segunda-feira, 30 de julho de 2012

SOMOS OU ESTAMOS ?



 



Amigos, em algum momento de suas caminhadas vocês já se perguntaram se SÃO ou ESTÃO Umbandistas?
Ser Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA.
Estar Umbandista é fugir do assunto quando perguntado.
Ser Umbandista é ir para o terreiro pensando em ajudar a melhorar um pouco o mundo e conseqüentemente receber sua parte nesta melhora.
Estar Umbandista é simplesmente ir ao terreiro para resolver a sua vida.
Ser Umbandista é não ter vergonha de limpar cinzeiros, varrer o chão, acender um cachimbo, enfim é não ter vergonha de servir.
Estar Umbandista é fugir dos trabalhos mais humildes, achando que sua capacidade esta acima deles.
Ser Umbandista é estar presente no terreiro pronto a “receber” qualquer entidade que esteja sujeita ou que necessite vir, mesmo sendo um irmão sofredor, praticando assim a verdadeira caridade.
Estar Umbandista é se preocupar com que entidade vai “receber”, torcendo para que seja uma bem famosa.
Ser Umbandista é não se preocupar com o tempo que vai precisar ficar no terreiro até que todos os que precisam sejam atendidos.
Estar Umbandista é preocupar-se com a demora uma vez que tem outros compromissos.
Ser Umbandista é agradecer aos Guias e Orixás por sua vida.
Estar Umbandista é barganhar com eles por favores mesquinhos.
Enfim ser Umbandista é amar a Umbanda e assumi-la como sua religião, falando de suas virtudes, mas sem fechar os olhos para seus problemas.
Estar Umbandista é gostar da Umbanda enquanto ela servir.
E nós somos ou estamos Umbandistas?




ASSEMA – Marco Boeing

domingo, 29 de julho de 2012

LIÇÕES DE UMBANDA






Preciosos conselhos aos umbandistas, especialmente aos aparelhos (médiuns ou cavalos), dados por um Preto-Velho, em LIÇÕES DE UMBANDA, de W. W. da Matta e Silva.

1º - Conserve sua saúde psíquica, vigiando seu aspecto moral:

a) não alimente vibrações negativas de ódio, rancor, inveja, ciúme, etc.;
b) não fale mal de ninguém, pois não é juiz e, via de regra, não se pode chegar às causas pelo aspecto grosseiro dos efeitos;
c) não julgue que o seu guia ou protetor é o mais forte, o mais sabido, mais, muito mais do que o de seu irmão, aparelho também;
d) não viva querendo impor seus dons mediúnicos, comentando, insistentemente, os feitos do seu guia ou protetor. Tudo isso pode ser bem problemático e não se esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda a sua conversa vaidosa ruir fragorosamente...
Dê paz ao seu protetor, no astral, deixando de falar tanto no seu nome...
Assim você está se fanatizando e aborrecendo a Entidade, pois, fique sabendo, ele, o Protetor, se tiver mesmo “ordens e direito de trabalho” sobre você, tem ordens amplas e pode discipliná-lo, cassando-lhe as ligações mediúnicas;
e) quando for para a sua sessão, não vá aborrecido e quando lá chegar, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de fé, de paz e sobretudo, de caridade pura, para com o próximo.

2º - Não mantenha convivência com pessoas más, viciadas ou invejosas, maldizentes, etc. Isso é importante para o equilíbrio de sua aura, dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é partilhar dela. Assim:

a) faça todo o bem que puder, sem visar recompensa;
b) tenha ânimo forte, através de qualquer prova ou sofrimento: confie e espere;
c) faça recolhimentos diários, pelo menos de meia hora, a fim de meditar sobre suas ações;
d) não conte seus “segredos” a ninguém, pois sua consciência é o templo onde deverá levá-los à análise;
e) não tema a ninguém, pois o medo é uma prova de que está em débito com sua consciência;
f) lembre-se de que todos nós erramos, pois o erro é humano e fator ligado à dor, ao sofrimento e conseqüentemente, às lições com suas experiências. Sem dor, lições, experiência, não há carma, não há humanização nem polimento íntimo — o importante é que não erre mais, ou melhor, que não caia nos mesmos erros. Passe uma esponja no passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação: para isso, “mate” a sua vaidade e não se importe, de maneira alguma, com o que os outros disserem ou pensarem a seu respeito. Faça tudo para ser tolerante, compreensivo, humilde, pois assim só poderão dizer boas coisas de você.


