentiva a estudar e aprender cada vez mais, pois entendo que não devem existir segredos em uma coisa tão bela como esta religião.

A Umbanda que pratico, é uma Umbanda que não assusta ninguém, não causa medo, ao contrario traz o prazer e a alegria para dentro do terreiro.

Na Umbanda que pratico, não há lugar para a soberba, os títulos e cargos são meras referências, sem aquela idéia de que quem os possui é melhor que os outros.


Esta é a Umbanda que eu AMO!















quinta-feira, 21 de maio de 2015

COMPROMISSO NA UMBANDA




“Compromisso é a forma, pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação com alguém, com algum objetivo. Há diversos tipos de compromissos, como por exemplo: compromisso religioso, compromisso amoroso, compromisso de negócios. Compromisso é, portanto, uma responsabilidade adquirida em virtude de uma afirmação verbal ou escrita, feita por nós mesmos.”

A expressão "ter um compromisso" significa estar ocupado em uma data, ou ter um vínculo ou acordo com alguém. A palavra deriva de "PROMESSA", ou seja, "COM PROMESSA", o que quer dizer que quando há um compromisso há uma promessa.

Depois que descobri o significado, lembrei do meu avô falando para mim:

- Quando você prometer algo para alguém ou firmar um compromisso cumpra meu neto. Nunca esqueça que sua palavra é o que vale.

O que ele quis dizer foi que quando uma pessoa firma o compromisso e não cumpre, ela acaba não sendo confiável. O porquê é simples: pense que na próxima vez que precisar, você não vai mais esperar contar com aquela pessoa que firmou um compromisso e não cumpriu.

Na Umbanda, assumimos o compromisso com Deus de prestar caridade e sermos humildes. Tomamos a decisão, através da nossa Umbanda querida, de tentar aprender e a levar ao mundo os sentimentos de fé, harmonia, concórdia e amor. A Umbanda nos ensina o verdadeiro sentido dessa palavrinha tão simples, mas tão importante e verdadeira que conhecemos por COMPROMISSO.

Quando vestimos o branco, surge em nossos corações, como uma benção, a palavra compromisso. Nessa obra, nossos corações vibram, nossa alegria jorra, pois é chegada a hora de praticarmos em Nossa Casa tudo que aprendemos e nos comprometemos com DEUS. Aprendemos a abdicar de momentos bons por outros muito melhores, que nada mais são que os compromissos assumidos com nossa religião, nossa Fé.

O compromisso na Umbanda é cuidar também do nosso jeito de agir com as pessoas e saber aonde ir ou não, para buscar vibrações energéticas boas. Ser Umbandista não é fácil, mas é lindo. Ser Umbandista é se importar com os outros a sua volta, ajudando e dando apoio. Ser Umbandista é aprender a ser humilde e verdadeiro. Ser Umbandista é se doar sem nada esperar em troca; Ser Umbandista é respeitar todas as religiões sabendo que Deus é Universal.  Ser Umbandista é honrar suas palavras e suas atitudes. Ser Umbandista é ter um grande compromisso com Deus. Ser Umbandista é receber de Deus um grande presente, que é amar ao próximo como gostaríamos de ser amados. Ser Umbandista é nos comprometermos com as verdades ensinadas por Deus, pelos Guias e Mentores.

Sem compromisso não existiria Umbanda, não teríamos fundamentos em nossa fé. Para levarmos adiante o que acreditamos, precisamos planejar, estudar, pensar e aprender sempre. Mas como sabemos, tudo depende de nós. A alegria que Deus nos dá quando estamos prestando caridade é indescritível. ELE nos dá meios para praticarmos seus ensinamentos, para sermos cada vez mais instrumentos a trabalhar em Seu nome e sempre temos que pensar que não podemos vestir nosso branco de qualquer maneira.

