quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O QUE REPRESENTA A UMBANDA NA VIDA DAS PESSOAS ?





Umbanda sempre me leva a grandes reflexões e a um turbilhão de sentimentos. Algumas indagações e sentidos sempre rondam meus pensamentos, assim como, acredito, o de muitas outras pessoas.

O que representa a Umbanda na vida das pessoas?
Será que a Umbanda representa Desejos, Necessidades, Trocas ou O querer a qualquer custo?
Será que representa somente incorporar ou ‘meu Guia sabe tudo’?
Será que representa a inconsciência mediúnica caracterizando o médium como uma marionete? Ou, pior, um ser sem possibilidade, força e equilíbrio mental e espiritual para controlar seus impulsos, vícios e vaidades, além de não sustentar a ação de uma Força Superior dominando suas ações?

E como será que a Umbanda está sendo praticada?
Será que a Umbanda está sendo praticada somente no dia de gira?
 Aliás, abençoada a casa que hoje, depois de anos, abre seus trabalhos regularmente e semanalmente ensinando e doutrinando seus médiuns e consulentes, deixando de lado a preguiça e o estímulo aos milagres.

Será que, ainda hoje, a Lei de Salva é praticada na Umbanda?
 Será que ainda temos médiuns e dirigentes afirmando que um trabalho espiritual é um ‘ Trabalho’, portanto deve ser cobrado? Será que a política deve ser estimulada dentro da religião como sendo imprescindível para sermos respeitados e como a salvação de nossos direitos?

São tantos ‘serás’ que chego à conclusão de que falta muito para nos considerarmos verdadeiramente umbandistas, afinal a Umbanda vem sendo tão mal trabalhada, praticada e entendida que muito me entristece.
Muitos já não sabem ‘o que é’ e ‘o que não é’ Umbanda, ninguém mais sabe ‘o que está certo’ e ‘o que está errado’ dentro da liturgia umbandista e da religião, não se tem mais uma ‘Linha’ a seguir, as ‘invenções’ e ‘criações’ não param de surgir e são, muitas vezes, totalmente desnecessárias, chegando à beira do ridículo.

É inacreditável, mas muitos ainda não sabem que a Umbanda é uma Religião e muito menos conhecem sobre sua doutrina, ritos, rituais e cultura, não sabem argumentar, explicar, defender a sua própria crença, não sabem diferenciar Umbanda de Candomblé ou Quimbanda e outros ainda a tratam como espiritismo ou Umbanda Branca como se houvesse Umbanda Preta, Vermelha, Azul…

E o modo de ver é que: ‘se incorporou, então é Umbanda’ ou ainda, ‘para soluções rápidas e milagrosas, vá à Umbanda’, consequentemente ela é tratada como fenômeno mediúnico apenas, como momento de êxtase ou pronto-socorro.

Estão esquecendo como surgiu a Nossa Religião e para que veio, estão esquecendo as palavras do querido Caboclo das Sete Encruzilhadas dizendo que a Umbanda seria uma religião sem preconceitos e que a humildade seria o prisma da Umbanda, que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos encarnados e desencarnados.

Estão esquecendo os avisos do Caboclo : “a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; da médium mulher é o consulente homem”.

E complementa: “É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar”.

Estão esquecendo que a Umbanda como Religião veio sustentada pelo Astral Superior para nos levar a um autoconhecimento, a uma interiorização e evolução espiritual, conhecendo nossos desequilíbrios e modificando-os, ou seja, uma religião que exige a tão conhecida, porém tão pouco praticada REFORMA ÍNTIMA.

A Umbanda é uma religião tão Divina e significativa que é a única religião que necessita do HOMEM e de seu ÍNTIMO como sendo o centro de tudo, ou seja, se o médium for Bom, sua Umbanda será Boa e Bem praticada, porém se o médium for vaidoso, só pensar em dinheiro, ostentar o poder, a vaidade e a ignorância, a Umbanda refletirá esses aspectos e, infelizmente, é isso que vemos hoje dentro da Umbanda. Percebam que a vida particular de um padre, por exemplo, não reflete em sua religião ou no momento em que está realizando a missa, o mesmo acontece com outras religiões.