3º - Zele por sua saúde física com uma alimentação racional e equilibrada:

a) não abuse de carnes, fumo, álcool ou quaisquer excitantes;
b) no dia da sessão, não use carne, café ou qualquer excitante mais de uma vez;
c) de véspera e após a sessão, não tenha contato sexual;
d) mensalmente, na fase de lua crescente, use esse poderoso tônico neuro-psíquico, sempre à noite: uma colher de sopa de sumo de agrião, batido com duas colheres de sopa de mel de abelha. Pode usá-lo antes de cada sessão em que for trabalhar;
e) todo mês deve escolher um dia para ficar em contato com a natureza, especialmente uma mata, uma cachoeira, um jardim silencioso, etc. Ali deve ficar lendo ou meditando... pois assim ficará a sós com sua própria consciência, fazendo revisão de tudo que lhe pareça ter sido positivo ou não, em sua vida material, sentimental e espiritual.



texto colaboração Luis Giublin

sábado, 28 de julho de 2012

REFLEXOS CONDICIONADOS VICIOSOS



 


  
A mente é o onus de relacionamento e comunicação, extremamente importante e que tem de ser cuidado.
   Esteja onde estiver, encarnado ou desencarnado, todas as ondas mentais emanadas pela nossa mente, se projetam na irradiação dos nossos pensamentos, podendo ser indutivos e indutores.
   Todos somos emissores e receptores de pensamentos de intercâmbio, por sintonia, que podem ser nutridos de boa mensagem ou não.Tudo que nos toca em relação ao aspecto comunicativo, se avalia sempre pelos valores do que emanamos, desde , os sentimentos, emoções,e objetivo com que colocamos o pensamento em outrem.
  Portanto é preciso que a emissão esteja em sintonia, com o receptor , caso contrário se perderá.
  Nós somos catalisadores e indutores da mensagem, a sua fluidez será sempre o conjunto da simpatia e interesses que cada um na sua individualidade procura, podendo ser refratário ou simpático, pela troca do pensamento.
   Está provado cientificamente que as pessoas em grupo fariam algo, que sós não fariam.
  Nós somos eco para os que se assemelham.
   Os nossos comportamentos, os nossos gostos, desejos,emoções, e todas as sensibilidades, se revelam para aqueles que se acham sintonizados.
   Sabemos que a visão de imagens escabrosas, de deboche, a critica,a acusação, leituras perversas, eróticas  e de êxtase sexual, repercutem e nos fazem servir os espíritos alienados ou vampirizadores, porque com esta postura, contagiamos o ambiente que nos rodeia, abrindo a porta a intimidades com espíritos simpáticos, ou seja provocamos aquilo que se chama de reflexo condicionado e de caráter doentio.

Enfim,tornamo-nos agentes responsáveis pelo acerbo da enfermidade e desequilíbrio . Será o contato de natureza  monodeística, que se faz presente, por um grupo , com uma única vontade, que serve todas as outras, ou alimenta por assim dizer.
    Alertando, uma simples fantasia, podemos retirar consequências gravosas, que por serem contagiosas, podem alienar o espírito e destruir mesmo o corpo, veja-se os suicídios coletivos, viciados da droga e álcool.
   Em defesa de tal perigo,devemos evitar as induções mentais negativas, e tomar sempre como reflexo, pensamentos, sentimentos, emoções e vontade, de valores de equivalência à humildade, amor e respeito, ou seja utilizar sempre valores de bondade.
   Lembro que muitas das doenças degenerativas mentais, aliadas ao foro psicológico , partem de recalcamentos, omissões e projeção de pensamentos que viciaram o ambiente mental e da qual se tornariam permissíveis à alienação.
   A melhor forma de despoluir o ambiente , é fazer uso de boa conduta moral,mentalizando ensamentos de crescimento e valorização moral,espiritual e intelectual.






quinta-feira, 26 de julho de 2012

NÃO BASTA EXISTIR



 



