Proteção Espiritual
Quando pensamos em proteção espiritual, nos vem à mente também que nada de ruim deva nos acontecer. Cremos que seguindo uma religião ou crença ou nos dedicando a cultivar o contato com nossos guias e orientadores espirituais estaremos afastados das negatividades. Mas será que é assim que a vida funciona? Será que por termos proteção nada nos acontecerá? E quem nos libertará do nosso karma construído em vidas passadas? Ou ainda, quem poderá nos libertar da reação das nossas ações construídas na ignorância do passado?
Todos nós evoluímos, todos somos convidados a aprender com os fatos, com as pessoas e com as experiências que vivemos, e com isso é esperado que superemos falhas de caráter, falta de fé e de amor, mas este não é um aprendizado contínuo sem testes.
Uma vez, ouvi um orientador dizer que o sofrimento é como as margens de um rio dando direção ao fluxo de energia em nossa vida, pois águas sem limites se dispersam e não chegam a objetivo algum.
Na semana passada, meu prédio foi invadido por bandidos. Os moradores foram rendidos com homens portando armas de fogo. Medo, insegurança, tudo dentro do impensável, de repente invadiu meu espaço pois moro no décimo andar de um edifício tranqüilo, classe média, sem luxo ou ostentação o que me levava a imaginar que estava fora das estatísticas de violência em São Paulo, mas não estava. Tive todos meus pertences roubados, jóias e bijuterias, coisas de valor afetivo que lembravam datas que só tem importância para quem as carrega na memória dos momentos felizes.
Algumas pessoas que me conhecem ficaram perplexas sem entender como isso aconteceu comigo. Será que não tive proteção espiritual?
Na verdade, isso não passou pela minha cabeça. Tenho certeza que todos fomos muito protegidos, mesmo quando os bens materiais foram roubados, mesmo quando ficamos reféns dos assaltantes no salão de festas onde não se ouvia nem um ruído, nem a respiração das quarenta pessoas ali sentadas no chão perplexas com o que acontecia em nossas casas. Ficava claro que o silêncio e a não-violência que partia do nosso coração nos protegia. Ficava claro que as orações estavam na mente de cada um dos moradores ali acuados.
O que poderia ser difícil, como histórias que vemos na TV, foi tranqüilo por conta de uma força maior. A preocupação de um pai evitou que a tormenta se prolongasse por mais tempo, pois vendo que a esposa não voltava da escolinha da filha, que ficava na esquina, ligou para lá e descobriu que a criança não tinha chegado. Pensando em se tratar de um seqüestro relâmpago, ele chamou a policia. Ligação essa que foi interceptada pelos bandidos que fugiram deixando a maioria dos bens roubados e alguns de seus comparsas que acabaram presos, e um morto num tiroteio com a polícia que chegou em seguida tornando a iniciativa deles um verdadeiro fracasso.
Todos nós evoluímos, todos somos convidados a aprender com os fatos, com as pessoas e com as experiências que vivemos, e com isso é esperado que superemos falhas de caráter, falta de fé e de amor, mas este não é um aprendizado contínuo sem testes.
Uma vez, ouvi um orientador dizer que o sofrimento é como as margens de um rio dando direção ao fluxo de energia em nossa vida, pois águas sem limites se dispersam e não chegam a objetivo algum.
Na semana passada, meu prédio foi invadido por bandidos. Os moradores foram rendidos com homens portando armas de fogo. Medo, insegurança, tudo dentro do impensável, de repente invadiu meu espaço pois moro no décimo andar de um edifício tranqüilo, classe média, sem luxo ou ostentação o que me levava a imaginar que estava fora das estatísticas de violência em São Paulo, mas não estava. Tive todos meus pertences roubados, jóias e bijuterias, coisas de valor afetivo que lembravam datas que só tem importância para quem as carrega na memória dos momentos felizes.
Algumas pessoas que me conhecem ficaram perplexas sem entender como isso aconteceu comigo. Será que não tive proteção espiritual?
Na verdade, isso não passou pela minha cabeça. Tenho certeza que todos fomos muito protegidos, mesmo quando os bens materiais foram roubados, mesmo quando ficamos reféns dos assaltantes no salão de festas onde não se ouvia nem um ruído, nem a respiração das quarenta pessoas ali sentadas no chão perplexas com o que acontecia em nossas casas. Ficava claro que o silêncio e a não-violência que partia do nosso coração nos protegia. Ficava claro que as orações estavam na mente de cada um dos moradores ali acuados.
O que poderia ser difícil, como histórias que vemos na TV, foi tranqüilo por conta de uma força maior. A preocupação de um pai evitou que a tormenta se prolongasse por mais tempo, pois vendo que a esposa não voltava da escolinha da filha, que ficava na esquina, ligou para lá e descobriu que a criança não tinha chegado. Pensando em se tratar de um seqüestro relâmpago, ele chamou a policia. Ligação essa que foi interceptada pelos bandidos que fugiram deixando a maioria dos bens roubados e alguns de seus comparsas que acabaram presos, e um morto num tiroteio com a polícia que chegou em seguida tornando a iniciativa deles um verdadeiro fracasso.
Tudo isso me leva a pensar que temos que dar valor ao que tem valor. Nessas horas de estresse, onde os minutos ganham a força de uma vida, tenho certeza que muitos dos meus vizinhos, assim como eu, repensaram valores, pediram proteção e agradeceram por saírem ilesos.
Muitas vezes, perdemos um valioso tempo da nossa vida querendo coisas, buscando satisfação em ter e não em ser. E aí nessas horas inesperadas -que ninguém é livre de viver- é que se conta a paz conquistada nas orações. Nessas horas, em que a morte pode acontecer, que o inesperado toma conta, é que percebemos o quanto é importante estar em dia com Deus, com nossa família e com nossa consciência. Se por acaso fosse o meu momento de partida do plano físico o que levaria se não o que carrego no coração?
Aprendi com os Mestres de luz que a proteção espiritual não nos poupa dos aprendizados. A proteção espiritual nos fortalece naquilo que é eterno. Naquilo que o tempo não leva, que a traça não come, que o ladrão não rouba.
MARIA SILVIA ORLOVAS
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