Portanto, vale a pena refletir: será que aquele médium que briga durante a semana inteira, reclama, xinga e fala mal de todos e tudo constantemente, bebe, se droga, ostenta o poder, trapaceia, usa o sexo de forma infiel e excessiva, tem a capacidade ou a afinidade de, no dia da gira, incorporar uma Entidade de padrão vibracional elevado? Claro que não! Portanto se quisermos ter uma Boa Umbanda temos que ser Bons médiuns, temos que praticar a religiosidade e a reforma íntima todos os dias da semana.

Percebam como a Umbanda é extremamente Poderosa e Divina! Ela é a única que envolve todas as outras religiões e doutrinas, ela é a única que aceita e alcança qualquer espírito, ela é a única que proporciona a verdadeira evolução do espírito, é a possibilidade de se resgatar as dívidas do passado, ela é a única que proporciona o “Fazer de novo Fazendo Diferente” e quando conseguimos isso rasgamos nossas promissórias do passado e o mais divino é que proporcionamos isso também aos Guias Espirituais, pois quando os intermediamos damos a oportunidade deles também resgatarem seus carmas e praticarem a sua evolução.

Umbanda é sentir o coração bater forte com o grito do Caboclo.

É deixar as lágrimas rolarem aos pés do Preto-velho.


Umbanda é emoção, é vida, é mudança de atitude e de valores.

Umbanda é Paz de espírito, é Liberdade, Superação e Convicção.

Umbanda é Fazer de novo fazendo Diferente.

Umbanda é caridade pura e simples.

Umbanda é coisa séria, para gente séria!













Por: Fraternidade Espírita Monsenhor Horta
Fonte:  Templo Espiritualista do Cruzeiro da Luz

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O PESO DA NOSSA CRUZ


Independentemente da nossa religião ou da nossa crença, ou mesmo da ausência delas! 
Por vezes achamos a nossa cruz muito pesada, mas talvez exista  um motivo.… faz-nos pensar!!!






























Há sempre uma razão para o peso da cruz, que cada um de nós carrega...

Se deseja aliviar o peso da sua Cruz, pratique a caridade e o Bem, verá que se sentirá melhor e mais leve, pois ajudando o seu próximo a ser feliz, será com certeza também, uma pessoa mais feliz!!!!!














Fonte umbandaaxe.blogspot




OS SONHOS , NO ESPIRITISMO E NA PSICANÁLISE





Durante centenas de anos os sonhos foram encarados como portadores de vaticínios transmitidos por deuses ou forças superiores, e que, de alguma forma, poderiam ser interpretados, respondendo a necessidades imediatas de indivíduos ou grupos. Na filosofia, chegou a ser aceito como resultado da elevação da alma ou do desprendimento do espírito das amarras do corpo promovido pelo sono. Na ciência ocidental, a medicina cartesiana tentou reduzi-lo a manifestação inútil de grupos isolados de células do cérebro adormecido respondendo a estímulos externos casuais.

A psicanálise, apesar de confessadamente mecanicista, recuperou o sentido e o potencial significante dos sonhos, tornando-os passíveis de interpretação e conhecimento, o que, aliás, nunca fora renegado pela crença popular. Mas, manteve uma redução conceitual: sonhos são realizações de desejos.

O Espiritismo, com meio século de antecedência em relação à psicanálise, trouxe a primeira teoria realmente científica sobre o sonho. E, também, a mais completa, pois o admite como sendo desde uma simples manifestação puramente cerebral, passando pela identificação do sonho como realização do desejo e, ampliando sobremaneira o conceito, quando identifica o desprendimento do espírito e suas atividades extra-corpóreas como constituindo matéria dos sonhos.

Freud chegou muito perto disso, mas o enorme preconceito que ele e seus contemporâneos nutriam pelo ocultismo o impediu de ir além. É importante observar que em seu tempo, tanto quanto hoje em dia na Europa, o Espiritismo é apenas mais uma repartição na grande estante do ocultismo. Então, como hoje, os europeus empregavam amiúde o termo ocultismo como sinônimo de espiritismo. Freud declarou o ocultismo como inimigo da psicanálise! Ele relaciona a perda de valores pela guerra (1914/18) e a troca do paradigma mecanicista pelo relativista como facilitadores da expansão do ocultismo. (Exatamente os mesmo fatores que alguns antropólogos modernos relacionam como responsáveis pelo declínio do Espiritismo). Reconhece que há um parentesco aparente entre psicanálise e ocultismo – o inconsciente e seus mistérios, bem como o fato de a psicanálise ser encarada como "mística" – mas, diz, o ocultista não procura o conhecimento: ele é um crente buscando confirmação. Pode ser que o analista encontre confirmação para alguns fatos "ocultos", mas o ocultista irá generalizar e proclamar o triunfo de suas opiniões. Por isso mesmo, segundo ele, "a aceitação geral do ocultismo provocaria um colapso do pensamento crítico, dos padrões deterministas e da ciência mecanicista". Ele não deixa de ter razão, uma vez que a aceitação geral do Espiritismo provocará sim um colapso, não só na ciência, mas, também, na economia, na política, na sociedade enfim, pela substituição de paradigmas: o lucro, pelo desapego.