"Não basta existir, é preciso viver". E viver é muito mais que existir.
Viver implica aprender e, para ser aprendiz, é preciso humildade para reconhecer a própria ignorância.
Viver implica educar-se para o amor e, amando e amado, experimentar a angústia de saber-se iluminado sem sentir-se luz, vivenciando as dores e as venturas de sentir-se completo sem poder ser pleno.
Viver implica movimento. E não há movimento sem esforço e atrito.
A vida é dinâmica, jamais se estanca. Vibra serena e sem pressa, embora nunca pare para esperar quem ignore seu ritmo. Para existir, basta estar.
Para viver, é preciso ser por inteiro.
E para viver, ainda que existindo, é preciso ser e estar, num ser único.
Viver implica acreditar-se imortal e eterno, mesmo sabendo que nada é permanente.
Viver implica progredir, ir adiante, avançar. Viver é existir de todas as formas e em todas as dimensões, amando cada uma delas.
Para viver, não basta ver, ouvir, pensar e falar, pois estas são manifestações da existência.
Para viver é preciso sentir, mergulhar em si mesmo e sair, novamente, para observar-se sem paixão.
Viver implica iluminar-se e, sob a luz da própria consciência, apontar os próprios defeitos e limites. Viver implica assumir a responsabilidade pelos próprios atos, transformando-os todos em gestos de amor e compaixão.
Viver implica conhecer-se, profundamente e, ciente de si, deixar de enganar-se, trabalhando para mudar aquilo que não está bem. Viver implica reconhecer, no universo, o próprio lar; nas humanidades cósmicas, a própria família; na criação infinita, o próprio berço; e na natureza a própria saúde e o único sustento.
Não há vida sem troca, não há troca sem perdas, não há perdas sem ganhos, não há ganhos sem lutas, não há lutas sem dor, não há dor sem razão; e não há razão fora da vida.
Viver é muito mais que existir, mas ninguém aprende a viver plenamente sem existir, muitas vezes, de muitas maneiras.
Viver é transcender o que se pensa saber da vida, para assimilar-lhe a verdadeira sabedoria.
Viver implica arriscar-se. E o maior risco é errar. Mas viver também implica estar certo. E a maior certeza é a de que, a cada erro, mais se pode aprender.
Para existir basta ter sangue nas veias e ar nos pulmões. Para viver, no entanto, é preciso sangrar e sufocar-se de tanto amor. Na existência, há apenas meias verdades e grandes mentiras, enquanto a vida nos conduz ao coração da única verdade absoluta.
Viver é manifestar-se sem tempo ou espaço; é ser fogo ardendo sempre, sem se consumir; é verbo que não se conjuga, apenas se pratica; é palavra que não se define, apenas se verbaliza; é conceito que não se explica, apenas se vive.
Viver é estar no todo, sendo tudo, sem nunca esgotar-se.
Quem vive, canta por dentro, a despeito do silêncio exterior. Quem vive, existe em todos os lugares, sem pertencer a nenhum. Quem vive, busca, em si mesmo, o que deseja para o seu caminho e, quando encontra, volta a buscar. Quem vive não vê morte, apenas transformação; não morre, transmuta-se para a vida; não nasce, apenas passa pela morte para viver.
Viver é ir mais, mudar sempre, virar-se e revirar-se, buscar o próprio avesso, sem saber onde fica o direito. Viver é enxergar a luz, mesmo nas sombras e criar luz nas próprias trevas.
Viver é expandir a própria existência para além dos limites imaginados. Viver é doar-se, sem pedir; é ceder, sem resistir; é entregar-se, sem recear.
Quem vive renasce um novo ser todos os dias. Quem vive tem a própria existência traçada a lápis e recria o próprio destino, minuto a minuto, com a borracha da sabedoria e do perdão.
Quem vive não sabe o roteiro ou quando chegará, mas sabe para onde está indo. Quem vive continua na morte e recria-se ao nascer, sabendo que é preciso morrer muitas vezes paranascer de verdade e é preciso existir para morrer tanto.
Viver é ter na própria consciência uma única história, representada por milhares de faces, nomes, episódios de milhares de existências. Para viver não basta existir, pois existir é pouco para um ser que nasceu para ser Deus.

Por Maisa Intelisano

Co. Umbanda

quarta-feira, 25 de julho de 2012

ESTALAR OS DEDOS









Porque as entidades estalam os dedos?

Esta é uma das coisas que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima, mas esse ato encerra alguns detalhes esotéricos de grande importância.
Nossas mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos que se comunicam com cada um dos chakras de nosso corpo:
- O dedo Polegar tem uma ligação direta com o chakra esplênico; indicador: Chakra cardíaco; anular: Chakra genésico (rádico / Básico); Dedo médio: chakra coronário; uma polegada abaixo do anular o chakra solar e no lado oposto do dedo polegar, no monte de Vênus o chakra frontal.

