segunda-feira, 30 de junho de 2014

ATRAVÉS DO FRACASSO ALCANÇAMOS A VITÓRIA





Qual aquele que nunca fracassou?

Qual aquele que nunca tomou a direção errada, pensando estar certo?

Todos nós indistintamente em algum momento fracassamos, sofremos as derrotas da vida, mas como sabemos, nada é por acaso e se saímos fracassados em algum momento é porque tínhamos um propósito maior mais adiante.

Faça uma reflexão sobre todas as derrotas de sua vida e verás que passou por momentos muito difíceis, mas que superou e se não superou ainda é porque falta alguma mudança interior em você.


Todos aqueles que passam pelos sofrimentos sejam eles materiais ou morais e se sentem fracassados diante da vida, deve reverter este pensamento e reter apenas os aprendizados e conhecimentos adquiridos neste processo.

Porque todo fracasso nos trás o aprimoramento de nossas ações e sentimentos, basta que façamos sempre a melhor escolha em nossos sentimentos, por mais dolorosa que seja a sua dificuldade, persevere no bem e saiba que atingirá a vitória.

Esta vitória será duradoura e não passageira, porque vai demandar de você, muita força e coragem em continuar buscando sempre o melhor.

Para isso é necessário que façamos diariamente uma revisão sobre nossos pensamentos, sentimentos e emoções que dispensamos aos nossos semelhantes.

Lembre-se que nunca estamos sós, constantemente estamos acompanhados por Jesus, é ele que nos sustenta através do seu amor, por isso a importância de sempre caminharmos de acordo com os ensinamentos que ele nos deixou.

Quando sentir-se fracassado, eleva seu pensamento a Jesus, que ele lhe mostrará o caminho para chegar até a sua vitória.














Fonte: http://www.gotasdepaz.com.br/

sábado, 28 de junho de 2014

O GRUPO PERFEITO






O Espírito de Júlio Marques comandava o pequeno agrupamento com critério e bondade. Condutor paciente do diminuto rebanho de companheiros espíritas-cristãos. Duas vezes por semana, incorporado na médium Maria Paula, orientava os amigos na atividade evangélica. Ternura aliada à experiência, firmeza conjugada à abnegação. Conflitos e dificuldades morais ecoavam nele de modo particular, arrancando-lhe palavras iluminadas de benevolência e candura, a deslizarem nas alheias feridas por bálsamo de esperança.

Numa das noites em que lhe compartilhávamos a responsabilidade, à feição de apagado trabalhador da retaguarda, notamos a presença de jovem senhora na assistência. Identificava-se por Dona Clara. Dama inteligente, distinta.

Punha os pensamentos à mostra, na conversação espontânea.  Insatisfeita.  Inquiridora.