Quanto aos sonhos, ele reconhece que podem ser confundidos com "fantasias noturnas sem acréscimos", "repetição de experiências reais do dia" e com "sonhos telepáticos". Sua descrição destes últimos os deixa iguaizinhos aos sonhos espíritas, porém, ele os considera "uma percepção de algo externo perante o qual a mente permanece passiva e receptiva". Mas ele prefere denominar tudo isto de "outros produtos mentais do estado de sono" e, não, como "sonhos". Sonhos, dignos deste nome, seriam apenas quando há condensação, deformação, dramatização e, acima de tudo, realização de desejo.

Leon Denis divide os sonhos em três categorias:

"Primeiramente, o sonho ordinário, puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais". A segunda categoria equivale ao "primeiro grau de desprendimento do Espírito", quando este "flutua na atmosfera, sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens que de todos os lados rolam pelo espaço". "Por último vêm os sonhos profundos, ou sonhos etéreos. O Espírito se subtrai à vida física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da Terra e a imensidade..." Mas o grande escritor espírita não observou, ao contrário do que está em "O Livro dos Espíritos", a categoria que mais impressionou Freud, justamente por fornecer maior quantidade de material para as análises.

Na questão 405 de "O Livro dos Espíritos", Kardec pergunta sobre as coisas que parecem pressentimentos, nos sonhos, mas que não se confirmam, e a resposta é que "o Espírito viu aquilo que ele DESEJAVA..." E, mais: "as preocupações do estado de vigília podem dar ao que se VÊ a aparência do que se DESEJA, ou do que se teme". Na questão 406, Kardec aborda o fato de sonharmos com pessoas que conhecemos cometendo atos de que elas não cogitam, e os Espíritos voltam à questão do desejo: "não é raro atribuirdes, de acordo com o que DESEJAIS, a pessoas que conheceis, o que se deu ou se está dando em outras existências". Os Espíritos não precisavam dizer mais do que isto. Não competia a eles ou a Kardec aprofundarem-se mais nesse caminho, uma vez que o interesse espírita estava sobre os "sonhos profundos". Mas, quem limitou ou reduziu a conceituação de sonhos foi Sigmund Freud.















Por João Alberto Vendrani Donha
Fontes:
"O Livro dos Espíritos"; Allan Kardec; FEB.
"No Invisível"; Leon Denis; FEB.
"Psicanálise e Telepatia" e "Sonhos e Telepatia"; Sigmund Freud; Edição Standard Brasileira; Volume XVIII.
"Sobre os Sonhos"; 

domingo, 27 de janeiro de 2013

SABEMOS O QUE É PERDÃO ?





Ao se falar em perdão, é comum nos remetermos quase de imediato a uma leitura religiosa, ou seja, o perdão sendo visto como unilateral, entendido como algo que doamos a alguém, um ato de desprendimento, generosidade e bondade com o outro, mas é mais do que isso...

Quando estamos magoados e feridos, os sentimentos mais presentes são a tristeza, a decepção e a raiva. Neste momento é difícil se pensar em perdão.
Primeiro, há o momento de viver a própria dor, senti-la para depois resolvê-la. Muitos tentam pular essa fase inevitável e como consequência apenas prorrogam seus próprios sofrimentos.

A raiva é o mais primário dos sentimentos, pois é gerada pela frustração e pelo sentimento de impotência.

Dela nasce o desejo de vingança como uma tentativa de diminuir a própria dor, mas a vingança é um sentimento traiçoeiro, pois se alia ao seu adversário no momento em que sua vida passa a ser apenas um instrumento com o objetivo de atingir ou prejudicar aquele que lhe feriu. Facilmente a vingança se torna seu senhor, e você, seu escravo.

Trata-se de um circulo vicioso e aparentemente sem fim.