1. Polegar - polegar, dedão, positivo ou mata-piolho.
2. Dedo indicador - indicador, apontador ou fura-bolo.
3. Dedo médio - dedo médio, dedo do meio ou pai-de-todos.
4. Anelar - anelar, anular ou seu-vizinho.
5. Dedo mínimo - dedo mínimo, dedinho ou mindinho.







Ramatís afirma:” A verdade é que vossas mãos, como vossos pés, possuem terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos gânglios e plexos nervosos do corpo físico e com os chacras do complexo etérico-astral, como demonstramos a seguir:

1. dedo polegar - chacra esplênico (região do baço);
2. indicador - cardíaco (coração);
3. médio - coronário (alto da cabeça);
4. anular - genésico ou básico (base da coluna);
5. mínimo - laríngeo (garganta);
6. na região quase central da mão, chacra do plexo solar (estômago);
7. próximo ao Monte de Vênus (região mais carnuda logo abaixo do polegar) - chacra frontal (testa).




Essas terminações nervosas das palmas das mãos são há muito conhecidas da Quiromancia e das filosofias orientais.
 O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus e dentre as inúmeras funções conhecidas disso, está a retomada de rotação e frequência do corpo astral, "compensando-o" em relação às vibrações do duplo etérico, aumentando a exsudação 1 (liberação, doação) de energia animal - ectoplasma - pela aceleração dos chacras. Com isso se descarregam densas energias áuricas negativas, além do estabelecimento de certas condições psíquicas ativadoras de faculdades propiciatórias à magia e à intercessão no Plano Astral. São fundamentadas nas condensações do fluido cósmico universal, imprescindíveis para a dinâmica apométrica, e muito potencializadas pela sincronicidade entre o estalar de dedos e as contagens pausadas de pulsos magnéticos”

 Continua Ramatís: "Já quando bateis palmas, sendo vossas mão pólos eletromagnéticos, a esquerda (-) e a direita (+), quando as duas mãos ou pólos se tocam é como se formassem um curto-circuito, saíndo faíscas etéricas de vossas palmas. Quando os pretos velhos em suas manifestações batem palmas, durante os atendimentos de Apometria, é como se essas faíscas fossem "detonadores" de verdadeiras "bombas" ectoplásmicas que desmancham as construções astrais, laboratórios e amuletos dos magos negros.
"Apômetras" e Umbandistas, uni-vos. Continuai estalando os dedos e  batendo palmas, sabedores do que estais fazendo, despreocupados, conscientes e seguros de que as críticas se perderão como pólen ao vento."







Livro Jardins dos Orixas
Revista Umbanda nº 3.

terça-feira, 24 de julho de 2012

ASSOBIO E BRADOS



 



Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós?

Muitos pensam, ingenuamente tratar-se dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Não é bem assim.
 Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza, os chamados "Tatwas". Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.
Os assobios, assim como os brados, ou sons graves e guturais emitidos pelos Pais-Velhos quando incorporados, são o chamados mantras; cada entidade emite um som de acordo com a linha que trabalha, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes."

 W.W. da Mata e Silva

domingo, 22 de julho de 2012

A PREPARAÇÃO É ESSENCIAL




 




Os médiuns, para bem atenderem em seus trabalhos, devem observar as seguintes recomendações :
-         Fazer exercícios respiratórios, se possível, de manhã e perto de campos e matas (parques), a fim de fortalecer-se com a captação de fluídos e de melhor oxigenação do cérebro, muito bom para a saúde.
-         Orar sempre, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe o fortalecimento de seus guias espirituais, o perdão de seus erros, a proteção para os trabalhos e prática da caridade.
-         Ler, nas horas de folga, um livro instrutivo e positivo sobre Umbanda, Espiritismo, Evangelização, Novo Testamento, ou qualquer livro que traga noções morais e espirituais, reeducando, assim, o próprio espírito.
-         Fazer tudo para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, sem problemas que lhe afetem o humor e os nervos, sem discussões com outras pessoas. Evite discussões e aborrecimentos fúteis, procure trazer a paz para que ela te acompanhe, preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos mais tarde no terreiro, para dispor então de boa concentração.
-         Se as sessões forem à noite, deve-se comer moderadamente no jantar, dando preferencia as saladas e outros alimentos leves, para facilitar a incorporação dos guias e protetores.
-         Nos dias de sessão, abster-se de carne se possível, além de ser um alimento pesado esta diminui o magnetismo orgânico, enfraquece o teor vibratório e desgasta energias vitais, dificultando as incorporações; se preferir substitua a carne por peixe.
-         Não use, nem abuse, de bebidas alcoólicas (certos terreiros proibem terminantemente que os médiuns ingiram bebidas alcoólicas e venham para os trabalhos) a pretexto de aperitivo ou qualquer outra desculpa, a fim de não atrair entidades viciadas para perto de si. Deve-se também, fumar o menos possível.
-         Sempre que puder, visite e auxilie os necessitados ou pessoas com problemas, levando-lhe uma palavra de conforto e carinho. Às vezes, a presença do médium, junto a um enfermo, pode ajudar na cura e ao médium pode reforçar sua força e sua fé.
-         O médium que estiver doente, é de bom senso que não trabalhe nas sessões. Se sentir-se deprimido, fraco, debilitado ou com esgotamento nervoso deve comparecer aos trabalhos e tomar passes para reativar a vitalização mas nunca dê passes nesse dia.
-         A força de seus trabalhos em benefício dos irmãos, depende do seu amor a eles. O lema a ser adotado é "Amar e perdoar; aprender e servir".