Tão logo notou Marques encerrando o comentário edificante, pespegou-lhe interrogação à queima-roupa:
—    Irmão Júlio, posso pedir-lhe uma orientação?
—    O interpelado respondeu, humilde:
—    Sou deficiente demais para isso; entretanto, estou nesta casa para servir...
E o entendimento continuou:
—    Desejo formar um grupo espírita, de acordo com meu ideal... Acha o senhor que posso pensar nisso?
—    Sem dúvida alguma. Todos somos chamados à obra do Senhor...
—    Mas eu quero, irmão Júlio, organizar um círculo de criaturas elevadas e sinceras, que apenas cogitem da virtude praticada, unicamente da virtude praticada!...
—    Grande propósito!
—    Uma instituição em que as pessoas se confraternizem, com rigoroso senso de pureza íntima... Nada de egoísmo, irritação, incompreensão, contenda...
—    Sim, minha filha...
—    Um grêmio, em que todos os associados vibrem pelo padrão do Evangelho... Pessoas simples e imaculadas, que não encontrem qualquer obstáculo para a harmonia de convivência... Verdadeiros apóstolos do bem... O irmão Júlio está ouvindo?
—    Sim, filha, continue...
—    Anseio por uma comunidade consagrada às realizações espíritas sem a mais leve perturbação. Os médiuns serão espelhos mentais cristalinos, retratando o verbo do Alto, como os lagos transparentes que refletem o Sol. Os diretores governarão as tarefas, na posição de almas primorosas, capazes de todos os sacrifícios pela causa da verdade, e os cooperadores, corretos e conscientes, integrarão equipe afinada, de maneira incondicional, com os princípios da nossa Doutrina de Luz...
—    Plano sublime!...
—    O ambiente lembrará uma fonte viva de paz e sabedoria em que os justos desencarnados se sentirão à vontade para ministrar aos homens os ensinamentos das Esferas Superiores, com segurança de quem usa instrumentação irrepreensível...
—    Sim, sim...
—    Aspiro a criação de um conjunto que desconheça imperfeições e fraquezas, problemas e atritos...
—    Deus nos ouça...
—    Entre as paredes da organização que me proponho levantar, ninguém terá lugar para malquerença ou desânimo... Tudo será tranqüilidade e alegria... Nenhuma brecha para discórdias.
—    Que o Senhor nos ampare...
—    Um templo a edificar-se na base de cooperadores que jamais descerão da nobreza própria, a ofertarem um espetáculo permanente de Céu na Terra, para a exaltação da caridade...
—    Sim, sim...
Observando que o amigo espiritual não se desviava dos conceitos curtos, sem enunciar opiniões abertas, Dona Clara acentuou:
—    Posso contar com o senhor?
—    Ah! filha, não me vejo habilitado...
—    Ora essa! porque?
—    Sou um espírito demasiadamente imperfeito... Ainda estou muito ligado à Terra.
—    Mas, recebemos tantos ensinamentos de sua boca!
—    Esses ensinamentos não me pertencem, chega dos mentores que se compadecem de minha insuficiência... Brotam em minha frase como a flor que desponta de um vaso rachado. Não confunda a semente, que é divina, com a terra que, às vezes, não passa de lama...
—    Então, o irmão Júlio ainda tem lutas por vencer?
—    Não queira saber, minha filha... Tenho a esposa, que prossegue viúva em dolorosa velhice, possuo um filho no manicômio, um genro obsidiado, dois netos em casa de correção... Minha nora, ontem, fez duas tentativas de suicídio, tamanhas as privações e provocações em que se encontra. Preciso atender aos que o Senhor me concedeu... Minhas dívidas do passado confundem-se com as deles. Por isso, há momentos em que me sinto fatigado, triste... Vejo-me diariamente necessitado de orar e trabalhar para restabelecer o próprio ânimo... Como verifica, embora desencarnado, sofro abatimentos e desencantos que nem sempre fazem de mim o companheiro desejável...
—    Oh! é assim?
—    Como não, filha? Todos estamos evoluindo, aprendendo... 
Dona Clara refletiu um momento e voltou à carga:
—    Mas, em algum lugar, haverá decerto uma associação impecável... Diga, irmão Júlio, o senhor sabe de alguma equipe sem defeito, como eu quero? e se sabe, onde é que ela está?
O espírito amigo, senhoreando integralmente a médium, pensou também por um instante e respondeu com a mais pura ingenuidade que já vi até agora:
— Sim, minha filha, um grupo assim tão perfeito deve existir... Com toda certeza deve ser o grupo de Nosso Senhor.

















AELACOLETANEA

quinta-feira, 26 de junho de 2014

MELHORANDO NOSSOS ATENDIMENTOS MEDIÚNICOS



Ter a oportunidade de conversar com uma entidade incorporada em um médium comprometido com a espiritualidade é um privilégio para o consulente, para o médium e até mesmo para o próprio guia. Independentemente da condição em que nos encontramos todos, sem exceção, estamos em evolução e o que diferencia a evolução de cada um são nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, enfim, as atitudes e posturas do nosso cotidiano.

Quando vamos ao terreiro sempre vamos em busca de algo e muitas vezes esquecemos que esse algo não vai vir de fora, não vai cair do céu. Com certeza vai depender do nosso merecimento e do nosso trabalho. Outra coisa comum de se esquecer, é que nenhuma situação se forma da noite para o dia.
São longos períodos sem ação e sem reflexão que exigem persistência e equilíbrio para superação das condições adversas. Dificilmente uma situação que demorou muito tempo para se formar se resolverá numa única consulta mediúnica.

Dependendo da ótica que você lê esse texto pode ficar a impressão de passividade e de que sempre estamos errados. Que temos que ter paciência, que temos que ser resignados.