Também não podemos esquecer que algumas pessoas são muito mais susceptíveis às mágoas e melindres que outras e possuem limites diferentes, variando de acordo com sua personalidade, capacidade de percepção, capacidade de tolerar frustrações, entendimento de mundo, sensibilidade, ou seja, de acordo com sua saúde emocional.

Se uma mesma vivência é sentida, percebida e compreendida de formas diferentes até mesmo entre irmãos consanguíneos, que supostamente foram criados sob as mesmas variáveis, o que dizer entre pessoas que possuem crivos diferentes?

Desde o nascimento, somos seres carentes de relacionamentos e o ser humano precisa se relacionar para se desenvolver emocionalmente.

A família é o berço do desenvolvimento emocional, podemos dizer que é nosso núcleo social, pois é através dela que recebemos essa carga de crenças, entendimentos e leituras sobre o mundo.

Nossas relações passam pelo crivo dessas crenças, pela forma de entender o mundo que nos cerca e de nos perceber enquanto pessoas, nossos direitos e responsabilidades.

Cabe a nós, em nossa jornada da vida, acessar nossas fontes de saúde, que são nossa criatividade e espontaneidade. Elas nos ajudarão a tentar o novo, a perdoar, a reconstruir, a olhar de outra forma a mesma questão e a nos fortalecer, nos impulsionando para novos rumos e experiências.

Relacionar-se é fácil quando encontramos pessoas que pensam e percebem o mundo como nós, ou seja, utilizam o mesmo foco para avaliar os acontecimentos, mas a grande questão é quando nos deparamos com pessoas que possuem outros parâmetros e valores.

Neste caso, para que a relação seja possível, é necessária uma carga a mais de respeito ao outro, às suas idéias, ao seu ponto de vista e, obviamente, de respeito pessoal.

Num processo de autoconhecimento nossa leitura é feita a partir de um entendimento racional e, como sabemos, toda ação gera uma reação.

Não nos tornamos vítimas nem tão pouco vilões, apenas humanos conscientes dos reflexos de nossas atitudes.

ENTÃO O QUE É PERDOAR ?

Perdoar é realmente um ato de amor, mas, não apenas amor ao outro, mas também, amor a si próprio. É assumir a responsabilidade sobre os próprios atos e desejos, é perceber-se na dimensão do humano e como tal entender a sua significância.

Perdoar é amadurecer emocionalmente, é aprender que somos falíveis e imperfeitos, tal qual o outro com quem nos relacionamos e essa é a genialidade do ser humano.

Não existem os certos e os errados, existe o olhar a partir de um ponto de vista e cada um tem o seu.

Portanto, não existe a verdade absoluta, e sim existem varias verdades a partir de realidades diferentes. O parâmetro é o respeito, o sentimento de fraternidade, a ética e o amor.












Por Alexandre Yamazaki

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CONVITE PARA CONSCIÊNCIA




  
Existem muitos caminhos que nos conduzem a evolução, alguns são mais longos ou  sinuosos, outros mais diretos... A Umbanda é um desses caminhos que possui um código para ser decifrado por aqueles que recebem seu chamado.

Esse código é um portal que direciona a pessoa a sublimar sua sensibilidade astral e contatar seres espirituais altamente evoluídos, que utilizam a mística da Umbanda para executarem seu trabalho de saneamento astral e direcionamento de almas.

Por detrás de entidades como: pretos-velhos, caboclos ou crianças, estão espíritos de alta envergadura espiritual e conhecimento. Espíritos esses que manipulam as forças naturais e possuem as chaves que controlam os portais dos mundos.

Ora, isso que falamos não é um sonho, nossa ciência já procura as dimensões paralelas e as chaves para viajar no tempo-espaço... A Tradição esotérica já revelou ao mundo há milênios que, o homem possui outros corpos, corpos esses mais sutis que o físico, resumidos em três grupos que chamam de: organismo físico, organismo astral e organismo mental. Nossa consciência está atualmente presa ao organismo físico e quando nosso corpo morre ou conseguimos nos desprender dele temporariamente, nossa consciência passa para o organismo astral... Entenda que é justamente nesse plano de existência astral que diretamente atuam as entidades que citamos.

A partir dessa base simples, declaro que nossa missão é buscarmos nossas origens e ampliarmos nossa consciência sobre nossa natureza e sobre o mistério da vida.

Mas os amigos podem questionar: Que caminho é esse? Onde ele leva? Por que segui-lo?

Esse caminho de reencontro com nossa essência proposto pelas entidades que militam na Umbanda, é um caminho de evolução real pois, muito podemos conhecer sobre o mundo que vemos mas, sobre o nosso interior.... pouco ou nada sabemos !