sábado, 21 de julho de 2012

LIVRE ARBÍTRIO





O nosso planeta é regido por esta máxima e foi criado desta forma, através do livre arbítrio. Deus nos criou a sua imagem e semelhança, da mesma forma podemos criar a nossa realidade, são nossas escolhas que regem o que acontece conosco, o nosso presente é fruto do que fizemos no nosso passado, e nosso futuro será fruto do que estamos plantando agora. Tudo são escolhas, toda a nossa vida, o agora e o depois.
 O livre arbítrio foi dado a nós para agirmos da melhor forma, com o melhor que temos dentro de nós, mas como saber quando estamos no caminho certo, como saber qual é o caminho certo? Essa é uma resposta muitas vezes difícil de ser respondida por nós, imagina responder isto por alguém? Responder algo que só sabemos no nosso íntimo, dentro do nosso coração, dos nossos pensamentos, é certo querer que outras pessoas digam e façam o que nós queremos ou o que nós pensamos ser o correto?
 Nós temos as nossas provas pessoais, viemos aprender algo, e aprendemos isto vivenciando esta verdade, seja através de uma leitura, vendo alguém passar ou passando por aquela situação. Viemos para este plano para evoluir, aprender algo, e um dos principais aprendizados é justamente deixar as pessoas que amamos responder ao universo do jeito que precisam, ou seja, aprender aquilo que precisam.
 Eu não tenho certeza o que preciso aprender aqui, além destes aprendizados coletivos que toda humanidade precisa ter, a maioria das vezes só percebo depois que aprendi. É quando olho para trás e vejo o quanto cresci, que percebo minha evolução, e se minha mãe tivesse me repreendido, dito que tinha que fazer tal coisa e seguir por aquele caminho, sei que não seria metade do que sou hoje.
 Foi através dos exemplos bons e ruins das pessoas próximas como mãe, pai, tios, avôs e amigos que entendi o que era certo e errado. Sendo incentivada pela minha mãe a viver a minha vida e construir ela que errei, chorei, sofri e tenho a plena certeza de ter aprendido realmente,  de ter estas verdades dentro de mim.
 Se ficarmos repreendendo as pessoas e dizendo a elas o que fazerem, tirando delas o livre arbítrio, elas não serão inteiras, não terão em suas mãos a força da responsablidade pelos seus atos, apesar de terem escolhido se submeter a uma vontade que não é delas.
 O tempo todos queremos interferir na vida de quem está perto de nós, quando deveríamos incentivar através de bons exemplos, de palavras e atitudes sábias, deixando bem claro que é um pensamento próprio, que a pessoa é que deve saber o que é melhor para si.
 Temos medo de enfrentar a realidade, de criar tudo que acontece a nossa vida, é melhor que alguém nos diga o que fazer para depois colocar a culpa se não der certo. Ficamos nos escondendo atrás da verdade dos outros ao invés de buscar a nossa.
 Pare de temer, e mesmo que as pessoas não percebam que façam isso, não se deixe influenciar. Tente saber o que ocorre lá no fundo dos teus pensamentos e sentimentos. Aquela vontade de seguir por aquele caminho que não é o mais apropriado para sua família ou para a sociedade em que vive, com certeza é o caminho que você precisa percorrer para chegar onde quer e fazer aqui o que veio fazer.
 Ser médico é ser melhor do que ser carpinteiro para quem tem o dom de ajudar a salvar vidas, ser carpinteiro é melhor do que ser médico para quem tem o dom de criar objetos lindos. Estes talentos naturais vieram conosco de outras vidas, são coisas que gostamos. Precisamos aprender a superar essas diferenças de que uma coisa é melhor que a outra, todas as profissões existentes são úteis e necessárias para nossa sobrevivência neste plano. Se orgulhe do que você faz.
 Respeite o seu livre arbítrio deixando sua mente sempre aberta ao que acontece ao seu redor, se informando, escutando seu coração sobre o que é certo e o que é errado. Respeite o livre arbítrio de quem você ama, mostrando bons exemplos, fazendo o seu melhor, vivenciando o que você precisa vivenciar! Assim as pessoas ao seu redor já terão um embasamento maravilhoso de que como o livre arbítrio é necessário para voltarmos a nos conectar com a fonte.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

