A "Incorporação"
se dá através da utilização do(s) chacra(s) do médium pela entidade.
De certa forma poderíamos
comparar à uma espécie de "osmose' entre entidade e médium. Ou como dizem
alguns, as entidades irradiam energias sobre determinados chacras de forma a
controlar em maior ou menor grau de consciência ( Numa variação de controle que
vai em média de 30% a 80% segundo algumas fontes), tomando assim do sistema
fônico,mental e da parte motora do médium, e se faz uso para seu trabalho.
Sabe-se que as entidades desencarnadas
precisam de algo que somente o ser encarnado possui, o ectoplasma. E é dele que
se utilizam para suas comunicações e trabalhos.
A grande maioria das
incorporações são do tipo semi-conscientes em maior ou menos grau de
consciência por conta do tipo de médium/entidade/trabalho a ser feito e também,
porque não mencionar(?) da paciência de cada um. E que as mediunidades do tipo
totalmente inconscientes estão diminuindo cada vez mais.
A cumplicidade é
fundamental para melhoria das relações entre médium e entidades e para as
resultantes de seus trabalhos, sendo um trabalho de dois, tenhamos nós médiuns
uma co-responsabilidade para com aquilo que for dito ou feito pelas entidades,
já que fazem uso do nosso mental e do nosso corpo. E se para se ter uma boa
ligação mediúnica é necessário a participação de dois, então para se
interromper ou frear uma comunicação indevida , supõe-se que a interferência de
um, altere o equilíbrio geral e de alguma forma possa interromper ou reajustar
o rumo da comunicação. É o que vulgarmente se chama de "morder a
língua" da entidade( ou seja a nossa mesma).
O certo é que apesar de ser
confuso no início do desenvolvimento, deixando dúvidas e incertezas em médiuns,
temos que considerar algumas situações: o corpo utilizado pelas entidades,
pertence ao médium, logo , deve ser utilizado pelas mesmas com respeito e
cuidado; as situações a que se expõem involuntariamente em alguns casos os
médiuns inconscientes não tem lógica de acontecer com os que não o são, a menos
que esses dêem sua permissão - já vi entidades de médiuns inconscientes fazerem
coisa com seus corpos que jamais permitiria que fizessem com o meu; o fato de
ser semi-consciente já dá ao médium a idéia da co-responsabilidade que ele tem
para com o que está sendo feito; é uma ótima fonte de aprendizagem , pois
permite ao médium aprender com os ensinamentos passados pelas suas entidades,
aos consulentes e deles aproveitar boa parte para seu próprio desenvolvimento;
leva o médium a estudar e aprender mais para compartilhar com suas entidades
esses conhecimentos ( que elas utilizam de seu mental) de forma a melhorar e
ampliar as consultas.
É chato ser consciente, nos deixa inseguros,
vigilantes sobre nós mesmos, responsáveis pelos resultados, sem a desculpa
deliciosa de não ver e não saber, ou seja não ter nada a ver com o assunto, sem
poder jogar a culpa no outro, coisa, aliás, muito humana.
O Astral Superior, com
certeza sabe aquilo que é melhor para cada um. Creio que a tendência é que
tenhamos cada vez menos fenômenos físicos, daqueles que foram necessários para
provar a existência dos espíritos e cada vez menos dos médiuns inconscientes, o
que forçará os médiuns a participar com algo mais que seu corpo, seu tempo e
sua boa vontade terão que participar com a mente, o espírito e a
responsabilidade.
Terão que estudar e evoluir, sem direito às
desculpas referentes à ignorância do que ocorre, seja espiritual, seja
cultural/intelectual. È uma maneira de forçar o ser a evoluir.
Nós evoluímos, as nossas
entidades também, nada é estático, por isso devemos perceber que muitas
mudanças já ocorreram.
Mudaram-se os tipos de
problemas que o ser humano tem, também mudaram as necessidades básicas que
levam os consulentes ao centro.
As entidades se atualizam,
seja através do mundo astral e/ou do conhecimento material que recebem/percebem
através do mental de seus aparelhos.
Enfim, não temos o direito
de dizer se este ou aquele médium é ou não consciente, essa é uma decisão que
pertence À espiritualidade e, quem sabe, fez parte da escolha de cada um antes
de retornar da pátria espiritual.
O que realmente podemos
fazer é cuidar muito bem de nossas responsabilidades mediúnicas e auxiliar
nossos irmãos, seja qual for seu tipo de mediunidade a caminhar e cumprir suas
missões, se não conseguirem compreender o todo, ao menos que possam sentir-se o
melhor possível, o mais confortados e apoiados em suas jornadas.
Mediunidades, entidades,
médiuns, não há que se dizer que esse é melhor que aquele, até porque esse é um
julgamento que não nos pertence.
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