Esse caminho nos conduz a vislumbrarmos nosso Ser com mais consciência, responsabilidade e com o material para que possamos nos aprimorar e encontrar a felicidade.

E esse é um bom caminho que lhes indico: sem exploração da fé, sem falsidades, sem dogmas, sem falsos profetas, sem ilusões, e começa com um convite para que experimente o contato com os verdadeiros mentores da Umbanda tentando ver o além das aparências e quem sabe recebam um sinal. Posso lhes adiantar que conduzido por uma entidade que milita na Umbanda, verificará que precisamos silenciar e abrandar nossos corações para iniciarmos a jornada nesse caminho de volta a origem.








WWW.caboclopery.com.br

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CARIDADE NA UMBANDA





É de uso da maioria dos Umbandistas a prerrogativa de praticarem a caridade, inclusive quem é da assistência também tem esse conceito firmado. 
Claro que por caridade entende-se que o atendimento (tratamento) feito na Umbanda é totalmente gratuito, isto é indiscutível.
O médium no seu dia de trabalho espiritual deixa de fazer suas atividades pessoais e troca pelo trabalho mediúnico. (para a maioria dos médiuns isso é caridade!)
Será que é caridade mesmo?
O indivíduo é portador de mediunidade, mas também na maioria de seu tempo realiza atividades , tais como trabalho, estudo, relacionamento conjugal, etc.
O campo mediúnico desse indivíduo vai se sobrecarregando durante a semana, e é justamente no dia do trabalho espiritual que ele irá se descarregar!
Na grande maioria dos dias que chegamos ao Terreiro, estamos cansados, com sono, pesados, mas ao desenrolar da Gira, tudo fica bem, os Guias chegam dão passe (orientações). 
O trabalho se encerra, a sensação de leveza é tão grande! Nossos pensamentos já são outros, estamos motivados pra mais uma semana. 
Será que nós médiuns de Umbanda praticamos a caridade ou somos os mais privilegiados que temos a oportunidade de poder entrar em contato mais diretamente com os Guias e Orixás?










Enviado por: Maurício Perine

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES





No terreiro a indumentária é a roupa branca.

Nada de decotes ou muito menos transparência. Isso também é pedido para quem vai ao terreiro se consultar. Para que a Umbanda seja respeitada… temos que respeitar os rituais do terreiro. Você vai de roupa decotada na igreja? No culto evangélico? No terreiro também tem que haver o respeito.

Outro dia soube de uma história mais ou menos assim: Uma mulher foi acompanhado dos seus dois filhos a um Templo de Umbanda . O caçula voltou do terreiro questionando o que o caboclo falou:

“- Mãe, o caboclo não falou nada. Falei do meu punho que dói e ele me disse para ir ao médico.”- meu filho ficou olhando pra mim com ar de interrogação. Como se quase ironizasse: “Fui pra até lá pra ouvir que preciso ir ao médico pra cuidar do punho?” Depois, ele até elogiou os passes do caboclo. E sentiu-se bem no ambiente. “

Agora por outro lado, vamos raciocinar. Quem nos ajuda de verdade é Deus.
Mas nós somos incrédulos. Queremos feitos excepcionais. Soluções mágicas. Sim, alguns guias tem o dom da palavra. Parecem até prever um pouco do futuro. Ensinam rituais, aconselham. Mas o verdadeiro papel do guia é mostrar o caminho e NÃO CAMINHAR PARA O PUPILO.

Quando você chega ao terreiro – já começa sendo ajudado. Chegue e fique em prece. Porque no terreiro além dos guias incorporados- outros ficam por lá moldando fluidos pra cura, tirando zombeteiros, limpando o ambiente.

Não existe pai velho fraco e nem terreiro fraco. Um terreiro pautado no Bem, na ordem, na disciplina, na Caridade desinteressada será sempre alicerçado por uma proteção espiritual.

Fico triste quando vejo que, na assistência, algumas pessoas conversam como se estivessem num barzinho. Outras riem, contam piadas.

Fique em prece. Pense somente coisas boas. Se você entrar lá sem fé, sem respeito, poderá até sair MAL ACOMPANHADO, porque semelhante atrai semelhante.

Para que a semente possa desabrochar linda e verde precisa de um terreno fecundo. Então para que os guias de umbanda possam lhe ajudar – esteja de coração aberto.