MATURIDADE



 



Por que queremos tanto “fugir” do compromisso mediúnico? Por que alegamos sempre que  “é muita responsabilidade” e que não estamos prontos para ela?
Como saber quando estamos prontos?
Normalmente quando já nos fazemos essa última pergunta é porque a “responsabilidade” já não nos “assusta” tanto e conseqüentemente já estamos dando o primeiro passo em direção do serviço mediúnico.
Quanto as outras questões que dizem respeito ao “medo da responsabilidade”, parece que esquecemos que não estamos aqui na Terra a passeio, que temos um karma e ele precisa ser queimado. Mas antes disso acontecer, é fundamental maturidade.
Não me refiro aqui a maturidade mediúnica, que somente será alcançada através dos anos de serviço, de estudo e de muita dedicação e compreensão do papel de cada um dentro de um Templo de Umbanda.
Me refiro a maturidade de vida.
Então você poderá perguntar: “Você aconselha que só entremos para um Centro ou assumamos a nossa mediunidade quando estivermos mais velhos?” Não! Em absoluto maturidade tem a ver com idade. Vemos muitos médiuns jovens muito mais maduros do que sexagenários. Isso ocorre em função de que? Certamente do aproveitamento que aquele espírito teve nas suas sucessivas encarnações. Idade avançada não significa maturidade.
Novamente, relembro que não estamos na Terra em férias. Antes de encarnar, assumimos inúmeros compromissos, e depois esquecemos deles. Mesmo que o Alto faça de tudo para nos lembrar, fazemos questão de esquecer.
O nosso “medo da responsabilidade” é na realidade a reminiscência desse passado de dívidas que lutamos para esquecer. É em muitos casos também, preguiça, porque o serviço mediúnico requer certos esforços que muitos de nós não estamos dispostos a fazer.
Para ingressarmos no corpo mediúnico de uma Casa, começamos a impor uma série de condições, como se estivéssemos fazendo um favor a espiritualidade ao entrarmos para um Terreiro, ou até mesmo em fazermos parte da assistência de uma Casa de Umbanda.
Isso é falta de maturidade, egoísmo, presunção e vaidade. Ou covardia.
Muitos de nós alegamos que “problemas familiares” são impeditivos da realização da tarefa, outros já alegam “problemas profissionais”.
E eu me pergunto: será que estamos nos esforçando o suficiente? Sim, até porque todos temos problemas. Mas, uma coisa é certa, o Alto jamais irá nos solicitar qualquer coisa que estejamos impedidos de realizar. Pensar assim é falta de maturidade. Podemos é não ter habilidade suficiente para nos desvencilharmos dos problemas “impeditivos”. E aí? O que fazer? Sugiro sempre que nos harmonizemos com o Alto, consultemos os Guias sobre qual o melhor caminho tomar, entretanto a decisão é nossa, pois isso dependerá de nossa maturidade.
Por isso consideramos fundamental um tempo na assistência antes do efetivo ingresso do médium na corrente. Mesmo que a pessoa esteja apresentando sintomas de mediunidade. A freqüência na assistência começará a despertar na pessoa disciplina, controle, conhecimento... enfim começará a equilibrar a pessoa. Havendo por parte dela interesse em ingressar no quadro mediúnico, há que se verificar em si a maturidade para tal.
Acreditamos ser fundamental que a pessoa conheça os seus futuros irmãos em situações internas do Terreiro, assistindo as aulas da Escola de Médiuns e participando na assistência das sessões de desenvolvimento.
O tempo que isso requer irá variar de pessoa para pessoa de acordo com o aproveitamento da mesma em todas as atividades.
E de repente, quando menos esperamos, o “medo da responsabilidade” se transformou em vontade de ajudar o próximo, em cooperar, em somar... isso é maturidade. É quando percebemos que temos problemas sim, mas eles não são impeditivos. É quando deixamos de ser um pouco egoístas.
 Lembrando ainda que não precisamos ser médiuns de incorporação para fazer nada disso. A mediunidade de incorporação é do tipo mais comum, mas não é somente esse médium que faz caridade e que alcança a maturidade.
Para sermos maduros é fundamental equilíbrio e compreensão do que seja fazer parte de uma corrente mediúnica de uma Casa, e principalmente do que seja a oportunidade que recebemos da encarnação.
Ficarmos presos ao “medo da responsabilidade” é desperdício de tempo e o que é pior, desperdício de encarnação.
Medo da responsabilidade é o medo de amar, de se arriscar a ser feliz!
Seja lá qual for o tipo de mediunidade, o fundamental é o amor com que nos dedicamos a qualquer atividade e o nosso compromisso com a corrente, com a Casa e conseqüentemente com a vida!