Sim, temos que trabalhar tudo isso, mas se você, assim como eu, prefere ter uma atitude mais participativa, mais ativa, podemos pensar em algumas ideias para melhorar nossos atendimentos com os guias espirituais.

Algumas sugestões:

Organize seus pensamentos – Antes mesmo de chegar ao terreiro vá pensando nas suas prioridades. Durante a abertura dos trabalhos concentre-se e reflita (obviamente em silêncio) sobre o que você almeja e o que realmente você foi fazer lá.

Na frente do guia sabemos que muitas vezes dá o “branco” e nem sabemos direito o que falar, mas se já é difícil pra gente imagina para o guia entender o que passa dentro da nossa cabeça tendo ainda o médium como intermediário. Não duvido da capacidade da entidade, porém se podemos facilitar pra quê complicar? Uma boa consulta não é aquela que demora horas e sim aquela que é objetiva.

De forma prática, acenda suas velas, prepare somente seus banhos, faça  suas orações e trabalhe seu íntimo. Nem precisa dizer que trocar informações sobre sua consulta com o próximo é tão ruim quanto usar a receita médica de outro paciente para curar a sua doença.

Vista-se adequadamente – Grande parte da população normal usa trajes de acordo com a situação ou ocasião. No matrimônio utilizam-se roupas de casamento, para nadar utilizam-se trajes de banho e é assim para o trabalho, para dormir, para passear no parque ou praticar esportes. Seguindo o mesmo raciocínio seria natural ir ao templo religioso com roupas adequadas para isso, ou seja, claras e sem decotes.

Não seja curioso – durante o atendimento procure prestar o máximo de atenção no que está sendo dito para você. Não tente escutar conversas de outras consultas e nem fique olhando para o que acontece do lado, mesmo que seja um descarrego daqueles “bem barulhentos”. Quanto mais atenção você prestar no guia que está falando com você mais rápida e eficiente será sua consulta, você terá menos dúvidas e, de quebra, você não leva pra casa carga dos outros consulentes.

Tudo que lhe é passado para fazer em um atendimento tem um propósito, um objetivo e muito provavelmente tem prazo , procure fixar seu pensamento e executá-lo dentro do combinado.

Vibre sempre energias positivas – O número da sua ficha de atendimento é 80 e ainda estão chamando o número 10? Isso significa que você terá mais tempo para refletir e pensar em como melhorar sua vida rezando num templo religioso!

Reclamar, ficar levantando para fazer nada, cochichar e falar sobre futilidades é um grande favor que você faz ao baixo astral.

Sim, toda energia trabalhada tem que fluir para algum lugar e graças à lei da afinidade você pode entrar no terreiro com um probleminha e sair com 80 novos problemões. Seja esperto, vibre sempre energias positivas, em silêncio.
Sua consulta terminou ?

Vá embora – Encontros sociais, conversas com parentes, discussões sobre política, religião e futebol ou mesmo matar saudade de conhecidos são coisas para serem feitas em lugares mais apropriados .

O baixo astral é persistente e age sempre na sutileza, portanto, quanto menos brechas você der melhor será pra você e para os guias que se esforçaram bastante para buscar soluções no seu atendimento. Faça por merecer!

  
Confie em você mesmo e tenha fé – ninguém é obrigado a ficar em um terreiro onde não se sinta bem, mas ficar indo em vários terreiros ao mesmo tempo é igual a iniciar o tratamento de uma doença em diversos médicos simultaneamente.

Clareza, verdade e disciplina  é bom pra todo mundo , ao contrário do que muita gente pensa, não é escravidão, é liberdade!

















FONTE UMBANDA ON LINE 


quarta-feira, 25 de junho de 2014

CAMPO MEDIÚNICO DO MÉDIUM





Todos sabem que um ser humano, uma planta, um mineral e muitos animais não racionais possuem uma aura que os envolve, protegendo-os do meio exterior. Assim como sabemos que esta aura também é refletora da energia interior dos corpos inanimados. Nos seres vivos, é a refletora dos sentimentos e dos padrões energo-magnéticos e está intimamente relacionada com o campo emocional.