Para que possamos praticar a caridade de uma maneira pura e verdadeira, temos sempre que nos lembrar do compromisso assumido com Deus e com nossa religião em fazermos o melhor. Temos que estar preparados, harmonizados e sermos muito disciplinados. Temos que honrar com o compromisso assumido com nossos mentores e guias; Temos que ser felizes  para poder cumprir a nossa promessa com muito amor e respeito ao próximo.


Um dos grandes compromissos assumidos dentro da nossa Umbanda é simples e lindo: ser feliz e fazer a outra pessoa feliz. A Umbanda tem como um dos seus maiores pilares, dar alegria e felicidade ao próximo. Quando vemos uma pessoa feliz, ficamos felizes. Dar e receber amor são tudo que o Umbandista quer. Quando estamos felizes contagiamos o mundo. Quando você está feliz, você contagia o outro e por isso todo mundo fica feliz.  Essa alegria vira uma vibração de energias muito forte.  O Umbandista tem como objetivo ajudar ao próximo. Esse é nosso compromisso, é nossa PROMESSA A DEUS.












terça-feira, 19 de maio de 2015

O DESTINO DA TERRA E A CAUSA DAS MISÉRIAS HUMANAS




Admira-se de haver sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo-se que miserável coisa é a espécie humana. Esse julgamento decorre de uma visão estreita, que dá uma falsa ideia do conjunto. É necessário considerar que toda humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo. Ora, o que seria a população da Terra, diante da população total desses mundos? Bem menos que a de um lugarejo em relação a de um grande império. A condição material e moral da humanidade terrena nada tem, pois, de estranho, se levarmos em conta o destino da Terra e a natureza de sua população.

Faríamos uma ideia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres. Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticam crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.


Ora, da mesma maneira que , numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.















segunda-feira, 18 de maio de 2015

CONDUTA MORAL, ESPIRITUAL E FÍSICA DO MÉDIUNS




1 – Manter dentro e fora da Tenda, isto é, na sua vida espiritual ou religiosa particular, conduta irrepreensível, de modo a não suscitar críticas, pois qualquer deslize neste sentido ira refletir na sua Tenda e mesmo na Umbanda, de modo geral.

2 – Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo o Evangelho do Cristo Jesus e outros livros indicados, bem como assistindo palestras nesse sentido.

3 – Conservar sua saúde psíquica, vigiando constantemente, o aspecto moral.

4 – Não julgar que seu protetor ou sua entidade é o mais forte, o mais sabido, muito mais “tudo” que o do seus irmão, médium também.

5 – Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, contando, com insistência, os feitos de seus guias ou protetores. Lembre-se de que tudo isso pode ser problemático e transitório e não esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda essa conversa vaidosa ruir fragorosamente.

6 – Dê paz a seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto é, vibrando constantemente nele. Assim, você está se fanatizando e “aborrecendo” a entidade.

7 – Quando for para a sua sessão, não vá aborrecido e quando chegar lá, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade pura para com o próximo.

8 – Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado “pronto” ou em desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descargas ou propiciatório determinados por seu guia ou protetor, Seu for médium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, que poderá ser dado pela direção do terreiro.

9 – Não use guias ou colares de qualquer natureza sem ordens comprovada de sua entidade protetora responsável direta e testadas no terreiro.

10 – Não se preocupe em saber o nome do seu guia ou protetor antes que ele julgue necessário e por seu próprio intermédio. É de toda conveniência também para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que tenha impressionado dessa ou daquela forma.

11 – Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas maledicentes, etc... Isto é importante para o equilíbrio de sua aura e dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é compartilhar delas...

12 – Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar as recompensas.

13 – Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda a esperar e confiar...

14 – Não tema a ninguém, pois o medo é prova de que você está em débito com sua consciência.

15 – Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é da condição humana e portanto ligado a dor, a sofrimentos vários e, conseqüentemente, às lições, com suas experiências... Sem dor, sofrimento, lições e experiências não há Karma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não se erre mais. Ou não cometer os mesmos erros.