“Confie no auxílio espiritual para dar força a ele”.

Seja objetivo nas suas perguntas. Seja respeitoso com os demais que também esperam pra falar com os guias. Algumas pessoas falam, falam, falam, o pai velho escuta, mas sabe que nada dizem, muitos só sabem reclamar da vida, nunca estão bem, não reconhecem o bem que Deus já colocou em suas vidas…

Outra vez vi em uma outra casa de caridade, uma maravilhosa preta velha baixava e ouvia as pessoas. Mas havia uma senhora que falava “mais do que a boca.” Enquanto as pessoas esperavam , esperavam , ela desfiava seu rosário de fofocas: falava das brigas dos vizinhos, falava de coisas bobas e corriqueiras, falava , falava e falava…

A preta velha ouvia humildemente e, quando ia falar, a mulher interrompia.

Conclusão: essas pessoas podem ser aquelas que mais falarão mal do guia. Dizendo que é fraco, que nada falou…

A ajuda dos guias não termina no terreiro. Ela começa no terreiro. Mais tarde, ele poderá ir à sua casa, “correr gira”… isto é, saber o que está acontecendo para que possa lhe aconselhar com exatidão.

Poderá juntamente com outros guias – fazer uma limpeza astral na sua casa. Poderá ir até seu trabalho e ver o que está acontecendo.

Entendeu?

Mas não espere que ele faça – o que você tem que fazer….

Ajude o guia a lhe ajudar…

CONFIE, TRABALHE, PERSEVERE















segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CONSULTA É COISA SÉRIA






Existem muitas pessoas que vêm perguntar aos guias sobre assuntos os mais variados: saúde, vida sentimental, vida material e até mesmo vida espiritual.
Querem emprego, namorados, dinheiro, posição.
Querem se livrar dos inimigos, dos aborrecimentos; querem ganhar na loteria, saber do marido ou mulher e com quem andam.
Querem que os guias dêem respostas para qualquer pergunta por mais indiscreta e complicada que seja e que, além disso, resolva rapidamente as situações mais escabrosas, os problemas mais difícieis.
Nada disso é sério.
Consulta na Umbanda é esclarecimento, conselho amigo e sábio dado por um guia de Luz e que enxerga longe para ajudar a quem necessita, para caminhar na estrada difícil da escola da vida.
Para guiá-lo para a luz.
O médium que dá consultas, quando incorporado com seus guias, assume uma grande responsabilidade para com a pessoa atendida.
Essa tem, habitualmente, propensão para acreditar cegamente em tudo o que ouve do médium incorporado.
Uma palavra leviana pode ter consequências gravíssimas e irremediáveis, pode levar a erros e injustiças, pode afastar o consulente do caminho da luz, pode provocar dramas.
Alguns assuntos são espinhosos, saúde por exemplo: médium não é médico, logo não tem direito de diagnosticar nem receitar remédio de farmácia.
Os Guias verificam se a doença é de origem espiritual ou material e, então, aconselham o paciente, porém, sem ter a pretensão de substituir o médico da Terra. Só Ela pode fazer algo.
Alguns guias receitam banhos de ervas ou chás.
Para estes últimos é preciso muito cuidado e o médium responsável deve conhecer bem as ervas receitadas para evitar possíveis aborrecimentos ou acidentes.
Em todos os casos, temos que encarar os seguintes fatos:
os guias, por mais esclarecidos e evoluídos que sejam, não são infalíveis nem dotados do conhecimento integral de tudo que acontece no Universo.
O saber de cada guia é fator de sua evolução.
Os guias podem ignorar ou não ter licença para dizer certas coisas.
Ora, uma Entidade de luz é disciplinada e prefere calar-se a dizer o que não deve.
No que se trata de bens materiais, o assunto é complexo, a maioria dos guias prefere ajudar sem falar, por vários motivos:
A pessoa está na Terra para aprender uma lição de vida – a mãe pode ajudar o filho e explicar o dever de casa, mas não pode fazê-lo.
A pessoa tem que lutar para conseguir o que deseja e ela tem um carma a pagar.
Numa prova cármica, em regra geral, ninguém pode interferir.
Muitas vezes o pedido formulado é altamente prejudicial à evolução espiritual do consulente, ou à sua felicidade material futura.
Os guias preferem ouvir os pedidos em silêncio para poder agir em seguida da melhor forma.
Não devemos esquecer que o guia não é oniciente.
Ele corre gira para ficar ciente de todas as circunstâncias.
Ele também não é todo-poderoso.
Só pode dar com licença do Alto e conforme o merecimento de cada um.
Há pedidos sobre o futuro aos quais nem sempre o guia pode responder, o futuro é aleatório e seu conhecimento não é aberto a todos.
Estamos lançados numa trajetória porém temos livre-arbítrio e podemos nos desviar dela.
Algumas perguntas não passam de fofocas e os guias não tem tempo a perder com este gênero.
A parte espiritual é que justifica a existência das consultas.
Um guia que está dando passe não precisa conversar para saber do que é que a pessoa necessita; nem precisa colocar seu médium a par dos problemas que a afligem.
Ele vai ajudar no que for possível.
A utilidade da consulta vem da necessidade que as pessoas têm de contar seus problemas a um amigo discreto, compreensivo e que pode lhe dar bons conselhos, esclarecendo dúvidas, ajudando de fato, explicando, encorajando, consolando.
As pessoas precisam de um ouvido atento, de um amparo afetivo.
Necessitam poder se abrir sem constrangimento.
Tudo isso elas encontram na figura amiga dos guias.