O campo mediúnico inicia-se no corpo elementar básico e expande-se uniformemente ao redor dele por aproximadamente uns trinta centímetros, e até uns setenta, no máximo. Este campo mediúnico ou eletromagnético é comum a todos os seres humanos, independente de sua formação cultural ou religiosa. E aqui nos limitaremos só aos seres humanos.

O fato é que este campo eletromagnético tem sua sede no mental, que é a “coroa” ou chacra coronário, iniciando-se ao seu redor e derramando-se em torno do corpo elemental básico.

“Elemental” porque é elemento puro, e básico porque é o primeiro “corpo” que o ser humano teve formado num estágio virginal onde evoluiu.

O campo mediúnico abre-se para o plano espiritual e é através dele que são estabelecidas ligações magnéticas com o mundo espiritual.

Este campo interpenetra outras dimensões, mas não as sente ou é sentido por quem vive nelas. O mesmo acontece com os espíritos em relação ao plano material: atravessam paredes, corpos, etc., sem alterar suas estruturas espirituais ou as estruturas físicas dos objetos tocados por eles.

“No universo, tudo vibra e tudo é vibração.”

Logo, se tudo o que existe no plano material obedece ao padrão vibratório “atômico”, no plano espiritual o padrão vibratório é o “etérico”. “Etérico”, de éter ou energia sutilizada a níveis supra físicos.

Em cada padrão vibratório específico, tudo se nos mostra regido pelas mesmas leis que sustentam as formas no plano material: agregados energéticos que, por magnetismos específicos, dão formação às massas ou corpos físicos.

Na dimensão onde vivem os espíritos, um magnetismo semelhante ao existente no plano material também existe, e sustenta tudo o que nela possa existir. A única diferença está no relacionamento energético e na mudança do padrão vibratório, tanto dos seres quanto das formas, que são plasmadas a partir do éter.

Assim explicado, então saibam que todos nós temos um campo mediúnico que se abre para muitas dimensões da vida, e que as interpenetram, ainda que disto não nos apercebamos, pois nosso campo percepcional espiritual está graduado no mínimo para captar as vibrações exclusivas da dimensão humana e no máximo para captar vibrações espirituais.

Mas este campo mediúnico interpenetra as dimensões ígneas, aquáticas, terrosas, eólicas, mistas, cristalinas, minerais, vegetais, etc. se desenvolvermos conscientemente nosso rústico percepcional, então podemos captar as energias circulantes que existem nelas e nos chegam de forma sutil.
Este campo mediúnico que, à falta de palavras de melhor definição preferimos nominar de “campo eletromagnético”, é justamente a nossa tela refletora onde as ligações invisíveis costumam acontecer.

É neste campo pessoal dos seres humanos que se alojam focos vibratórios ou acúmulos energéticos que refletem na aura e a rompem, alcançando o corpo energético ou mesmo o físico, afetando a saúde. Se em um primeiro momento os padrões vibratórios são diferentes, no entanto, tudo o que nele se alojou vai pouco a pouco sendo induzido pelo nosso magnetismo a adequar-se ao nosso padrão pessoal. Aí começa a ser internalizado por magnetismo.

Isto é comum nos casos de obsessão espiritual, quando um ser não afim conosco aloja-se em nosso campo eletromagnético.

O padrão vibratório do intruso é outro, só passamos a ser incomodados quando ele adequa seu padrão ao nosso. Então suas vibrações mentais, conscientes ou não, interferem no nosso mental através de nosso emocional conduzindo-nos a desequilíbrios energéticos profundos.

Estas interferências, se muito duradouras ou intensas, costumam nos desequilibrar de tal forma que passamos a ter duas personalidades antagônicas num mesmo ser e um mesmo espaço mediúnico.

E, porque nosso corpo físico reage a estes estímulos vibrados pelo intruso alojado em nosso campo eletromagnético, então começamos a sentir desequilíbrios (dores) no próprio corpo físico.

São as doenças não diagnosticadas pelos médicos.

Os “passes” ministrados por médiuns magnetizadores e doadores de energias têm como função descarregar este campo dos acúmulos de energias negativas nele formados no decorrer do tempo.

