sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

LIDANDO COM AS SITUAÇÕES DA VIDA




A vida sempre nos apresenta situações parecidas com a história dos três porquinhos, onde um lobo mau (os problemas, os negativismos, os antagonismos), bate, bufa e assopra à nossa porta.
Muitos de nós, como dois dos porquinhos da história citada, edificam suas construções emocionais e seus alicerces de fé em terreno e com materiais instáveis, edificando seus íntimos e suas fortalezas pessoais com sucatas, com dejetos, com tabuas de sobras de não tão convictas memórias.
De cada três porquinhos (nós, pessoas) um pelo menos consegue edificar sobre alicerces sólidos usando materiais de inexpugnável fortaleza e, não bastando ter tido sua proteção garantida, ainda se prepara para quando os outros que não estão preocupados com isso o buscam como ajuda, e abre suas portas e os protege dos lobos.
Seria isso a única mensagem oculta numa fábula dessas?
É mais profunda, pois quem alicerçou mal sua casa, não o fez por desconhecer as consequências, mas sim por preguiça de conhecer os materiais que a compõe.
Os alicerces racionais, morais e emocionais de um ser, aliados à sua busca pela compreensão da fé e religiosidade, têm em seus mais internos princípios o conhecimento de suas limitações, experiências e aprendizados nessa terra.
Aquele que alicerça melhor o seu castelo interior e suas defesas internas é quem consegue amparar aqueles que o “lobo mau” bateu em suas portas, pois se as trevas os perseguem, a luz os ampara.
Voltar-se para Deus e estudar a religião com dedicação é voltar-se para edificar um bom castelo. E embora pareçamos solitários, pois as outras “moradias” são mais simples de fazer que a nossa, que parece estar sempre sendo construída, no entanto ela tem uma parede construída com a argamassa da fé, os tijolos do conhecimento e o revestimento do amor, sempre resistem mais às intempéries da vida.
Não temos que encarar as pessoas seguidoras de outras crenças como adversários, pois todo antagonismo deve ser encerrado com a prática do Perdão, Amor e Caridade, mas para aqueles
que somente preocupam-se com as coisas mundanas da terra, o que é belo, sagrado e divino lhes escapa por vezes à percepção nos seus momentos de distração terrena.
Se o umbandista é aquele que edifica, e constrói sobre firmes alicerces, ele acolhe a todos em suas firmes muralhas de fé sem olhar a quem recebe sob seu teto. Ou não é verdade que nas assistências dos Templos de Umbanda temos uma quantidade gigantesca de pessoas que nos buscam como pronto socorro, ou só para se protegerem do “lobo mau”. E nem sequer sabem direito o que é uma Religião tão rica como a nossa!
Assim, solidários, abrimos nossa casa interna e acolhemos as pessoas que necessitam de amparo e proteção espiritual. E se algumas ficam nela outras seguem suas vidas depois que o “lobo mau” passou e esta longe.

Não temos sequer o direito de cair ou fraquejar, pois muitos dependem de nós. O nosso exemplo, quando firme, prova que nossa “casa”, é sem dúvida a mais firme e, pelo exemplo, os outros passam a melhorar as suas próprias “moradas”, bastando cada um se permitir mudar.









Por: Nelson Junior
Jornalnacionaldaumbanda.com.br 


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