Centro Espiritualista Caboclo Pery



TEXTO COLABORAÇÃO LUIS GIUBLIN

quinta-feira, 19 de julho de 2012

EVITAR SITUAÇÕES NEGATIVAS




 



Um desafio constante, com o qual o ser humano se defronta no cotidiano, é conseguir se comunicar satisfatoriamente com aqueles que vivem à sua volta.
Estamos em contato, no dia-a-dia, com as mais diferentes pessoas, e precisamos saber conviver adequadamente com elas, para evitar transtornos, mal entendidos, ou até carmas mais densos. Porém, o desafio maior de todos está vinculado a alguém com quem temos de lidar a cada momento de nossa existência: a nossa própria pessoa.
Como nem sempre os resultados de nossas atitudes correspondem às nossas expectativas, acabamos por nos colocar negativamente, reagindo com uma série de comportamentos desagradáveis - e até mesmo comprometedores - a situações que poderiam ser tratadas de forma tranquila e, portanto, mais positiva.
Assim, nos rebelamos, ficamos irados, fazendo escolhas impensadas e acreditando que não temos responsabilidade direta no que se passa em nossas vidas, sem percebermos que apenas uma pequena porção daquilo que acontece conosco não é de nossa responsabilidade. Todo o resto está relacionado com a forma como agimos e reagimos ao que nos acontece.
Na verdade, não temos controle sobre apenas uns dez por cento das coisas que nos envolvem. Por exemplo, não podemos impedir que a empresa nos demita, que o namoro termine, que alguém adoeça, entre outras possibilidades tão infelizes.
Porém, é preciso reconhecer que, muitas vezes, essas situações foram determinadas pelo nosso próprio comportamento. Se dez por cento do que nos acontece não dependem de nós, somos nós mesmos que determinamos os outros noventa por cento daquilo que irá suceder, a partir das nossas ações e reações. Como então reagir às situações adversas? Gritando, se descabelando, ficando estressado, transtornado? Agindo assim, acabam de vez as possibilidades de emprego, de amor, ou até de boa saúde.
Agir e reagir apropriadamente às circunstâncias negativas, tentando compreendê-las e aprendendo a evitá-las, faz nossa vida ficar mais leve e produtiva.

Fonte: www.vidaeestilo.terra.com.br/esoterico

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O ENCANTO DOS ORIXÁS



 



Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais.
É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuina brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento inecessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso pais criando um sistema coerente. Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades.
 Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteismo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”.

Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas.
 Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.

Leonardo Boff

terça-feira, 17 de julho de 2012

UMBANDA PÉ NO CHÃO 3



 



Os fundamentos do congá (atrator, condensador, dispersor, expansor, transformador e alimentador).
O congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na umbanda. Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos orixás na Terra, na área física do templo.
Vamos descrever as funções do congá:
•atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas.Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.
•condensador: condensa as ondas mentais que se "amontoam" ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc.
•escoador: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.
•expansor: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
•transformador: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra;
•alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.
Todo o trabalho na umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes). Nada adianta um congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.

Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos.

NORBERTO PEIXOTO


TEXTO COLABORAÇÃO IVAN CROCETTI