É por isso que os passes magnéticos são fundamentais num tratamento espiritual, pois os mentores curadores precisam tem em seus pacientes este campo totalmente limpo, quando então começam a operar no corpo energético, onde realizam cirurgias corretivas ou desobstruidoras, chegando mesmo a retirarem “tumores” formados unicamente por energias negativas internalizadas pelo corpo energético.

Só depois de equilibrarem o campo eletromagnético e o corpo energético dos seres é que os mentores curadores atuam no corpo físico de seus pacientes encarnados, que a eles recorrem pois realizam curas maravilhosas onde a limitada medicina falha.

É fundamental que saibam disso pois só assim entenderão o porquê dos passes realizados em todos os centros espíritas ou de Umbanda: é para realizar a limpeza dos campos mediúnicos de seus frequentadores.

Só que, enquanto nos centros espíritas usa-se o passe magnético, nos centros de Umbanda também se recorre aos passes mágicos energéticos, quando são usados diversos materiais ( fumo, água, ervas, pedras ou colares, etc.) que descarregam os acúmulos negativos alojados nesses campos eletromagnéticos.

O uso de guias ou colares pelos médiuns tem esta função durante os trabalhos práticos: as energias que vão sendo captadas, vão se condensando (agregando) às guias e não são absorvidas pelos seus corpos energéticos, não os sobrecarregando e não os desarmonizando durante os trabalhos espirituais.
Ervas e fumo, quando potencializadas com energias etéreas pelos mentores, também se tornam poderosos limpadores de campos eletromagnéticos.

Enfim, existe toda uma ciência por trás de tais procedimentos dos espíritos que atuam no Ritual de Umbanda Sagrada.













JORNAL DA UMBANDA

TEXTO DE RUBENS SARACENI

segunda-feira, 23 de junho de 2014

PAI VELHO




A figura do Preto-Velho é um símbolo magnífico. Ela representa o espírito de humildade, de serenidade e de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos evoluir espiritualmente.

Certa vez, em um centro do interior de Minas-Gerais, uma senhora consultando-se com um Preto-Velho comentou que ficava muito triste ao ver no terreiro pessoas unicamente interessadas em resolver seus problemas particulares de cunho material, usando os trabalhos de Umbanda sem pensar no próximo e só retornavam ao terreiro quando estavam com outros problemas.

O Preto-Velho deu uma baforada com seu cachimbo e respondeu tranquilamente:

“Sabe filha, essas pessoas preocupadas consigo próprias, são escravas do egoísmo. Procuramos ajudá-las, resolvendo seus problemas, mas, aquelas que podem ser aproveitadas, depois de algum tempo, sem que percebam, estarão vestidas de roupa branca, descalças, fazendo parte do terreiro. Muita pessoa vem aqui buscar lã e saem tosquiadas, acabam nos ajudando nos trabalhos de caridade”. Essa é a sabedoria dos Pretos-Velhos!

Os Pretos-Velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram aprender e encontrar uma fé. Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados. Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo, o respeito a si mesmo, a força de vontade para encarar o ciclo da reencarnação pode aliviar os sofrimentos do karma e elevar o espírito para a luz divina, fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas procurando suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do dharma e da causa e efeito.

Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente. Se a pessoa se fortalece, e cresce, consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos.

Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero, enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo como encare seu destino e os acontecimentos de sua vida.


Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade. Mas, se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria verá que deveis tomar consciência do que foi teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não seja egoísta, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. “Porque só no amor, na caridade e na fé, é que tu podes encontrar o teu caminho interior, a luz, e DEUS”. 


















Pai Cipriano

sábado, 21 de junho de 2014

INVISÍVEIS , MAIS NÃO AUSENTES





Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris.
Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação.
O genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte.
Um deles fala exatamente do homem e da imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras:


"A morte não é o fim de tudo.
Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.
Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto.
Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
Eu sou uma alma.
Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser.
O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro.
O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra.
Coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem.
O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade.
Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo.
De que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.
É por demais pesado para esta terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível.
O mundo do luminoso é o que não vemos.
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta.
A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
Na morte o homem fica sendo imortal.
A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação.
Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz.
Aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito”.
                                                 VITOR HUGO




Muitos consideram que o falecimento de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se nem consumir-se, mas libertar-se.

Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assuma o compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual.

Prossegue em sua jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que lhe competem.

Pois elas serão valiosas, quando você fizer a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade.


A morte de Dimas no processo de desencarnação























ESPIRITUALIZANDOCOMAUMBANDA

sexta-feira, 20 de junho de 2014

MORRER VIVENDO



“Aprender a viver e a morrer, essa é a grande missão que cada homem deve ser capaz de cumprir, na mais profunda solidão.

As flores, as árvores, os animais, os homens e mesmo as estrelas nascem, vivem e morrem. Apenas nós, os homens, deixamo-nos atormentar por esse mar misterioso onde deságuam todos os rios da vida.

Dois mil anos atrás, Lucio Aneu Sêneca nos ensinou: “Deve-se aprender a viver por toda a vida e, por mais que tu talvez te espantes, a vida toda é um aprender a morrer”.

Aprender a viver e a morrer, essa é a grande missão que cada homem deve ser capaz de cumprir, na mais profunda solidão, exatamente naquela solidão insuperável que nos torna únicos.

Vida e morte, dentro de cada um de nós. Todo o tempo, nascem e morrem ilusões, sentimentos, descobertas, crenças, agonias. Impossível vida interior sem morte interior.

Viver é morrer. Morrer, todos os dias um pouco, é viver. Essa infindável sucessão dialética de morte e vida, sempre presente dentro de nós, alarga nossa compreensão da vida e de seu fim.

Aquele que não se desencanta é porque nunca se encantou. O conhecido morre diante do desconhecido. O canto dos pássaros mata o silêncio. O saber é a morte da ignorância. Im­­­pos­­­sível viver a magia sem deixar de viver o real.

Sem paixão, sem vontade, para que serve a razão? Nossos desequilíbrios são sempre provocados pela morte temporária de uma dessas três senhoras.
A noite, o sono e o descanso são uma espécie de morte diária, assim como o dia e o despertar anunciam o fim do repouso.

Alguém já disse: “Não se vive sem respirar, mas não se vive apenas para respirar”. Viver como as plantas ou os animais é pouco.

O humano é exatamente aquilo que escapa das leis da Física, da Química, da Biologia e mesmo da Economia. O humano é a consciência do universo que nasce, cresce, vive e ao silêncio do mistério retorna.

É triste o espetáculo encenado pelos mortos-vivos (zumbis?), incapazes de sonhar e dar vida ao humano por medo da morte.

Não sabem os tolos, que imaginam se preservar, que é impossível a vida sem a morte, que o medo em excesso impossibilita o pleno viver.

Unir o sentir, o pensar e o fazer. Amar as grandes perguntas é grande prazer para o homem, mas se constitui em verdadeiro tormento para os homens zumbis. Burocratas do impossível de ser normatizado, oportunistas sem ideal. Respiram para viver e tristemente vivem para respirar.

João Guimarães Rosa descreve muito bem o homem de alma pequena: “Ali tinha carrapato...que é que chupavam, para seu miudinho viver?”.

Fernando Pessoa mostra o caminho para a autoconstrução do humano: “Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu”.

Morte ou vida, em vida! Opção de cada um?

Para os que ousam escalar a montanha, o horizonte é o prêmio. Do alto se pode ver mais longe, observar a planície, respirar o ar puro, aceitar e compreender todas as mortes que suportam a vida e, finalmente, morrer com um sorriso nos lábios. Haverá prêmio maior?





















BLOG ESPIRITUALIZANDOCOMAUMBANDA

quarta-feira, 18 de junho de 2014

PERGUNTAS E RESPOSTAS - REENCARNAÇÃO 6




Os espíritos de uma mesma família foram invariavelmente inimigos em encarnações anteriores?

R: Não, necessariamente. A Lei de Deus aproxima desafetos e afetos. Os espíritos reencarnam em grupos afins, unidos pelos laços de amor, como também para fazerem-no onde não exista. Os inimigos reencarnam juntos para transformar o ódio em amor. Às vezes a inimizade aparece na mesma encarnação, sem que nada tenha ocorrido no passado.

Quando a gente sente que esteve num lugar antes, sem nunca ter de fato ali estado, isto se deu em outra encarnação?