O médium deve vivenciar a síntese da Sabedoria:

1. FÉ - no Poder Eterno da Vida;

2. ESPERANÇA - de atingir a perfeição;

3. CARIDADE -  para retribuir a Misericórdia do Alto;

4. PAZ - para sentir a Harmonia da Lei que rege os Espaços;

5. AMOR -  para com todos os seres e para com todas as forças da Natureza;

6. SABEDORIA - como humildade, reconhecendo que somente Deus é possuidor da Sabedoria Divina;

7. CRISTO - como presença íntima em nosso coração;

8. COMPREENSÃO – por saber que os seres atuam em planos diferentes de entendimento;

9. SERVIÇO – reconhecendo de que deve colocar-se como servo do Mestre e nunca como senhor;

10. VIGILÂNCIA – observação das falhas que lhe são próprias, antes da constatação dos erros alheios;

11. HUMILDADE – todas as tarefas são importantes e feitas para Aquele que é maior do que todos os companheiros;

12. DAR – sem pensar em receber, agradecendo.







Por: Aurea Oliveira

domingo, 20 de janeiro de 2013

SALVE OXÓSSI !





Na Umbanda, Oxóssi é um dos principais Orixás, responsável por uma Linha que abrange caboclos e caboclas no sentido estrito (índios que usam cocares) relacionadas a conselhos sobre cura física ou espiritual. Às vezes é personificado na figura do Caboclo, isto é, do índio, ostentando um cocar e portando arco e flecha. Sua cor é o verde.

Oxóssi manifesta-se, no plano físico, através da fauna e flora do planeta. É o pulmão do universo. Além de exercer domínio sobre todos os elementos da floresta, manipula os valores medicinais e mágicos das plantas, das quais se utiliza para efetuar limpeza vibratória, material e espiritual, dos que dele se socorrem. Domina a força vital cósmica existente na seiva das plantas, aproveitando-se de suas emanações fluídicas para banhos e defumações destinados a descarregar as energias nocivas e equilibrar as forças energéticas do homem.

Oxossi é o Orixá masculino responsável pela fundamental atividade da caça. Por isso, na África é também cultuado como Odé, que significa caçador. É tradicionalmente associado à Lua e, por conseguinte, à noite, melhor momento para a caça.

Comparece no plano emocional dos humanos com acentuada característica de afetividade, cooperação, companheirismo, certo grau de aventura e franca liberalidade. Seus "filhos de cabeça" dão ótimos artistas, seja qual for o segmento da arte escolhido, em virtude da latente sensibilidade e inteligência. No plano mental, descortinam inventos, sistemas e estilos engenhosos, admiráveis, de quase impossível enquadramento lógico ou sensata previsão de solução ou acabamento do problema, fruto de sua capacidade intuitiva.

As entidades que pertencem à sua falange apresentam-se como caboclos e caboclas. Possuem uma manifestação altiva e emitem vibrações fortes e firmes.

Sincretismo: São Sebastião

Oxóssi é a Natureza, especificamente nas matas e no reino animal. É o conhecedor das ervas e o grande curador. É a essência da nossa vida.
É o Caçador das Almas da Umbanda e como caçador procura arrebanhar Almas desgarradas para futuramente formar um só rebanho. É o Senhor da Doutrina, aquele que atinge o coração e a inteligência das Almas envoltas em suas vibrações.

