Existem muitas pessoas que
vêm perguntar aos guias sobre assuntos os mais variados: saúde, vida
sentimental, vida material e até mesmo vida espiritual.
Querem emprego, namorados,
dinheiro, posição.
Querem se livrar dos
inimigos, dos aborrecimentos; querem ganhar na loteria, saber do marido ou
mulher e com quem andam.
Querem que os guias dêem
respostas para qualquer pergunta por mais indiscreta e complicada que seja e
que, além disso, resolva rapidamente as situações mais escabrosas, os problemas
mais difícieis.
Nada disso é sério.
Consulta na Umbanda é
esclarecimento, conselho amigo e sábio dado por um guia de Luz e que enxerga
longe para ajudar a quem necessita, para caminhar na estrada difícil da escola
da vida.
Para guiá-lo para a luz.
O médium que dá consultas,
quando incorporado com seus guias, assume uma grande responsabilidade para com
a pessoa atendida.
Essa tem, habitualmente,
propensão para acreditar cegamente em tudo o que ouve do médium incorporado.
Uma palavra leviana pode
ter consequências gravíssimas e irremediáveis, pode levar a erros e injustiças,
pode afastar o consulente do caminho da luz, pode provocar dramas.
Alguns assuntos são
espinhosos, saúde por exemplo: médium não é médico, logo não tem direito de
diagnosticar nem receitar remédio de farmácia.
Os Guias verificam se a
doença é de origem espiritual ou material e, então, aconselham o paciente,
porém, sem ter a pretensão de substituir o médico da Terra. Só Ela pode fazer
algo.
Alguns guias receitam
banhos de ervas ou chás.
Para estes últimos é
preciso muito cuidado e o médium responsável deve conhecer bem as ervas
receitadas para evitar possíveis aborrecimentos ou acidentes.
Em todos os casos, temos
que encarar os seguintes fatos:
os guias, por mais
esclarecidos e evoluídos que sejam, não são infalíveis nem dotados do
conhecimento integral de tudo que acontece no Universo.
O saber de cada guia é
fator de sua evolução.
Os guias podem ignorar ou
não ter licença para dizer certas coisas.
Ora, uma Entidade de luz é
disciplinada e prefere calar-se a dizer o que não deve.
No que se trata de bens
materiais, o assunto é complexo, a maioria dos guias prefere ajudar sem falar,
por vários motivos:
A pessoa está na Terra
para aprender uma lição de vida – a mãe pode ajudar o filho e explicar o dever
de casa, mas não pode fazê-lo.
A pessoa tem que lutar
para conseguir o que deseja e ela tem um carma a pagar.
Numa prova cármica, em
regra geral, ninguém pode interferir.
Muitas vezes o pedido
formulado é altamente prejudicial à evolução espiritual do consulente, ou à sua
felicidade material futura.
Os guias preferem ouvir os
pedidos em silêncio para poder agir em seguida da melhor forma.
Não devemos esquecer que o
guia não é oniciente.
Ele corre gira para ficar
ciente de todas as circunstâncias.
Ele também não é
todo-poderoso.
Só pode dar com licença do
Alto e conforme o merecimento de cada um.
Há pedidos sobre o futuro
aos quais nem sempre o guia pode responder, o futuro é aleatório e seu
conhecimento não é aberto a todos.
Estamos lançados numa
trajetória porém temos livre-arbítrio e podemos nos desviar dela.
Algumas perguntas não
passam de fofocas e os guias não tem tempo a perder com este gênero.
A parte espiritual é que
justifica a existência das consultas.
Um guia que está dando
passe não precisa conversar para saber do que é que a pessoa necessita; nem
precisa colocar seu médium a par dos problemas que a afligem.
Ele vai ajudar no que for
possível.
A utilidade da consulta
vem da necessidade que as pessoas têm de contar seus problemas a um amigo
discreto, compreensivo e que pode lhe dar bons conselhos, esclarecendo dúvidas,
ajudando de fato, explicando, encorajando, consolando.
As pessoas precisam de um
ouvido atento, de um amparo afetivo.
Necessitam poder se abrir
sem constrangimento.
Tudo isso elas encontram
na figura amiga dos guias.
O médium deve vivenciar a
síntese da Sabedoria:
1. FÉ - no Poder Eterno da
Vida;
2. ESPERANÇA - de atingir a
perfeição;
3. CARIDADE - para retribuir
a Misericórdia do Alto;
4. PAZ - para sentir a
Harmonia da Lei que rege os Espaços;
5. AMOR - para com todos os
seres e para com todas as forças da Natureza;
6. SABEDORIA - como
humildade, reconhecendo que somente Deus é possuidor da Sabedoria Divina;
7. CRISTO - como presença
íntima em nosso coração;
8. COMPREENSÃO – por saber
que os seres atuam em planos diferentes de entendimento;
9. SERVIÇO – reconhecendo
de que deve colocar-se como servo do Mestre e nunca como senhor;
10. VIGILÂNCIA – observação
das falhas que lhe são próprias, antes da constatação dos erros alheios;
11. HUMILDADE – todas as
tarefas são importantes e feitas para Aquele que é maior do que todos os companheiros;
12. DAR – sem pensar em
receber, agradecendo.
Por: Aurea Oliveira
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