R: Nem sempre. Tal sensação pode ocorrer sem que já estivéssemos naquele local. A imagem daquele local pode ter sido apreendida por outros meios. Sua fixação em nossa mente pode acarretar a sensação de já ter estado naquele local. Vivemos numa era em que a imagem é muito difundida pela mídia. Nem sempre registramos tais imagens de forma consciente. Quando se trata de outra encarnação a lembrança geralmente estará associada a alguma emoção, que transportamos a outra época.

O que é carma?

R: Carma, ou Karma, é uma palavra que, em sânscrito, significa ação. Tal ação reflete uma reação inerente a ela. Chama-se a isso lei de retorno, lei de causalidade ou lei de ação e reação. Toda atitude, física ou mental, gerará, pela lei do carma, uma reação em sentido contrário. Popularmente o termo é empregado com um sentido próprio, significando a existência de expiações a serem atravessadas pelo espírito.

Onde ficam os espíritos e a que são submetidos nos intervalos das reencarnações?


R: Cada espírito tem sua situação própria. Habitam o espaço espiritual de acordo com seu grau de evolução. Formam núcleos, colônias, cidades e estâncias de trabalho. Essas instâncias psíquicas se situam ao redor dos mundos. Agrupam se de acordo com suas afinidades. No intervalo das encarnações se aprimoram para outra jornada num novo corpo.

















Novaes, Adenáuer Marcos Ferraz de
Reencarnação: processo educativo
Salvador: Fundação Lar Harmonia, 1997

segunda-feira, 16 de junho de 2014

PERGUNTAS E RESPOSTAS - REENCARNAÇÃO 5





Existe um número de vezes determinado para se encarnar?

R: Não. A quantidade de reencarnações do espírito varia em muito. Quando cessa o aprendizado que ele pode obter num planeta, passa a reencarnar em outro, até não mais precisar fazê-lo. Já será Espírito Puro. As reencarnações vão ocorrendo, inclusive, em mundos cujo corpo físico se aproxima do períspirito em vibração. No nosso planeta a distância entre um e outro é muito grande. Para alcançar o estado de Espírito Puro não é necessário reencarnar em todos os mundos.

Necessariamente temos que pagar com a dor e o sofrimento as faltas do passado?

R: As "faltas" do passado não têm que ser pagas. Nós reencarnamos para aprender o que não sabemos. Somos devedores, se assim pode chamar-se, de nós mesmos. os erros do passado são fruto do desconhecimento que temos das Leis de Deus. Reencarna-se para aprender e não para pagar. As chamadas dívidas, contraídas no passado, são compromissos que assumimos pelo uso de nosso livre arbítrio. A dor surge quando o amor não é percebido. O sentir dor é relativo para cada espírito. Quanto mais evoluído o espírito, mais ele percebe a dor como o amor de Deus em ação.

Em que momento o espírito toma total controle sobre o novo corpo?

R: A ligação energética do espírito com seu novo corpo, no processo reencarnatório, inicia-se na fecundação, embora sua entrada nele pode dar-se até bem perto do parto. Cada encarnação é particular para o espírito. A entrada, diferente da ligação energética, no corpo, durante a gestação, pode ocorrer a qualquer momento. O controle total sobre o corpo dá-se após o nascimento. Tal processo, isto é, a reencarnação, se encerra próximo a puberdade.

Como é a reencarnação de um suicida?

R: Não é diferente da que se dá para os outros espíritos. Geralmente o suicida trás para a nova encarnação as marcas de sua atitude de agressão ao corpo físico do passado. Tais marcas aparecerão no novo corpo, que se forma trazendo as agressões havidas no anterior, para a educação do reencarnante.

Como o espírito atua no processo de formação do corpo?

R: No processo reencarnatório, o perispírito do reencarnante transfere para o novo corpo, via cromossomos, as características próprias não herdadas. Os espíritos mais adiantados acompanham diretamente todo o processo. Desde a manutenção, ou não, de caracteres hereditários, até a transferências de características novas, necessárias ao seu processo educativo. Para tal atuação concorrem espíritos, amigos do reencarnante.

















 Novaes, Adenáuer Marcos Ferraz de
Reencarnação: processo educativo
Salvador: Fundação Lar Harmonia, 1997