sexta-feira, 5 de setembro de 2014

DO OUTRO LADO DA RUA





Durante a existência inteira morou em frente a uma Tenda de Umbanda... Pelos anos a fora observou o movimento de gente que entrava e saía – dirigentes, colaboradores, simpatizantes, aprendizes, doentes, pobres e ricos...

Nas noites quentes de verão, sentado em confortável poltrona, na ampla varanda, ouvia ao longe os cânticos, as preces a palavra vibrante do Presidente, impressionando-se com a lógica dos princípios umbandistas na definição dos problemas humanos... Chegara a proclamar-se adepto da Religião dos Caboclos e Pretos-Velhos! E aquela gente que ali cooperava! Que dedicação! Quanto desprendimento! Em qualquer tempo, com chuva ou frio, sucediam-se as equipes de trabalhadores no socorro aos necessitados. Mas nunca se decidiu a atravessar a rua, perdendo preciosas oportunidades de serviço e edificação...

Umbandista: É preciso atravessar a rua!... Não nos acomodemos na poltrona da indiferença, a ouvir de longe os apelos da Espiritualidade!... No Templo Umbandista está o nosso ensejo maior de participação como aprendizes e colaboradores. Fortalecê-lo com a nossa presença! Engrandecê-lo com o nosso trabalho! Sublimá-lo com a nossa dedicação! - eis as metas intransferíveis, se aspiramos um futuro de bênçãos! Façamos da Cabana Espírita a nossa escola, a nossa oficina, o nosso templo, para que nunca tenhamos que ver nela o hospital, atormentados por males e frustrações que afligem os que não atravessaram a rua!

Umbandista: Atravesse a rua!


Umbandista: Participe!


















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