Em caráter hierático, Oxossi lembra-nos o MÉDICO, DOUTRINADOR E PASTOR DAS ALMAS. Cura chagas, ensinando a substituição do ódio pelo amor, da luta pela trégua, da insubmissão pela submissão às Leis Divinas.

É o CAÇADOR DAS ALMAS, o orientador, aquela que mostra o caminho a ser seguido pela humanidade. Modificando inteligências e consciências, atuando na mente e no coração. Essa é a função hierática ou kármica de Oxossi.
Estes protetores atuam manipulando as ervas sagradas, liberando as mazelas que se assentam no corpo astral e mesmo as que se assentam no corpo físico, através das doenças. Liberam as energias mentais pesadas e grosseiras, ativando o intelecto de muitos Filhos de Fé. São mestres na Arte da Magia Vegetal, manipulando quantitativa e qualitativamente o prana acumulado nas ervas, quer sejam elas administradas em chás, banhos ou defumações.

Assim trabalha a Linha de Oxossi, incrementando o bem-estar astral e físico, livrando muitos Filhos de Fé do Desanimo e da Doença.





sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

LIDANDO COM AS SITUAÇÕES DA VIDA




A vida sempre nos apresenta situações parecidas com a história dos três porquinhos, onde um lobo mau (os problemas, os negativismos, os antagonismos), bate, bufa e assopra à nossa porta.
Muitos de nós, como dois dos porquinhos da história citada, edificam suas construções emocionais e seus alicerces de fé em terreno e com materiais instáveis, edificando seus íntimos e suas fortalezas pessoais com sucatas, com dejetos, com tabuas de sobras de não tão convictas memórias.
De cada três porquinhos (nós, pessoas) um pelo menos consegue edificar sobre alicerces sólidos usando materiais de inexpugnável fortaleza e, não bastando ter tido sua proteção garantida, ainda se prepara para quando os outros que não estão preocupados com isso o buscam como ajuda, e abre suas portas e os protege dos lobos.
Seria isso a única mensagem oculta numa fábula dessas?
É mais profunda, pois quem alicerçou mal sua casa, não o fez por desconhecer as consequências, mas sim por preguiça de conhecer os materiais que a compõe.
Os alicerces racionais, morais e emocionais de um ser, aliados à sua busca pela compreensão da fé e religiosidade, têm em seus mais internos princípios o conhecimento de suas limitações, experiências e aprendizados nessa terra.
Aquele que alicerça melhor o seu castelo interior e suas defesas internas é quem consegue amparar aqueles que o “lobo mau” bateu em suas portas, pois se as trevas os perseguem, a luz os ampara.
Voltar-se para Deus e estudar a religião com dedicação é voltar-se para edificar um bom castelo. E embora pareçamos solitários, pois as outras “moradias” são mais simples de fazer que a nossa, que parece estar sempre sendo construída, no entanto ela tem uma parede construída com a argamassa da fé, os tijolos do conhecimento e o revestimento do amor, sempre resistem mais às intempéries da vida.
Não temos que encarar as pessoas seguidoras de outras crenças como adversários, pois todo antagonismo deve ser encerrado com a prática do Perdão, Amor e Caridade, mas para aqueles
que somente preocupam-se com as coisas mundanas da terra, o que é belo, sagrado e divino lhes escapa por vezes à percepção nos seus momentos de distração terrena.
Se o umbandista é aquele que edifica, e constrói sobre firmes alicerces, ele acolhe a todos em suas firmes muralhas de fé sem olhar a quem recebe sob seu teto. Ou não é verdade que nas assistências dos Templos de Umbanda temos uma quantidade gigantesca de pessoas que nos buscam como pronto socorro, ou só para se protegerem do “lobo mau”. E nem sequer sabem direito o que é uma Religião tão rica como a nossa!
Assim, solidários, abrimos nossa casa interna e acolhemos as pessoas que necessitam de amparo e proteção espiritual. E se algumas ficam nela outras seguem suas vidas depois que o “lobo mau” passou e esta longe.

Não temos sequer o direito de cair ou fraquejar, pois muitos dependem de nós. O nosso exemplo, quando firme, prova que nossa “casa”, é sem dúvida a mais firme e, pelo exemplo, os outros passam a melhorar as suas próprias “moradas”, bastando cada um se permitir mudar.









Por: Nelson Junior
Jornalnacionaldaumbanda.com.br