16 – Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada.

17 – Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente o álcool.

18 – Nos dias de trabalhos, regule a sua alimentação e faça tudo para se encaminhar a sessão espiritual, limpo de corpo e espírito.

19 – Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de humildade ou de simplicidade no coração. A vaidade, o orgulho e o egoísmo cavam o túmulo do médium.

20 – Aprenda lentamente a orar confiando em Jesus, o Regente do planeta Terra. Cumpra as ordens ou conselhos de seu Guia ou Protetor. Ele é seu grande amigo e somente trabalha para a sua felicidade.
















livro: “Mistérios e Praticas na Lei de Umbanda” W.W da Matta e Silva.

sábado, 16 de maio de 2015

O SILÊNCIO COMO PROCESSO DE CURA






Vivemos em uma sociedade tecnológica onde o ruído predomina sobre o silêncio. Desde a Revolução Industrial, vimos assistindo à um aumento gradativo dos níveis das mais diversas interferências em nosso meio ambiente. Se no início os sons das máquinas a vapor,  dos primeiros automóveis e das sirenes das fábricas conduziam o homem à um novo estágio de adequação mental, assistimos hoje a reverberação desses sons sob a forma de informações múltiplas transmitidas pelos tantos meios que nos ligam ao mundo e aos demais seres (tablets, smartphones, mídias sociais, redes de tv…). Tornando-nos agentes desse processo, incorporando-nos à grande legião de homens e mulheres produtores de ruídos. O resultado disso é um emaranhado de formas-pensamentos-emoções que se solidificam no imaginário das pessoas de modo a provocar alguns descompassos, elevando os níveis de ansiedade ou causando um cansaço inexplicável que pode levar a estágios depressivos.



O descompasso parece estar vinculado a uma forma de compreensão sobre o valor do silêncio. Quando paramos para escutar uma sinfonia de Mozart, podemos nos encantar com a força de um tema. E assim ficamos enlevados, extasiados tocados pelo abstrato dos acordes. A beleza da música esta na maneira que intercala as notas. Assim como a sombra completa a luz,  também o silêncio é o complemento do som. Quando passamos a valorizar somente o efeito sonoro (que elevado ao excesso pode ser tornar ruido), deixamos de lado o alento fortalecedor daquilo que o anima, ou seja, a sua ausência, aquele intervalo entre uma nota e outra, às vezes imperceptível, noutras quase um desafio. O mesmo se aplica ao mundo das informações, notícias e possibilidades de compartilhamentos que hoje as mídias nos proporcionam. De tanto querer se mostrar e ser visto, ele se torna surdo, não ouvindo o outro, e não se permitindo ouvir em seu anseio mais puro.



O ritmo desenfreado dos nossos dias fornecem em si o próprio remédio. Cada vez mais pessoas parecem estar se voltando para uma revalorização da natureza (ao menos no nível do desejo). É importante verificar que há uma diferença entre o silêncio e o desejo do silêncio. Enquanto aquele é o resultado do processo interior de conhecimento e de concentração no momento presente, este é justamente a projeção daquilo que se anseia como ideal de silêncio, aquilo que venha calar as pulsações que oprimem e angustiam. Se vivemos em um ambiente com muito ruído, o próprio corpo anseia por seu oposto. quando percebemos isso, temos a chance de iniciar a busca pelo silêncio. De início é a força do desejo que nos move.quando conseguimos deixar que o silêncio flua, aí sim,  estaremos dentro da força de realização do prazer de estar bem consigo mesmo, independente de a nossa volta  estar rolando um funk  no último volume ou apenas o farfalhar dos ventos nas folhas das árvores.. Se seu silêncio é de paz tudo que se movimenta ao redor não causa pertubação.




O cultivo do silêncio interior é um caminho de cura. è ouvindo os intervalo entre o que somos e o que está a nossa volta, que podemos perceber a melodia de nossas vidas nos convidando a viver o momento presente.